Carbenicilina

Antibiótico.

É uma penicilina semissintética (carboxifenilpenicilina) que pertence à família das carboxipenicilinas (ticarcilina, sulbenicilina, carfecilina, carindacilina) com um efeito bactericida seletivo sobre a flora Gram-negativa (Proteus, E. coli), enterobactérias (Klebsiella, Enterobacter) e especialmente o bacilo piociânico (Pseudomonas aeruginosa). Como os outros derivados betalactâmicos, age sobre os receptores da parede microbiana, causando a morte celular por choque osmótico (efeito bacteriolítico). É uma penicilina acidolábil que se destrói no estômago pela acidez gástrica e por isso somente é empregada por via parenteral (IV flebóclise). Após a sua absorção difunde-se ao sangue onde se liga às proteínas plasmáticas (20%-25%) e aos diversos tecidos e líquidos biológicos (urina, LCR, pleural, sinovial). Sua meia-vida plasmática é de 1 hora, sofre uma mínima biotransformação hepática e elimina-se, finalmente, 70%-80%, por filtração glomerular na urina.

Infecções graves. Infecções hospitalares, queimaduras graves, infecções de diferente localização (geniturinária, abdominal, obstétrica, óssea) por germes sensíveis.

A dose habitual oscila entre 20 e 30 gramas por dia administrados por gotejamento de 1 hora de duração cada 4-6 horas. A dose média é de 400-500 mg/kg/dia. Em sepsias ginecológicas urinárias, aborto séptico, pode-se usar por via IM ou IV em doses de 4 a 8 gramas por dia.

Devido à elevada dose (20-30 gramas/dia) é importante lembrar em indivíduos cardíacos, hipertensos etc. que por grama de carbenicilina administrada se incorporam 4,7mEq de sódio. Em terapias prolongadas aconselha-se realizar controles hematológicos periódicos e da função renal.

Pacientes com antecedentes de hipersensibilidade ao fármaco e a outros derivados betalactâmicos. Insuficiência cardíaca severa e em presença de retenção hidrossalina patológica (edema, ascites, derrames). Transtornos hemáticos. Coagulopatias.