Delavirdina

 

Terapias de Ação

Antiviral.
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Propriedades

É um inibidor não-nucleosídeo seletivo da transcriptase reversa do HIV-1. Une-se diretamente à enzima e bloqueia a síntese de DNA dependente de RNA e DNA. A transcriptase reversa do grupo 0 do HIV-1 e de algumas cepas altamente divergentes de HIV-1 encontradas na América do Norte não são inibidas pela delavirdina. A transcriptase reversa do HIV-2 e as DNA-polimerases humanas não são inibidas de modo significativo pela delavirdina. Sua ação sobre o HIV-1 é sinérgica com outros agentes antivirais (zidovudina, zalcitabina, didanosina, lamivudina, IVN-alfa e inibidores de proteases). Seu uso como monodroga favorece o desenvolvimento de cepas virais resistentes, registrando-se perda muito significativa (50 a 500 vezes) da eficácia antiviral em torno de 2 meses após iniciado o tratamento. As mutações exibidas pelas cepas resistentes surgidas pelo tratamento com delavirdina (isoladamente ou em associação) podem propiciar resistência cruzada contra outros inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa. É pouco provável que haja desenvolvimento de resistência cruzada contra inibidores nucleosídeos ou contra inibidores de proteases, devido aos diferentes sítios de ação desses fármacos. Após administração oral a delavirdina é rapidamente absorvida (biodisponibilidade média 85%). As refeições contendo alto teor de gordura reduzem em cerca de 25% a biodisponibilidade da delavirdina. O pico plasmático é alcançado cerca de 1 hora após a administração. Liga-se em cerca de 98% a proteínas plasmáticas (albumina). As concentrações alcançadas no líquido cefalorraquidiano são baixas (0,4% da concentração plasmática), atingindo no sêmem e na saliva concentrações respectivamente 2% e 6% da concentração plasmática. A cinética de eliminação do fármaco é não-linear; sua metabolização é realizada pelo citocromo P450 e os metabólitos são eliminados por via fecal e urinária.

Indicações

Infecção pelo HIV em cepas sensíveis, em combinação com agentes antirretrovírus adequados.

Dosagem

400 mg três vezes ao dia, em combinação com outros agentes antirretrovírus.

Reações Adversas

Em tratamentos combinados, foram as seguintes as reações observadas com incidência igual ou superior a 2%: cefaleia, diarreia, náuseas, vômitos, urticária, alterações da GOT e GPT, prurido. Com frequência inferior a 2% observaram-se cãibras, distensão e dor abdominal, astenia, precordialgias, calafrios, edema, bradicardia, enxaqueca, palpitações, hipotensão postural, taquicardia, vasodilatação, anorexia, aftas, fezes sanguinolentas, diverticulite, duodenite, boca seca, sede, hepatite, pancreatite, anemia, equimoses, eosinofilia, pancitopenia, petéquias, púrpura, agitação, ansiedade, confusão, nistagmo, paralisia, parestesias.

Precauções e Advertências

Recomenda-se não administrar como monoterapia. A delavirdina não é mutagênica, porém não deve ser empregada durante a gravidez, a menos que o benefício supere o risco potencial para o feto. A segurança do uso da delavirdina em menores de 16 anos não foi estabelecida. A mãe infectada com HIV não deve amamentar.

Interações

Não administrar juntamente com anti-histamínicos, hipnóticos, sedativos, antiarrítmicos, bloqueadores dos canais de cálcio, alcaloides do ergot, anfetaminas e cisaprida, devido ao risco de reações graves e potencialmente fatais. Claritromicina: há aumento da biodisponibilidade de ambos os fármacos: 50% para a delavirdina e 100% para a claritromicina. Didanosina: aumento da biodisponibilidade de ambos os fármacos em 20% quando tomados simultaneamente. Fluoxetina: aumento de 50% na concentração plasmática mínima da delavirdina. Indinavir: aumento de 40% da biodisponibilidade do indinavir. Cetoconoazol: aumento de 50% na concentração plasmática mínima da delavirdina. Fenitoína, fenobarbital, carbamazepina: diminuição da concentração plasmática máxima da delavirdina. Rifabutina: diminuição de 80% na biodisponibilidade da delavirdina. Rifampicina: diminuição de 96% na biodisponiblidade da delavirdina. Saquinavir: aumento da biodisponibilidade do saquinavir em 500% e redução de 15% da biodisponiblidade da delavirdina. Zidovudina: sinergismo antiviral sobre o HIV-1. Terfenadina, astemizol, dapsona, alprazolam, midazolam, triazolam, nifedipina, varfarina, quinidina: aumentam sua concentração plasmática em presença de delavirdina. Antiácidos: observar 1 hora de intervalo entre a administração dos fármacos. Os antagonistas dos receptores H2 (cimetidina, nizatidina, ranitidina) e os inibidores da bomba de prótons (omeprazol, lansoprazol, pantoprazol) podem reduzir a absorção da delavirdina.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao fármaco.

Superdosagem

Caso haja superdose, provocar o vômito e realizar lavagem gástrica. Não se conhecem os efeitos da superdose.
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Interações de Delavirdina

Informação não disponível

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