Indacaterol

 

Terapias de Ação

Broncodilatador, estimulante b 2-adrenérgico, agonista b 2.
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Propriedades

Mecanismo de ação: o indacaterol é um agonista adrenérgico b 2 de ação prolongada. Os efeitos farmacológicos são atribuíveis à estimulação da adenilato-ciclase intracelular, a enzima que cataliza a conversão do trifosfato de adenosina (ATP) em 3',5'-monofosfato de adenosina (AMP) cíclico (monofosfato cíclico). Em função do aumento da concentração de AMP cíclico, o músculo liso brônquico se relaxa. Administrado por inalação, o indacaterol atua localmente nos pulmões como broncodilatador. Farmacocinética: a média de tempo transcorrido até alcançar a concentração sérica máxima (Cmáx) de indacaterol é de 15 minutos aproximadamente mediante inalação de doses únicas ou repetidas. A exposição sistêmica ao indacaterol aumenta com o aumento da dose (de 150 mg até 600 mg), de maneira proporcional a esta. A biodisponibilidade absoluta do indacaterol após uma dose inalada é, em média, da ordem de 43%. A exposição sistêmica é consequência de uma absorção mista, pulmonar e intestinal. As concentrações séricas de indacaterol aumentam com a administração repetida de uma dose ao dia. O estado de equilíbrio é alcançado em cerca de 12 a 14 dias. O indacaterol tem uma distribuição muito ampla. A união in vitro a proteínas séricas e plasmáticas humanas está comprendida entre 94,1 e 95,3% e entre 95,1 e 96,2%, respectivamente. O indacaterol inalterado é o principal componente no soro, e representa aproximadamente uma terça parte de toda a área sob a curva (AUC, "area under curve") de 24 horas relacionada com o fármaco. O metabólito mais abundante no soro é um derivado hidroxilado. Outros metabólitos importantes são um O-glicuronídeo fenólico do indacaterol e o indacaterol hidroxilado. Os estudos in vitro indicaram que a UGT1A1 é a única isoforma da UGT que metaboliza o indacaterol dando origem ao O-glicuronídeo fenólico. Foram encontrados metabólitos oxidativos em incubações com CYP1A1, CYP2D6, e CYP3A4 recombinantes. Concluiu-se que CYP3A4 é a principal isoenzima responsável pela hidroxilação do indacaterol.

Indicações

Tratamento broncodilatador de manutenção da obstrução das vias respiratórias em pacientes adultos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Dosagem

Adultos: a posologia recomendada para indacaterol consiste na inalação uma vez ao dia do conteúdo de uma cápsula de 150 mg utilizando o inalador. A dose somente deve ser aumentada por prescrição facultativa. A dose máxima é de 300 mg uma vez ao dia. Não é necessário ajustar a dose em pacientes geriátricos, pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada, ou pacientes com insuficiência renal. Modo de administração: as cápsulas de indacaterol somente devem ser administradas por via inalatória bucal e utilizando exclusivamente o inalador. As cápsulas de indacaterol não devem ser ingeridas.

Reações Adversas

Rinofaringite, infecção das vias respiratórias superiores, sinusite, diabetes mellitus e hiperglicemia, cefaleia, parestesia, isquemia coronária, fibrilação atrial, tosse, dor faringolaríngea, rinorreia, congestão do trato respiratório, espasmos musculares, mialgias, artromialgias, edema periférico, dor torácica não cardíaca, vertigens, parestesia, xerostomia, tremores e anemia.

Precauções e Advertências

Asma: não deve ser utilizado na asma porque não se dispõe de dados sobre resultados a longo prazo de seu uso em pacientes asmáticos. Broncospasmo paradoxal: como ocorre com outros tratamentos inalatórios, a administração de indacaterol pode causar um broncospasmo paradoxal potencialmente fatal. Caso sobrevenha esta eventualidade, a administração deverá ser interrompida. Piora da enfermidade: o indacaterol não está indicado para o tratamento inicial de episódios agudos de broncospasmo, ou seja, como tratamento de resgate. Caso haja piora da DPOC durante o tratamento com indacaterol é preciso voltar a estudar o paciente e reconsiderar o tratamento. Não é adequado aumentar a dose diária de indacaterol acima da dose máxima recomendada. Efeitos sistêmicos: embora não seja usual ocorrerem efeitos clinicamente significativos sobre o aparelho cardiovascular após administração de indacaterol nas doses recomendadas, como ocorre com outros agonistas adrenérgicos b2, o indacaterol deve ser utilizado com cautela em pacientes com transtornos cardiovasculares (doença da artéria coronária, infarto agudo de miocárdio, arritmias cardíacas, hipertensão), com transtornos convulsivos ou tireotoxicose, ou excessivamente sensíveis aos agonistas adrenérgicos b2. O indacaterol não deve ser administrado juntamente com outros agonistas adrenérgicos b2 de ação prolongada, nem com medicamentos que contenham tais agonistas. Efeitos cardiovasculares: assim como ocorre com outros agonistas adrenérgicos b2, o indacaterol pode ter efeitos cardiovasculares clinicamente significativos em alguns pacientes, detectados pelo aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial ou pelos sintomas. Caso haja manifestação destes efeitos, o tratamento eventualmente terá que ser suspenso. Não obstante, observou-se que os agonistas adrenérgicos induzem alterações do ECG, como achatamento da onda T e depressão do segmento ST, embora se desconheça a relevância clínica destas observações. Nos ensaios clínicos em que o indacaterol foi administrado nas doses terapêuticas recomendadas não foram observados efeitos clinicamente importantes quanto ao prolongamento do intervalo QTc. Hipopotassemia: em alguns pacientes, os agonistas adrenérgicos b2 podem induzir hipopotassemia importante, capaz de provocar efeitos adversos cardiovasculares. A redução da concentração de potássio sérico mostra-se em geral transitória e não necessita a prescrição de suplementos. Em pacientes com DPOC grave, a hipóxia e o tratamento concomitante podem intensificar a hipopotassemia, o que pode aumentar a propensão a arritmias cardíacas. Hiperglicemia: a inalação de doses elevadas de agonistas adrenérgicos b2 pode aumentar a concentração plasmática de glicose. No início de um tratamento com indacaterol, a glicemia deve ser vigiada com mais atenção nos pacientes diabéticos. Não há dados disponíveis sobre pacientes com insuficiência hepática grave. Não se deve utilizar indacaterol em pacientes com idade inferior a 18 anos. Gravidez: não há dados clínicos sobre exposição de pacientes com DPOC grávidas. Em estudos em animais observou-se toxicidade para a reprodução associada a uma maior incidência de alterações esqueléticas em coelhos. Não se conhece o possível risco para o ser humano. Em função da inexistência de estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, o indacaterol somente deve ser utilizado durante a gravidez se o benefício previsto justifica o possível risco para o feto. Parto: como outros agonistas adrenérgicos b2, o indacaterol pode inibir o trabalho de parto devido a seu efeito relaxante sobre o músculo liso uterino. Amamentação: não se sabe se o indacaterol é eliminado no leite materno humano. O fármaco foi detectado no leite de ratas lactantes. Dado que muitos fármacos passam para o leite materno humano, como ocorre com outros agonistas adrenérgicos b2 inalados, o uso de indacaterol em mulheres que estejam amamentando somente deve ser considerado se o benefício previsto para estas for maior que qualquer possível risco para os lactantes. Fecundidade: os estudos sobre função reprodutiva e outros dados obtidos em animais não detectaram nenhum problema real ou potencial sobre a fecundidade, seja em machos ou em fêmeas.

Interações

Fármacos que prolongam o intervalo QTc: como ocorre com outros agonistas adrenérgicos b2, o indacaterol deve ser administrado com precaução a pacientes que estejam recebendo inibidores da monoaminoxidase, antidepressivos tricíclicos ou qualquer outro medicamento que prolongue o intervalo QT, visto que os efeitos destes fármacos sobre tal intervalo podem se potencializar. Os medicamentos que prolongam o intervalo QT podem elevar o risco de arritmias ventriculares. Simpatomiméticos: a administração concomitante de outros simpatomiméticos pode potencializar os efeitos adversos do indacaterol. Hipopotassemia: a coadministração de derivados metilxantínicos, corticoides ou diuréticos não poupadores de potássio pode intensificar o possível efeito hipocalemiante dos agonistas adrenérgicos b2. Betabloqueadores: os betabloqueadores podem atenuar ou antagonizar o efeito dos agonistas adrenérgicos b2. Por isso, não é recomendável administrar indacaterol juntamente com betabloqueadores (incluindo os colírios), a menos que seu uso esteja claramente justificado. Quando necessários, a opção preferencial deverá ser betabloqueadores cardiosseletivos, ainda que sua administração deva ser feita com precaução. Interações farmacológicas associadas ao metabolismo e a transportadores: a inibição dos principais responsáveis pela depuração do indacaterol, CYP3A4 e P-gp, não afeta a segurança das doses terapêuticas de indacaterol.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao princípio ativo, à lactose ou a algum dos outros excipientes.
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Interações de Indacaterol

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