Muromonabe CD3

 

Terapias de Ação

Imunossupressor.
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Propriedades

O muromonabe CD3 (também denominado OKT3) é uma imunoglobulina de isotipo IgG2a com uma cadeia pesada de 50.000 daltons e uma cadeia leve de 25.000 daltons, aproximadamente. Age contra uma glicoproteína da membrana das células T humanas que é essencial para a função linfocitária. O muromonabe CD3 reverte a rejeição dos transplantes, provavelmente por bloqueio das funções das células T que participam nas reações de rejeição aguda. Os ensaios in vitro indicam que produz um estímulo precoce dos linfócitos, seguido de ativação de citocinas, pelo que bloqueia tanto a geração como a função das células efetoras. Após a suspensão do tratamento a função das células T retorna à normalidade em uma semana.

Indicações

Tratamento da rejeição aguda do transplante renal, assim como dos transplantes cardíaco e hepático em pacientes que não respondem a doses elevadas de corticoides. As doses de outros agentes imunossupressores utilizados em conjunto com o muromonab CD3 devem ser reduzidas a um mínimo. Tem sido utilizado como agente isolado ou como coadjuvante no tratamento da rejeição do transplante da medula óssea alogênico, e na profilaxia e reversão da rejeição aguda do transplante de pâncreas.

Dosagem

A dose recomendada para o tratamento da crise aguda de rejeição do transplante renal, cardíaco resistente aos esteroides e hepático resistente aos esteroides é de 5 mg por dia, durante 10 a 14 dias. Para a crise aguda de rejeição do transplante renal, o tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico for determinado. Para a rejeição do transplante cardíaco resistente aos esteroides, deve ser indicado quando o médico estimar que a rejeição não foi revertida pelos esteroides. Recomenda-se administrar succinato sódico de metilprednisolona (8 mg/kg) por via intravenosa, 1 a 4 horas antes do tratamento com muromonabe CD3, para diminuir a incidência de reações secundárias à primeira dose. O tratamento imunossupressor convencional, simultâneo ao tratamento com muromonabe CD3, deve ser reduzido até doses compatíveis com uma resposta terapêutica efetiva, para reduzir o risco de transformações malignas assim como a incidência e gravidade das infecções.

Reações Adversas

Síndrome de liberação de citocinas (vide Precauções). Infecções oportunistas (bacterianas, micóticas e virais, em particular por citomegalovírus). Reações de hipersensibilidade.

Precauções e Advertências

Após a administração de muromonabe CD3 pode desenvolver-se a síndrome de liberação de citocinas caracterizada por sintomas similares à gripe, tremores, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, mal-estar, dor muscular, debilidade generalizada. Menos frequentes são as reações cutâneas, neuropsiquiátricas (convulsões, encefalopatia, edema cerebral, meningite asséptica, alucinações, psicose, mudanças de humor, dor de cabeça) e cardiorrespiratórias (colapso cardiovascular, infarto de miocárdio, parada cardíaca, edema pulmonar, taquipneia, dispneia, respiração ofegante) muitas vezes sérias e até fatais. Os pacientes que apresentarem as seguintes condições têm maior risco de sofrer os efeitos da síndrome: angina instável, doença cardíaca isquêmica ou infarto de miocárdio recente, doenças obstrutivas crônicas do pulmão, edemas, doença cerebrovascular. As manifestações da síndrome de liberação de citocinas podem ser reduzidas com a administração de 8 mg/kg de metilprednisolona, 1 a 4 horas antes da administração da primeira dose de muromonabe CD3. Foram observadas reações anafiláticas mortais; se houver suspeita de hipersensibilidade, pelas manifestações do paciente após a primeira dose, não administrar muromonabe CD3 novamente. Convulsões sérias e até fatais foram desenvolvidas em alguns pacientes. O risco de aparição de neoplasias pode ser incrementado como consequência da diminuição da atividade da imunidade mediada por células. A administração de muromonabe CD3 pode provocar sensibilização do paciente a este fármaco e a outras imunoglobulinas de rato; isto se manifesta nas exposições seguintes. Como ocorre com outros tratamentos imunossupressores, após a administração de muromonabe CD3 foram reportadas tromboses venosas ou arteriais nos enxertos ou em outros leitos vasculares; o uso simultâneo de terapia antitrombótica (heparina em doses baixas) seria recomendável. Desconhecem-se os efeitos do muromonabe CD3 sobre o feto; como essa proteína poderia atravessar a placenta, não deve ser utilizada em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Durante a administração de muromonabe CD3 a lactação deve ser suspensa. A eficácia e a segurança de muromonabe CD3 em crianças não foram estabelecidas; no entanto, algumas experiências clínicas indicam que as crianças sofrem os mesmos efeitos adversos que os adultos, com maior intensidade e duração. Em caso de administrar muromonabe CD3 a uma criança, deve instituir-se um monitoramento muito mais intenso que para os adultos.

Contra-indicações

Pacientes que apresentam hipersensibilidade a este produto ou qualquer outro de origem murina (rato), ou com títulos de anticorpos antirrato ?1:1.000. Também não deve ser utilizado em pacientes que apresentarem falha cardíaca ou sobrecarga hídrica, evidenciada por radiografia de tórax ou por ganho de peso superior a 3% dentro da semana anterior à administração deste fármaco. Não deve ser administrado a mulheres grávidas.

Superdosagem

Não foi identificada a quantidade máxima de muromonab CD3 que pode ser administrada de maneira segura, tanto em dose única como em doses múltiplas.
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Interações de Muromonabe CD3

Informação não disponível

Alguns medicamentos que contêm Muromonabe CD3

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