Nelfinavir

 

Terapias de Ação

Antiviral. Inibidor da protease do vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).
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Propriedades

A protease do HIV é uma enzima envolvida na degradação proteolítica dos precursores da poliproteína viral para dar origem a cada uma das proteínas encontradas no vírus. O nelfinavir liga-se ao centro ativo da protease viral e impede a maturação do vírus, com formação de partículas virais imaturas, não-infecciosas. É ativo contra cepas de HIV de laboratório e cepas de HIV-1 e HIV-2; além disso, observou-se efeito sinérgico contra o HIV quando administrado concomitantemente a inibidores da transcriptase reversa, como zidovudina (ZDV), lamivudina (3TC), didanosina (ddl), zalcitabina (ddC) e estavudina (d4T), sem aumento da toxicidade. Alguns pacientes não respondem ao tratamento com nelfinavir devido à protease do HIV infectante apresentar uma substituição de um aminoácido, o qual o torna resistente à ação do fármaco; a frequência de aparição desta mutação se reduz significativamente quando o nelfinair é administrado concomitante com ZDV ou 3TC. Sua absorção gastrintestinal alcança 78% da dose administrada por via oral quando a administração é feita na presença de alimentos. O metabolismo é realizado principalmente no fígado e um dos metabólitos é tão ativo in vitro quando do fármaco original. A eliminação é feita preferencialmente por via fecal, e em pequena porcentagem pela urina. Em crianças entre 2 e 13 anos de idade, sua eliminação é superior à que se verifica em adultos, com uma diferença aproximada entre o dobro e o triplo.

Indicações

Infecções pelo HIV.

Dosagem

Adultos e crianças acima de 13 anos: via oral, 750 mg três vezes ao dias. Crianças menores de 13 anos: 20 a 30 mg/kg, três vezes ao dia.

Reações Adversas

A reação adversa mais frequente é diarreia, leve a moderada; registraram-se também náuseas, dores abdominais, meteorismo, astenia e exantema. Mas, ocasionalmente: cefaleia, febre, astralgia, mialgia, cãibras musculares, dispepsia, hepatite, ulcerações bucais, anemia, leucopenia, trombocitopenia, ansiedade, depressão, insônia, parestesias, sonolência, dispneia, faringite, rinite, sinusite, dermatite, prurido, sudoração, urticária, disfunção sexual, hiperuricemia, hipoglicemia e alterações da função hepática.

Precauções e Advertências

A posologia em pacientes com insuficiência hepática ou renal não foi estudada, assim se recomenda especial precaução nestes casos já que o nelfinavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não deve ser administrado a crianças com menos de 2 anos, pois a segurança e a eficácia do fármaco não foi estudada nesses pacientes. Deve-se advertir os pacientes com hemofilia dos tipos A e B que existe a possibilidade de um aumento da hemorragia; o mecanismo desta ação é desconhecido. Recomenda-se avaliar a glicemia antes do começo do tratamento e periodicamente durante o mesmo, pois foram observados hiperglicemia e diabetes mellitus em pacientes sob tratamento com nelfinavir. Como não se realizaram estudos em mulheres grávidas e não se sabe se o nelfinair é eliminado pelo leite materno, recomenda-se não administrar a mulheres durantes a gestação e no período de amamentação.

Interações

A coadministração do nelfinavir com fármacos de "janela estreita" que sejam substratos da enzima hepática CYP3A4 acarretaria inibição competitiva do metabolismo destes fármacos e conseqüente aparição de efeitos adversos sérios ou perigosos tais como arritmias cardíacas (terfenadina, astemizol, cisaprida), efeitos sedativos ou depressão respiratória (triazolam, midazolam). A administração conjunta com alguns inibidores da transcriptase reversa viral (ritonavir, saquinavir, indinavir) causa aumento da concentração de ambos os fármacos no sangue, assim como também aumenta a meia-vida de eliminação. A segurança destas associações não foi estabelecida. Os indutores da enzima P450 (rifampicina, nevirapina, fenitoína, carbamazepina) reduzem a concentração plasmática do nelfinavir; nestes casos deve-se considerar a possibilidade de substituir estes fármacos por outros que não afetem o metabolismo do nelfinavir. A co-administração com rifabutina produz diminuição da concentração plasmática do nelfinavir e aumento significativo dos valores da rifabutina no sangue; caso seja necessária a administração conjunta destes fármacos, a dose de rifabutina deverá ser reduzida à metade da dose padrão. Não se deve administrar concomitantemente com terfenadina, pois as concentrações plasmáticas deste fármaco aumentam, podendo acarretar arritmias cardíacas sérias. Da mesma maneira, não se recomenda associação com astemizol e cisaprida. Não administrar de modo conjunto com sedativos potentes metabolizados pelo sistema do citocromo P450, como triazolam ou midazolam, pois esta associação pode prolongar a sedação. Os bloqueadores dos canais de cálcio metabolizados pelo sistema do citocromo P450 também podem sofrer aumento de seus níveis plasmáticos. As concentrações plasmáticas dos anovulatórios orais que contenham etinilestradiol e um progestágeno diminuem na presença de nelfinavir, donde recomenda-se aumentar a dose destes hormônios ou adotar outras medidas contraceptivas alternativas.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao nelfinavir. Não deve ser administrado com fármacos de janela terapêutica estreita e que sejam substratos da enzima hepática CYP3A4 (terfenadina, astemizol, cisaprida, triazolam, midazolam).

Superdosagem

Não existe um antídoto específico para o nelfinavir. O tratamento é sintomático e de suporte.
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Interações de Nelfinavir

Informação não disponível

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