Pembutolol

 

Terapias de Ação

Anti-hipertensivo.
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Propriedades

É um bloqueador não-seletivo dos receptores beta-adrenérgicos (beta1 e beta2) que parece ter certa atividade simpatomimética intrínseca. Em estudos clínicos observou-se que o pembutolol reduz a frequência cardíaca de maneira similar ao propranolol, apesar de que a sua potência é quatro vezes maior. Os mecanismos que mediam os efeitos anti-hipertensivos não foram esclarecidos, mas se estima que alguns fatores relacionados seriam: a) inibição competitiva com as catecolaminas a nível periférico; e b) supressão da secreção de renina por bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos renais. É rapidamente absorvido após a administração oral; liga-se às proteínas plasmáticas entre 80% e 98%; não foi observado acúmulo após oito dias de tratamento com 40 mg diários. O pembutolol é metabolizado por conjugação e oxidação; os metabólitos são excretados principalmente na urina. Sua meia-vida de eliminação plasmática é de 20 horas; em idosos pode ser prolongada a 25 horas e em pacientes em diálise renal chega a 100 horas.

Indicações

Hipertensão arterial suave a moderada; como monoterapia ou associado a outros anti-hipertensivos (diuréticos tiazídicos).

Dosagem

Dose inicial e de manutenção: 20 mg em uma tomada diária.

Reações Adversas

Astenia, precordialgias, diarreias, náuseas, dispepsia, tonturas, fadiga, cefaleia, insônia, tosse, infecção do trato respiratório superior, sudação excessiva, impotência sexual.

Precauções e Advertências

Usar com precaução em pacientes com insuficiência cardíaca, mesmo que estejam compensados com diuréticos e digitálicos. Com a retirada brusca do fármaco foi observada exacerbação da doença cardíaca isquêmica, por isso deve-se reduzir a dose de forma gradual em um período de uma a duas semanas. Os pacientes devem ser monitorizados de perto; se ocorrem manifestações de tônus vagal excessivo (hipotensão, braquicardia profunda) podem ser corrigidas com atropina (1 a 3 mg, IV, em várias doses). O pembutolol pode esconder sintomas e sinais premonitórios da hipoglicemia nos pacientes diabéticos, ou mascarar certos sinais clínicos da tirotoxicose; se houver suspeita de que o paciente está desenvolvendo esse transtorno, deve-se evitar a retirada abrupta do pembutolol, pois poderia precipitar uma "tormenta tireóidea". Não utilizar em mulheres grávidas, a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe vai receber pembutolol. Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.

Interações

Lidocaína: podem ser necessárias doses de carga maiores para conseguir a mesma ação, pois o pembutolol incrementa o volume de distribuição da lidocaína. O pembutolol, combinado com álcool, incrementou o número de erros no ensaio de função psicomotora olho-mão. Não deve ser utilizado em pacientes que recebem fármacos que causam diminuição das catecolaminas. Com antagonistas do cálcio foi observado sinergismo hipotensor, com arritmias e bradicardia.

Contra-indicações

Choque cardiogênico, bradicardia sinusal, bloqueio A-V de segundo e terceiro graus, asma brônquica, hipersensibilidade ao fármaco.

Superdosagem

Não existe experiência clínica. Esperam-se efeitos similares aos da superdose de outros antagonistas beta: bradicardia (administrar atropina), hipotensão (administrar dopamina, dobutamina ou levarterenol e, em casos refratários, glucagon), broncospasmo (administrar um agonista beta2 ou isoproterenol) e insuficiência cardíaca aguda (administrar dobutamina e glucagon). Em caso de bloqueio cardíaco administrar isoproterenol ou utilizar um marca-passo cardíaco transvenoso.
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Interações de Pembutolol

Informação não disponível

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