Composição
Cada comprimido revestido contém: vitamina B12 (cianocobalamina) 1.000 mcg, vitamina B6 (cloridrato de piridoxina) 50 mg, vitamina B1 (nitrato de tiamina) 50 mg, diclofenaco sódico 50 mg. Excipientes: talco, estearato de magnésio, lactose, celulose microcristalina, carmelose sódica, dióxido de silício coloidal, Eudragit RL 30D, macrogol, dióxido de titânio, simeticona, citrato de trietila, metilparabeno, propilparabeno, povidona, corante vermelho FDC n° 6.
Apresentação
Comprimidos revestidos - Embalagens contendo 4, 15 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
Indicações
Tratamento da dor neuropática e nociceptiva (mista), tais como lombalgia, cervicalgia, braquialgia, radiculite, neuralgia intercostal, síndrome do túnel do carpo, fibromialgia ou espondilite.
Dosagem
Um comprimido duas a três vezes ao dia. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com um pouco de líquido, preferencialmente após as refeições.
Não se requer ajuste da dose em pacientes idosos, obesos ou com insuficiência renal ou hepática de leve a moderada.
Duração do tratamento
Em geral, a duração do tratamento para a dor aguda mista é de três a dez dias. Recomenda-se que a duração do tratamento, de preferência seja a mais curta possível. Pacientes com dor crônica ou mista persistente podem ser tratados por períodos mais longos com base na avaliação médica.
Contra-indicações
Hipersensibilidade a qualquer um dos princípios ativos ou excipientes da fórmula.
- Histórico de broncoespasmo, asma, rinite ou urticária relacionado a tratamento prévio com AINEs.
- Úlcera péptica aguda, hemorragia gastrintestinal ou histórico de úlcera péptica ou de hemorragia.
- Hemorragia cerebrovascular aguda ou outras hemorragias graves.
- Insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 ml/min).
- Insuficiência hepática grave (níveis de ALT/AST >30 vezes o limite superior). - Insuficiência cardíaca grave (NYHA classe IV).
- Gravidez.
- Crianças abaixo de 12 anos de idade, devido ao alto teor de diclofenaco.
Reações Adversas
Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir (as frequências são definidas em muito comuns ( >1/10); comuns (1/100 e < 1/10); incomuns ( >1/1.000 e < 1/100); raras ( >1/10.000 e < 1/1.000); muito raras ( < 1/10.000); frequência não conhecida (que não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
- Muito raros: trombocitopenia, leucopenia, anemia hemolítica, anemia aplástica, agranulocitose.
Distúrbios do sistema imunológico
- Frequência desconhecida: certas reações de hipersensibilidade, como sudação, taquicardia, ou reações cutâneas com prurido e urticária.
- Raros: certas reações de hipersensibilidade, como hipotensão, edema, reações anafiláticas.
Distúrbios psiquiátricos
- Raros: desorientação, insônia, irritações psicóticas.
Distúrbios do sistema nervoso
- Frequência desconhecida: vertigem, confusão, cefaleia, fadiga.
- Raros: parestesia, alterações da sensibilidade e da memória.
Distúrbios oculares
- Raros: alterações visuais.
Distúrbios do ouvido e labirinto
- Raro: zumbido.
Distúrbios cardíacos
- Frequência desconhecida: retenção de líquidos, edema, hipertensão; eventos arteriais trombóticos, como infarto do miocárdio ou AVC.
Distúrbios gastrintestinais
- Frequência desconhecida: dor abdominal, náusea, vômitos, diarreia, dispepsia, flatulência, anorexia.
- Incomuns: exacerbação de colite ulcerativa ou doença de Crohn, gengivoestomatite, lesões esofágicas, glossite, constipação.
- Raros: ulceração gastrointestinal, hemorragia, perfuração, alterações do paladar.
Distúrbios hepatobiliares
- Frequência desconhecida: elevação dos níveis das enzimas hepáticas (ALAT, ASAT), dano hepatocelular, particularmente com tratamentos prolongados; hepatite com ou sem icterícia.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
- Muito raros: erupção bolhosa, eczema, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatite esfoliativa, alopecia, reações de fotossensibilidade.
Distúrbios urinários e renais
- Raros: hematúria, proteinúria, insuficiência renal aguda.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Precauções
Podem ocorrer ulceração gastrointestinal, hemorragia ou perfuração durante tratamento com diclofenaco, sem sinais prévios de alerta. O risco pode estar aumentado com o emprego de doses altas ou durante tratamentos prolongados, assim como no uso em pacientes idosos. É recomendável cautela especial caso o Alginac® seja utilizado concomitantemente com outros medicamentos que aumentam o risco de ulceração ou sangramento (como corticosteroides, anticoagulantes).
Em pacientes com doença cardiovascular, o diclofenaco pode causar retenção de líquidos ou edema. O uso do diclofenaco, particularmente em doses ? 100 mg/dia e durante tratamentos prolongados, pode estar associado com um risco aumentado de eventos trombóticos arteriais, como infarto do miocárdio ou AVC. Recomenda-se acompanhamento cuidadoso, especialmente em pacientes com histórico de doenças cardiovasculares.
Em pacientes desidratados, o diclofenaco aumenta o risco de toxicidade renal. Assim, desidratação tem que ser evitada em pacientes sob tratamento com Alginac®. Recomenda-se especial cautela em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada.
Recomenda-se especial cautela em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada.
Podem ocorrer reações cutâneas graves, particularmente no início do tratamento. Desta maneira, o diclofenaco somente dever ser administrado em pacientes portadores de porfiria intermitente aguda ou lupus eritematoso sistêmico após cuidadosa avaliação de risco contra benefício.
Neuropatias têm sido descritas na literatura com a administração prolongada (6 -12 meses) de doses diárias médias de mais de 50 mg de piridoxina. Desta forma, recomenda-se acompanhamento regular durante tratamentos de longa duração.
Como Alginac® contém lactose, seu emprego não é recomendado em pacientes com doenças hereditárias raras de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má-absorção de glicose-galactose
Gravidez e lactação
Gravidez
A combinação de tiamina, piridoxina e cianocobalamina não induziu efeitos teratogênicos e embriotóxicos em coelhos e ratos. Não existem relatos de efeitos teratogênicos associados em humanos. Dados clínicos e pré-clinicos refletem a segurança de uso das vitaminas B1, B6 e B12 durante a gravidez.
Foi demonstrado que o diclofenaco inibe a implantação e o desenvolvimento embrionário em ratos. Administrado na fase final da gravidez, também pode provocar fechamento prematuro do canal arterial, O diclofenaco pode induzir embriopatia. Assim, Alginac® não deve ser utilizado durante a gravidez.
Categoria de risco X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Lactação
A tiamina, a piridoxina e a cianocobalamina são excretadas para o leite humano, porém os riscos de uma superdose para o bebê não são conhecidos. O diclofenaco tem sido encontrado no leite humano em pequenas quantidades. Desta forma, Alginac® somente é recomendado para uso durante a lactação se tratamento com um AINE é claramente necessário.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Pacientes que apresentam perturbações visuais, tonturas, vertigens, sonolência ou outros distúrbios do sistema nervoso central durante o tratamento com diclofenaco devem evitar dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
É recomendado cautela quando do uso em pacientes idosos, debilitados ou naqueles com baixo peso corporal, sendo particularmente recomendável a utilização da menor posologia eficaz. Devido ao alto teor de diclofenaco, Alginac® é contraindicado em pacientes abaixo de 12 anos.
Resultados de eficácia
Com o objetivo de avaliar a influência das vitaminas B1, B6 e B12 na eficácia da analgesia obtida com o diclofenaco em pacientes com lombalgia aguda, foi conduzido estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado, com grupos paralelos, no qual os pacientes receberam a administração oral duas vezes ao dia do tratamento combinado, Grupo DB (50 mg de diclofenaco mais 50 mg de tiamina, 50 mg de piridoxina e 1 mg de cianocobalamina) ou monoterapia com diclofenaco, Grupo D (50 mg de diclofenaco). O período do estudo durou o máximo de 7 dias. Caso fosse alcançada redução suficiente da dor (definida como valor na Escala Analógica Visual < 20 mm e satisfação do paciente), os pacientes poderiam ser retirados tratamento após 3 ou 5 dias. O objetivo primário confirmatório do estudo foi determinar o número de pacientes com redução suficiente da dor após 3 dias de tratamento. Trezentos e setenta e dois pacientes foram distribuídos aleatoriamente para um dos grupos de tratamento: Grupo DB - 187 pacientes e Grupo D - 185 pacientes. Após 3 dias de tratamento, uma maior proporção estatisticamente significativa de sujeitos no Grupo DB (n = 87; 46,5%) do que no Grupo D (n = 55; 29%) encerrou o estudo em razão do sucesso terapêutico (c2: 12,06; p = 0,0005). Além disso, o tratamento combinado proporcionou resultados superiores na redução da dor, melhora da mobilidade e funcionalidade. O perfil de monitoramento de segurança do fármaco durante todo o estudo estava dentro do perfil de segurança esperado para o diclofenaco. A combinação de diclofenaco com vitaminas B foi superior à monoterapia com diclofenaco no alívio da lombalgia após 3 dias de tratamento. Não houve diferenças no perfil de segurança entre os dois grupos de estudo.
Referência bibliográfica: Mibielli MA, Geller M, Cohen JC, Goldberg SG, Cohen MT, Nunes CP, Oliveira LB, da Fonseca AS. Diclofenac plus B vitamins versus diclofenac monotherapy in lumbago: the DOLOR study. Curr Med Res Opin. 2009 Nov;25(11):2589-99.
Foi realizado estudo clínico duplo-cego e randomizado, em grupos paralelos de pacientes com osteoartrite de joelho, quadril, ou mão. O estudo comparou a segurança e eficácia do Alginac® versus placebo. A tolerância clínica foi avaliada pela comparação das diferenças nos grupos de tratamento na incidência e severidade dos eventos adversos e alterações clinicamente significativas nas avaliações laboratoriais. A eficácia clínica foi avaliada pela comparação entre os grupos de tratamento. Na conclusão do estudo, a disposição dos pacientes de continuarem o tratamento do estudo também foi avaliada. Não foi observada diferença estatística entre os grupos Alginac® e placebo na distribuição de pacientes apresentando eventos adversos e a sua severidade clínica. Alginac® foi superior ao placebo nas avaliações de eficácia realizadas, incluindo avaliações de dor, mobilidade e condição global da osteoartrite. Não foi observada diferença clinicamente significativa nas avaliações clínicas e laboratoriais entre os grupos de tratamento. Com base nos resultados desta avaliação, conclui-se que Alginac® é seguro e eficaz no tratamento da dor e outros sintomas associados com a osteoartrite.
Referência bibliográfica: Nunes CP; De Oliveira PC; De Oliveira JM; Mibielli MA; Cohen JC; Nunes FP; Ribeiro MG; Geller M. A double-blind, comparative, placebo-controlled study in two arms of the safety and efficacy of the anti-inflammatory and analgesic action of the association of cyanocobalamin, pyridoxine chlorihydrate, thiamine mononitrate and diclofenac sodium in tablets, in patients with osteoarthritis. RBM Rev. Bras. Med; 62 (11): 486-491, nov. 2005.
Interação com outros medicamentos
O efeito da L-dopa pode ser reduzido quando piridoxina é administrada concomitantemente. Antagonistas da piridoxina, como isoniazida, ciclosserina, penicilamina e hidralazina, podem diminuir a eficácia de piridoxina.
Devido à reabsorção tubular reduzida, a eliminação da tiamina pode ser acelerada com o uso prolongado de diuréticos de alça como a furosemida e, portanto, o nível sanguíneo da tiamina pode ser reduzido.
A ingestão concomitante de outros AINEs, glicocorticoides ou inibidores da recaptação da serotonina pode aumentar o risco de ulceração gastrointestinal e hemorragia.
O diclofenaco pode aumentar a eficácia dos inibidores da agregação plaquetária ou de anticoagulantes como a varfarina.
O diclofenaco pode aumentar os níveis séricos de digoxina, fenitoína, lítio, diuréticos poupadores de potássio ou metotrexato.
O diclofenaco pode aumentar a toxicidade renal da ciclosporina.
O diclofenaco pode diminuir a eficácia de diuréticos ou de anti-hipertensivos.
Medicamentos contendo probenecida ou sulfinpirazona podem prolongar a excreção do diclofenaco.
Cuidado de armazenamento
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) protegido da luz e umidade. Prazo de validade: 18 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos de Alginac® são alongados, biconvexos, de coloração vermelha.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Superdose
Não têm sido descritos casos de superdose com tiamina ou cianocobalamina. Neuropatia sensorial e outras síndromes neuropáticas sensoriais causadas pela administração de altas doses de piridoxina melhoram gradativamente com a descontinuação da vitamina. Em caso de intoxicação aguda com diclofenaco, medidas, sintomáticas e de suporte são recomendadas para complicações como hipotensão, insuficiência renal, convulsões, irritação gastrintestinal ou insuficiência respiratória.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dizeres legais
M.S. 1.0089.0271
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 12/04/2013.
Fonte: Bulário Eletrônico da Anvisa, 21/05/2013. ALGINACMERCKSolução injetáveltiamina + piridoxina + cianocobalamina + diclofenaco sódico
Medicamentos relacionados com ALGINAC