DILACORON

2518 | Laboratório ABBOTT

Descrição

Princípio ativo: Verapamil,
Ação Terapêutica: Anti-hipertensivos

Composição

Cada comprimido revestido de DILACORON® (cloridrato de verapamil) 80 mg contém: cloridrato de verapamil 80 mg. Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, hidrogeno fosfato de cálcio dihidratado, hipromelose, laurilsulfato de sódio, polietilenoglicol 6000, talco e dióxido de titânio. Cada comprimido revestido retard de DILACORON® (cloridrato de verapamil) 120 mg contém: cloridrato de verapamil 120 mg. Excipientes: alginato de sódio, celulose microcristalina, estearato de magnésio, Cera (E Hoechst), hipromelose, polietilenoglicol 400 e 6000, povidona, talco e dióxido de titânio. Cada comprimido revestido retard de DILACORON® (cloridrato de verapamil) 240 mg contém: cloridrato de verapamil 240 mg Excipientes: alginato de sódio, celulose microcristalina, estearato de magnésio, Cera (E Hoechst), hipromelose, polietilenoglicol 400 e 6000, povidona, talco, dióxido de titânio e laca verde E 132/104.

Apresentação

DILACORON® (cloridrato de verapamil) comprimido revestido 80 mg: embalagem com 30 comprimidos (Lista n° N041) - Via oral.
DILACORON® (cloridrato de verapamil) comprimido revestido retard 120 mg: embalagem com 20 comprimidos (Lista n° M087) - Via oral.
DILACORON® (cloridrato de verapamil) comprimido revestido retard 240 mg: embalagem com 30 comprimidos (Lista n° N046) - Via oral.
USO PEDIÁTRICO E ADULTO

Indicações

DILACORON® (cloridrato de verapamil) está indicado em:
1. Isquemia miocárdica:
a) isquemia silenciosa;
b) angina crônica estável (clássica angina de esforço);
c) angina de repouso: angina vasoespástica (variante de Prinzmetal) e angina instável.
2.Hipertensão arterial leve e moderada:
Para tratamento da hipertensão arterial leve e moderada, em monoterapia, DILACORON® (cloridrato de verapamil) tem a vantagem de poder ser usado em pacientes nos quais outros medicamentos estão contra-indicados ou não são bem tolerados, tais como nos portadores de asma, diabetes mellitus, depressão, transtornos da função sexual, vasculopatia cerebral ou periférica, doença coronariana, hiperlipidemias, hiperuricemia e senilidade. Atua na redução dos níveis pressóricos na crise hipertensiva e na hipertensão refratária.
3.Profilaxia das taquicardias supraventriculares paroxísticas:
a) conversão rápida para o ritmo sinusal das taquicardias supraventriculares paroxísticas, incluindo aquelas associadas a feixes anômalos (Síndromes de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine). Quando possível, manobras vagais devem ser tentadas antes da administração de medicações;
b) controle temporário da resposta ventricular rápida no "flutter" ou fibrilação atrial, exceto quando associado com feixes anômalos (Síndromes de Wolff-Parkinson-White ou Lown-Ganong-Levine).

Dosagem

As doses de DILACORON® (cloridrato de verapamil) devem ser individualizadas de acordo com a gravidade da doença e administradas de preferência com a alimentação ou logo após. Os comprimidos devem ser deglutidos com um pouco de água, sem serem mastigados.
A experiência clínica mostra que a dose média para todas as indicações varia de 240 mg a 360 mg. A dose máxima diária não deve exceder 480 mg para tratamentos longos, apesar de que uma dose superior a esta pode ser usada para tratamentos curtos.
Não existe limitação de duração do tratamento.
DILACORON® (cloridrato de verapamil) não deve ser descontinuado abruptamente em tratamentos longos, sendo recomendada uma redução gradual de dose.
Em pacientes com disfunção hepática, o metabolismo da droga pode ser retardado ou diminuído dependendo da gravidade da lesão do fígado, podendo potencializar ou prolongar os efeitos do DILACORON® (cloridrato de verapamil). Portanto, um ajuste de dose faz-se necessário em pacientes com disfunção hepática, com doses reduzidas para início do tratamento.
Se você esqueceu de tomar o medicamento, tome uma dose assim que se lembrar. Se estiver perto da hora de tomar a próxima dose, você deve simplesmente, tomar o próximo comprimido no horário usual. Não dobrar a próxima dose para repor o comprimido que esqueceu de tomar no horário certo.
Adultos e adolescentes com peso maior que 50 kg
Isquemia miocárdica, taquicardias supraventriculares paroxísticas e flutter e fibrilação atrial:
Formas de liberação imediata: 120 mg a 480 mg divididos em 3 ou 4 doses.
Formas de liberação retardada: 120 mg a 480 mg divididos em 1 ou 2 doses.
Hipertensão:
Formas de liberação imediata: 120 mg a 480 mg divididos em 3 doses.
Formas de liberação retardada: 120 mg a 480 mg divididos em 1 ou 2 doses.
Crianças (somente para distúrbios do ritmo cardíaco)
Formas de liberação imediata:
Até 6 anos: 80 mg a 120 mg divididos em 2 a 3 doses.
De 6 a 14 anos: 80 mg a 360 mg divididos em 2 a 4 doses.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
DILACORON® (cloridrato de verapamil) deve ser mantido na embalagem original e conservado em temperatura ambiente (temperatura entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade.
As doses de DILACORON® (cloridrato de verapamil) devem ser individualizadas por titulação e administradas de preferência com a alimentação.
Os comprimidos devem ser deglutidos com um pouco de água, sem serem mastigados.

Contra-indicações

DILACORON® (cloridrato de verapamil) é contra-indicado em casos de:
choque cardiogênico;
infarto agudo do miocárdio com complicações;
bloqueio AV de segundo ou terceiro graus (exceto em pacientes com marca-passo ventricular artificial em funcionamento);
síndrome do nódulo sinusal (exceto em pacientes com marca-passo ventricular artificial em funcionamento);
insuficiência cardíaca congestiva;
flutter ou fibrilação atrial associada ao desvio de trato (ou seja; síndrome de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine);
hipersensibilidade a qualquer componente da formulação.
Não há contraindicações relativas a faixas etárias.

Reações Adversas

Seguem as reações adversas que foram relatadas com verapamil durante a vigilância pós-comercialização ou durante estudos clínicos fase IV, listados abaixo por sistema do organismo:

Houve um único relato pós-comercialização de paralisia (tetraparesia) associada ao uso concomitante de verapamil e colchicina. A causa desta paralisia provavelmente foi causada pela colchicina que cruzou a barreira hematoencefálica devido à inibição da CYP3A4 e P-gp pelo verapamil. O uso concomitante de verapamil e colchicina não é recomendado.
As notificações voluntárias das reações adversas por parte dos profissionais de saúde, contribuem para a avaliação permanente da relação benefício/risco, para a melhoria da prática terapêutica racional e principalmente instruem alterações futuras necessárias no produto.
Caso o paciente apresente reação adversa ao medicamento entre em contato com o nosso Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC: 0800 7031050).

Resultados de eficácia

Em um estudo clínico fase IV que envolveu 4247 pacientes randomizados para placebo ou verapamil 240 mg houve normalização da pressão arterial diastólica ( < 90 mmHg) em 90% dos pacientes com hipertensão leve, 77% dos pacientes com hipertensão moderada e 61% com hipertensão severa com boa tolerabilidade1.
Estudo duplo-cego de 6 semanas com 28 pacientes hipertensos estágios I-II foram randomizados para verapamil 160 mg 3x/dia ou nifedipina 20 mg 2x/dia.
Verapamil reduziu PAD media significativamente mais que nifedipina, com efeitos colaterais mais incidentes no grupo nifedipina que no grupo verapamil. Em conclusão, verapamil tem uma eficácia antihipertensiva superior à nifedipina2.
Evidências de vários estudos suportam que verapamil é um antihipertensivo eficaz e bem tolerado para o tratamento de hipertensão leve a moderada e equivalente a outros agentes como beta-bloqueadores, diuréticos e inibidores da enzima de conversão (iECA), sem apresentar os efeitos colaterais mais incidentes destas medicações3.
O efeito antianginoso de verapamil 120 mg 3x/dia ao longo de 1 ano de tratamento foi avaliado em 11 pacientes com angina esforço induzida. A tolerância do teste de esforço em bicicleta foi de 531.8 +/- 123.0 Kg/min no grupo placebo e 763.6 +/-124.7 Kg/min no grupo verapamil (p < 0.001), demonstrando a eficácia antianginosa do medicamento. Os benefícios no tratamento a curto prazo são sustentados mesmo após 1 ano de tratamento4.
Outro estudo duplo-cego, randomizado, placebo controlado avaliou a redução da frequência de episódios anginosos, o consumo de nitroglicerina e a tolerância ao esforço em 26 pacientes com angina estável em uso de verapamil 480 mg/dia. Houve redução de 5.6 +/- 7.3 para 2.2 +/- 3.9 episódios de angina por semana (p < 0.001) e redução no consumo de nitroglicerina de 3.4 +/- 4.9 para 1.2 +/- 2.5 comprimidos por semana (p < 0.05) no grupo verapamil comparado com placebo.
O tempo de esforço aumentou de 6.4 +/- 2.1 minutos e foi observado menos episódios de infradesnivelamento de segmento ST no pico do esforço (p < 0.05), sugerindo uma favorável redistribuição do fluxo sanguíneo coronário para zona isquêmica5.
Um estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado avaliou durante 4 meses a efetividade e segurança de verapamil em 11 pacientes com episódios frequentes de taquicardia paroxística supraventricular (TPSV). Os episódios de TPSV diminuiram significativamente no grupo verapamil em relação ao placebo (p < 0.05), demonstrando que verapamil oral é seguro e efetivo no tratamento a longo prazo de pacientes com taquicardia paroxística supraventricular6.
Referências Bibliográficas
1) Efficacy and safety of verapamil SR 240 mg in essential hypertension: results of a multicentric phase IV study.
Speders S, Sosna J, Schumacher A et al; J. Cardiovasc. Pharmacol. 1989; 13 suppl 4: S47-9.
2) Verapamil compared with nifedipine in the treatment of essential hypertension.
Midtbo K, Hals O, Van der Meer J; Journal of Cardiovascular Pharmacology,1982, vol. 4, no. Suppl. 3, p. S3630-S368.
3)Verapamil. An updated review of its pharmacodynamic and pharmacokinetic properties, and therapeutic use in hypertension.
McTavish D, Sorkin E; Drugs, 1989, vol. 38, no. 1, p. 19-76.
4)Long-term persistence of antianginal effect of oral verapamil in chronic stable angina.
Zanolla L, Trevi GP, et al; J Cardiovasc Pharmacol; May 1984, vol. 6(3): 423-8.
5) Treatment of stable angina of effort with verapamil: a double-blind, placebo-controlled randomized crossover study.
Brodsky SJ, Cutler SS, et al; Circulation, Sep 1982, vol. 66 (3): 569-74.
6) Oral verapamil for paroxysmal supraventricular tachycardia: a long-term, double-blind randomized trial
Mauritson DR, Winniford MD et al; 1982 Apr;96(4):409-12.

Interação com outros medicamentos

Estudos metabólicos in vitroindicam que o verapamil é metabolizado pelo citocromo P450 CYP3A4, CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9 e CYP2C18. Verapamil mostrou ser um inibidor das enzimas CYP3A4 e P-glicoproteínas (P-gp). Interações clinicamente significantes foram relatadas com os inibidores de CYP3A4, com elevação de níveis plasmáticos do verapamil, enquanto os indutores de CYP3A4 causaram redução dos níveis plasmáticos do verapamil. Portanto, os pacientes devem ser monitorados quanto a interações medicamentosas.
A tabela a seguir fornece uma lista de possíveis interações medicamentosas por motivos farmacocinéticos:

Outras interações medicamentosas e informações adicionais:
Antiarritmicos, beta-betabloqueadores: potencialização mútua dos efeitos cardiovasculares (bloqueio AV de alto grau, queda mais acentuada da freqüência cardíaca, indução de insuficiência cardíaca e hipotensão exacerbada).
Anti-hipertensivos, diuréticos, vasodilatadores:potencialização do efeito hipotensor.
Prazosina, terazosina:efeito hipotensor aditivo.
Agentes antivirais anti-HIV:devido ao potencial inibitório metabólico de alguns dos agentes antivirais anti-HIV, tais como o ritonavir, as concentrações plasmáticas do verapamil podem aumentar. Deve-se ter cuidado ou a dose do verapamil deve ser diminuída.
Quinidina:hipotensão. Edema pulmonar pode ocorrer em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Carbamazepina:aumento nos níveis de carbamazepina. Podem ocorrer efeitos colaterais relativos a carbamazepina, como diplopia, cefaléia, ataxia ou tontura.
Lítio:neurotoxicidade por lítio aumentada.
Rifampicina:o efeito hipotensor do verapamil pode ser reduzido.
Colchicina: colchicina é um substrato tanto para a CYP3A quanto para o transportador de efluxo, P-glicoproteína (P-gp). O verapamil é um inibidor da CYP3A e P-gp. Quando verapamil e colchicina são administrados concomitantemente, a inibição da P-gp e/ou CYP3A pelo verapamil pode levar a um aumento na exposição à colchicina. O uso concomitante não é recomendável.
Sulfinpirazona: o efeito hipotensor do verapamil pode ser reduzido.
Bloqueadores neuromusculares:o efeito dos bloqueadores neuromusculares pode ser aumentado.
Ácido acetilsalicílico: tendência a sangramento aumentada.
Etanol (álcool):elevação dos níveis plasmáticos do etanol.
Exames laboratoriais: aumento das enzimas hepáticas e aumento da prolactina sanguínea.
Inibidor da HMG Co-A Redutase ("estatinas"):o tratamento com inibidores da HMG Co-A redutase (por exemplo, sinvastatina, atorvastatina ou lovastatina) em pacientes que estão fazendo uso de verapamil deve ser iniciado na menor dose possível e ser aumentada gradualmente. Se o verapamil for administrado a pacientes que já fazem uso de um inibidor de HMG Co-A redutase (por exemplo, sinvastatina, atorvastatina ou lovastatina), deve-se considerar uma redução na dose da estatina e reajustar a dose de acordo com as concentrações de colesterol no sangue.
Fluvastatina, pravastatina e rosuvastatina não são metabolizadas por CYP3A4; portanto, a probabilidade de interagirem com o verapamil é menor.

Superdose

A superdosagem com verapamil pode causar hipotensão, bradicardia até bloqueio AV de alto grau e parada sinusal, hiperglicemia, estupor e acidose metabólica. Fatalidades já ocorreram como resultado de superdosagem.
Tratamento
O tratamento de uma superdosagem de verapamil deve ser principalmente de suporte, embora a administração parenteral de cálcio, um estimulante beta-adrenérgico e irrigação gastrintestinal tenham sido utilizados como tratamento da superdosagem. Devido ao potencial de absorção prolongada da forma de liberação retardada, os pacientes podem necessitar de observação e hospitalização por até 48 horas. O cloridrato de verapamil não pode ser removido por hemodiálise.

Dizeres legais

MS: 1.0553.0267
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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