Composição
Cada mL da solução injetável contém: Cloridrato de irinotecano (triidratado) 20mg. Veículos: sorbitol, ácido lático e água para injetável q.s.p.1mL.
Apresentação
Solução Injetável. 100mg. Embalagem com 1 frasco-ampola x 5mL. 40mg. Embalagem com 1 frasco-ampola x 2mL.
Indicações
Irinotecano é indicado no tratamento do carcinoma de cólon ou reto com metástases, cuja enfermidade tenha recidivado ou que tenha progredido após a terapia com 5-fluoruracila.
Dosagem
A dose inicial recomendada de irinotecano injetável é de 125mg/m2. Todas as doses devem ser administradas como infusão intravenosa durante mais de 90 minutos. O ciclo de tratamento recomendado é de 125mg/m2 administrado 1 vez por semana, durante 4 semanas; seguido por um descanso de 2 semanas. A partir de então, ciclos adicionais de tratamento podem ser repetidos, seguidos por 2 semanas de descanso. As doses posteriores podem ser aumentadas até 150mg/m2 ou reduzidas até 50mg/m2. Os aumentos devem ser de 25 a 50mg/m2, segundo a tolerância individual ao tratamento. Se durante um ciclo de tratamento ocorrer diarréia ou neutropenia grau 2 ou 3, deve-se reduzir 25mg/m2 da próxima dose e ao iniciar o próximo ciclo reduzir 25mg/m2, se for efetivamente grau 3. Caso ocorra diarréia ou neutropenia grau 4, reiniciar com uma redução de 50mg/m2 o ciclo atual e o seguinte. Desde que não se desenvolva nenhuma toxicidade intolerável, o tratamento e os ciclos adicionais com irinotecano podem ser indefinidamente continuados enquanto estiverem beneficiando o paciente. Após o início do tratamento com irinotecano, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para evitar-se a toxicidade. As doses, recomendadas durante um ciclo da terapia e ao início de cada ciclo posterior de tratamento, devem ser modificados de acordo com o grau de toxicidade: neutropenia, neutropenia febril, diarréia ou outras toxicidades não hematológicas. A terapia com irinotecano deve ser interrompida, quando houver diarréia tardia de grau 3 ou 4 (vide PRECAUÇÕES) ou quando se observar outra toxicidade intolerável. As modificações de doses para as toxicidades hematológicas (leucopenia, anemia ou trombocitopenia), durante um ciclo terapêutico e ao início de um ciclo subseqüente, são as mesmas que as recomendadas para a neutropenia. Ao início de um ciclo terapêutico subseqüente, a dose de irinotecano deve ser diminuída em função do pior grau de toxicidade observado no curso precedente. Um novo ciclo de tratamento só deve ser iniciado se a contagem de granulócitos for igual a 1.500/mm3 ou maior, a contagem de plaquetas maior que 100.000/mm3 e a diarréia provocada pelo tratamento esteja controlada. O tratamento deve ser adiado por 1 ou 2 semanas para que o paciente se recupere do tratamento referente à toxicidade. Caso o paciente não se recupere após 2 semanas de espera, a descontinuação do tratamento com irinotecano deve ser considerada. Recomenda-se que os pacientes recebam agentes antieméticos antes do tratamento com irinotecano. CUIDADOS PARA ADMINISTRAÇÃO:como todos os outros agentes anticancerígenos potencialmente tóxicos, deve-se ter cuidado na manipulação e preparação das soluções para a infusão de irinotecano. Recomenda-se o uso de luvas. Caso a solução de irinotecano entre em contato com a pele, lave bem a área com água abundante e sabão. Se ocorrer contato com as membranas mucosas, lavar abundantemente com água. Manuais para o manuseio e despejo dos agentes antineoplásicos devem estar disponíveis. Observar o conteúdo do frasco para detectar partículas e observar novamente, quando transferir o produto do frasco para a seringa. A solução de irinotecano deve ser diluída antes da infusão, em uma solução a 5% de glicose injetável USP de preferência, ou em uma solução de 0,9% de cloreto de sódio injetável USP para a faixa final de concentração compreendida entre 0,12 a 1,1mg/mL. Na maioria dos casos, irinotecano é administrado em 500mL de solução de glicose 5% USP. A solução é física e quimicamente estável durante 24 horas em temperatura ambiente (25°C aproximadamente) e em ambiente de luz fluorescente. A solução diluída em glicose USP 5%, conservada sob refrigeração (2°C- 8°C) e protegida da luz é física e quimicamente estável por 48 horas. Entretanto, a refrigeração da solução diluída em cloreto de sódio USP 0,9% não é recomendada devido à possível ocorrência de partículas. O congelamento do irinotecano ou da solução preparada com o mesmo pode produzir uma precipitação da droga. Diante da possível contaminação por microrganismos durante a diluição, recomenda-se usar a preparação em até 24 horas se refrigerada (2°C- 8°C), ou dentro das 6 horas seguintes, se for conservada à temperatura ambiente (15°C- 30°C). Não se deve adicionar outras drogas à solução de infusão. Medicamentos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas e alterações de cor antes de proceder a sua administração.
Contra-indicações
hipersensibilidade ao princípio ativo e a quaisquer constituintes da fórmula. pacientes que apresentem doença inflamatória crônica do intestino. a administração de irinotecano é contra-indicada durante a gravidez e o aleitamento materno. irinotecano é contra-indicado em pacientes com o nível de bilirrubina sérica 1,5 vezes maior que o limite superior da faixa normal.
Reações Adversas
as reações adversas, consideradas possíveis ou provavelmente relacionadas à administração de irinotecano na dose recomendada de 350mg/m2, foram analisadas em uma população de 765 pacientes. gastrintestinal: diarréia tardia: a diarréia (presente nas 24 horas após a administração) constitui uma toxicidade limitante para as doses de irinotecano. a diarréia grave aparece em 20% dos pacientes que seguiram as recomendações para a prevenção da diarréia tardia. a média de tempo para o início da diarréia tardia, após a infusão de irinotecano, foi de 5 dias. casos raros de colite pseudomembranosa foram relatados, em um dos quais foi identificado o agente bacteriano (clostridium difficile). náuseas e vômitos:náuseas e vômitos são efeitos adversos comuns após o tratamento com irinotecano e podem ser graves. em geral, ocorrem durante ou logo após a infusão de irinotecano. outros efeitos gastrintestinais:há informações sobre o aparecimento de quadros clínicos de desidratação freqüentemente associados à diarréia e/ou vômitos. observou-se constipação relacionada com irinotecano e/ou loperamida em menos de 10% dos pacientes. ocasionalmente, têm surgido casos de obstrução intestinal ou ilíaca. outros efeitos leves incluem anorexia, dor abdominal e mucosite. hematologia:a neutropenia é um efeito tóxico limitante da dose. a neutropenia foi observada em 78,7% dos pacientes, sendo grave (nível de neutrófilos no sangue < 500 células/mm3) em 22,6% dos pacientes. em 18% dos ciclos avaliados, ocorreu uma contagem de neutrófilos inferior a 1.000 células/mm3, incluindo 7,6% com 500 células/mm3. a neutropenia foi reversível e não acumulativa, o tempo médio do aparecimento do nadir foi de 8 dias e normalmente, alcançou-se à recuperação total no 22°dia. ocorreu febre com neutropenia grave em 6,2% dos pacientes. episódios de infecção apareceram em 10,3% dos pacientes e foram associados a neutropenia grave em 5,3% dos pacientes, levando a óbito alguns desses pacientes. a anemia foi observada em aproximadamente 58,7% dos pacientes (nível de hemoglobina < 8 g/dl em 8% dos casos e < 6,5 g/dl em 0,9%). a trombocitopenia (contagem de plaquetas inferior ou igual a 100.000/mm3) foi observada em 7,4% dos pacientes e em 1,8% dos ciclos. uma taxa de plaquetas menor que 50.000/mm3 foi encontrada em 0,9% dos pacientes, representando 0,2% dos ciclos. quase todos os pacientes mostraram recuperação no 22°dia. há informações de um caso de trombocitopenia periférica com anticorpos antiplaquetários na experiência pós-comercialização. síndrome colinérgica aguda:observou-se síndrome colinérgica aguda grave transitória em 9% dos pacientes. os principais sintomas descritos foram diarréia precoce e um conjunto de sintomas tais como dor abdominal, conjuntivite, rinite, hipertensão, vasodilatação, sudorese, calafrios, mal-estar, enjôo, alterações visuais, miose, lacrimejamento e hipersalivação, durante a perfusão de irinotecano ou nas 24 horas seguintes. estes sintomas desaparecem após a administração de atropina (vide advertências). outras reações adversas:há informações sobre o aparecimento precoce de outras reações adversas como dispnéia, contração muscular ou dores abdominais e parestesia. a astenia foi grave em menos de 10% dos pacientes. a relação causa-efeito com irinotecano não foi estabelecida. a alopecia foi muito freqüente e reversível. em 12% dos pacientes observou-se febre com ausência de infecção ou neutropenia grave. ocorreu aparecimento de reações cutâneas leves, alergia e reações de sensibilização no local da infusão, apesar de não terem sido freqüentes. resultados laboratoriais:incrementos transitórios de leves a moderados foram observados nos níveis séricos de transaminases, fosfatase alcalina ou bilirrubina em, respectivamente, 9,2%; 8,1% e 1,8% dos pacientes sem metástase hepática progressiva. aumentos transitórios de intensidade leve a moderada foram detectados nos níveis séricos de creatinina em 7,3% dos pacientes.
Interação com outros medicamentos
A indicação concomitante de outros antineoplásicos com efeitos adversos similares pode agravar os efeitos adversos como mielossupressão e diarréias. Os pacientes irradiados na região abdominal pelviana têm um maior risco de apresentar mielossupressão. A administração de irinotecano conjuntamente com a irradiação não foi estudada adequadamente e, portanto não se recomenda a aplicação conjunta. A linfocitopenia manifestou-se em pacientes que recebiam irinotecano e é possível que a administração de dexametasona, empregada em profilaxias antieméticas, tenha aumentado a possibilidade desse efeito. Não obstante, infecções oportunistas sérias não foram observadas e nem se atribuíram complicações referidas especificamente a linfocitopenia. A hiperglicemia foi observada em pacientes tratados com irinotecano, em geral, em pacientes com antecedentes prévios de diabetes mellituse também em pacientes que receberam dexametasona como antiemético profilático. A incidência de acatisia em ensaios clínicos foi maior (8,5%), quando se administrou no mesmo dia proclorperazina e irinotecano e menor (1,3%) quando se administrou as mesmas substâncias em dias diferentes. A incidência de 8,5% de acatisia, entretanto, está dentro da faixa observada, quando se administra proclorperazina como medicação prévia ao uso de outros agentes quimioterapêuticos. É possível considerar que o uso de laxantes de forma prévia pode piorar a gravidade da diarréia produzida nestes pacientes. Devido ao risco potencial de desidratação devem ser suspensos os diuréticos durante o tratamento com irinotecano em pacientes com vômitos e diarréia. Hemorragias pequenas em pacientes tratados com irinotecano e que tenham recebido warfarina foram observados com menor freqüência. Os dados não parecem demonstrar propensão a maior sangramento quando se administra irinotecano com warfarina em relação ao observado em pacientes tratados com warfarina unicamente. Interações com os resultados laboratoriais:não se conhecem interferências de irinotecano com quaisquer resultados laboratoriais.
Superdose
Casos de superdosagem não foram relatados. No curso de um ensaio fase I, os pacientes que receberam doses de até 750mg/m2 foram especialmente observados. As reações adversas mais significativas foram a neutropenia grave e a diarréia. Em caso de superdosagem, o paciente deve ser encaminhado para uma unidade oncológica. Não existe antídoto conhecido para a superdosagem de irinotecano.
Informação técnica
Descrição:o cloridrato de irinotecano é (4S)-4,11-dietil-4-hidroxi-9-[(4-piperidinopiperidino) carboniloxi]-1H-pirano[3',4':6-7]indolizino[1,2-b]quinolina-3,14-(4H,12H)diona cloridrato, um análogo hidrossolúvel da camptotecina com alta atividade antitumoral. É um pó cristalino amarelo pálido a amarelo, cuja fórmula empírica é C33H38N4O6.HCl.3H2O e peso molecular de 677,19. A estrutura química é representada da seguinte forma:
Farmacocinética
Descrição:o cloridrato de irinotecano é (4S)-4,11-dietil-4-hidroxi-9-[(4-piperidinopiperidino) carboniloxi]-1H-pirano[3',4':6-7]indolizino[1,2-b]quinolina-3,14-(4H,12H)diona cloridrato, um análogo hidrossolúvel da camptotecina com alta atividade antitumoral. É um pó cristalino amarelo pálido a amarelo, cuja fórmula empírica é C33H38N4O6.HCl.3H2O e peso molecular de 677,19. A estrutura química é representada da seguinte forma:
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