Amitriptilina

 

Terapias de Ação

Antidepressivo tricíclico.
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Propriedades

Embora não tenha sido descrito o exato mecanismo de ação no tratamento da depressão, calcula-se que os antidepressivos tricíclicos aumentam a concentração na sinapse de norepinefrina ou de serotonina no sistema nervoso central, ao bloquear sua recaptação pela membrana neuronal pré-sináptica. A amitriptilina parece ser mais potente no bloqueio da serotonina. Recentes investigações com antidepressivos mostram uma dessensibilização dos receptores da serotonina e dos alfa-adrenérgicos ou beta-adrenérgicos. Calcula-se que a ação antidepressiva se relaciona melhor com as mudanças nas características dos receptores, produzidos pela administração crônica dos antidepressivos tricíclicos, que com o bloqueio da recaptação dos neurotransmissores; isto explica o atraso de 2 a 4 semanas na resposta terapêutica. Também aparecem importantes efeitos antimuscarínicos periféricos e centrais devido a sua potente e alta afinidade de união aos receptores muscarínicos; efeitos sedantes por sua grande afinidade de união pelos receptores H1 da histamina e possíveis efeitos depressores miocárdicos semelhantes aos produzidos pela quinidina. É bem e rapidamente absorvida por via oral. Metaboliza-se exclusivamente no fígado e seu metabólito ativo é a nortriptilina. A união a proteínas é elevada no plasma e em tecidos (96%). A eliminação é principalmente renal, durante vários dias, e não é dialisável por sua alta união às proteínas. Sua meia-vida é de 10 a 50 horas. É um dos antidepressivos tricíclicos com maior efeito sedante.

Indicações

Síndrome depressiva maior, doença maníaco-depressiva, distúrbios depressivos na psicose. Estados de ansiedade associados com depressão. Depressão com sinais vegetativos. Dor neurogênica: em dose de até 100 mg/dia em dor crônica grave (câncer, doenças reumáticas, nevralgia pós-herpética, neuropatia pós-traumática ou diabética).

Dosagem

A dosagem deve ser individualizada para cada paciente. Embora com a dose inicial se possa produzir uma ação sedante, são necessárias de 1 a 6 semanas de tratamento para se obter a resposta antidepressiva desejada. No tratamento de manutenção, a dose diária pode ser reduzida para, em geral, 1 só dose ao deitar, durante 6 meses a 1 ano. Em pacientes de idade avançada, adolescentes ou pacientes com doença cardiovascular é preferível fracionar a dose. Dose usual para adultos: oral, inicialmente 25 mg, 2 a 4 vezes ao dia, ajustando logo a dosagem. Dose máxima em pacientes ambulatoriais: até 150 mg/dia. Hospitalizados: até 300 mg/dia. De idade avançada: até 100 mg/dia. Em adolescentes, inicialmente 10 mg, 3 vezes ao dia e 20 mg ao deitar, ajustando logo a dose, até um máximo de 100 mg/dia. Doses geriátricas usuais: inicialmente 25 mg ao deitar, ajustando a dose até um máximo de 10 mg 3 vezes ao dia e 20 mg ao deitar.

Reações Adversas

Visão turva, movimentos de mastigação, sucção, linguais; movimentos incontrolados das pernas ou braços; confusão, delírio, alucinações. Constipação, principalmente em idosos. Dificuldade ao falar ou engolir. Nervosismo. Agitação. Rigidez muscular. Fotossensibilidade. Crises convulsivas. Sudorese excessiva. Pirose. Vômitos. As seguintes reações indicarão a suspensão do tratamento: náuseas, vômitos, diarreia, excitação não-habitual, perturbações do sono.

Precauções e Advertências

Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. É possível que se apresente sonolência, portanto é necessário ter cuidado ao dirigir. A possível secura da boca implicará o uso de um substituto da saliva para o alívio. Não suspender a medicação de forma brusca. Não se recomenda seu uso em menores de 12 anos. Os pacientes de idade avançada necessitam, com mais frequência, uma redução da dose, devido à lentificação do metabolismo ou da excreção. Assim mesmo, mostram um aumento da sensibilidade aos efeitos antimuscarínicos, tais como retenção urinária ou delírio anticolinérgico.

Interações

Os corticoides, anti-histamínicos ou antimuscarínicos potencializam os efeitos antimuscarínicos; principalmente os de confusão mental, alucinações e pesadelos. O uso simultâneo com atropina pode bloquear a detoxificação da atropina, e pode produzir íleo paralítico. Aumenta a ação dos anticoagulantes por inibição do metabolismo enzimático do anticoagulante. Potencializa a depressão do SNC, o que diminui o limiar das crises convulsivas a doses elevadas e diminui os efeitos da medicação anticonvulsiva. O uso simultâneo com antitireóideos pode aumentar o risco de agranulocitose. Os efeitos dos antidepressivos tricíclicos podem ser diminuídos quando usados com barbitúricos. A cimetidina inibe o metabolismo da amitriptilina e aumenta sua concentração plasmática. Outros depressores do SNC potencializam sua ação. Não é recomendado seu uso com IMAO devido ao aumento do risco de convulsões graves e crises hipertensivas. Potencializam-se os efeitos pressores da nafazolina oftálmica, oximetazolina nasal, fenilefrina nasal ou oftálmica ou xilometazolina nasal. O uso concomitante com drogas simpaticomiméticas pode potencializar os efeitos cardiovasculares e dar lugar a arritmias, taquicardia ou hipertensão.

Contra-indicações

É contraindicada sua prescrição durante o período de recuperação imediato a infarto do miocárdio. Deverá ser avaliada a relação risco-benefício na presença de alcoolismo ativo ou tratado, asma, síndrome maníaco-depressiva ou bipolar, distúrbios hemáticos, alterações cardiovasculares, principalmente em idosos e crianças, glaucoma, disfunção hepática ou renal, hipertireoidismo, esquizofrenia, crises convulsivas, retenção urinária.

Risco na gravidez

Existen pruebas de riesgo para el feto humano. Puede aceptarse el riesgo cuando la prescripción intrínseca es racional, a lo que se agrega en forma coaligada, un problema de salud específico e individual.
Por ejemplo, en situaciones amenazantes o enfermedades graves en las cuales no se pueden prescribir medicamentos más seguros o los que se pueden utilizar resultan ineficaces. Los beneficios pueden hacer al medicamento aceptable a pesar de sus riesgos.
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Interações de Amitriptilina

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