Atazanavir

 

Terapias de Ação

Antirretroviral anti-HIV.
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Propriedades

Este fármaco é um moderno inibidor azapeptídico da protease do vírus HIV, que atua seletivamente sobre o processamento específico das poliproteínas virais Gag e Gag Pol das células infectadas pelo HIV, evitando assim a formação de vírions maduros. Possui atividade anti-HIV-1 com uma CE50 de 2 a 5nM em ausência de soro humano. Estudos de combinação de duas substâncias com atazanavir demonstraram uma atividade antiviral variável, desde sinérgica (aditiva) até antagonista, com abacavir e NNRTI (delavirdina, efavirenz e nevirapina), e efeito aditivo com os inibidores de protease (indinavir, lopinavir, ritonavir, amprenavir, nelfinavir) e NRTI (lamivudina, didanosina, estavudina, zalcitabina, zidovudina). O atazanavir é absorvido rapidamente, alcançando uma Tmáx em torno de 2,5 horas após a administração. Sua administração juntamente com alimentos aumenta a biodisponibilidade. Apresenta uma elevada união proteica (86%) especialmente com a alfa-1-glicoproteína e a albumina. Seu principal mecanismo de biotransformação é a mono-oxigenação e a dioxigenação pela ação da isoenzima CYP3A em nível hepático. Após uma dose única de 400 mg, a eliminação é por via fecal (79%) e urinária (13%); o fármaco intacto é eliminado também por via fecal (cerca de 20% da dose) e urinária (7%). Sua meia-vida é de 6,4 horas, sendo que na insuficiência hepática passa para 12,1 horas.

Indicações

Tratamento de pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) associada a outros agentes antirretrovirais.

Dosagem

Por via oral: 400 mg em dose única diária, juntamente com as refeições. Quando associado ao efavirenz, a recomendação é: 300 mg de atazanavir e 100 mg de ritonavir juntamente com 600 mg de efavirenz (todos juntos uma vez ao dia). Em associação com didanosina, recomenda-se: didanosina com estômago vazio e atazanavir com estômago cheio 2 horas antes ou 1 hora após a administração de didanosina. Quando associado a tenofovir, devem empregar-se 300 mg de atazanavir junto a 100 mg de tenofovir (todos juntos uma vez ao dia, com as refeições).

Reações Adversas

Ocasionalmente se observaram cefaleia, náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor abdominal, icterícia, tosse, vertigens, insônia, depressão, lipodistrofia, artralgias, rash cutâneo, edemas periféricos, anorexia, sudoração.

Precauções e Advertências

Seu emprego deve ser efetuado com precaução em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada, recomendando-se reduzir a dose para 300 mg em tomada única diária. Em alguns pacientes se detectaram anormalidades eletrocardiográficas (prolongamento do intervalo PR) na condução A-V, razão pela qual atenção especial deverá ser dispensada a pacientes que estejam recebendo substâncias que provoquem efeitos similares, como digoxina, atenolol, verapamil, em função de seu potencial efeito aditivo. Em alguns pacientes relataram-se casos de diabetes mellitus, exacerbação do diabetes preexistente e hiperglicemia, que obrigou a ajustes terapêuticos adequados com insulina, ou hipoglicemiantes orais. Na eventual associação com sildenafila podem aparecer efeitos adversos vinculados com este último, como priapismo, hipotensão arterial, transtornos visuais. Caso o paciente se esqueça de uma tomada, não deve tomar no dia seguinte uma dose dupla. Seu emprego durante a gravidez somente deverá ser feito se o benefício esperado superar o risco potencial para o feto. Observaram-se alguns casos de acidose lática. A segurança de seu uso durante a amamentação não foi estabelecida.

Interações

No caso de associação de atazanavir com sildenafila: pode haver aumento dos níveis séricos deste último, bem como de seus efeitos adversos: priapismo, alterações visuais, hipotensão arterial. Com estatinas (lovastatina, sinvastatina, atorvastatina): ocorre aumento do risco de rabdomiólise, miopatia. Com hipericina (Hypericum perforatum): há diminuição dos níveis terapêuticos do antiviral, comprometendo o efeito terapêutico. Com atenolol, digoxina ou verapamil: provável efeito aditivo e prolongamento do PR no eletrocardiograma. Com antiácidos, omeprazol e similares, ou ranitidina: estes fármacos reduzem a solubilidade do atazanavir em função do aumento do pH gástrico. Com irinotecana ou atazanavir: pode haver interferência sobre o metabolismo do antineoplásico. Benzodiazepínicos hipnóticos (midazolam, triazolam): seus efeitos neurodepressores podem ser potencializados, com aumento da sedação ou da depressão respiratória. Com cisaprida: podem ocorrer arritmias cardíacas. Com antibióticos macrolídios (claritromicina): pode haver prolongamento do intervalo QT, razão pela qual recomenda-se reduzir em 50% a dose do antibiótico.

Contra-indicações

Antecedentes de hipersensibilidade ao fármaco. Não administrar em combinação com fármacos cuja biotransformação seja dependente da isoforma CYP3A com fármacos que, na eventualidade de atingirem níveis séricos elevados, podem provocar reações graves e/ou fatais, tais como benzodiazepínicos, hipnóticos, ergotamina e alcaloides do ergot. Neurolépticos, cisaprida, estatinas, irinotecana, Hypericum perforatum, inibidores da bomba de prótons (omeprazol e derivados), indinavir, crianças com idade inferior a 3 anos.

Superdosagem

Recomenda-se instituir tratamento de suporte das funções básicas, hidratação, oxigenoterapia, agentes inotrópicos, etc. Se a tomada tiver sido recente, pode-se induzir êmese e/ou efetuar lavagem gástrica, carvão ativado. Não existe um antídoto específico para a superdosagem, e não foi comprovada a eficácia da diálise neste caso.
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Interações de Atazanavir

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