Canamicina

 

Terapias de Ação

Antibiótico aminoglicosídico.
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Propriedades

É um aminoglicosídico extraído do S. kanamyceticus que surgiu como uma alternativa terapêutica similar a seu predecessor, a estreptomicina, para o tratamento da tuberculose por sua ação bactericida sobre o bacilo de Koch, mas na atualidade não é empregado, e ficou relegado para algumas espécies de Mycobacterium multirresistentes. Como os outros aminoglicosídicos, bloqueia a síntese proteica bacteriana e produz erros na leitura do código genético. Não é ativo por via oral e somente pode ser administrado por via parenteral. Sua difusão às meninges, pleuras e articulações, onde se localiza o bacilo de Koch, é limitada (15-30% das concentrações atingidas no sangue). Sua eliminação é renal (60-80%), por isso a importância do controle em indivíduos com falha ou insuficiência renal, pois neles o fármaco se acumula e provoca fenômenos de nefrotoxicidade.

Indicações

Tuberculose de diferente localização (pulmonar, pleural, ganglionar, meníngea, óssea).

Dosagem

Em caso de empregá-la (cepas resistentes aos outros tuberculostáticos de escolha), nunca será como medicação única, e deve ser associada a outros agentes. A dose média é de 15 mg/kg/dia por via intramuscular divididos a cada 12 horas. A mais empregada é 500 mg a cada 12 horas. Em casos graves: 500 mg a cada 6 horas. Dose máxima: 3 g diárias. Em crianças: 15 mg/kg/dia, até uma dose máxima de 50 mg/kg/dia. Aconselha-se não superar 10-20 g como dose total, pois a partir dessa dose aparecem os fenômenos ototóxicos (hipoacusia, surdez). Foi empregado para uso tópico como colírio ou gotas óticas ou creme dérmico para infecção locais.

Reações Adversas

Cefaleias, nervosismo, excitação, acúfenos, vertigem, diglusia, hipoacusia, transtornos da visão. Elevação da creatinina e da ureia séricas; ataxia, nistagmo, lacrimejamento, exantema cutâneo, dermatite de contato (uso tópico), trombocitopenia, granulocitopenia, cilindrúria.

Precauções e Advertências

Empregar com cuidado em indivíduos idosos, diabéticos ou cardíacos. Durante o tratamento a função renal e labiríntica-audiométrica deverá ser vigiada.

Interações

Potencialização com fármacos que podem produzir bloqueio neuromuscular (curarizantes, bloqueadores neuromusculares, polimixina) ou medicamentos potencialmente nefrotóxicos (cefalosporinas, diuréticos) ou ototóxicos (vancomicina, minociclina).

Contra-indicações

Insuficiência renal. Lesões do VIII par. Oligúria grave. Miastenia gravis.

Superdosagem

O bloqueio neuromuscular com compromisso da dinâmica pulmonar ventilatória pode chegar à apneia. Como antídotos devem ser empregados neostigmina IV ou solução com gluconato de cálcio.
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Interações de Canamicina

Informação não disponível

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