Terapias de Ação
Quelante de íons metálicos. Preventivo da cardiotoxicidade de drogas citotóxicas (doxorrubicina).
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Propriedades
É um fármaco com características similares ao EDTA (ácido etilenodiaminotetraacético) que atua como um quelante sobre os íons metálicos liberados no coração. Acredita-se que este efeito cardioprotetor se deva à capacidade eletrostática de íons metálicos nas miofibrilas do miocárdio, ao hidrolizar-se e transformar-se no músculo cardíaco. Esta atividade quelante é aproveitada para diminuir ou proteger o efeito cardiotóxico do antineoplásico doxorrubicina (ou adriamicina), que como é conhecido, gera a formação do complexo Fe3+- doxorrubicina, com a consequente formação de radicais livres reativos na membrana mitocondrial. As antraciclinas doxorrubicina e seu derivado desoxi, a daunorrubicina (ou daunomicina), são reduzidos por sistemas dependentes do citocromo P450, o que origina radicais intermediários de semiquinonas, capazes de reagir com oxigênio para produzir radicais superóxidos no fígado e outros tecidos no nível de estruturas membranosas intracelulares (membrana nuclear mitocondrial). Estes radicais superóxidos, ao interatuar com macromoléculas de diversas naturezas, podem provocar toxicidade e morte celular. No nível das miofibrilas do coração, estes radicais citotóxicos na presença de ferro (Fe3+) atuam como potentes oxidantes e sua cardiotoxicidade se apresenta de 2 formas: aguda (efeito da 1ª dose) e crônica (doses sucessivas e acumulativas). A cardiotoxicidade por este derivado antraciclínico pode gerar em sua forma aguda uma síndrome "pericardite-miocardite", com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), arritmias e alterações eletrocardiográficas com alterações na onda T e segmento ST; no entanto, a forma crônica por acumulação medicamentosa origina insuficiência cardíaca refratária ou resistente à digitaloterapia clássica. Este fenômeno da cardiotoxicidade aumenta sua incidência quando a dose total supera os 550 mg/m2, e é maior ainda se associada com radioterapia ou ciclofosfamida. Foi tentado o combate da ação cardiotóxica atribuída aos radicais livres mediante o uso de dexrazoxano, que é um potente quelante do ferro, capaz de ligar-se tanto ao ferro livre como ao que forma um complexo com os derivados antraciclínicos, sem afetar sua atividade quimiotóxica antitumoral em leucemia linfocítica, doença de Hodgkin, linfomas, sarcoma de Ewing, carcinoma de ovário, mama, pulmão, bexiga e meduloblastoma. O dexrazoxano é administrado por via intravenosa (IV) e desenvolve uma cinética bicompartimental aberta, com valores médios de tempo alfa de 15 minutos e tempo beta de 140 minutos; seu volume de distribuição é de 1,1 L/kg. Possui uma rápida difusão e distribuição nos tecidos, especialmente no fígado e rim, sem atravessar a barreira hematoencefálica. Sua principal via de excreção é renal em aproximadamente 40%, tendo sido observado que a liberação do fármaco diminui em pacientes com insuficiência renal. Sua união às proteínas do plasma é baixa ( < 2%).
Indicações
Prevenção da cardiotoxicidade em pacientes em tratamento quimioterápico com doxorrubicina.
Dosagem
Diluir 500 mg em 25 ml de água destilada e aplicar por perfusão IV durante 15 minutos, aproximadamente 30 minutos antes da aplicação do antineoplásico doxorrubicina. A dose de dexrazoxano deve ser 20 vezes maior à do derivado antraciclínico; é estimada em 1.000 mg/m2 quando que a de doxorrubicina é de 50 mg/m2 a cada 21 dias. Este esquema geral de tratamento deve ser iniciado simultaneamente com a primeira dose do citotóxico e sempre serão usados associados, como aconselhado anteriormente.
Precauções e Advertências
Para evitar o risco de tromboflebite na região da injeção, a infusão deve ser de uma dissolução posterior. A solução reconstituída deve ser perfundida após a reconstituição. O período de estabilidade do fármaco é de 6 a 8 horas. Durante o tratamento deverá ser controlada a função hepática, hemática e renal. A manipulação do pó ou solução do fármaco pode produzir dermatite de contato na pele e mucosa, sendo aconselhado, portanto, o uso de luvas e lavar a região com água.
Interações
Pode potencializar a toxicidade induzida por quimioterapia ou radioterapia; requer um cuidadoso controle hematológico durante os primeiros ciclos de tratamento.
Contra-indicações
Hipersensibilidade ao fármaco. Não foi estabelecida a eficácia e segurança em crianças. Gravidez e lactação. Não administrar em mulheres de idade fértil que não utilizem um método anticoncepcional eficaz.
Risco na gravidez
Existen pruebas de riesgo para el feto humano. Puede aceptarse el riesgo cuando la prescripción intrínseca es racional, a lo que se agrega en forma coaligada, un problema de salud específico e individual.
Por ejemplo, en situaciones amenazantes o enfermedades graves en las cuales no se pueden prescribir medicamentos más seguros o los que se pueden utilizar resultan ineficaces. Los beneficios pueden hacer al medicamento aceptable a pesar de sus riesgos.
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Interações de Dexrazoxano
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