Dolasetrona

 

Terapias de Ação

Antiemético e antinauseoso.
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Propriedades

O mesilato de dolasetrona e seu metabólito ativo, a hidrodolasetrona (MDL 74,156), são antagonistas seletivos dos receptores serotoninérgicos 5-HT3, que se localizam na periferia dos terminais nervosos vagais e, em nível central, na zona quimiorreceptora do gatilho na área postrema. Aceita-se que os agentes quimioterapêuticos produzam náuseas e vômitos por liberação de serotonina das células enterocromafins do intestino delgado, em função de sua atividade estimulatória dos receptores 5-HT3 vagais eferentes, iniciando o reflexo do vômito. A dolasetrona e a hidrodolasetrona não atuam sobre outros subtipos de receptores para serotonina, sendo muito baixa sua afinidade pelos receptores dopaminérgicos. O mesilato de dolansetrona produz alterações reversíveis no traçado eletrocardiográfico (ECG), mediante ao bloqueio dos canais de sódio induzido por seu metabólito ativo. A dolasetrona modifica o tempo de despolarização e, em menor grau, o tempo de repolarização do tecido miocárdico. A frequência e a magnitude das alterações exercidas sobre o ECG são dose-dependentes. O mesilato de dolansetrona é bem absorvido após sua administração oral, sendo que o fármaco original raramente é detectado no plasma, pois é rápida e completamente metabolizado, originando hidrodolasetrona. A redução de dolasetrona para hidrodolasetrona é mediada pela enzima carbonil-redutase e o citocromo P-450 (CYP) IID6 é o responsável pelas hidroxilações da hidrodolasetrona subsequentes. A união proteica da hidrodolasetrona é de cerca de 69% a 77%; aproximadamente 50% liga-se à alfa1-glicoproteína ácida. A hidrodolasetrona é eliminada principalmente através da urina (aproximadamente 61% da dose administrada por via oral) e, em menor proporção, pelas fezes. Outros metabólitos que aparecem na urina compreendem N-óxidos e derivados glicuronizados.

Indicações

Prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios, relacionados com a quimioterapia antineoplásica.

Dosagem

Prevenção de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia oncológica. Adultos: via oral, 100mg uma hora antes da quimioterapia; via intravenosa, 1,8 mg/kg em uma dose única aproximadamente 30 minutos antes da quimioterapia. Neste último caso, como alternativa, pode-se administrar uma dose fixa de 100 mg durante 30 segundos. Pacientes pediátricos (2 a 16 anos): via oral, 1,8 mg/kg administrados ao cabo de uma hora antes da quimioterapia, até um máximo de 100 mg. Caso o fármaco seja administrado por via intravenosa, utiliza-se a mesma dose como dose única aproximadamente 30 minutos antes da quimioterapia. Prevenção de náuseas e/ou vômitos pós-operatórios. Adultos: via oral, 100 mg ao cabo de duas horas antes da cirurgia; via intravenosa, 12,5 mg em dose única, aproximadamente 15 minutos antes do término do efeito anestésico ou assim que se manifestem náuseas ou vômitos. Pacientes pediátricos (2 a 16 anos): via oral, 1,2 mg/kg ao cabo de duas horas antes da cirurgia, até um máximo de 100 mg; via intravenosa, 0,35 mg/kg aproximadamente 15 minutos antes do término do efeito anestésico ou assim que se manifestem náuseas ou vômitos, com uma dose máxima de 12,5 mg.

Reações Adversas

As principais reações adversas compreendem cefaleias, enjoos, aumento transitório das transaminases hepáticas, hipotensão, ruborização ou dor locais em caso de administração por via intravenosa. Mais raramente podem observar-se hipotensão grave, bradicardia e possível perda da consciência, imediatamente ou logo após a administração intravenosa em bolo, rash cutâneo, prurido, urticária, broncospasmo, edema ou angioedema facial e choque.

Precauções e Advertências

Recomenda-se não exceder a dose indicada para cada caso. Os pacientes de idade avançada (a partir dos 65 anos), com insuficiência renal ou com comprometimento hepático não requerem ajustes da dose, independentemente de a administração da droga ser realizada por via oral ou intravenosa. O mesilato de dolasetrona não altera os tempos de recuperação da anestesia. Dado que o mesilato de dolasetrona pode causar prolongamentos do traçado eletrocardiográfico incluindo o intervalo QTc, recomenda-se administrar com precaução a pacientes em risco de prolongamento do intervalo de condução cardíaca. Não se associou a dolasetrona com sonolência e comprometimento da cognição ou da concentração. Não administrar a mulheres grávidas ou no período de lactação.

Interações

A interação de dolasetrona e hidrodolasetrona com fármacos quimioterapêuticos é de pouca relevância, pois a hidrodolasetrona é eliminada de várias maneiras. Os níveis plasmáticos de hidrodolasetrona aumentam quando a dolasetrona é administrada juntamente com cimetidina (inibidor não-seletivo do citocromo P450) e diminuem com a co-administração de rifampicina (potente indutor do citocromo P450). Visto que a dolasetrona prolonga os intervalos de condução cardíaca, recomenda-se administrar com precaução a pacientes sob tratamento com fármacos que prolonguem os intervalos do ECG, principalmente o QTc. Sua eliminação não é afetada peles seguintes fármacos: furosemida, nifedipina, inibidores da enzima conversora de angiotensina, verapamil, gliburida e propranolol. Ocorre uma diminuição de aproximadamente 27% da depuração da dolansetrona quando este fármaco é co-administrado com atenolol.

Contra-indicações

Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco.
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Interações de Dolasetrona

Informação não disponível

Alguns medicamentos que contêm Dolasetrona

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