Eptifibatida

 

Terapias de Ação

Antiagregante plaquetário.
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Propriedades

É um heptapeptídeo cíclico sintético com seis aminoácidos, incluindo uma cisteinamida e um resíduo mercaptopropionílico, o qual se une à glicoproteína (GP)llb/IIIa do receptor plaquetário das plaquetas humanas, impedindo a conjugação com o fibrinogênio, o fator de von Willebrand e outros fatores. Desta maneira a agregação plaquetária é inibida de forma reversível e em relação dependente com dose administrada. Esta inibição da agregação plaquetária é reversível pelo término da infusão de eptifibatide, em função da dissociação do eptifibatida da plaqueta. A meia-vida plasmática de eliminação deste fármaco é de aproximadamente 2,5 horas. O esquema recomendado é um bolus intravenoso seguido de uma infusão intravenosa, o que proporciona uma concentração máxima imediata, seguida de um declínio ligeiro até alcançar o estado de equilíbrio dinâmico em cerca de 4 a 6 horas. O eptifibatide liga-se em cerca de 25% às proteínas plasmáticas humanas, sendo que aproximadamente 50% são eliminados na urina em forma de eptifibatide, eptifibatide desamidado e outros metabólitos mais polares.

Indicações

Síndrome coronariana aguda (angina instável/infarto do miocárdio sem onda O) ou pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea.

Dosagem

Síndrome coronariana aguda: adultos, via intravenosa, 180 mg/kg, seguidos de 2 mg/kg por minuto até que o paciente receba alta hospitalar ou até a cirurgia de revascularização do miocárdio durante um lapso de até 72 horas. Caso o paciente seja submetido a uma angioplastia percutânea durante o tratamento com este fármaco, deve-se considerar a conveniência de reduzir a dose (0,5 mg/kg por minuto) no momento de efetuar o procedimento, devendo continuar durante outras 20 a 24 horas, permitindo-se uma duração máxima de até 96 horas de terapia. Intervenção coronariana percutânea: adultos, via intravenosa, 135 mg/kg administrados antes do início da intervenção, seguidos de uma infusão contínua de 0,5 mg/kg por minuto durante 20 a 24 horas.

Reações Adversas

Hemorragias intracraniana, orofaríngea, geniturinária, gastrintestinal, retroperitoneal e no sítio de acesso da artéria femoral; hematúria ou hematêmese. Outro efeito adverso pouco frequente é a hipotensão arterial.

Precauções e Advertências

Em casos de hemorragia no local de acesso da artéria femoral, aconselha-se compressão local ou supressão do medicamento. Aconselha-se remover a guia da artéria femoral após a heparina ter sido descontinuada e seus efeitos tiverem sido amplamente revertidos. Recomenda-se minimizar os traumas vasculares, limitando o número de punções arteriais ou venosas, e de injeções intramusculares, bem como o emprego de cateteres urinários e entubação nasotraqueal ou nasogástrica. Eleger uma via adequada, evitando os sítios que não possam ser comprimidos(veias subclávia ou jugular). Não se efetuaram estudos prolongados em animais no sentido de avaliar o potencial carcinogênico do eptifibatide; não obstante, o fármaco não se mostrou genotóxico na prova de Ames, na prova de mutação em células de linfoma de camundongo, na prova de aberração cromossômica em linfócitos humanos ou no teste do micronúcleo no camundongo. Administrado em doses diárias de até 72 mg/kg por dia (em torno de 4 vezes superior à dose diária máxima recomendada em seres humanos), o eptifibatide não afetou a fertilidade ou a função reprodutiva em ratos machos e fêmeas. Pelo fato de não terem sido realizados estudos durante a gestação, não se recomenda seu emprego em mulheres grávidas, exceto quando os benefícios para a mãe superarem amplamente os riscos potenciais para o feto. Não se sabe se o eptifibatide é eliminado pelo leite materno, portanto, aconselha-se suspender a amamentação durante o tratamento com este fármaco. Não há estudos sobre a segurança e a eficácia em crianças.

Interações

Devem-se redobrar os cuidados quando exista associação com outros agentes que afetem a hemostasia como trombolíticos, anticoagulantes orais, anti-inflamatórios não-esteroidais, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel. O tratamento simultâneo com outros inibidores dos receptores plaquetários da GP llb/IIIa pode potencializar o efeito do fármaco.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao eptifibatide. Histórico de diátese hemorrágica, ou evidência de hemorragia nos 30 dias prévios ao tratamento, hipertensão arterial grave (sistólica superior a 200 mmHg ou diastólica superior a 110 mmHg) não-controlada de forma adequada pelo tratamento anti-hipertensivo; cirurgia maior dentro das 6 semanas anteriores, acidente vascular cerebral hemorrágico, administração atual ou planejada de outro inibidor parenteral da GP llb/IIIa, contagem plaquetária inferior a 100.000 células/mm3, creatinina sérica igual ou superior a 2 mg/dl (para a injeção em bólus de 180 mg/kg e infusão de 2 m>g/kg por minuto) ou igual ou superior a 4 mg/dl (para injeção em bólus de 135 mg/kg e infusão de 0,5 mg/kg por minuto), dependência de diálise renal.
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Interações de Eptifibatida

Informação não disponível

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