Flufenazina

 

Terapias de Ação

Antipsicótico, coadjuvante da antineuralgia.
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Propriedades

Acredita-se que a flufenazina melhora os estados psicóticos por bloqueio dos receptores pós-sinápticos dopaminérgicos mesolímbicos no cérebro. Também produz um bloqueio alfa-adrenérgico e deprime a liberação de hormônios hipotalâmicos e hipofisários. Entretanto, o bloqueio dos receptores dopaminérgicos aumenta a liberação de prolactina da hipófise. Tem fraco efeito antiemético, antimuscarínico e sedativo, e forte efeito extrapiramidal. É metabolizada no fígado e excretada por via renal.

Indicações

Estados psicóticos, esquizofrenia e na fase maníaca da doença maníaco-depressiva. Dor neurogênica crônica.

Dosagem

Via oral - adultos: 0,5 a 2,5 mg, 1 a 4 vezes ao dia, com ajuste da dose conforme a necessidade e tolerância. Os pacientes geriátricos ou debilitados necessitam, em geral, de uma dose inicial menor. Dose limite para adultos: até 20 mg/dia. Dose pediátrica: 0,25 a 0,75 mg, 1 a 4 vezes ao dia. Via parenteral - adultos: intramuscular ou subcutânea: 12,5 a 25 mg cada 1 a 3 semanas, conforme a necessidade. Dose máxima: até 100 mg por dose. Crianças de 12 anos em diante: dose para adultos.

Reações Adversas

Nos primeiros dias de tratamento, e com mais frequência nos idosos podem, ocorrer efeitos extrapiramidais distônicos e congestão nasal. São de incidência menos frequente: visão turva ou qualquer alteração de visão, pulso irregular, sensação de cansaço não-habitual, palidez, micção dificultada, erupção cutânea, alterações do ciclo menstrual, enjoos, sonolência, secura na boca, secreção de leite não-habitual, náuseas, vômitos, tremores dos dedos e mãos.

Precauções e Advertências

Evitar o consumo de álcool ou outros depressores do SNC. Não tomar durante as 2 horas posteriores à administração de antiácidos ou medicamentos antidiarreicos. Cuidado ao dirigir, devido à possível sonolência ou visão turva. Possível fotossensibilidade, sendo recomendado evitar a exposição ao sol ou o uso de lâmpadas solares. Pode ser ingerida com alimentos, água ou leite para diminuir a irritação gástrica. No caso de terapêutica parenteral, controlar os pacientes geriátricos e pediátricos devido à maior incidência de reações hipotensoras e extrapiramidais. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na indicação durante a gravidez e o período de lactação, já que pode produzir sonolência no lactente e em mães que tenham recebido fenotiazinas. Os neonatos podem apresentar icterícia prolongada, hiporreflexia e hiperreflexia e efeitos extrapiramidais. Em crianças com doenças agudas (sarampo, infecções do SNC, desidratação, gastrenterite), desenvolvem-se com maior facilidade reações neuromusculares, principalmente distonias. Em idosos, sugere-se administrar a metade da dose usual para adultos. Em pacientes com síndrome orgânica cerebral deve-se diminuir a dose a um quarto da usual para adultos.

Interações

Os antimuscarínicos antidiscinésicos ou anti-histamínicos podem intensificar os efeitos colaterais antimuscarínicos (confusão, alucinações, pesadelos). As anfetaminas diminuem seu efeito estimulante quando utilizadas simultaneamente com fenotiazinas. O uso de antiácidos ou antidiarreicos pode inibir a absorção de flufenazina. As fenotiazinas podem baixar o limiar das crises convulsivas, podendo ser, portanto, necessário ajustar a dose de anticonvulsivantes. Os antidepressivos intensificam os efeitos antimuscarínicos. Os efeitos antiparkinsonianos da levodopa podem ser inibidos pelo bloqueio dos receptores dopaminérgicos no cérebro. O uso simultâneo de quinidina pode originar efeitos cardíacos aditivos. Os bloqueadores beta-adrenérgicos originam uma concentração plasmática elevada de cada medicação. O uso com antitireóideos pode aumentar o risco de agranulocitose.

Contra-indicações

Depressão grave do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular grave; a relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de alcoolismo, angina pectoris, discrasias sangüíneas, glaucoma, disfunção hepática, Mal de Parkinson, úlcera péptica, retenção urinária, hipertrofia prostática benigna, distúrbios convulsivos e vômitos.
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Interações de Flufenazina

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