Fluvastatina

 

Terapias de Ação

Hipocolesterolemiante.
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Propriedades

É uma estatina de última geração que, como outras afins (lovastatina, sinvastatina, pravastatina), inibe competitivamente a hidroximetilglutarilcoenzima A (HMG-CoA) redutase que é a enzima responsável pela transformação-conversão da HMG-CoA em mevalonato, um precursor do colesterol. A inibição da biossíntese do colesterol nas células hepáticas estimula a síntese dos receptores LDL (lipoproteínas de baixa densidade) aumentando assim a sua captação, e por todos esses fenômenos provoca uma diminuição da hipercolesterolemia e dos níveis séricos de LDL-colesterol. A fluvastatina possui uma ótima absorção digestiva (98%) com alimentos ou sem eles; metaboliza-se em nível hepático e sua biodisponibilidade é total (100%) a partir de suas concentrações séricas. Apresenta uma elevada ligação protéica (98%) e seu volume de distribuição (Vd) é de 300 litros. A excreção é basicamente fecal (93%) e em proporção mínima pela urina.

Indicações

Em combinação com a dieta, em pacientes com hipercolesterolemia primária (de tipos IIa e IIb de Fredrickson) cuja resposta à restrição dietética de gorduras localizadas não tenha sido a esperada. Sua indicação pode ser considerada em pacientes nos quais foram excluídas diabete melito, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, disproteinemias, doença hepática obstrutiva, outras medicações e alcoolismo, como causas secundárias da hipercolesterolemia.

Dosagem

Antes de utilizar a fluvastatina, o paciente deve observar uma dieta hipocolesterolemiante e continuá-la durante o tratamento. A dose inicial é de 20 mg, uma vez por dia e à noite. Aconselha-se uma posologia na faixa de 20 a 40 mg por dia, como dose única à noite. A máxima redução do colesterol LDL é atingida dentro de quatro semanas; recomenda-se realizar determinações periódicas de lipídeos para ajustar a dose de manutenção. Em pacientes com insuficiência renal grave ou moderada não é necessário modificar a dose, pois somente 5% do fármaco sofrem excreção renal.

Reações Adversas

A maioria das reações foi leve e transitória. Em estudos clínicos controlados, os efeitos adversos que ocorreram com uma frequência maior que 1% foram: flatulência, diarreia, constipação, náuseas, dispepsia, tonturas, visão turva, cefaleia, cãibras musculares, mialgias, erupção cutânea e dor abdominal. De 0,5 a 1% observaram-se: fadiga, prurido, secura na boca, insônia e distúrbios do sono. Raramente foi informada síndrome de hipersensibilidade, que inclui: anafilaxia, angioedema, polimialgia reumática, artrite, urticária, astenia, fotossensibilidade, febre e mal-estar. Exames laboratoriais: podem evidenciar-se aumentos das transaminases séricas, elevação da fosfatase alcalina e da bilirrubina.

Precauções e Advertências

Efeitos hepáticos: elevação moderada das transaminases séricas fazendo-se aconselhável seu monitoramento antes do tratamento, e 4 ou 6 meses depois, principalmente em pacientes com provas hepáticas anormais. Se os valores aumentarem mais de três vezes acima do normal, deve-se avaliar o risco de continuar com o tratamento. Efeitos musculares: com frequência observam-se elevações ligeira e transitória dos níveis de CPK (creatinofosfoquinase). Mialgias: se há suspeita ou diagnóstico de miopatia associada com elevação da CPK, o tratamento deverá ser interrompido. Em geral, esses pacientes recebem tratamentos concomitantes com imunossupressores (ciclosporina), genfibrozila ou doses hipolipemiantes de ácido nicotínico e, portanto, devem-se avaliar os riscos e benefícios do uso de fluvastatina com esses fármacos. Em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica, a fluvastatina tem sido menos eficaz, talvez porque esses pacientes não tenham receptores para LDL em funcionamento. Embora tenha um moderado efeito hipotriglicemiante, não é indicado quando essa patologia é mais importante (hiperlipidemias dos tipos I, IV e V de Fredrickson). A segurança e a eficácia da fluvastatina em pacientes menores de 18 anos não foram estabelecidas, portanto não é recomendável seu uso nesses indivíduos.

Interações

À diferença do que ocorre com a sinvastatina e a lovastatina, após a administração simultânea de fluvastatina e ciclosporina, genfibrozila, eritromicina ou niacina não foram observados casos de miopatias. A colestiramina deve ser administrada com uma diferença de quatro horas da dose de fluvastatina, para evitar a diminuição da biodisponibilidade dessa última. A fluvastatina pode provocar um incremento na concentração plasmática máxima da digoxina (11%). Cimetidina, ranitidina e omeprazol provocam um incremento na Cmáx de fluvastatina e uma diminuição do clearance plasmático. Indivíduos que receberam rifampicina previamente à fluvastatina exibiram uma diminuição da Cmáx desse fármaco (59%) e um aumento importante do clearance plasmático. À diferença da sinvastatina e da lovastatina, não foram informadas interações entre a fluvastatina e os anticoagulantes orais até o momento.

Contra-indicações

Hipersensibilidade a pelo menos um dos componentes da apresentação farmacêutica. Insuficiência hepática, elevação persistente não-explicada dos níveis de transaminases. Gravidez e lactação. Não deve ser administrado a mulheres jovens, a menos que a gravidez seja improvável e os riscos potenciais tenham sido perfeitamente explicados à paciente. Se a paciente ficar grávida enquanto está recebendo o medicamento, a administração deve ser suspensa e o risco de teratogenia informado.

Superdosagem

A máxima dose ingerida (80 mg) não provocou sintomas nem problemas posteriores. O tratamento específico para a sua superdose não pode ser recomendado, devido à falta de experiência clínica. Em caso de superdose devem-se instituir um tratamento sintomático e medidas de suporte.
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Interações de Fluvastatina

Informação não disponível

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