Gentuzumabe ozogamicina

 

Terapias de Ação

Antineoplásico.
Publicidade

Propriedades

O gentuzumabe ozogamicina é uma agente quimioterápico constituído por um anticorpo kappa da IgG4 humanizada recombinante, conjugado com um antibiótico antineoplásico citotóxico, a caliqueamicina. O anticorpo, denominado hP67.6, liga-se especificamente ao antígeno CD33, uma proteína de adesão dependente do ácido siálico encontrada na superfície dos blastos leucêmicos e células normais imaturas de linhagem mielomonocítica, mas não nas células-mãe hematopoéticas normais. O resultado da ligação da porção do anticorpo com o antígeno CD33 é a formação de um complexo que é internalizado a seguir. Após a internalização, derivado de caliqueamicina é liberado para o interior dos lisossomas das células mieloides, para em seguida ligar-se ao DNA, provocando a ruptura de suas cadeias duplas e a morte celular. O efeito citotóxico sobre os precursores mieloides normais produz significativa mielossupressão, porém este efeito é reversível, pois as células-mãe hematopoéticas ficam excluídas.

Indicações

Leucemia mielóide aguda CD33-positiva en primeira recaída, em pacientes com idade superior a 60 anos ou em casos em que o uso de quimioterapia citotóxica não seja de utilidade.

Dosagem

Indicam-se 9 mg/m2, administrados por infusão intravenosa ao longo de 2 horas. Deverão ser administradas as seguintes medicações preventivas, 1 hora antes da administração de gentuzumabe ozogamicina: 50 mg de difenidramina e 650 mg a 1.000 mg de acetaminofeno por via oral, seguidos de duas doses adicionais de 650 mg a 1.000 mg de acetaminofeno por via oral, com um intervalo de 4 horas, segundo as necessidades. Os sinais vitais do paciente deverão ser vigiados durante a infusão e durante 4 horas após. O curso do tratamento recomendado com gentuzumabe ozogamicina é um total de 2 doses com um intervalo de 14 dias entre ambas. Não é necessário que o paciente se recupere totalmente da toxicidade hematológica da primeira dose para administrar a segunda.

Reações Adversas

As reações adversas mais importantes são a mielossupressão grave, trombocitopenia, anemia, ocorrência de irritações oportunistas (sepse, pneumonia, herpes simples), epistaxe, hemorragias cerebrais, coagulação intravascular disseminada, hemorragia intracraniana e hematúria, estomatite ou mucosite oral, e aumento da bilirrubina e das transaminases hepáticas. Com menos frequência foram observados distensão abdominal, dores abdominais, astenia, dorsalgias, calafrios, febre, cefaleia, neutropenia febril, dores hipertensão, hipotensão, taquicardia, anorexia, constipação, diarreia, dispepsia, náuseas, estomatites, vômitos, equimoses, hipopotassemia, hipomagnesemia, artralgias, depressão, enjoos, insônia, aumento da tosse, dispneia, faringite, pneumonia, rinite, rash cutâneo, edema periférico, petéquias e hemorragia vaginal. Os efeitos colaterais observados após finalizada a infusão intravenosa compreendem calafrios, febre, náuseas, vômitos, cefaleia, hipotensão, hipertensão, hipóxia, dispneia e hiperglicemia. Estes sintomas podem ser tratados com acetaminofeno, difenidramina e líquidos intravenosos.

Precauções e Advertências

Recomenda-se realizar monitoração hematológica contínua em função da mielossupressão grave, controles frequentes de eletrólitos, provas de função hepática e contagens de plaquetas. Recomenda-se empregar com precaução em pacientes com insuficiência hepática. Não administrar como injeção intravenosa direta ou em bolo. Em razão de a síndrome de lise tumoral poder ser decorrente do tratamento, recomenda-se avaliar a leucorredução com hidroxiureia ou leucoforese, previamente à administração do gentuzumabe ozogamicina. Deverão instituir-se medidas adequadas (hidratação, administração de alopurinol) para prevenção da hiperuricemia. Não foram realizados estudos a longo prazo em animais para avaliar o potencial carcinogênico do gentuzumabe ozogamicina. Este fármaco demonstrou ser clastogênico no ensaio in vitro de micronúcleos de camundongos, resultado este que é coerente com a conhecida capacidade da caliqueamicina em causar excisão da dupla cadeia do DNA. Não foram levados a efeito estudos específicos de fertilidade em animais. O gentuzumabe ozogamicina administrado semanalmente a ratos em 6 doses causou atrofia de túbulos seminíferos, oligospermia, células descamadas no epidídimo e hiperplasia de células intersticiais com a dose de 1,2 mg/kg por semana (aproximadamente 0,9 vezes a dose humana em mg/m2). Estas patologias não regrediram após 5 semanas de suspensão da administração do fármaco. Não é aconselhável administrar durante a gravidez e a amamentação. Não foram realizados estudos clínicos com a finalidade de avaliar a segurança e a eficácia em pacientes pediátricos ou com disfunção renal.

Interações

Não foram registradas.

Contra-indicações

Pacientes com hipersensibilidade conhecida a esta associação ou a algum de seus componentes: anticorpo anti-CD33 (hP67.6) ou derivados da caliqueamicina.

Superdosagem

Não há antecedentes de intoxicação por superdose.
Publicidade

Interações de Gentuzumabe ozogamicina

Informação não disponível

Alguns medicamentos que contêm Gentuzumabe ozogamicina

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play