Gosserrelina

Análogo LHRH.

A gosserrelina é um decapeptídeo sintético análogo da LHRH. A gosserrelina atua como um potente inibidor da secreção de gonadotropina hipofisária; em estudos clínicos com formulações de 3,6 mg de gosserrelina, os picos de concentração sérica foram observados após 12 a 15 dias da administração subcutânea. O pico médio de concentração sérica foi de aproximadamente 2,5 ng/ml. A gosserrelina é absorvida durante os primeiros 8 dias de uma forma muito mais lenta do que nos restantes 20 dias. Não há evidência suficiente que demonstre a acumulação em pacientes com função renal e hepática normal. Nos pacientes com deterioração da função renal (liberação da creatinina menor que 20 ml/minuto), a meia-vida da eliminação sérica foi de 12 horas e 6 minutos, em comparação com as 4 horas e 12 minutos dos indivíduos com função renal normal.

Tratamento do câncer de próstata sensível à terapia hormonal e do câncer de mama de pacientes pré-menopáusicas e perimenopáusicas. Nas endometrioses, alivia os sintomas, inclusive a dor, e reduz o tamanho e o número de lesões endometriais. Nos fibromas, reduz as lesões, melhora o estado hematológico do paciente e diminui os sintomas, inclusive a dor. É utilizado como coadjuvante da cirurgia para facilitar a técnica e reduzir a perda operatória de sangue.

Injeção subcutânea de 1 depot de 36 mg a cada 28 dias na parede abdominal anterior. Caso necessário, pode-se utilizar um anestésico local. Não é necessário modificar a dose nos pacientes de terceira idade ou com insuficiência renal ou hepática.

Deve-se ter cuidado especial com pacientes com risco de desenvolver obstrução dos ureteres ou compressão da medula espinhal, sendo necessário monitorá-los com frequência durante o primeiro mês de tratamento. Se já existe ou está se desenvolvendo compressão da medula espinhal ou insuficiência renal grave devida à obstrução dos ureteres, deverá ser iniciado com o tratamento padrão destas complicações. A utilização dos análogos LHRH em mulheres pode causar perda da densidade mineral óssea. Atualmente os estudos sugerem que pode haver certa recuperação da perda óssea com a interrupção do tratamento. Não há dados clínicos sobre o efeito do tratamento em afecções ginecológicas benignas com gosserelina por períodos superiores a 6 meses.

Gravidez. Lactação. Não se recomenda sua utilização em crianças.