Nateglinida

 

Terapias de Ação

Hipoglicemiante oral.
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Propriedades

Trata-se de um derivado de um aminoácido (fenilalanina) que se diferencia de outros antidiabéticos por suas propriedades químicas e farmacológicas. Este fármaco restabelece a secreção pós-prandial inicial de insulina ocasionando, como resultado, uma redução dos valores circulantes de glicose após as refeições e da HbA1c. A secreção inicial de insulina é um mecanismo essencial para preservar o controle glicêmico normal. Quando tomada antes das refeições, a nateglinida restabelece a primeira fase de secreção de insulina, a qual está ausente nos pacientes com diabetes do tipo 2. Esta ação é mediada por uma interação rápida e transitória com o canal de K+ ATP-dependente das células b pancreáticas. Diferentemente de outros hipoglicemiantes orais, a nateglinida induz uma secreção significativa de insulina nos primeiros 15 minutos posteriores a uma refeição, o que a magnitude dos picos glicêmicos pós-prandiais. Os níveis de insulina retornam aos valores basais entre 3 e 4 horas após, reduzindo-se assim a hiperinsulinemia pós-prandial que provavelmente tem relação com a aparição de hipoglicemias tardias. Como a secreção de insulina pelas células b-pancreáticas induzida pela nateglinida é sensível à glicose, tal secreção diminui à medida que a glicemia se reduz. A capacidade da nateglinida estimular a secreção de insulina diante de pequenas concentrações de glicose no sangue é pequena, o que constitui proteção adicional contra a hipoglicemia ou quando se omite uma refeição. A associação com metformina, a qual modifica principalmente a glicemia de jejum, produz efeito sinérgico com a nateglinida sobre a HbA1c, em comparação com o efeito obtido pela administração de cada fármaco em separado, devido aos mecanismos de ação complementares dos dois agentes. Sua absorção após administração por via oral é rápida. Apresenta ampla ligação (97% a 99%) a proteínas séricas, principalmente a albumina, e em menor proporção a uma glicoproteína ácida. É metabolizada através de um sistema de oxidases de função mista, sendo a enzima 2C9 do citocromo P450 o principal catalisador do metabolismo da nateglinida, seguida pelo CYP3A4. Os metabólitos principais apresentam atividade mais discreta do que o fármaco intacto, e ambos são eliminados rápida e completamente pela urina (83%) e fezes (10%).

Indicações

Naqueles casos de diabetes mellitus do tipo 2 (diabetes mellitus não-insulinodependente, DMNID) em que não se consiga controlar adequadamente a hiperglicemia apenas com dieta e exercícios físicos.

Dosagem

120 mg administrados entre 1 a 30 minutos antes das refeições (desjejum, almoço e jantar). Dose máxima: 180 mg.

Reações Adversas

O principal efeito colateral adverso é a hipoglicemia, acompanhada de sintomas, geralmente leves, como sudoração, tremores, enjoos, aumentos do apetite, palpitações, náuseas, fadiga e fraqueza, os quais respondem de imediato à ingestão de carboidratos. Outras reações adversas compreendem exantema, prurido, urticária, dores abdominais, dispneia, diarreia e cefaleia.

Precauções e Advertências

Recomenda-se administrar a nateglinida imediatamente (1 minuto) antes de cada refeição, sendo o tempo máximo de 30 minutos antes. Os ajustes de dose devem ser realizados de acordo como os valores de hemoglobina glicosilada (HbA1c). Nos casos em que o paciente requeira tratamento adicional, pode-se associar metformina com a dose de manutenção da nateglinida. Quando os pacientes estão sob terapia com metformina e requerem tratamento adicional, a dose habitualmente recomendada de nateglinida é de 120 mg, antes das refeições. Aconselha-se não administrar nateglinida a pacientes em idade pediátrica, pois a eficácia e a segurança do fármaco não foram ainda estabelecidas nessa faixa etária. Não é necessário realizar reajustes de dose em pacientes com idade avançada nem naqueles que apresentam doenças hepáticas não graves ou insuficiência renal. É necessário, porém, especial atenção em pacientes cuja função hepática esteja gravemente comprometida. Em estudos convencionais de segurança, farmacologia, toxicidade após repetição de doses, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade sobre a reprodução, os dados pré-clínicos disponíveis não revelam nenhum risco para o ser humano. Contudo, em virtude de não haverem sido realizados estudos clínicos controlados em mulheres grávidas, recomenda-se não administrar nateglinida durante a gestação. Apesar de não se saber se a nateglinida é eliminada no leite materno, aconselha-se não administrar este fármaco a mulheres no período da amamentação.

Interações

A ação hipoglicemiante da nateglinida pode ser potencializada por certos fármacos como anti-inflamatórios não-esteroidais, salicilatos, inibidores da monoaminoxidase e bloqueadores b-adrenérgicos não-seletivos. A administração simultânea de tiazídicos, corticosteroides, produtos com ação na tireoide ou simpatomiméticos com a nateglinida reduz seu efeito hipoglicemiante. Em ambos os casos, nos pacientes sob tratamento é necessário realizar um rígido controle dos níveis de glicose no sangue.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao fármaco, diabetes do tipo 1 (diabetes mellitus insulinodependente, DMID); cetoacidose diabética; gravidez e lactação.

Superdosagem

A superdose pode ocasionar um efeito hipoglicemiante exacerbado, com manifestação de sintomas de hipoglicemia. Os sintomas de hipoglicemia sem perda da consciência nem manifestações neurológicas são tratados com glicose por via oral e reajustando a dose, o horário das refeições, ou ambos. As reações hipoglicêmicas graves, com coma, convulsões ou outros sinais neurológicos, são tratados com glicose por via intravenosa. Como a nateglinida une-se fortemente a proteínas séricas, diálise não constitui meio eficaz para eliminá-la do sangue.
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Interações de Nateglinida

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