Nebivolol

 

Terapias de Ação

Anti-hipertensivo.
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Propriedades

Trata-se de um bloqueador seletivo dos receptores cardíacos b-adrenérgicos que, além disto, aparentemente exerce atividade vasodilatadora.

Indicações

Hipertensão arterial de diferentes tipos.

Dosagem

Adultos: via oral, 5 mg ao dia, de preferência à mesma hora do dia. Pacientes com insuficiência renal e idosos com idade inferior a 75 anos: via oral, 2,5 mg ao dia. Caso necessário, a dose poder ser aumentada até 5 mg ao dia.

Reações Adversas

As principais reações adversas compreendem diarreia, obstipação, náuseas, dispneia, edema, com menor frequência observam-se: bradicardia, retardo da condução AV/bloqueio AV, hipotensão, insuficiência cardíaca, aumento da claudicação intermitente, alterações de visão, impotência, depressão, pesadelos, dispepsia, flatulência, vômitos, broncospasmo, rash cutâneo, alucinações, psicose, confusão, extremidades frias/cianóticas, fenômeno de Raynaud, secura de olhos e toxicidade óculo-mucocutânea.

Precauções e Advertências

Antes da administração de fármacos anestésicos, a terapêutica com nebivolol deve ser suspensa durante pelo menos 24 horas. Deve ter-se precaução com aqueles anestésicos que causam depressão do miocárdio, como ciclopropano, éter ou tricloroetileno. Perante a possibilidade de reações vagais, o paciente pode ser protegido com a administração intravenosa de atropina. Recomenda-se não administrar a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) não tratada, a menos que esta condição esteja em estado estável. Em pacientes com cariopatia isquêmica, o tratamento com nebivolol deve ser suspenso gradualmente. Caso seja necessário, a terapia de substituição deve ser iniciada concomitantemente, para prevenir a exacerbação da angina pectoris. Recomenda-se diminuir a dose administrada de nebivolol se o pulso cai abaixo de 50 - 55 batimentos/minuto em repouso. Administrar com precaução a pacientes com alterações da circulação periférica (síndrome ou doença de Raynaud, claudicação intermitente), já que pode ocorrer agravamento do quadro. Administrar com precaução a pacientes portadores de bloqueio AV do primeiro grau, em razão do efeito negativo do nebivolol sobre o tempo de condução. Administrar com precaução a pacientes com angina de Prinzmetal devido à vasoconstrição coronariana mediada pelo receptor alfa. O nebivolol pode causar aumento tanto no número como na duração das crises de angina. Administrar com cautela em pacientes diabéticos, pois o fármaco pode mascarar certos sintomas da hipoglicemia (tarquicardia, palpitações). O nebivolol pode mascarar os sintomas de taquicardia em paciente hipertireóideo; uma suspensão brusca do fármaco pode intensificar os sintomas. Administrar com precaução a pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), dada a possibilidade de agravamento da broncoconstrição. O fármaco pode aumentar a sensibilidade do paciente a alérgenos e a gravidade das reações anafiláticas. Estudos em animais demonstraram que o nebivolol não exerce qualquer efeito tóxico sobre o fetol; não obstante, sabe-se que os b-bloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que pode acarretar morte fetal intrauterina, imaturidade e parto prematuro. Além disto, podem ocorrer hipoglicemia e bradicardia no feto e no neonato, e aumento do risco de complicações cardíacas e pulmonares no neonato no período pós-natal. Portanto, recomenda-se não administrar durante a gravidez e a lactação.

Interações

Administrar com precaução juntamente com antagonistas do cálcio (verapamil ou diltiazem), em função de sua influência negativa sobre a contratilidade e a condução atrioventricular. O verapamil por via intravenosa está contraindicado em pacientes sob tratamento com nebivolol. A associação de nebivolol com fármacos antiarrítmicos de classe I e amiodarona pode potencializar os efeitos sobre o tempo de condução atrial e o efeito inotrópico negativo. O nebivolol aumenta o risco de hipertensão de rebote após suspensão brusca de um tratamento crônico com clonidina. A administração simultânea de glicosídeos digitálicos com nebivolol pode causar aumento do tempo de condução atrioventricular. O nebivolol não interfere na cinética da digoxina. O uso concomitante de nebivolol com anestésicos pode atenuar a taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. A administração de fármacos tipo anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE) não interfere na ação hipotensora do nebivolol. A administração conjunta com cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem modificar seu efeito clínico. A associação de nebivolol com nicardipina causa discreto aumento dos níveis plasmáticos de ambos os fármacos, sem modificar seu efeito clínico. A administração juntamente com álcool, furosemida, ranitidina ou hidroclorotiazida não afeta a farmacocinética do nebivolol. Este fármaco não apresentou efeito sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica da varfarina. Os agentes simpatomiméticos podem contrapor-se ao efeito do nebivolol. Este pode causar efeitos opostos à ação a-adrenérgica de certos agentes simpatomiméticos (risco de hipertensão, bradicardia grave e bloqueio cardíaco). A administração concomitante de antidepressivos tricíclicos, barbitúricos e fenotiazínicos pode aumentar o efeito hipotensor do nebivolol. Dado que o metabolismo do nebivolol envolve a atividade da isoenzima CYP2D6, a administração concomitante de inibidores da recaptura de serotonina ou outros compostos metabolizados principalmente por esta via, pode fazer com que metabolizadores extensivos aparentem ser metabolizadores deficientes. O nebivolol pode ser administrado isoladamente ou concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao nebivolol, insuficiência hepática ou função hepática alterada, gravidez, lactação, choque cardiogênico, insuficiência cardíaca não-controlada, patologia do nó sinusal, histórico de broncospasmo e asma brônquica, feocromocitoma não tratado, acidose metabólica, bradicardia (ritmo cardíaco inferior a 50 batimentos por minuto), hipotensão e alterações graves da circulação periférica.

Risco na gravidez

Existen efectos secundarios en fetos de animales de experimentación. No hay hasta el momento estudios adecuados en los seres humanos, por lo que se desconocen los riesgos de su utilización en mujeres embarazadas. La terapia medicamentosa sólo es válida cuando el problema de salud indica sin lugar a dudas, la necesidad de su empleo.

Superdosagem

Os sintomas de superdose com b-bloqueadores são bradicardia, hipotensão, broncospasmo e insuficiência cardíaca aguda. Caso ocorra superdose ou hipersensibilidade, recomenda-se vigiar os níveis de glicose sanguínea e eliminar, através de lavagem gástrica ou administração de carvão ativado e/ou um laxativo, qualquer resíduo do fármaco porventura ainda presente no trato gastrintestinal. Pode ser necessária instalação de respiração artificial. A bradicardia ou reações vagais importantes devem ser tratadas por administração de atropina ou metilatropina. A hipotensão e o choque devem ser tratados com plasma/substitutos do plasma e, caso necessário, com catecolaminas. O efeito b-bloqueador pode ser bloqueado por administração intravenosa lenta de cloridrato de isoprenalina, iniciando com uma dose de aproximadamente 5 m/min, ou dobutamina, iniciando com uma dose de aproximadamente 5m/min, até a obtenção do efeito requerido. Em casos refratários, podem combinar-se isoprenalina com dopamina. Se esta manobra não conduz ao efeito desejado, pode-se considerar a administração intravenosa de 50 a 100 mg/kg de glucagon. Caso necessário, a injecão pode ser repetida dentro de uma hora, na forma de uma infusão intravenosa de glucagon de 70 mg/kg por hora. Nos casos extremos de bradicardia resistente ao tratamento pode-se implantar um marca-passo.
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Interações de Nebivolol

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