Rabeprazol

 

Terapias de Ação

Antiulceroso.
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Propriedades

É um moderno inibidor da bomba de prótons (IBP) similar a seus predecessores (omeprazol, lasoprazol, pantoprazol) que, como os demais, bloqueia a secreção de ácido gástrico. Quimicamente trata-se de um benzimidazol como todos esses derivados, que atua inibindo de forma específica e seletiva a enzima H+/K+-ATPase, sem apresentar efeitos bloqueadores histaminérgicos H2 como a ranitidina nem efeitos anticolinérgicos como a atropina e similares. O rabeprazol é um sal fraco instável em meio ácido que deve ser administrado em cápsulas ou comprimidos de modo que não seja inativado no estômago; após sua administração por via oral, é absorvido rapidamente, começando a atuar dentro de 60 minutos para finalmente alcançar seu pico plasmático em cerca de 2 a 4 horas. Com as doses convencionais (20 mg a 40 mg), a duração do efeito terapêutico bloqueador de secreção ácida estende-se por mais de 24 horas. A biodisponibilidade após dose única de 20 mg é de 52%, devido ao fenômeno de biotransformação metabólica pré-sistêmica. Os níveis de gastrina no soro aumentaram durante as primeiras 2 a 8 semanas de tratamento, em consequência dos efeitos inibitórios sobre a secreção ácida. Os valores de gastrina voltaram aos níveis prévios ao tratamento usualmente dentro de 1 a 2 semanas após a suspensão de terapia. Até o momento não se verificaram efeitos sistêmicos do rabeprazol no SNC ou nos sistemas cardiovascular e respiratório. Administrado em doses orais de 20 mg durante 2 semanas, o fármaco não apresentou efeitos sobre a função tireoidiana, sobre o metabolismo dos carboidratos ou sobre os níveis circulantes de paratormônio, cortisol, estrógenos, testosterona, prolactina, colecistoquina, secretina, glucagon, hormônio foliculoestimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), renina, aldosterona ou hormônio somatotrófico. Em indivíduos sadios, a vida média é de aproximadamente 1 hora (faixa de 0,7 a 1,5 hora). O rabeprazol liga-se a proteínas plásmaticas em cerca de 97%. Metabolismo e eliminação: em seres humanos os principais metabólitos plasmáticos são o tioéter (M1) e o ácido carboxílico (M6), juntamente com metabólitos menos importantes observados em quantidades menores como sulfona (M2), desmetil-tioéter (M4) e ácido mercaptúrico conjugado (M5). Apenas o metabólito desmetilado (M3) é dotado de alguma atividade anti-secretora, porém este composto não é encontrado no plasma. Aproximadamente 90% da dose é eliminada na urina, principalmente na forma de dois metabólitos: um conjugado do ácido mercaptúrico (M5) e um ácido carboxílico (M6), além de outros dois metabólitos não conhecidos. O restante da dose é recuperado nas fezes.

Indicações

Úlcera duodenal, úlcera gástrica. Refluxo gastresofágico. Hérnia de hiato. Enfermidades acidopépticas.

Dosagem

Úlcera duodenal, úlcera gástrica, refluxo gastresofágico: 20 mg, uma vez ao dia administrados pela manhã, antes da ingestão de alimentos, durante 4 a 8 semanas.

Reações Adversas

Os efeitos adversos mais comuns (incidência de 5%) foram: cefaleia, diarreia e náuseas. Outros efeitos adversos (incidência de 2% a 5%) foram: rinite, dores abdominais, astenia, flatulência, faringite, vômitos, dores difusas nas costas, enjoos, síndrome gripal, infecção, tosse, constipação e insônia. Reações adversas menos frequentes (incidência de 1%): rash cutâneo, mialgia, dores precordiais, secura da boca, dispepsia, nervosismo, sonolência, bronquite, calafrios, eructação, cãibras.

Precauções e Advertências

Descartar a presença de neoplasia gástrica antes de administrar rabeprazol. Como até o momento não se dispõem de dados sobre a erradicação do H. pylori com rabeprazol administrado juntamente com antibióticos, este fato deverá ser investigado; caso seja obtido resultado positivo, considerar a administração de terapia convencional. Evitar sua administração durante a gravidez e a amamentação até que estudos apropriados sejam realizados.

Interações

O rabeprazol é metabolizado pelo citrocomo P-450 (CYP-450). Não se encontraram interações clinicamente significativas com vafarina, fenitoína, teofilina ou diazepam, que são metabolizadas pelo mesmo sistema. A co-administração de rabeprazol provoca diminuição da ordem de 33% nos níveis de cetoconazol e aumento de cerca de 122% nos níveis de digoxina. Portanto, pode ser necessário que os pacientes sejam controlados para determinar a necessidade de ajuste de dose quando tais fármacos devem ser tomados concomitantemente com o rabeprazol. Não se observou interação com antiácidos líquidos.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez e amamentação.

Superdosagem

Não se conhece antídoto específico, e o tratamento deve ser sintomático.
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Interações de Rabeprazol

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