Tirofibana

 

Terapias de Ação

Antiagregante plaquetário.
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Propriedades

É um antagonista da agregação plaquetária, de estrutura química não-peptídica, que desenvolve efeito antitrombótico em numerosas patologias aterotrombóticas. Seu mecanismo de ação se realiza na membrana plaquetária, sobre o receptor GP IIb/IIa dessa membrana, que é de fato o receptor de superfície mais importante dessas células, já que intervém nos fenômenos de sua agregação. Além disto, a tirofibana previne a união do fibrinogênio ao receptor plaquetário GP IIa/IIb, provocando assim um bloqueio da união cruzada das plaquetas. Em associação com a heparina, a tirofibana é empregado com sucesso no tratamento dos estágios iniciais do infarto do miocárdio ou em pacientes com angina instável.

Indicações

Patologias aterotrombóticas. Infarto do miocárdio. Episódios coronarianos isquêmicos, em pacientes submetidos a angiopatia ou a endoarterectomia coronária. Angina instável.

Dosagem

O modo de uso único é por via intravenosa, podendo-se através da mesma via associar-se com heparina. A dose deverá ser ajustada ao peso do paciente mediante diluição prévia e emprego de um dispositivo de infusão calibrado. Angina instável ou infarto do miocárdio: iniciar a perfusão com 0,4 mg/min. durante 30 minutos e ao finalizar esta infusão inicial prosseguir com uma dose de manutenção de 0,1 mg/kg por minuto. Aplica-se a seguinte regra para calcular o regime de infusão. Tratamento de manutenção: multiplique o peso do paciente por 0,12 e faça a infusão da quantidade resultante em mililitros por hora. Tratamento de ataque: multiplique o valor anterior por 4. Os ml/hora calculados devem ser administrados ao longo de 30 minutos. Angioplastia-arterectomia: aplicar por via IV em combinação com heparina em forma de bolo inicial (10 mg/kg) durante 3 minutos, seguido de um regime de manutenção de 0,15 mg/kg por minuto. Recomenda-se a administração em bolo de 0,2 ml/kg durante 3 minutos antes de iniciar a cirurgia de revascularização, ao passo que o regime de manutenção deverá prolongar-se durante 36 horas. Em pacientes nefropatas com depuração de creatinina inferior a 30ml/min., a dose de tirofibana deverá ser reduzida à metade.

Reações Adversas

O efeito adverso mais frequentemente relatado foi hemorragia de pequena monta ou leve, que se apresentou predominantemente no sexo feminino e em pacientes idosos. Além disto, registraram-se cefaleia, náuseas e febre, que foram similares às observadas no grupo controle.

Precauções e Advertências

O emprego da tirofibana deverá ser realizado com suma precaução em pacientes que tenham sofrido episódios recentes de hemorragia (há menos de 1 ano) ou que possuam coagulopatias, alterações plaquetárias (abaixo de 150.000 plaquetas), histórico de enfermidades hemorrágicas (gastrintestinais, urinárias, ginecológicas). É necessário também cuidadosa avaliação de sua indicação em hipertensos graves, ou pacientes que possuam aneurisma aórtico, retinopatias ou enfermidades vasculares cerebrais. Após 5 horas da infusão (bolo ou ataque) e pelo menos uma vez ao dia deverá ser realizada uma estrita monitoração hematológica do paciente (plaquetas, hematócrito). Este fármaco não deverá ser empregado durante a gravidez, salvo nos casos em que o benefício esperado justifique o potencial risco para o feto. Desconhece-se se a tirofibana é eliminado pelo leite materno, e por isto recomenda-se suspender sua administração durante a amamentação. Sua segurança em crianças não foi estabelecida.

Interações

Houve registro de uma incidência aumentada de hemorragias com o uso da associação da tirofibana com heparina. O efeito de agentes anticoagulantes orais (tipo varfarina) pode ser potencializado. Não se registraram interações clinicamente significativas com o uso simultâneo de betabloqueadores, antagonistas do cálcio, anti-inflamatórios não esteroidais, inibidores da enzima de conversão de angiotensina, digitálico, diltiazem, ranitidina, omeprazol, ferro, sucralfato, levotiroxina, furosemida, insulina ou lorazepam.

Contra-indicações

Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez e amamentação. Patologias hemorrágicas. Trombocitopenia. Distúrbios da hemostasia. Neoplasia intracraniana. Aneurismas, fístulas arteriovenosas. Doença ulcerosa gastroduodenal ativa. Hemofilia.

Superdosagem

Os casos de superdose devem ser tratados com as medidas específicas de acordo com a condição clínica do paciente. As manifestações clínicas são, primordialmente, hemorragias mucocutâneas mínimas na zona de cateterização.
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Interações de Tirofibana

Informação não disponível

Alguns medicamentos que contêm Tirofibana

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