CLORIDRATO DE TICLOPIDINA

3056 | Laboratório MERCK

Descrição

Princípio ativo: Ticlopidina,
Ação Terapêutica: Antiagregantes plaquetários

Composição

Cada comprimido revestido contém: cloridrato de ticlopidina 250 mg. Excipientes: ácido esteárico, amido de milho, celulose microcristalina, citrato trietílico, cloreto de amônio, dióxido de titânio, estearato de magnésio, hipromelose, polidextrose, macrogol e povidona.

Apresentação

Comprimido revestido
cloridrato de ticlopidina 250 mg
- Embalagens contendo 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL - ADULTO

Indicações

Redução do risco de acidente vascular cerebral primário ou recorrente, em pacientes com história de pelo menos um dos seguintes eventos: AVC isquêmico completo, AVC menor, déficit neurológico isquêmico reversível ou ataque isquêmico transitório (inclusive amaurose monocular transitória).
Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente coronarianos, em pacientes com arteriosclerose obliterante crônica dos membros inferiores, com sintomas de claudicação intermitente.
Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários induzidos por circuitos extra-corpóreos (Cirurgia com circulação extra-corpórea e hemodiálise crônica).

Dosagem

A posologia usual é de 2 comprimidos ao dia, durante as refeições.

Contra-indicações

Diáteses hemorrágicas. Lesões orgânicas suscetíveis de sangramento, por exemplo, úlcera gastroduodenal em atividade, AVC hemorrágico em fase aguda.
Hemopatias com aumento do tempo de sangramento.
Antecedentes de alergia à ticlopidina. Antecedentes de leucopenia, trombocitopenia ou agranulocitose.

Reações Adversas

Em dois estudos clínicos de larga escala que incluíram 2048 pacientes com afecções cerebrovasculares tratados com ticlopidina, o cuidadoso controle dos parâmetros hematológicos revelou incidência de 2,4% de neutropenia, sendo 0,8% de casos severos (menos de 450 neutrófilos/mm3). Nesses estudos, assim como na grande maioria de relatos de vigilância farmacológica, a ocorrência de neutropenia grave ou de agranulocitose (menos de 300 neutrófilos/mm3) manifestou-se em geral nos primeiros 3 meses de tratamento e nem sempre foi acompanhada por sinais de infecção ou outros sintomas clínicos típicos, enfatizando a necessidade de controle do hemograma. A medula óssea revelou redução dos precursores mielóides.
Há referência de casos raros de aplasia medular ou pancitopeniaem pacientes tratados com ticlopidina, assim como de trombocitopenia isolada. Foi relatada ocorrência rara de púrpura trombocitopênica trombótica (vide Precauções e Advertências).
Podem ocorrer manifestações hemorrágicas durante o tratamento, principalmente hematoma ou equimose e epistaxe. Foram relatados casos de hemorragia pré ou pós-operatória (vide Precauções e Advertências).
A ticlopidina pode provocar sintomas gastrointestinais, especialmente diarréia e náusea. A diarréia é usualmente leve e transitória, ocorrendo durante os 3 primeiros meses de tratamento. Geralmente essas manifestações regridem em 1 a 2 semanas, mesmo na vigência do tratamento e este só deve ser suspenso em caso de sintomas intensos e persistentes. Foram relatados muito raramente casos de diarréia grave com colite.
Foram descritos casos de erupções cutâneas, maculopapulares ou urticariformes, freqüentemente com prurido. Tais manifestações aparecem em geral nos primeiros 3 meses de tratamento (tempo médio de início: 11 dias) e podem ser generalizadas. Com a suspensão do tratamento as reações cutâneas regridem em poucos dias.
Foram relatados casos raros de hepatite e icterícia colestática nos 3 primeiros meses de tratamento. A evolução foi em geral favorável após descontinuação do tratamento.
Foram relatados casos muito raros de reações imunológicas com diferentes manifestações, tais como vasculite, síndrome lúpica, edema de Quincke e nefropatia por hipersensibilidade.
Neutropenia e, mais raramente, pancitopenia, assim como trombocitopenia isolada ou excepcionalmente associada a anemia hemolítica, foram descritas durante o tratamento com a ticlopidina.
O uso de ticlopidina pode ser acompanhado de elevação isolada ou associada da fosfatase alcalina, transaminase (mais que 2 vezes o limite de normalidade) e bilirrubina (pequeno aumento).
O uso crônico da ticlopidina pode estar associado a aumento do colesterol e triglicerídeos séricos. Os níveis de HDL-C, LDL-C, VLDL-C e triglicerídeos podem aumentar de 8 a 10% após 1 a 4 meses de tratamento, sem progressão ulterior com a continuação da terapia. As relações das sub-frações lipoprotéicas (especialmente a relação HDL-LDL) permanecem inalteradas.
Resultados de ensaios clínicos demonstram que esse efeito é independente da idade, sexo, ingestão de álcool ou diabetes e não tem influência sobre o risco cardiovascular.

Precauções

Foram observados efeitos adversos hematológicos e hemorrágicos, que podem ser graves ecom conseqüências às vezes fatais (vide Reações adversas).
Tais efeitos graves podem estar associados a monitoração inadequada, diagnóstico tardio e medidas terapêuticas inadequadas quanto aos efeitos adversos.
Administração concomitante de anticoagulantes e antiagregantes plaquetário tais como ácido acetilsalicílico ou AINE´s.
Controle hematológico
Durante os três primeiros meses de tratamento com ticlopidina o paciente deve realizar hemograma completo (inclusive contagem de plaquetas) a partir do início do tratamento e a intervalos de 2 semanas durante os 3 primeiros meses e no decorrer de 15 dias após a descontinuação do produto, caso o tratamento seja interrompido antes de 3 meses. Em caso de neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3) ou de trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3) o tratamento deve ser suspenso e a fórmula sangüínea controlada até o seu retorno a valores normais.
Controle clínico
Todos os pacientes devem ser cuidadosamente acompanhados quanto a sinais e sintomas de reações adversas, especialmente nos 3 primeiros meses de tratamento. Os pacientes devem ser instruídos sobre sinais e sintomas possivelmente relacionados a neutropenia (febre, dor de garganta, ulcerações na mucosa oral), a trombocitopenia ou alteração da hemostasia (sangramento prolongado ou inusitado, equimoses, púrpura, fezes escuras) ou a icterícia (pele e conjuntivas amareladas, urina escura, fezes claras, etc).
O paciente deve ser avisado para suspender o tratamento e procurar prontamente o médico, caso surja algum desses sintomas.
A decisão de reiniciar o tratamento dependerá do resultado dos exames clínicos e laboratoriais. O diagnóstico clínico de púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) caracteriza-se pela presença de trombocitopenia, anemia hemolítica, sintomas neurológicos, disfunção renal e febre. O início pode ser súbito. Na maioria dos casos a PTT foi detectada nas primeiras 8 semanas de tratamento. Tendo em vista o risco de óbito, sugere-se aconselhamento por equipe de especialistas em caso de suspeita de PTT. O tratamento com plasmaferese pode melhorar o prognóstico.
Hemostasia
O uso da ticlopidina deve ser feito com prudência em pacientes com risco aumentado de sangramento. Em princípio a ticlopidina não deve ser associada à heparina, anticoagulantes orais, a antiagregantes plaquetários (ver interações). No caso excepcional de tratamento concomitante, o controle clínico e hematológico deverá ser cuidadoso, incluindo determinações do tempo de sangramento.
Em caso de intervenção cirúrgica eletiva, sempre que possível o tratamento com a ticlopidina deve ser suspenso pelo menos 10 dias antes da cirurgia.
Em situação de emergência cirúrgica o risco de hemorragia e de tempo de sangramento prolongado pode ser diminuído pelas seguintes medidas, isoladas ou combinadas: administração de 0,5 a 1 mg/Kg de metilprednisolona IV que pode ser repetida; desmopressina na dose de 0,2 a 0,4 mcg/Kg I.V.; administração de concentrado de plaquetas.
Sendo a ticlopidina extensamente metabolizada no fígado, ela deve ser usada com cuidado na insuficiência hepática, suspendendo-se o tratamento em caso de hepatite ou icterícia.

Interação com outros medicamentos

Associações que aumentam o risco hemorrágico:
Antiinflamatórios não-hormonais:
Aumento do risco pelo aumento da atividade antiagregante plaquetária e do efeito dos AINE´s sobre a mucosa gastroduodenal. Caso o uso de antiinflamatórios seja imprescindível ao paciente, deve-se proceder cuidadoso controle clínico e laboratorial.
Antiagregantes plaquetários:
Efeito sinérgico. Se a associação não puder ser evitada, o paciente deve ter cuidadoso controle clínico e laboratorial.
Anticoagulantes orais:
Combinação da ação anticoagulante com a atividade antiplaquetária da ticlopidina. Em caso de associação é necessário estrito controle clínico e laboratorial (inclusive INR).
Heparinas:
O paciente deve manter controle clínico e laboratorial (inclusive APTT).
Derivados salicilados (inclusive ácido acetilsalicílico) via sistêmica: somação do efeito antiplaquetário e ação lesiva dos salicilatos sobre a mucosa gastroduodenal. É necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente.
Associações que exigem precauções especiais:
Teofilina:
Possibilidade de aumento dos níveis de teofilina, em vista da redução da depuração plasmática desta última. Controle clínico estrito e, se necessário, determinações do nível plasmático da teofilina. Adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.
Digoxina:
Possibilidade de redução (aproximadamente 15%) do nível plasmático de digoxina, sem contudo afetar sua eficácia terapêutica.
Fenobarbital:
Estudos em voluntários sadios não mostraram efeito de administração crônica do fenobarbital sobre a ação antiplaquetária da ticlopidina.
Fenitoína:
Estudos in vitromostram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas plasmáticas. Entretanto, não foram feitos estudos in vivo. A administração conjunta deve ser feita com cautela e o nível sérico de fenitoína deve ser medido ao se iniciar ou descontinuar a ticlopidina.
Outros medicamentos:
A ticlopidina foi utilizada concomitantemente com beta-bloqueadores, bloqueadores do cálcio e diuréticos, sem que fosse observada nenhuma interação adversa clinicamente significativa. Estudos in vitroindicam que a ticlopidina se liga às proteínas plasmáticas (98%) de modo reversível, sem contudo promover liberação do propranolol ligado às proteínas plasmáticas. Em ocasiões muito raras, foi relatada redução dos níveis sangüíneos da ciclosporina. Portanto, os níveis de ciclosporina devem ser monitorizados se houver co-administração com ticlopidina.

Superdose

Com base em estudos em animais, pode-se prever intolerância gastrintestinal acentuada. Em caso de superdose acidental, recomenda-se emese provocada, lavagem gástrica e medidas gerais de suporte.

Informação para o paciente

Ação esperada do medicamento
O produto evita a formação de trombos (coágulos), prevenindo assim a ocorrência de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico ("derrame") ou outras doenças decorrentes da obstrução dos vasos sangüíneos, em pacientes que já tenham antecedentes dessas doenças.
Prazo de validade
Vide embalagem externa. Não use medicamentos com prazo de validade vencido, pode ser perigoso para sua saúde.
Cuidados de conservação
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz.
Gravidez e lactação
Apenas o médico pode decidir sobre o uso do cloridrato de ticlopidina durante a gravidez e lactação. Assim, informe imediatamente ao médico se houver suspeita de gravidez, durante ou após o uso da medicação. Informe também ao médico se estiver amamentando.
Cuidados de administração
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Recomenda-se administrar o cloridrato de ticlopidina durante as refeições.
Interrupção do tratamento
Não interromper o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Reações adversas
Informe imediatamente a seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis com o uso do produto, em especial casos de dor abdominal, dispepsia (azia), gastrite, prisão de ventre, diarréia, alterações na pele e sangramento, hematomas (manchas roxas), icterícia (pele e olhos amarelados), febre, dor de garganta, feridas na boca, fezes muito claras ou muito escuras, urina escurecida.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Informe seu médico sobre outros medicamentos que estiver tomando, especialmente anticoagulantes, analgésicos e antiinflamatórios.
A ingestão com alimentos é indicada, logo não prejudica a absorção do medicamento.
Contra-indicações e Precauções
O produto é contra-indicado para crianças e em pacientes com alergia à ticlopidina ou a qualquer outro componente do produto. Também está contra-indicado em pacientes com alterações do sangue, úlcera péptica ou hemorragia cerebral. O uso do cloridrato de ticlopidina pode causar alterações no sangue (por exemplo, redução de glóbulos brancos ou de plaquetas) e por isso é importante que você siga as instruções do médico de fazer exames de sangue regularmente a cada duas semanas, nos primeiros 3 meses de tratamento. Informe seu médico sobre as doenças que já teve ou que tem atualmente. Informe-o também caso venha a ser submetido a qualquer cirurgia (inclusive dentária) ou caso seja portador de doença do fígado. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

Informação técnica

Características
O cloridrato de ticlopidina é um antiagregante plaquetário, que produz a inibição da agregação das plaquetas e da liberação de fatores plaquetários; essa inibição é dependente da dose e do tempo de administração e reflete-se por um prolongamento do tempo de sangramento.
A ticlopidina não tem ação significativa in vitro, mas apenas in vivo; entretanto, não há evidência de metabólito ativo circulante.
A ticlopidina interfere com a agregação plaquetária inibindo a ligação ADP-dependente do fibrinogênio à membrana da plaqueta; sua ação não envolve inibição da ciclo-oxigenase, como ocorre com o ácido acetilsalicílico. O AMP cíclico plaquetário não parece estar envolvido no mecanismo de ação da ticlopidina.
O tempo de sangramento medido pelo método de Ivy, com manguito sob pressão de 40 mmHg, alcança mais de duas vezes os valores iniciais, ao passo que essa medida sem manguito não aumenta substancialmente. Após a suspensão do tratamento, o tempo de sangramento e outros testes dafunção plaquetária voltam aos valores normais dentro de uma semana, na maioria dos pacientes.
O efeito antiagregante plaquetário pode ser observado após dois dias do início da administração da ticlopidina, na dose de 250 mg duas vezes ao dia. O efeito máximo é alcançado após 5 a 8 dias de tratamento com a referida dose.
Em doses terapêuticas, a ticlopidina inibe 50 a 70% da agregação plaquetária induzida pelo ADP (2,5 micromol/l). Doses menores correspondem a um menor efeito antiagregante. Em um estudo comparativo com o ácido acetilsalicílico realizado nos Estados Unidos, mais de 3000 pacientes que haviam experimentado ataque isquêmico transitório cerebral ou acidente vascular cerebral (AVC) menor foram tratados e controlados por um período médio de 3 anos. Os resultados mostram que a ticlopidina reduziu em 48% o risco de AVC fatal ou não fatal no primeiro ano, em comparação ao ácido acetilsalicílico. Essa redução de risco ao longo do estudo foi de 27%, valor ainda estatisticamente significativo. Outro estudo comparando ticlopidina e placebo em 1073 pacientes com AVC isquêmico prévio demonstrou clara superioridade da ticlopidina na redução do risco de novo AVC; essa redução foi de 33% no primeiro ano de tratamento. Um terceiro estudo multicêntrico em 687 pacientes com claudicação intermitente mostrou que a ticlopidina foi significativamente superior ao placebo na redução da mortalidade (29%) e de eventos cardio ou cerebrovasculares (41%).
A absorção da ticlopidina é rápida, após administração por via oral de dose única padrão e valores plasmáticos máximos são alcançados em cerca de 2 horas. A absorção é praticamente completa e a biodisponibilidade da ticlopidina é aumentada quando o medicamento é administrado após as refeições.
Concentrações plasmáticas de equilíbrio são alcançadas 7 a 10 dias após administração de 250 mg duas vezes ao dia. A meia-vida média de eliminação terminal após o equilíbrio plasmático é cerca de 30 a 50 horas. Entretanto, a inibição da agregação plaquetária não está correlacionada às concentrações plasmáticas.
A ticlopidina é largamente metabolizada no fígado. Após administração oral do medicamento marcado radiativamente, 50 a 60% da radioatividade são detectados na urina e o restante nas fezes.

Farmacocinética

Características
O cloridrato de ticlopidina é um antiagregante plaquetário, que produz a inibição da agregação das plaquetas e da liberação de fatores plaquetários; essa inibição é dependente da dose e do tempo de administração e reflete-se por um prolongamento do tempo de sangramento.
A ticlopidina não tem ação significativa in vitro, mas apenas in vivo; entretanto, não há evidência de metabólito ativo circulante.
A ticlopidina interfere com a agregação plaquetária inibindo a ligação ADP-dependente do fibrinogênio à membrana da plaqueta; sua ação não envolve inibição da ciclo-oxigenase, como ocorre com o ácido acetilsalicílico. O AMP cíclico plaquetário não parece estar envolvido no mecanismo de ação da ticlopidina.
O tempo de sangramento medido pelo método de Ivy, com manguito sob pressão de 40 mmHg, alcança mais de duas vezes os valores iniciais, ao passo que essa medida sem manguito não aumenta substancialmente. Após a suspensão do tratamento, o tempo de sangramento e outros testes dafunção plaquetária voltam aos valores normais dentro de uma semana, na maioria dos pacientes.
O efeito antiagregante plaquetário pode ser observado após dois dias do início da administração da ticlopidina, na dose de 250 mg duas vezes ao dia. O efeito máximo é alcançado após 5 a 8 dias de tratamento com a referida dose.
Em doses terapêuticas, a ticlopidina inibe 50 a 70% da agregação plaquetária induzida pelo ADP (2,5 micromol/l). Doses menores correspondem a um menor efeito antiagregante. Em um estudo comparativo com o ácido acetilsalicílico realizado nos Estados Unidos, mais de 3000 pacientes que haviam experimentado ataque isquêmico transitório cerebral ou acidente vascular cerebral (AVC) menor foram tratados e controlados por um período médio de 3 anos. Os resultados mostram que a ticlopidina reduziu em 48% o risco de AVC fatal ou não fatal no primeiro ano, em comparação ao ácido acetilsalicílico. Essa redução de risco ao longo do estudo foi de 27%, valor ainda estatisticamente significativo. Outro estudo comparando ticlopidina e placebo em 1073 pacientes com AVC isquêmico prévio demonstrou clara superioridade da ticlopidina na redução do risco de novo AVC; essa redução foi de 33% no primeiro ano de tratamento. Um terceiro estudo multicêntrico em 687 pacientes com claudicação intermitente mostrou que a ticlopidina foi significativamente superior ao placebo na redução da mortalidade (29%) e de eventos cardio ou cerebrovasculares (41%).
A absorção da ticlopidina é rápida, após administração por via oral de dose única padrão e valores plasmáticos máximos são alcançados em cerca de 2 horas. A absorção é praticamente completa e a biodisponibilidade da ticlopidina é aumentada quando o medicamento é administrado após as refeições.
Concentrações plasmáticas de equilíbrio são alcançadas 7 a 10 dias após administração de 250 mg duas vezes ao dia. A meia-vida média de eliminação terminal após o equilíbrio plasmático é cerca de 30 a 50 horas. Entretanto, a inibição da agregação plaquetária não está correlacionada às concentrações plasmáticas.
A ticlopidina é largamente metabolizada no fígado. Após administração oral do medicamento marcado radiativamente, 50 a 60% da radioatividade são detectados na urina e o restante nas fezes.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
M.S. 1.0089.0276

Indicado para o tratamento de:

Publicidade

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play