Terapias de Ação
Protetor da progressão da neuropatia sensitivo-motora periférica da diabetes mellitus.
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Propriedades
A via do sorbitol é uma alternativa do metabolismo da glicose e consiste na atividade consecutiva e seqüencial de duas enzimas: a aldose redutase, que transforma de modo irreversível a glicose em sorbitol, e a sorbitol-desidrogenase, que é responsável pela transformação reversível de sorbitol em frutose. A aldose redutase, que atua sobre várias hexoses, está presente nos tecidos que habitualmente sofrem as complicações do diabetes, como capilares e endotélios vasculares (retina, cristalino) e nervos periféricos (células de Schwan). O tolrestato é um inibidor da enzima aldose redutase que tem demonstrado sua utilidade no tratamento e prevenção da neuropatia, nefropatia e retinopatia diabética, especialmente quando administrado em estágios precoces destas complicações. O efeito benéfico foi percebido tanto no nível sintomatológico (dor, deficiência motora ou sensitiva) como nas alterações eletrofisiológicas (velocidade de condução neural, número e mielinizações das fibras nervosas, pregas mielínicas). O tolrestato, ao inibir por via enzimática a via metabólica dos polioles (sorbitol e mioinositol) e além da ATPase de sódio/potássio, permite realizar um controle preventivo da nefropatia diabética.
Indicações
Inibidor da aldose redutase, que reduz a progressão da neuropatia periférica diabética em pacientes com controle inadequado de sua glicemia.
Dosagem
Antes do desjejum 200 mg por via oral. Pacientes tratados com doses mais elevadas (400 mg/dia) não apresentaram melhores resultados clínicos, demonstrando idêntico perfil de segurança.
Reações Adversas
Em alguns pacientes é difícil separar os efeitos adversos do fármaco dos que se devem à diabetes mellitus ou suas complicações. Com uma incidência superior a 3% ou mais, foram relatados enjoos, náuseas, cefaleias, diarreia, sonolência, epigastralgia, hepatite e alterações das enzimas hepáticas (ALT-TGO), (AST-TGP), fosfatase alcalina. Com uma incidência menor (1 a 3%) foram informados por alguns pacientes insônia, astenia, hipertonia, mioartralgias, prurido, anorexia, vômitos, urticária e glicosúria.
Precauções e Advertências
Em pacientes senis ( >65 anos) ou com insuficiência renal moderada (liberação de creatinina: 21 a 60ml/minuto/1,73m2), a dose diária não deve ultrapassar os 200 mg diários. O produto não melhora a glicemia e é por isso que o paciente deve continuar com seu tratamento antidiabético habitual (insulina, dieta, hipoglicemiantes orais); em pacientes que apresentam piora da função nervosa, o tratamento deverá suspenso. Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia do tolrestato em indivíduos com falha renal grave. Recomenda-se que os diabéticos que recebem o produto sejam avaliados neurologica e eletrofisiologicamente pelo menos uma vez por ano. Em uma pequena porcentagem de pacientes tratados, dentro dos primeiros 6 meses de tratamento, foram registradas elevações das enzimas hepáticas, e em raros casos foi observada icterícia. As evidências obtidas até o momento indicam que estes valores retornam ao normal quando o tratamento é interrompido.
Interações
É possível que ocorram interações medicamentosas com aquelas drogas que apresentam alta união às proteínas plasmáticas. Estudos in vitro demonstraram que altas doses de salicilatos, tolbutamida e clorpropamida podem aumentar os níveis séricos de tolrestato.
Contra-indicações
Pacientes com insuficiência hepática. Hepatite ativa. Gravidez e lactação. Até o momento não foram estabelecidas a segurança e eficácia em pacientes menores de 18 anos.
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Interações de Tolrestate
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Alguns medicamentos que contêm Tolrestate