Triazolam

 

Terapias de Ação

Hipnótico.
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Propriedades

Trata-se de um benzodiazepínico hipnótico com uma meia-vida plasmática de 1,5 a 5,5 horas. Os picos dos níveis plasmáticos (na faixa de 1 a 6ng/ml) são alcançados em cerca de 2 horas após a administração oral. O triazolam e seus metabólitos, principalmente na forma de conjugados glicuroníceos, os quais são inativos, são eliminados principalmente por via urinária. Apenas pequenas quantidades de triazolam intacto podem ser detectadas na urina. Os dois metabólitos primários conjugados compõem cerca de 79,9% do total eliminado pela urina. Estudos in vitro demonstram que altas concentrações de triazolam não deslocam a bilirrubina de seus sítios de união no soro humano. Estudos em laboratórios de sono mostraram que o triazolam diminui significativamente a latência do sono, aumenta a duração do sono e diminui o número de despertares noturnos. Após duas semanas de administração noturna consecutiva, os efeitos do fármaco no tempo total de vigília diminuem, e os valores registrados no último terço da noite aproximam-se dos valores basais. Na primeira e/ou segunda noite após a interrupção da administração do fármaco, a porcentagem de tempo empregado para conciliar o sono e a rapidez em permanecer adormecido frequentemente foram significativamente menores do que nas noites prévias ao uso do fármaco. Este efeito é normalmente denominado insônia rebote.

Indicações

Distúrbios do sono (despertar precoce, sono intermitente). Insônias transitórias e de curta duração.

Dosagem

Via oral: é importante individualizar a dose do triazolam visando um efeito benéfico máximo evitando-se concomitantemente a ocorrência de reações adversas significativas. A dose recomendada para a maioria dos adultos, alcançada na época de sua retirada, é de 0,25 mg. Eventualmente uma dose de 0,125 mg será suficiente para alguns pacientes selecionados. A dose de 0,5 mg deve ser reservada para pacientes que não mostrem resposta adequada com doses menores. Em pacientes geriátricos e/ou debilitados, a dose recomendada varia de 0,125 mg a 0,25 mg. Nesta faixa etária a terapia deve ser iniciada com 0,125 mg. Igualmente a outros medicamentos, este fármaco deve ser usado com a dose mínima eficaz.

Reações Adversas

Alta frequência: sedação (enjoos, sonolência, ataxia e/ou falta de coordenação), considerada como uma extensão da atividade farmacológica da substância. As reações menos frequentemente encontradas compreendem estados de confusão ou perda de memória, depressão do SNC e distúrbios visuais. Além das reações previamente mencionadas, outras reações raramente relatadas durante o uso clínico de triazolam em diversos países compreendem: agressividade, desmaios, insônia transitória após interrupção do tratamento, alucinações, síncope e sonambulismo. Apesar de a presença absoluta das reações adversas com triazolam ser baixa, pode haver certa relação com a dose. As reações adversas aos benzodiazepínicos que são extensões de sua ação farmacológica (por exemplo, o enjoo ou a amnésia) estão claramente relacionadas com a dose. Por outro lado, não foi estabelecida qualquer relação entre a dose e o risco de outras reações adversas. De acordo com a boa prática médica, recomenda-se que a terapia seja iniciada com a menor dose eficaz.

Precauções e Advertências

Deve-se ter precaução em pacientes com insuficiência hepática ou pulmonar grave, ou apneia do sono. Em pacientes com função respiratória comprometida relataram-se, com frequência muito baixa, depressão respiratória e apneia. Não está estabelecida a segurança e a eficácia no triazolam em pacientes com idade inferior a 18 anos. Quando o triazolam é utilizado nas doses recomendadas para um tratamento de curta duração, o risco de dependência é baixo. Não obstante, como ocorre com todos os benzodiazepínicos, este risco aumenta com o aumento das doses e uso por tempo prolongado, e ainda mais em pacientes com histórico de alcoolismo ou abuso de drogas. Há relatos de sintomas de abstinência, inclusive convulsões, quando os pacientes interrompem abruptamente as doses diárias múltiplas de triazolam. Mesmo não sendo os benziodiazepínicos indutores de depressão, podem eventualmente associar-se com depressão mental, a qual por sua vez pode ou não estar relacionada com ideias suicidas ou tentativas reais de suicídio. Estas eventualidades apresentam-se muito raramente e de modo não-previsível. Igualmente a outros benzodiazepínicos e medicamentos com ação sobre o Sistema Nervoso Central, em raras ocasiões observaram-se, com o triazolam, três grupos de sintomas idiossincráticos que podem sobrepor-se: sintomas de amnésia (amnésia anterógradas com comportamente adequado ou não-adequado); estado de confusão mental (desorientação, desrealização, despersonalização e/ou estupor); e estado de agitação (mobilidade, irritabilidade e excitação). Frequentemente, outros fatores podem contribuir para estas reações de idiossincrasia, como por exemplo a ingestão concomitante de álcool e outros fármacos, carência de sono, estado pré-morboso anormal etc. O triazolam não deve ser usado em mães na fase de amamentação. Deve-se ter precaução em pacientes que devem dirigir veículos ou operar maquinaria perigosa no dia seguinte à tomada noturna do triazolam, até observa-se ausência de sinais de sonolência ou enjoos. Precauções em relação aos efeitos de carcinogênese, mutagênese, teratogênese e sobre a fertilidade: os benzodiazepínicos podem causar lesões fetais quando administrados durante a gravidez. Vários estudos apontam para um aumento do risco de malformações congênitas associadas com o uso de diazepam ou clordiazepóxido durante o primeiro trimestre da gravidez. Com relação à distribuição transplacentária, demonstrou-se uma depressão do Sistema Nervoso Central do neonato após ingestão de doses terapêuticas de benzodiazepinícos hipnóticos durante as últimas semanas da gravidez. Não há evidências de potencial carcinogênico para o triazolam.

Interações

Os benzodiazepínicos produzem um efeito aditivo quando são administrados concomitantemente a álcool ou outros depressores do Sistema Nervoso Central. As interações farmacocinéticas podem ocorrer quando o triazolam é administrado juntamente com medicamentos que interferem em seu metabolismo. Os compostos que inibem certas enzimas hepáticas (particularmente do citocromo P-450 3A4) podem aumentar a concentração do triazolam e aumentar sua atividade. Dados provenientes de estudos clínicos com triazolam, estudos in vitro com triazolam, e estudos clínicos com fármacos metabolizados de modo semelhante ao triazolam põem em evidência diferentes graus de interações bem como possíveis interações com o triazolam para um grande número de fármacos. Baseando-se no grau de interação e no tipo de dados disponíveis, as seguintes recomendações são feitas: é contraindicada a administração concomitante de triazolam com cetoconazol, itraconazol e netazodona. Não se recomenda a administração juntamente com outros antifúngicos do grupo azóis. Deve-se ter precaução e recomenda-se a redução da dose quando o triazolam é administrado com cimetidina ou antibióticos macrolídeos tais como eritromicina, claritromicina e troleandomicina. Recomenda-se precaução quando o triazolam é administrado concomitantemente a isoniazida, fluvoxamina, sertralina, paroxetina, diltiazem e verapamil. Interferências em resultados de exames de laboratório: até o momento não foram relatados.

Contra-indicações

Hipersensibilidade conhecida aos benzodiazepínicos. Amamentação. Gravidez.

Superdosagem

Os sintomas da superdose podem compreender sonolência, confusão mental, ataxia, linguagem confusa e finalmente coma. Em casos de superdose há relatos de convulsões, depressão respiratória e apneia. O tratamento da superdose, em pacientes lúcidos, deve incluir lavagem gástrica e medidas gerais de suporte. Em pacientes comatosos indicam-se medidas gerais, aminas pressoras, oxigenoterapia, respiração assistida etc.
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Interações de Triazolam

Informação não disponível

Alguns medicamentos que contêm Triazolam

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