SINEMET

1770 | Laboratório MERCK SHARP

Descrição

Princípio ativo: Carbidopa + levodopa,
Ação Terapêutica: Antiparkinsonianos

Composição

Ingrediente ativo: Cada comprimido de SINEMET® contém 25 mg (peso equivalente ao anidro) de carbidopa e 250 mg de levodopa. Ingredientes inativos: Cada comprimido de SINEMET® contém os seguintes ingredientes inativos: celulose microcristalina azul, amido de milho, amido pré-gelatinizado, corante azul indigotina e estearato de magnésio.

Apresentação

SINEMET® 25 mg/250 mg é apresentado em caixas com 30 comprimidos.
USO ADULTO.

Indicações

SINEMET® é indicado para o tratamento da doença e da síndrome de Parkinson e é útil para aliviar muitos dos sintomas do parkinsonismo, particularmente a rigidez e a bradicinesia. SINEMET® é freqüentemente útil no controle do tremor, da disfagia, da sialorréia e da instabilidade postural, associados com a doença e a síndrome de Parkinson.
Quando a resposta terapêutica à levodopa isoladamente for irregular e os sinais e sintomas da doença de Parkinson não forem uniformemente controlados durante o dia, a substituição do tratamento por SINEMET® é em geral eficaz porque reduz as flutuações na resposta.
Uma vez que certas reações adversas decorrentes do uso da levodopa isoladamente são reduzidas, SINEMET® permite um alívio adequado dos sintomas da doença de Parkinson a um maior número de pacientes.
SINEMET® também é indicado para os pacientes com doença e síndrome de Parkinson que estejam tomando preparações vitamínicas com cloridrato de piridoxina (Vitamina B6).

Dosagem

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
A dose diária ideal deve ser titulada segundo as necessidades de cada paciente. Cada comprimido de SINEMET® é fabricado de forma que possa ser dividido pela metade exercendo-se mínima pressão sobre ele.
Considerações Gerais
A posologia dever ser titulada de acordo com as necessidades individuais, o que pode exigir ajuste tanto das doses quanto da freqüência da administração.
Estudos mostram que dopa-descarboxilase periférica é saturada pela carbidopa com doses entre 70 mg e 100 mg diariamente. Pacientes que recebem uma quantidade de carbidopa menor que essa têm maior probabilidade de apresentar náusea e vômito.
Substâncias antiparkinsonianas convencionais (exceto levodopa isoladamente) podem ser continuadas enquanto é iniciada a administração de SINEMET®, embora a sua posologia possa ter que ser ajustada.
Dosagem Inicial Usual
A dose inicial é de meio comprimido de SINEMET® uma ou duas vezes ao dia. Essa posologia, porém, pode não prover a quantia ideal necessária de carbidopa para muitos pacientes e, por isso, se necessário, acrescente a esse esquema meio comprimido a cada dia, ou em dias alternados, até ser atingida a dose ideal. Tem sido observada resposta em um dia e, algumas vezes, depois de uma dose. Doses plenamente eficazes normalmente são alcançadas em até sete dias em comparação com a levodopa isoladamente, que pode exigir semanas a meses até que seja alcançada a dose ideal.
Como transferir Pacientes de um Tratamento com Levodopa
Por causa da ocorrência mais rápida das respostas terapêuticas e das reações adversas com SINEMET® em relação à levodopa, os pacientes devem ser estreitamente observados durante o período de ajuste posológico. Especificamente, movimentos involuntários ocorrerão mais rapidamente com SINEMET® do que com a levodopa, o que pode requerer redução posológica.
Blefarospasmo pode ser um sinal precoce útil do excesso posológico em alguns pacientes.
A administração de levodopa deve ser interrompida pelo menos 12 horas antes de ser iniciado o uso de SINEMET® e 24 horas antes para os preparados de liberação lenta de levodopa. A posologia diária de SINEMET® deve proporcionar cerca de 20% da posologia diária prévia de levodopa.
A posologia inicial sugerida para a maior parte dos pacientes que tomam mais de 1.500 mg de levodopa é de um comprimido de SINEMET® 25/250 mg três ou quatro vezes ao dia.
Manutenção
A terapia deve ser individualizada e ajustada de acordo com a resposta terapêutica desejada. Devem ser fornecidos pelo menos de 70 mg a 100 mg de carbidopa ao dia para obter uma inibição ótima da descarboxilação extra-cerebral da levodopa.
Se necessário, a posologia de SINEMET® 25/250 mg pode ser elevada em meio a um comprimido a cada dia, ou em dias alternados, até o máximo de oito comprimidos por dia. É limitada a experiência com doses diárias de carbidopa maiores do que 200 mg.
Dose Máxima Recomendada
Oito comprimidos de SINEMET® 25/250 mg ao dia (200 mg de carbidopa a 2 g de levodopa), o que equivale a cerca de 3 mg/kg de carbidopa e 30 mg/kg de levodopa quando essa dose é administrada a um paciente com 70 kg.

Contra-indicações

Não se deve usar simultaneamente inibidores não seletivos da monoaminoxidase (MAO) e SINEMET® e esses inibidores devem ser descontinuados pelo menos duas semanas antes de se iniciar o tratamento com SINEMET®. SINEMET® pode ser administrado concomitantemente com a dose recomendada pelo fabricante de um inibidor da MAO com seletividade para MAO tipo B (por exemplo, cloridrato de selegilina) (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outros Medicamentos).
SINEMET® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente deste medicamento e pacientes com glaucoma de ângulo estreito.
Dada a possibilidade da levodopa ativar um melanoma maligno, SINEMET® não deve ser utilizado por pacientes com lesões cutâneas suspeitas e não diagnosticadas ou com histórico de melanoma.

Reações Adversas

As reações adversas que freqüentemente ocorrem em pacientes que tomam SINEMET® são decorrentes da atividade neurofarmacológica central da dopamina e geralmente podem ser diminuídas pela redução da dose administrada. As reações adversas mais comuns são as discinesias - incluindo os movimentos coreiformes, distônicos e outros movimentos involuntários - e naúsea. Espasmos musculares e blefarospasmo podem ser tomados como sinais de alerta para se considerar a redução posológica.
Outras reações adversas relatadas em estudos clínicos e experiência pós-comercialização incluem:
Corpo como um todo: síncope, dor toráxica e anorexia.
Cardiovascular: irregularidades cardíacas e/ou palpitações e reações ortostáticas (incluindo episódios de hipotensão, hipertensão e flebite).
Gastrintestinal: vômito, sangramento gastrintestinal, desenvolvimento de úlcera duodenal, diarréia e saliva escura.
Hematológica: leucopenia, anemia hemolítica e não hemolítica, trombocitopenia e agranulocitose.
Hipersensibilidade: angioedema, urticária, prurido e púrpura de Henoch-Schönlein.
Sistema nervoso/psiquiátrico: síndrome neuroléptica maligna (veja PRECAUÇÕES), episódios bradicinéticos (fenômeno "on-off"), vertigem, sonolência (incluindo muito raramente sonolência excessiva durante o dia e episódios de sono súbito), parestesia, episódios psicóticos (incluindo desilusões, alucinações e ideação paranóide), depressão com ou sem desenvolvimento de tendências suicidas, demência, sonhos anormais, agitação, confusão e aumento de libido.
Convulsões ocorreram raramente e não foi estabelecida uma relação causal com SINEMET®.
Respiratório: dispnéia.
Pele: alopecia, erupção cutânea e suor escuro.
Urogenital: urina escura.
Achados laboratoriais: têm ocorrido anormalidades em vários testes de laboratório com preparações de carbidopa-levodopa e que poderiam ocorrer com SINEMET®, incluindo elevações das análises da função hepática, tais como fosfatase alcalina, TGO (AST), TGP (ALT), desidrogenase lática, bilirrubina, nitrogênio uréico sangüíneo, creatinina, ácido úrico e teste de Coombs positivo.
Têm sido relatados diminuição da hemoglobina e do hematócrito e aumento da glicose sérica e do número de leucócitos, além de bactérias e sangue na urina. Preparações de carbidopa-levodopa podem causar uma reação falso-positiva para corpos cetônicos urinários quando é usado papel indicador para determinação de cetonúria; esta reação não será alterada pela ebulição da amostra urinária. Testes falso-negativos podem resultar do uso de métodos de glicose-oxidase para testar a glicosúria.
Outras reações adversas que foram relatadas com o uso de levodopa ou
combinações de levodopa/carbidopa e que podem caracterizar reações adversas potenciais com SINEMET
® estão listadas abaixo:
Gastrintestinal:
dispepsia, boca seca, gosto amargo, sialorréia, disfagia, bruxismo, soluços, dor e desconforto abdominal, constipação, flatulência e sensação de queimação na língua.
Metabólico: ganho ou perda de peso e edema.
Sistema nervoso/psiquiátrico: astenia, acuidade mental diminuída, desorientação, ataxia, torpor, aumento do tremor das mãos, contrações musculares, trismo, ativação da síndrome de Horner latente, insônia, ansiedade, euforia, desmaios e marcha anormal.
Pele: rubor facial e sudorese aumentada.
Visão: diplopia, turvação visual, midríase e crises oculogíricas.
Urogenital: retenção urinária, incontinência urinária e priapismo.
Vários: fraqueza, desmaios, fadiga, cefaléia, rouquidão, mal-estar, fogachos, sensação de estimulação, padrões respiratórios bizarros e melanoma maligno (veja CONTRA-INDICAÇÕES).

Interação com outros medicamentos

Deve-se ter cautela quando SINEMET® for administrado concomitantemente com os seguintes medicamentos:
Agentes Anti-Hipertensivos
Pode ocorrer hipotensão postural sintomática quando SINEMET® é administrado a pacientes que fazem uso de algum hipertensivo; portanto, quando for iniciado o tratamento com SINEMET®, pode ser necessário ajustar a posologia do anti-hipertensivo.
Antidepressivos
Para pacientes que recebem inibidores da monoaminoxidade, veja CONTRA-INDICAÇÕES.
Há raros relatos de reações adversas, incluindo hipertensão e discinesia, decorrentes do uso concomitante de antidepressivos tricíclicos e SINEMET®.
Ferro
Estudos demonstraram uma diminuição na biodisponibilidade de carbidopa e/ou levodopa quando este é ingerido com sulfato de ferro ou gliconato de ferro.
Outros Medicamentos
Antagonistas do receptor D2da dopamina (por exemplo, fenotiazinas, butirofenonas e risperidona) e isoniazida podem reduzir os efeitos terapêuticos da levodopa. Observou-se que os efeitos benéficos da levodopa na doença de Parkinson foram revertidos pela fenitoína e papaverina. Os pacientes que usam esses medicamentos com SINEMET® devem ser cuidadosamente observados quanto à perda da resposta terapêutica.
Terapia concomitante com selegilina e carbidopa-levodopa pode ser associada com hipotensão ortostática grave não atribuível a carbidopa-levodopa isoladamente (veja CONTRA-INDICAÇÕES).
Uma vez que a levodopa compete com certos aminoácidos, sua absorção pode ser prejudicada em alguns pacientes submetidos a dietas hiperprotéicas.

Superdose

O manejo da superdosagem aguda com SINEMET® é basicamente igual ao adotado com a levodopa; porém a piridoxina não exerce efeito na reversão das ações de SINEMET®.
Deve-se instituir monitorização eletrocardiográfica e observação cuidadosa do paciente quanto ao desenvolvimento de possíveis arritmias; se necessário, devem ser administrados medicamentos antiarrítmicos apropriados. Deve-se considerar a possibilidade do paciente ter tomado outras medicações além de SINEMET®. Até o momento, não foi relatada experiência com diálise; portanto, seu valor na superdosagem é desconhecido.

Informação técnica

FARMACOLOGIA
Sintomas da doença de Parkinson foram relacionados com a depleção de dopamina no corpo estriado do cérebro. A levodopa, o metabólico precursor da dopamina, alivia os sintomas da doença de Parkinson provavelmente por ser convertido em dopamina no cérebro.
Após a administração oral, a levodopa é rapidamente descarboxilada e convertida em dopamina nos tecidos extracerebrais e só uma pequena quantia de levodopa inalterada alcança o sistema nervoso central. Assim, são necessárias grandes doses de levodopa em intervalos freqüentes para obter efeito terapêutico apropriado; por essa razão, muitas vezes esse efeito terapêutico é acompanhado por muitas reações adversas, algumas das quais são atribuíveis à dopamina que é formada no tecido extracerebral.
A carbidopa não cruza a barreira hematoencefálica e inibe a descarboxilação extracerebral da levodopa, tornando a levodopa mais disponível para transporte para o cérebro e conversão em dopamina.
Uma vez que a atividade inibidora da descarboxilase da carbidopa é limitada aos tecidos extracerebrais, a administração de carbidopa com levodopa torna a levodopa mais disponível para transporte para o cérebro. Em cachorros, a formação reduzida de dopamina nos tecidos extracerebrais, como o coração, proporciona proteção contra o desenvolvimento de arritmias cardíacas induzidas por dopamina. Estudos clínicos tendem a confirmar a hipótese de um efeito
protetor semelhante em humanos, embora dados controlados sejam atualmente muito limitados para tirar conclusões definitivas.
Após a co-administração da carbidopa e levodopa no homem, os níveis plasmáticos de levodopa aumentaram acentuadamente em comparação com os níveis obtidos após a administração da mesma dosagem de levodopa isoladamente, enquanto os níveis plasmáticos da dopamina e do ácido homovanílico (dois principais metabólitos da levodopa) foram notadamente reduzidos.
O cloridrato de piridoxina (vitamina B6), em doses orais de 10 mg a 25 mg, tem revertido rapidamente os efeitos antiparkinsonianos da levodopa; a carbidopa previne esta ação da piridoxina. Em um estudo em que os pacientes receberam 100 mg a 500 mg de piridoxina por dia enquanto eram tratados com a combinação de carbidopa e levodopa, não houve reversão do efeito terapêutico.
FARMACOLOGIA CLÍNICA
Inicio da Ação com Dosagens Usuais
Foi observada resposta em um dia e, às vezes, depois de uma dose. Doses completamente eficazes normalmente são alcançadas em até sete dias.
O componente carbidopa de SINEMET® não diminui as reações adversas em razão dos efeitos centrais da levodopa. Por permitir que mais levodopa alcance o cérebro, particularmente quando náusea e vômito não são um fator dose limitante, certas reações adversas do SNC (por exemplo discinesias) podem ocorrer em doses mais baixas e mais cedo durante a terapia com SINEMET® que com a levodopa.
Meia-Vida
A meia-vida plasmática da levodopa é de aproximadamente 50 minutos. Quando a carbidopa e a levodopa são administradas juntas, a meia-vida da levodopa é aumentada para aproximadamente 1,5 hora.
Metabolismo da Carbidopa
Após uma dose oral de carbidopa com marcador radioativo para indivíduos saudáveis e para pacientes com doença de Parkinson, os níveis plasmáticos máximos de radioatividade foram alcançados em duas a quatro horas nos indivíduos saudáveis e em uma hora e meia a cinco horas nos pacientes. Foram excretadas quantidades aproximadamente iguais do fármaco na urina e nas fezes por ambos os grupos.
Comparações entre os metabólitos urinários encontrados indivíduos saudáveis e pacientes indicaram que a medicação é metabolizada pelos dois grupos no mesmo grau. Excreção urinária do fármaco inalterado foi essencialmente completa em sete horas e representou 35% da radioatividade urinária total. Depois disso só metabólitos estavam presentes; não foram encontradas hidrazinas.
Entre os metabólitos excretados pelo homem estão o ácido -metil-3-metoxi-4- hidroxifenilpropiônico e o ácido -metil-3,4-diidroxifenilpropiônico, os quais responderam por aproximadamente 14% e 10%, respectivamente, dos metabólitos radioativos excretados. Foram encontrados dois metabólitos secundários, dos quais um foi identificado como 3,4 diidroxifenil acetona e o outro foi temporariamente identificado como N-metil-carbidopa. Cada um deles respondeu por menos de 5% dos metabólitos urinários. Também está presente na urina a carbidopa inalterada; não foram encontrados conjugados.
Metabolismo da Levodopa
A levodopa é absorvida rapidamente no trato gastrintestinal e extensivamente metabolizada. Embora possa formar mais de 30 metabólitos, a levodopa é convertida principalmente em dopamina, epinefrina e norepinefrina e, eventualmente, em ácido diidroxifenilacético, ácido homovanílico e ácido vanilmandélico. A 3-0-metildopa aparece no plasma e fluido cerebroespinhal, mas o significado dessa ocorrência não é conhecido.
Quando doses-teste únicas da levodopa radioativa são administradas a pacientes com doença de Parkinson em jejum, os níveis plasmáticos de radioatividade alcançam um pico em meia a duas horas e permanecem mensuráveis por quatro a seis horas. No pico, aproximadamente 30% da radioatividade aparece como catecolaminas, 15% como dopamina e 10% como dopa. Compostos radioativos são excretados rapidamente na urina, enquanto um terço da dose aparece em duas horas. Oitenta a noventa porcento dos metabólitos urinários são ácidos fenilcarboxílicos, principalmente ácido homovanílico. Após 24 horas, um a dois porcento da radioatividade encontrada é dopamina e menos de um porcento é epinefrina, norepinefrina e levodopa inalterada.
Efeitos da Carbidopa no Metabolismo da Levodopa
Em indivíduos saudáveis, a carbidopa aumentou os níveis plasmáticos da levodopa em quantidades estatisticamente significativas, conforme mensurado em relação ao placebo, o que foi demonstrado quando a carbidopa foi administrada antes da levodopa e quando as duas medicações foram administradas simultaneamente. Em um estudo, o pré-tratamento com a carbidopa aumentou cerca de cinco vezes os níveis plasmáticos de uma dose única da levodopa e estendeu a duração de concentrações plasmáticas mensuráveis da levodopa de quatro para oito horas. Quando as duas medicações foram administradas simultaneamente em outros estudos, foram obtidos resultados semelhantes.
Em um estudo em que uma dose única de levodopa (administrada conforme orientação em bula) foi administrada a pacientes com doença de Parkinson que tinham sido tratados previamente com carbidopa, houve um aumento na meia-vida da radioatividade plasmática total derivada da levodopa de 3 horas para 15 horas. A proporção de radioatividade que permaneceu como levodopa não metabolizada foi aumentada em pelo menos três vezes pela carbidopa. A dopamina e o ácido homovanílico plasmático e urinário foram reduzidos pelo pré-tratamento com carbidopa.

Farmacocinética

FARMACOLOGIA
Sintomas da doença de Parkinson foram relacionados com a depleção de dopamina no corpo estriado do cérebro. A levodopa, o metabólico precursor da dopamina, alivia os sintomas da doença de Parkinson provavelmente por ser convertido em dopamina no cérebro.
Após a administração oral, a levodopa é rapidamente descarboxilada e convertida em dopamina nos tecidos extracerebrais e só uma pequena quantia de levodopa inalterada alcança o sistema nervoso central. Assim, são necessárias grandes doses de levodopa em intervalos freqüentes para obter efeito terapêutico apropriado; por essa razão, muitas vezes esse efeito terapêutico é acompanhado por muitas reações adversas, algumas das quais são atribuíveis à dopamina que é formada no tecido extracerebral.
A carbidopa não cruza a barreira hematoencefálica e inibe a descarboxilação extracerebral da levodopa, tornando a levodopa mais disponível para transporte para o cérebro e conversão em dopamina.
Uma vez que a atividade inibidora da descarboxilase da carbidopa é limitada aos tecidos extracerebrais, a administração de carbidopa com levodopa torna a levodopa mais disponível para transporte para o cérebro. Em cachorros, a formação reduzida de dopamina nos tecidos extracerebrais, como o coração, proporciona proteção contra o desenvolvimento de arritmias cardíacas induzidas por dopamina. Estudos clínicos tendem a confirmar a hipótese de um efeito
protetor semelhante em humanos, embora dados controlados sejam atualmente muito limitados para tirar conclusões definitivas.
Após a co-administração da carbidopa e levodopa no homem, os níveis plasmáticos de levodopa aumentaram acentuadamente em comparação com os níveis obtidos após a administração da mesma dosagem de levodopa isoladamente, enquanto os níveis plasmáticos da dopamina e do ácido homovanílico (dois principais metabólitos da levodopa) foram notadamente reduzidos.
O cloridrato de piridoxina (vitamina B6), em doses orais de 10 mg a 25 mg, tem revertido rapidamente os efeitos antiparkinsonianos da levodopa; a carbidopa previne esta ação da piridoxina. Em um estudo em que os pacientes receberam 100 mg a 500 mg de piridoxina por dia enquanto eram tratados com a combinação de carbidopa e levodopa, não houve reversão do efeito terapêutico.
FARMACOLOGIA CLÍNICA
Inicio da Ação com Dosagens Usuais
Foi observada resposta em um dia e, às vezes, depois de uma dose. Doses completamente eficazes normalmente são alcançadas em até sete dias.
O componente carbidopa de SINEMET® não diminui as reações adversas em razão dos efeitos centrais da levodopa. Por permitir que mais levodopa alcance o cérebro, particularmente quando náusea e vômito não são um fator dose limitante, certas reações adversas do SNC (por exemplo discinesias) podem ocorrer em doses mais baixas e mais cedo durante a terapia com SINEMET® que com a levodopa.
Meia-Vida
A meia-vida plasmática da levodopa é de aproximadamente 50 minutos. Quando a carbidopa e a levodopa são administradas juntas, a meia-vida da levodopa é aumentada para aproximadamente 1,5 hora.
Metabolismo da Carbidopa
Após uma dose oral de carbidopa com marcador radioativo para indivíduos saudáveis e para pacientes com doença de Parkinson, os níveis plasmáticos máximos de radioatividade foram alcançados em duas a quatro horas nos indivíduos saudáveis e em uma hora e meia a cinco horas nos pacientes. Foram excretadas quantidades aproximadamente iguais do fármaco na urina e nas fezes por ambos os grupos.
Comparações entre os metabólitos urinários encontrados indivíduos saudáveis e pacientes indicaram que a medicação é metabolizada pelos dois grupos no mesmo grau. Excreção urinária do fármaco inalterado foi essencialmente completa em sete horas e representou 35% da radioatividade urinária total. Depois disso só metabólitos estavam presentes; não foram encontradas hidrazinas.
Entre os metabólitos excretados pelo homem estão o ácido -metil-3-metoxi-4- hidroxifenilpropiônico e o ácido -metil-3,4-diidroxifenilpropiônico, os quais responderam por aproximadamente 14% e 10%, respectivamente, dos metabólitos radioativos excretados. Foram encontrados dois metabólitos secundários, dos quais um foi identificado como 3,4 diidroxifenil acetona e o outro foi temporariamente identificado como N-metil-carbidopa. Cada um deles respondeu por menos de 5% dos metabólitos urinários. Também está presente na urina a carbidopa inalterada; não foram encontrados conjugados.
Metabolismo da Levodopa
A levodopa é absorvida rapidamente no trato gastrintestinal e extensivamente metabolizada. Embora possa formar mais de 30 metabólitos, a levodopa é convertida principalmente em dopamina, epinefrina e norepinefrina e, eventualmente, em ácido diidroxifenilacético, ácido homovanílico e ácido vanilmandélico. A 3-0-metildopa aparece no plasma e fluido cerebroespinhal, mas o significado dessa ocorrência não é conhecido.
Quando doses-teste únicas da levodopa radioativa são administradas a pacientes com doença de Parkinson em jejum, os níveis plasmáticos de radioatividade alcançam um pico em meia a duas horas e permanecem mensuráveis por quatro a seis horas. No pico, aproximadamente 30% da radioatividade aparece como catecolaminas, 15% como dopamina e 10% como dopa. Compostos radioativos são excretados rapidamente na urina, enquanto um terço da dose aparece em duas horas. Oitenta a noventa porcento dos metabólitos urinários são ácidos fenilcarboxílicos, principalmente ácido homovanílico. Após 24 horas, um a dois porcento da radioatividade encontrada é dopamina e menos de um porcento é epinefrina, norepinefrina e levodopa inalterada.
Efeitos da Carbidopa no Metabolismo da Levodopa
Em indivíduos saudáveis, a carbidopa aumentou os níveis plasmáticos da levodopa em quantidades estatisticamente significativas, conforme mensurado em relação ao placebo, o que foi demonstrado quando a carbidopa foi administrada antes da levodopa e quando as duas medicações foram administradas simultaneamente. Em um estudo, o pré-tratamento com a carbidopa aumentou cerca de cinco vezes os níveis plasmáticos de uma dose única da levodopa e estendeu a duração de concentrações plasmáticas mensuráveis da levodopa de quatro para oito horas. Quando as duas medicações foram administradas simultaneamente em outros estudos, foram obtidos resultados semelhantes.
Em um estudo em que uma dose única de levodopa (administrada conforme orientação em bula) foi administrada a pacientes com doença de Parkinson que tinham sido tratados previamente com carbidopa, houve um aumento na meia-vida da radioatividade plasmática total derivada da levodopa de 3 horas para 15 horas. A proporção de radioatividade que permaneceu como levodopa não metabolizada foi aumentada em pelo menos três vezes pela carbidopa. A dopamina e o ácido homovanílico plasmático e urinário foram reduzidos pelo pré-tratamento com carbidopa.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Registro no M.S.: 1.0029.0145

Medicamentos relacionados com SINEMET

Indicado para o tratamento de:

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