Reações Adversas
A incidência de eventos adversos com a combinação fixa de anlodipino e enalapril no estudo EMBATES foi baixa. Os mais frequentes foram a cefaleia (13,5%), a tosse (13,5%), o edema de membros inferiores (11,5%), tontura (3,3%), náuseas (2%) e taquicardia/palpitação (2%), que em geral foram de intensidade leve à moderada, sendo dessa forma bem tolerados. Apenas 4,6% dos pacientes tiveram que interromper o tratamento anti-hipertensivo por eventos adversos. Os parâmetros bioquímicos de segurança farmacológica não sofreram alterações significativas durante todo o período de seguimento.
A incidência de eventos adversos com a combinação fixa de anlodipino e enalapril no estudo EMBATES foi baixa. Os mais frequentes foram a cefaleia (13,5%), a tosse (13,5%), o edema de membros inferiores (11,5%), tontura (3,3%), náuseas (2%) e taquicardia/palpitação (2%), que em geral foram de intensidade leve à moderada, sendo dessa forma bem tolerados. Apenas 4,6% dos pacientes tiveram que interromper o tratamento anti-hipertensivo por eventos adversos. Os parâmetros bioquímicos de segurança farmacológica não sofreram alterações significativas durante todo o período de seguimento. Para os 101 pacientes que completaram a fase de extensão do estudo EMBATES, com exceção do evento adverso tosse, houve redução da incidência dos demais no tratamento em longo prazo com a combinação fixa de anlodipino e enalapril. Assim, a incidência de edema de tornozelo que era de 15,3% na 16a semana, reduziu-se para 10,8% ao final do estudo. Do mesmo modo, a incidência de cefaleia diminuiu de 10,8% para 2,7% na semana 48. A incidência de tosse foi de 9% e 10,8% nas semanas 16 e 48, respectivamente.
Efeitos Cardiovasculares
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):palpitação, hipotensão, taquicardia.
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):precordialgia, angina instável.
Efeitos Dermatológicos
Reação comum ( >1/100 e < 1/10):rubor facial.
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):rash cutâneo.
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):eritema dos membros inferiores, edema facial.
Efeitos Endócrinos/Metabólicos
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):aumento da glicemia.
Efeitos Gastrintestinais
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):dor na boca do estômago, vômito.
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):dispepsia, diarreia, azia, gastrite.
Efeitos Musculoesqueléticos
Reação comum ( >1/100 e < 1/10):inchaço dos membros inferiores.
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):dor em membros inferiores, formigamento em membros inferiores, varizes.
Efeitos Neurológicos
Reação comum ( >1/100 e < 1/10):cefaleia.
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):tontura, náusea, cansaço.
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):sonolência, vertigem, insônia, depressão e acidente vascular cerebral.
Efeitos Oftálmicos
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):turvação visual.
Efeitos no Sistema Reprodutor
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):disfunção erétil, retenção urinária, diminuição da libido.
Efeitos Respiratórios
Reação comum ( >1/100 e < 1/10):tosse.
Outros
Reação incomum ( >1/1.000 e < 1/100):mal estar geral.
Reação rara ( >1/10.000 e < 1.000):fraqueza, boca seca, edema de Quincke.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
"Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal."
Resultados de eficácia
O estudo EMBATES (Estudo Multicêntrico Brasileiro de Avaliação de Tolerabilidade e Eficácia de Sinergen) foi um estudo aberto, multicêntrico, realizado em 17 centros de pesquisa brasileiros com a combinação fixa de besilato de anlodipino e maleato de enalapril, em única formulação galênica, empregada no tratamento de pacientes hipertensos estágio 1 e 2. O estudo foi constituído de oito subestudos que tiveram o objetivo de avaliar a eficácia anti-hipertensiva, a tolerabilidade, os efeitos no metabolismo da glicose e perfil lipídico, os efeitos em parâmetros da estrutura cardíaca de pacientes com HVE e os efeitos sobre a excreção urinária de albumina e controle glicêmico de pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2 tratados com esta combinação fixa de antihipertensivos. A eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa foram avaliadas de forma comparativa ao atenolol e a clortalidona em hipertensos primários e ao besilato de anlodipino e maleato de enalapril isolados em hipertensos diabéticos.
Em estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 (estudo EMBATES), foram avaliados 220 pacientes. A duração total do estudo foi de 18 a 20 semanas e, a dose inicial da combinação fixa de anlodipino e enalapril era de 2,5 mg e 10 mg, respectivamente administrada em tomada diária única e caso a pressão arterial diastólica registrada na visita clínica mostrasse valores ? 90 mmHg a dosagem da combinação fixa era reajustada progressivamente para 5+10 mg/ ao dia e 5+20 mg ao dia, sendo respeitado um período mínimo de quatro semanas entre cada reajuste de dose. Ao final do período de tratamento dos 220 pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, 76 (34,5%) estavam recebendo a menor dose da combinação (2,5 +10 mg), 87 pacientes (39,6%) a dose intermediária (5 +10 mg) e os restantes 57 pacientes (25,9%) a dose mais elevada (5 + 20 mg), resultando na média das doses de 4,1 + 12,6 mg de anlodipino e enalapril diários, respectivamente.
A pressão arterial no período basal (semana 0) era 161 ± 13,9 x 100,8 ± 4,1 mmHg, reduziu-se nas primeiras quatro semanas para 142,7 ± 17,7 x 90,5 ± 9,5 mmHg (p < 0,05 versus basal), atingindo ao final das 16 semanas de tratamento valores de 134,7 ± 14,5 x 85,8 ± 8 mmHg (p < 0,05 versus basal). Resultados semelhantes foram observados com a medida da pressão arterial na posição ortostática: no período basal a pressão arterial era de 159,2 ± 14,7 x 101,3 ± 4,5 mmHg e reduziu-se para 133,2 ± 14,4 x 86,8 ± 8,7 mmHg após 16 semanas de tratamento (p < 0,05 versus basal).
Ao se considerar o limite superior da normalidade da pressão arterial diastólica em 90 mmHg, observou-se ao final da 16a semana de tratamento, com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, que 173 dos 220 pacientes (78,7%) tiveram a pressão arterial normalizada. Outros 11 pacientes (5%) que não atingiram os níveis de normalidade foram considerados respondedores, uma vez que apresentaram redução da PAD superior a 10 mmHg, perfazendo desse modo a taxa de eficácia anti-hipertensiva de 83,7%.
Os valores da pressão arterial sistólica e diastólica obtidas durante a MAPA demonstraram que as pressões arteriais sistólica e diastólica reduziram-se significativamente, tanto no período de vigília, quanto durante o período de sono, com relação vale/pico de 91,3%.
Estudo aberto não-comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 em pacientes idosos - subestudo do estudo EMBATES,foram avaliados 29 pacientes com idade superior a 60 anos, de ambos os sexos, apresentando pressão arterial diastólica >95 mmHg. Os pacientes receberam a combinação fixa de anlodipino e enalapril, na dose de 2,5 x 10 mg, administrados em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica igual ou inferior a 90 mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham suas doses de anlodipino e enalapril em combinação aumentadas para 5 x 10 mg ao dia ou 5 x 20 mg ao dia, a cada quatro semanas sempre que fosse detectado um valor para a pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg. A duração total do tratamento ativo foi de 16 semanas. Os pacientes foram submetidos à avaliação adicional, através da monitorização residencial de pressão arterial (MRPA).
24 pacientes (82,8%) atingiram a meta de normalidade da pressão arterial pelo critério (PAD ? 90 mmHg) e 16 (55,2%) pelo critério (PAD ?85 mmHg). As reduções pressóricas observadas foram de 168,7 ± 17,3 x 98,9 ± 3,1 mmHg (final do washout) para 138,5 ± 17,0 x 84,9 ± 7,6 mmHg (16 semanas de tratamento ativo), p < 0,00001. À MRPA, tanto a PAS, quanto a PAD sofreram reduções estatisticamente significativas (p < 0,0005).
Estudo aberto, randomizado, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários estágio 1 e 2 e diabéticos do tipo 2 - subestudo do estudo EMBATES, foram avaliados 58 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 a 70 anos, portadores de diabetes melito do tipo 2, tratados com dieta restrita em açúcar de absorção rápida, hipoglicemiante oral ou insulinoterapia e hipertensão arterial essencial estagios 1 e 2 (95 mmHg < pressão arterial diastólica < 115 mmHg). Outros critérios de inclusão no estudo foram: presença de microalbuminúria ou proteinúria, nível de creatinina plasmática até 2 mg/dl. Destes 58 pacientes, 19 foram alocados no grupo anlodipino (A), 19 no grupo enalapril (E) e 20 no grupo de combinação galênica de anlodipino e enalapril (AE). O tempo de observação dos pacientes, neste estudo, foi de 28 semanas, sendo as quatro primeiras utilizadas como período de retirada (washout) da terapia anti-hipertensiva prévia. Os medicamentos usados, neste estudo, foram como se segue: combinação fixa de anlodipino e enalapril em formulação galênica, administrado uma vez ao dia nas doses de 2,5 e 10mg; 5 e 10 mg; e 5 e 20 mg; anlodipino nas doses de 2,5 mg, 5 mg e 10 mg; enalapril nas doses de 10 mg, 20 mg e 40 mg, e clortalidona 12,5 e 25 mg. Todas as drogas foram administradas em uma única tomada diária.
Foram incluídos 19 pacientes no grupo AE, 19 pacientes no grupo E e 18 pacientes no grupo A. Os grupos mostraram uma distribuição homogênea para todas as variáveis demográficas. A dose média de cada um dos medicamentos usados no estudo para o grupo AE foi 5 mg ao dia para a anlodipino e 17,9 mg ao dia para o enalapril, no grupo E a média foi de 37,9 mg ao dia e no grupo A 9,6mg ao dia.
A PAD supina foi mantida em níveis ?85 mmHg em 10 (52,6%), 9 (47,4%) e 9 (61,1%) dos pacientes dos grupos AE, E e A, respectivamente. A média das reduções para a PAS e PAD na posição supina, estratificado para PAD ?85 mmHg foi de -31,1 x -21,1 mmHg para o AE, -26,3 x -18,6 mmHg para o grupo E, e -36,7 x -16,4 mmHg para o grupo A.
Na análise da MAPA, verificou-se que a média da PAS nas 24 horas, vigília e sono, apresentou o mesmo comportamento nos três grupos e houve redução significativa na 12a semana em todos os grupos. Já a PAD não apresentou homogeneidade e o emprego de testes não-paramétricos mostrou diferença do grupo AE e grupo A comparado ao grupo E, que apresentou níveis mais elevados da PAD na semana 12. De modo geral, todos os grupos reduziram a PAD de forma significativa. No grupo AE, as cargas pressóricas para a sistólica no período da vigília foram reduzidas de 86% para 36,8% (p < 0,0001) e no período de sono de 100 a 71,4% (p < 0,005).
Para os valores da PAD, no grupo AE as cargas na vigília foram reduzidas de 50,4% para 16,8% e no período do sono de 56,6% para 26,7%, p < 0,005 para ambos os períodos.
A análise da EUA (Excreção Urinária de Albumina) no grupo AE mostrou tendência de melhora deste parâmetro, pois a EUA expressa em ln variou de 4,52 ±1,18 no final da fase de washout para 4,01 ± 1,73 (p = 0,052). No grupo E, os valores no basal foram de 4,50 ± 1,21 para 4,12 ± 1,91 (p < 0,03), e para o grupo A, os valores foram de 4,24 ± 1,23 no final do washout para 4,54 ± 1,60 (ns).
Estudo aberto, randomizado de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica comparado a clortalidona e atenolol, no tratamento da hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 - subestudo do estudo EMBATES: o objetivo deste estudo aberto, comparativo, multicêntrico, de 20 semanas foi avaliar a eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica, uma vez ao dia, comparada ao atenolol e clortalidona, em pacientes com hipertensão arterial primária estágios 1e 2. A eficácia anti-hipertensiva da combinação fixa foi avaliada considerando-se dois critérios diferentes de normalidade da pressão arterial: PAD ?90 mmHg (critério clássico) e PAD ?85 mmHg (novo critério). Trinta e seis pacientes foram avaliados no grupo anlodipino + enalapril (Grupo AE), 18 pacientes no grupo clortalidona (Grupo C) e 19 no grupo atenolol (Grupo A). Após quatro semanas de washout, os pacientes receberam a combinação fixa de AE, A ou C em doses iniciais de 2,5 e 10 mg, 50 mg e 12,5 mg, respectivamente, administrados em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica igual ou inferior a 90 mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham as doses dos medicamentos do estudo aumentadas para 5 e 10 mg ao dia. ou 5 e 20 mg ao dia, 100 mg ao dia, e 25 mg ao dia, a cada quatro semanas, quando fosse detectado valor para a pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg. A duração total do tratamento ativo foi de 16 semanas.
80,6% dos pacientes no grupo AE, 52,6% no grupo A e 72,2% no grupo C atingiram a meta de normalidade da pressão arterial pelo critério clássico (PAD ?90 mmHg) e 44,5%, 26,3% e 38,9%, respectivamente, AE, A e C pelo novo critério (PAD ?85mmHg). As reduções pressóricas foram de 23,2 x 15,2 mmHg no grupo AE (p < 0,000001), 13,3 x 10,1 no grupo A (p < 0,001), e 15,1 x 11,4 mmHg no grupo C (p < 0,00001). As reduções na PAS foram estatisticamente diferentes no grupo A versus C e AE.
Na avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão primária estágios 1 e 2,: dos 220 pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 que completaram as 16 semanas de tratamento, com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, 111 entraram na fase de extensão do estudo, com seguimento adicional de32 semanas, perfazendo o total de 48 semanas de tratamento. A dose da combinação fixa de anlodipino e enalapril, que os pacientes estavam recebendo no final da primeira fase do estudo, foi mantida no período de extensão, sendo que para os pacientes que não estavam utilizando a dose máxima da combinação era permitido o reajuste da dose, se necessário, para a obtenção e ou manutenção do controle pressórico.
O tratamento em longo prazo com esta combinação fixa, não só manteve a pressão arterial reduzida, como se acompanhou de reduções adicionais tanto da PA sistólica, quanto da diastólica. Assim, os valores da pressão arterial na posição supina eram no período basal 163,6± 13,0 x 100,9 ± 3,8 mmHg, reduziram-se para 134,7 ± 13,5x 85,3 ± 7,8 mmHg após 16 semanas de tratamento, atingindo níveis de 131,8 ± 13,6 x 84,2 ± 7,0 mmHg, na 48a semana do estudo. Comportamento semelhante foi observado na posição ortostática, sendo os valores da pressão arterial no período basal, 16ª e 48ª semanas de tratamento, respectivamente, 162,0 ± 14,0 x 101,6 ± 4,2 mmHg, 133,8 ± 13,8 x 86,6 ± 8,6 mmHg e 131,1 ± 13,5 x 85,1 ± 8,2 mmHg.
Além disso, ao final da 48a semana um maior número de pacientes havia atingido a meta de redução da pressão arterial diastólica para valores ?85 mmHg: 60,4% versus 54,4% na 16ª semana.
Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre metabolismos da glicose e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão arterial primária estágios 1 e 2. Subestudos do Estudo EMBATES: um estudo aberto, não comparativo, foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre o metabolismo da glicose e dos lípides. Esse estudo foi realizado com 20 pacientes, tratados com a combinação fixa de anti-hipertensivos por 16 semanas consecutivas. Já outro subestudo, avaliou em 16 pacientes hipertensos, com hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE), os efeitos do tratamento com a combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre parâmetros morfométricos e funcionais cardíacos, através de ecocardiografia bidimensional com Doppler.
Observou-se que o tratamento de combinação fixa de anlodipino e enalapril não induziu alterações significativas dos parâmetros do metabolismo da glicose avaliados. Assim, os valores da glicemia, insulinemia de jejum e durante a sobrecarga oral de glicose não houve alterações significativas com o tratamento anti-hipertensivo empregado. Do mesmo modo, as áreas sob a curva de glicose e insulina e o índice de sensibilidade à insulina não se modificaram de forma significativa com o uso da combinação fixa de anlodipino e enalapril.
Os valores séricos de todos os parâmetros avaliados, isto é, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides eram respectivamente de 223,2 ± 53,3 mg/dl, 144,5 ± 46,2 mg/dl, 53,2 ± 12,1mg/dl e 129,6 ± 87,9 mg/dl, no período basal e não se modificaram significativamente. O tratamento com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, durante seis meses consecutivos, propiciou relação E/A (relação entre as velocidades máximas das ondas de fluxo mitral), do tempo de relaxamento interventricular e diminuição do tempo de desaceleração atrial que, apesar disso, não atingiram significância estatística.
Concluiu-se então, que a combinação fixa de anlodipino e enalapril apresenta perfil metabólico neutro, podendo ser utilizada com segurança em pacientes com síndrome metabólica, dislipidemia e diabetes melitus. Além de proporcionar regressão da hipertrofia de VE, diminuindo assim o risco cardiovascular do paciente hipertenso.
Combinação de anlodipino e enalapril em pacientes hipertensos com doença coronariana: com o objetivo de avaliar a eficácia e a tolerabilidade da combinação fixa anlodipino + enalaprila, comparada a anlodipino na normalização da PA diastólica (PAD) ( < 85 mmHg), em pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC) e Hipertensão Arterial, foi conduzido um estudo duplo-cego, randomizado, com dois grupos de pacientes com PAD >90 e < 110 mmHg e DAC. Foram excluídos os com FEVE < 40%; sintomas de insuficiência cardíaca ou angina classe III e IV; doenças graves e PAD >110 mmHg durante o wash-out de quatro semanas, em uso só de atenolol. Após wash-out os pacientes foram randomizamos para combinação (A) ou anlodipino (B) e seguidos de quatro em quatro semanas até 98 dias. As doses (mg) iniciais foram, respectivamente: A- 2,5/10 e B- 2,5, sendo incrementadas se PAD >85mmHg, nas visitas.
De 110 pacientes selecionados, foram randomizados 72 (A= 32, B= 40). As reduções da PAD e da PA sistólica (PAS) foram intensas (p < 0,01), mas sem diferenças entre os grupos em mmHg: PAS, A (127,7 ± 13,4) e B (125,3 ± 12,6) (p= 0,45) e PAD, A (74,5 ± 6,7 mmHg) e B (75,5 ± 6,7 mmHg) (p= 0,32). Houve menos edema de membros inferiores no A (7,1% vs 30,6%, p=0,02) no 98° dia.
A combinação fixa de enalaprila com anlodipino, tal qual anlodipino isolado, em pacientes com DAC e HAS estágios I e II foi eficaz na normalização da pressão, adicionando bloqueio ao sistema renina-angiotensina.
Gomes, M.A.M., et al. Estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 - o estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S7-S15.
Miranda R.D, et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 em pacientes idosos - subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S23-S31.
Milagres R., et al. Estudo aberto, randomizado, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários estágio 1 e 2 e diabéticos do tipo 2 - Subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S32-S41.
Franco R.J.S, et al. Estudo aberto, randomizado de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica comparado à clortalidona e atenolol, no tratamento da hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 - subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S42-S50.
Filho N.S., et al. Avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão primária estágios 1 e 2. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S51-S55.
Oigman W., et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre metabolismos da glicose e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 - subestudos do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S16-S22.
Rienzo, Marcos et al. Combinação de anlodipino e enalaprila em pacientes hipertensos com doença coronariana.Arq. Bras. Cardiol.vol.92, n.3 pp. 183-189, 2009.
Interação com outros medicamentos
Pacientes em uso de diuréticos podem apresentar uma redução excessiva da pressão arterial após início da terapia com Sinergen.
Devido à Sinergen ser uma combinação de dois medicamentos, pode ocorrer interações de qualquer de seus componentes com diversos outros medicamentos. Na lista a seguir, são relacionadas as principais interações para cada um de seus componentes:
a) maleato de enalapril
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
Efeito da interação:hipercalemia, aumento de risco de comprometimento renal, hipotensão.
Medicamento:alisquireno (uso contraindicado em conjunto).
Efeito da interação:aumento de risco de angioedema.
Medicamento:alteplase.
Efeito da interação:reações de hipersensibilidade (síndrome de Steven-johnson, erupção cutânea, espasmo coronariano anafilático).
Medicamento:alopurinol.
Efeito da interação:hipercalemia.
Medicamento:amilorida, espironolactona, eplerenona, triantereno.
Efeito da interação:mielossupressão.
Medicamento:azatioprina.
Efeito da interação:anormalidades hematológicas (granulocitopenia, trombocitopenia).
Medicamento: interferon alfa 2a.
Gravidade: Moderada
Efeito da interação:diminui o efeito antihipertensivo e natriurético.
Medicamento: aceclofenaco, celecoxibe, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco, etofenamato, fentiazaco, ibuprofeno, indometacina, indoprofeno, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, naproxeno, nimesulida, piroxicam, rofecoxibe, sulindaco, valdecoxibe, zomepiraco.
Efeito da interação:hipercalemia.
Medicamento: trimetropina.
Efeito da interação:diminui a efetividade do enalapril
Medicamento:aspirina, rifampicina
Efeito da interação:hipotensão postural (primeira dose)
Medicamento: bumetanida, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida, indapamida, piretanida
Efeito da interação:bradicardia e hipotensão com perda da consciência
Medicamento:bupivacaína
Efeito da interação: toxicidade da clomipramina (confusão, insônia, irritabilidade).
Medicamento:clomipramina.
Efeito da interação:disfunção renal aguda.
Medicamento:ciclosporina.
Efeito da interação:reações nitritoides (rubor facial, náusea, vômito e hipotensão).
Medicamento:aurotiomalato de sódio.
Efeito da interação:acidose hipercalêmica.
Medicamento:metformina.
Efeito da interação:aumento na hipotensão sintomática.
Medicamento:nesiritida.
Efeito da interação:toxicidade por lítio (fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão) e/ou nefrotoxicidade.
Substância Química:lítio.
Gravidade: Menor
Efeito da interação: doses elevadas da manutenção de eritropoetina para manter os valores de referência do hematocrito.
Medicamento:epoetina alfa, epoetina beta.
Interação medicamento-substância química
Gravidade: Maior
Efeito da interação:hipercalemia.
Substância Química: potássio.
Gravidade: Moderada
Efeito da interação:diminui o efeito antihipertensivo e natriurético.
Mecanismo de ação provável:interferência com a produção de agentes vasodilatadores e prostaglandinas natriuréticas.
Substância Química:ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico, ácido tiaprofênico.
Efeito da interação:hipotensão postural (primeira dose).
Substância Química:ácido etacrínico.
Interação medicamento-planta medicinal
Gravidade: Moderada
Efeito da interação:reduz a efetividade dos inibidores da enzima conversora de angiotensina.
Planta Medicinal:ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china), yoimbina.
Efeito da interação:aumenta o risco de tosse.
Planta medicinal:capsaicina.
b) besilato de anlodipino
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
Efeito de interação:redução de efeito antiagregante plaquetário.
Medicamento:clopidogrel.
Efeito de interação: aumento da concentração plasmática de anlodipino.
Medicamento: telaprevir.
Efeito de interação: aumento de exposição ao anlodipino.
Medicamento: claritromicina, conivaptano.
Efeito de interação: aumento de risco de toxicidade pelo fentanil.
Medicamento: fentanil.
Efeito de interação:aumento de risco de toxicidade e prolongamento de intervalo QT.
Medicamento:domperidona.
Efeito de interação: interação com substrato CYP3A4.
Medicamento:mitotano, carbamazepina, primidona, piperacina.
Efeito de interação:bradicardia, bloqueio AV e/ou parada sinusal.
Medicamento:dantroleno.
Efeito de interação:hipercalemia e depressão cardíaca.
Medicamento: amiodarona, atazanavir.
Efeito de interação:aumenta o risco de cardiotoxicidade. (prolongamento QT, torsades de pointes, parada cardíaca).
Medicamento: droperidol.
Gravidade: Moderada
Efeito de interação:hipotensão e/ou bradicardia.
Mecanismo de ação provável:potencializa os efeitos cardiovasculares.
Medicamento:acebutolol, alprenolol, amprenavir, atenolol, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bucindolol, buflomedil, carvedilol, conivaptana, ciclosporina, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, oxprenolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol.
Efeito de interação:aumenta o risco de toxicidade a ciclosporina (disfunção renal, colestase, parestesia).
Medicamento:ciclosporina.
Efeito de interação:aumenta o risco de toxicidade do anlodipino (tontura, hipotensão, rubor, cefaleia, edema periférico).
Medicamento:dalfopristina, quinupristina.
Efeito de interação:aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade (tontura, hipotensão, rubor, cefaleia, edema periférico).
Medicamento:fluconazol, cetoconazol, itraconazol.
Efeito de interação:aumenta a concentração sérica do anlodipino.
Medicamento:indinavir, delavirdina, fosamprenavir.
Efeito de interação:reduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio.
Medicamento:rifapentina.
Efeito de interação:aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade potencial (tontura, cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão, arritmia cardíaca).
Medicamento:ritonavir.
Efeito de interação:aumenta o risco de toxicidade do anlodipino (tontura, cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão, arritmia cardíaca)
Medicamento:saquinavir.
Efeito de interação:aumenta a concentração sérica dos bloqueadores dos canais de cálcio do diidropiridona.
Medicamento:voriconazol.
Gravidade: Menor
Efeito da interação:aumenta o risco de insuficiência cardíaca.
Medicamento:epirubicina.
Efeito de interação: aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e/ou efeito hipotensivo antagônico.
Medicamento:aceclofenaco, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco, etofenamato, fenoprofen, fentiazac, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxaprozin, oxifenbutazona, fenilbutazona, pirazolaco, piroxicam, propifenazona, sulindaco, tenoxicam,
Interação medicamento-substância química
Gravidade: Menor
Efeito de interação:aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e/ou efeito hipotensivo antagônico.
Substância-Química:ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico, ácido tiaprofênico.
Interação medicamento-planta medicinal
Gravidade: Maior
Efeito de interação:reduz a biodisponibilidade dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal:Erva de São João (Hypericum perforatum)
Gravidade: Moderada
Efeito de interação:reduz o efeito hipotensivo dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal:ephedra(Ma Huang, tipo de planta originária da china).
Efeito de interação:reduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal:óleo de menta, yoimbina.
Interação medicamento-alimento
Gravidade: Moderada
Efeito de interação:aumenta a concentração sérica do anlodipino.
Alimento:suco de grapefruit(toranja).
Não se conhece a interferência de besilato de anlodipino ou maleato de enalapril em exames laboratoriais.