Mepartricina

Antimicrobiano.

É um antibacteriano obtido por modificação química de um antibiótico poliênico (heptaeno) produzido por algumas cepas de Streptomyces aureofaciens. Seu mecanismo de ação consiste em ligar-se aos esteróis (ergosterol) da membrana citoplasmática dos microrganismos, favorecendo a formação de um canal que inibe a propriedade de permeabilidade seletiva. A atividade biocida da mepartricina foi comprovada contra Candida albicans (fungicida) e contra Trichomonas vaginalis (tricomonicida). É utilizado em forma tópica ou oral para o tratamento das vaginites causadas pelos C. albicans e T. vaginalis, além disso, por via oral possui ação sobre as infecções por C. albicans extragenitais e em tricomoníase urogenital masculina. A mepartricina não é microbicida sobre a flora normal da vagina, favorecendo uma rápida recuperação dos microrganismos normais da mucosa.

Vaginite por C. albicans, Trichomonas vaginalis. Vaginite mista (Candida albicans além de Trichomonas vaginalis). Candidíase extragenital, inclusive intestinal. Tricomoníase urogenital masculina. Tem sido utilizada como adjuvante no tratamento das micoses urinárias, respiratórias e digestivas altas.

Via oral: 100.000UI diários, em duas vezes, durante três dias consecutivos. Via tópica (vaginal): 25.000UI em uma aplicação diária, durante 15 dias consecutivos. Na candidíase oral, costuma-se colocar 1 ml de uma suspensão contendo 10.000UI por ml, na cavidade bucal, quatro vezes ao dia, até dois dias após o desaparecimento da invasão.

Diarreia, vômitos, náuseas, cólica abdominal, cefaleia, prurido generalizado.

A administração de mepartricina não deve ser interrompida durante o período de sangramento menstrual. Por não existirem provas conclusivas recomenda-se não administrar em gestantes a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe utiliza o medicamento.

Hipersensibilidade à mepartricina ou outros antibióticos poliênicos.