Sorafenibe

 

Terapias de Ação

Antineoplásico.
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Propriedades

É um inibidor multiquinase que diminui a proliferação das células tumorais in vitro. O sorafenibe inibe o crescimento tumoral de carcinomas de células renais murinas (RENCA) e de vários tumores humanos transplantados em camundongos. Em alguns destes modelos animais, observou-se uma diminuição da angiogênese tumoral. O sorafenibe interage com diferentes quinases intracelulares (CRAF, BRAF) e de superfície celular (KIT, FLT- 3, VEGFR- 2, VEGFR- 3 e PDGFR-), algumas das quais estão envolvidas na angiogênese. Após administração oral, sua biodisponibilidade é de aproximadamente 38%-49%, sua meia-vida de eliminação é de 25-48 horas e sua união a proteínas plasmáticas é de 99,5%. O sorafenibe é metabolizado principalmente no fígado, por metabolismo oxidativo mediado pelo CYP3A4, e por glicuronidação mediada por UGT1A9. O principal metabólito apresenta in vitro uma potência similar à da droga intacta. A via de eliminação preferencial é a fecal.

Indicações

Carcinoma avançado de células renais.

Dosagem

Dose usual: via oral, 200 mg duas vezes ao dia, administrados sem alimentos (uma hora antes ou duas horas após as refeições). Em caso de toxicidade epidérmica, sugerem-se as seguintes modificações no tratamento com sorafenibe: toxicidade de grau 1 (tumefações, disestesias, parestesias, formigamentos, tumefação sem dor, eritema ou mal-estar nas mãos ou nos pés que não interferem com as atividades normais do paciente): manter o tratamento com sorafenibe e considerar uma terapia tópica para aliviar os sintomas. Toxicidade de grau 2 (eritema e tumefação dolorosa em mãos ou pés, e/ou mal-estar que afetem as atividades normais do paciente): diante da primeira ocorrência, recomenda-se continuar com o tratamento com sorafenibe e considerar uma terapia tópica para aliviar os sintomas; se não houver alívio em 7 dias ou se houver uma segunda ou terceira ocorrência, recomenda-se interromper o tratamento até que a toxicidade se resolva a graus 0-1. Uma vez resolvida a toxicidade, diminuir a dose de sorafenibe a 400 mg por dia em uma única administração. Caso haja uma quarta ocorrência de toxicidade, interromper o tratamento com sorafenibe. Toxicidade de grau 3 (descamação úmida, ulcerações, aparição de bolhas ou dores graves em mãos ou pés, tal que o paciente não consiga desenvolver suas atividades normalmente): ante a primeira ocorrência, recomenda-se continuar com o tratamento com sorafenibe e considerar uma terapia tópica para aliviar os sintomas; se não houver alívio em 7 dias ou se houver uma segunda ocorrência, recomenda-se interromper o tratamento até que a toxicidade se resolva a graus 0-1. Uma vez resolvida a toxicidade, diminuir a dose de sorafenibe a 400 mg por dia em uma única administração. Caso haja uma terceira ocorrência de toxicidade, interromper o tratamento com sorafenibe.

Reações Adversas

As principais reações compreendem hipertensão, fadiga, perda de peso, rash cutâneo/descamação, reações epidérmicas em mãos e pés, alopécia, prurido, pele seca. Diarreia, náuseas, anorexia, vômitos, dores abdominais, dores articulares, cefaleia, dispneia, tosse, mucosite, estomatite, dispepsia, disfagia, leucopenia, linfopenia, anemia, neutropenia, trombocitopenia, hipofosfatemia, aumento transitório das transaminases, artralgia, mialgia, disfunção erétil.

Precauções e Advertências

Recomenda-se vigiar a pressão sanguínea, principalmente durante as primeiras seis semanas de tratamento. Em caso de hipertensão grave, recomenda-se suspender temporariamente ou de modo permanente a terapia com sorafenibe. O uso deste fármaco pode aumentar o risco de hemorragias; nestes casos, recomenda-se suspender a terapia. Não administrar a pacientes com doença coronariana ou infarto de miocárdio recente. Os pacientes sob tratamento concomitante com varfarina devem ser controlados regularmente em função das possíveis alterações no tempo de protrombina, na Relação Internacional Normalizada (RIN), ou episódios de hemorragias. Não se considera necessário realizar um ajuste de dose em pacientes com comprometimento hepático Child-Pugh A e B.

Interações

Administrar com precaução em associação com doxorrubicina, visto que aumenta o pico de concentração máxima desta substância. Administrar com precaução durante o uso simultâneo de substâncias que são substratos de CYP2B6 e CYP2C8 e com as que são metabolizadas pela via UGT, 1A1 (irinotecana).

Contra-indicações

Gravidez e amamentação. Hipersensibilidade ao fármaco.
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Interações de Sorafenibe

Informação não disponível

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