Travoprosta

Antiglaucomatoso.

Trata-se de um agente sintético análogo da prostaglandina F2a (PGF2a), que se apresenta como um óleo límpido e incolor, insolúvel em água, que aplicado localmente (colírio) nos olhos reduz significativamente a pressão intraocular em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou naqueles pacientes não responsivos ou refratários a outros tratamentos. A travoprosta é um agonista seletivo do prostanoide FP que, aumentando o fluxo uroescleral, reduz a pressão intraocular. É absorvido através da córnea e metabolizado por esterases da córnea para dar origem a seu ácido livre biologicamente ativo, visto que o travoprosta é uma pró-droga do éster isopropílico. A eliminação da travoprosta como ácido livre do plasma é rápida, e ocorre no decorrer de uma hora após sua instilação.

A travoprosta está indicada para a redução da pressão intraocular elevada em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular que são intolerantes ou que não respondem de modo satisfatório a outras medicações para redução da pressão intraocular (aqueles que não chegaram a atingir a pressão intraocular desejada, determinada após múltiplas medições no decorrer do tempo).

Uma gota, uma vez ao dia, ao deitar. Pode-se usar simultaneamente com outros agentes oculares de uso tópico (colírios).

As reações adversas mais freqüentemente observadas são: hiperemia ocular (35% a 50%), dor, ardor e prurido local, secura da conjuntiva, fotofobia, ceratite, descoloração da íris, epífora, diminuição da acuidade visual, sensação de corpo estranho, crescimento das pestanas, crescimento da pele da pálpebra. Pode desenvolver-se uma alteração gradual da cor dos olhos, embora possivelmente esta alteração cromática da íris passe despercebida durante meses ou mesmo anos.

Recomenda-se usar com precaução em pacientes que apresentam inflamação intraocular ativa (irite ou uveíte).

Hipersensibilidade ao fármaco. Não deve ser utilizado durante a gestação ou em mulheres em idade fértil com intenção de engravidar.