Terapias de Ação
Antipsicótico.
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Propriedades
Trata-se de um dibenzotiepínico tricíclico, estruturalmente relacionado às fenotiazinas e à clozapina. Seu mecanismo de ação relaciona-se principalmente com a inibição da união da dopamina a seus receptores específicos, subtipos D1 e D2. Além disto, a zotepina bloqueia receptores serotoninérgicos, histaminérgicos tipo 1 e inibe a recaptação de noradrenalina nas terminações nervosas. Após administração oral, a zotepina é rapidamente absorvida, porém sofre metabolismo de primeira passagem de modo significativo. Sua biodisponibilidade oscila de 7% a 13% e sua união a proteínas plasmáticas é da ordem de 97%. Seu metabolismo é quase completo e um dos metabólitos, a norzotepina, tem importante atividade farmacológica. A zotepina e seus metabólitos são excretados principalmente pelas fezes.
Indicações
Psicose aguda e crônica de tipo esquizofrênico.
Dosagem
Dose usual: via oral, 75 a 300 mg por dia, em doses divididas. Recomenda-se começar com uma dose de 25 mg 3 vezes ao dia e realizar os ajustes de dose necessários a intervalos de 4 dias. Dose máxima: 300 mg/dia. A posologia será determinada pela severidade do quadro e as necessidades de cada paciente. Pacientes idosos e aqueles com insuficiência hepática e/ou renal: dose inicial: 25 mg duas vezes ao dia. O aumento da posologia deve ser gradual e basear-se na tolerabilidade e eficácia até um máximo de 75 mg, duas vezes ao dia.
Reações Adversas
As principais reações compreendem insônia, boca seca, constipação, cefaleia, vertigem, sonolência, astenia e aumento de peso.
Precauções e Advertências
Recomenda-se realizar contagens de leucócitos periodicamente para descartar leucopenia. Em pacientes com insuficiência hepática, recomenda-se monitorar a função hepática semanalmente nos 3 primeiros meses de tratamento. Em pacientes com antecedentes de hiperuricemia ou gota, recomenda-se controlar a uricemia periodicamente. Evitar o início do tratamento com zotepina dentro das 3 semanas imediatamente seguintes à resolução de um episódio agudo de gota, pelo risco de formação de cálculos renais de uratos. Dada a observação de prolongamento do intervalo QTc relacionado com o uso de zotepina, recomenda-se administrar com precaução a pacientes com risco de arritmias devido a enfermidade coronariana, drogas que induzam prolongamento do intervalo QTc ou hipopotassemia. Administrar com precaução a pacientes com tumores da medula adrenal (feocromocitoma ou neuroblastoma). Levar em consideração que a termorregulação corporal pode ser afetada pelo tratamento com zotepina. Recomenda-se não empregar fármacos depressores do sistema nervoso central durante o tratamento com zotepina, vista a existência de risco de manifestação de discinesia tardia. Além disto, a zotepina pode causar piora em pacientes com mal de Parkinson. Não administrar durante a gravidez ou a amamentação, exceto quando os benefícios para a mãe superarem os potenciais riscos para o feto ou o bebê. Como a zotepina diminui o limiar convulsivo, recomenda-se não administrar a pacientes com antecedentes pessoais ou familiares de epilepsia, exceto quando o benefício esperado supere os riscos potenciais. Devido a sua atividade bloqueadora alfa-adrenérgica, a zotepina pode causar hipotensão ortostática, especialmente no início do tratamento e com o aumento da posologia. Assim, recomenda-se advertir aos pacientes que devem incorporar-se lentamente e monitorar a pressão arterial. Como a zotepina pode causar taquicardia, recomenda-se empregar com precaução em pacientes com angina de peito devido à enfermidade coronariana. Igualmente recomenda-se administrar com precaução a pacientes com hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma de ângulo fechado ou íleo paralítico, em vista de suas propriedades anticolinérgicas. Recomenda-se advertir aos pacientes sobre a possibilidade de aumento de peso. Em caso de manifestação da síndrome neuroléptica maligna (SNM), recomenda-se suspender imediatamente sua administração.
Interações
Administrar com precaução juntamente com drogas depressoras do sistema nervoso central, como benzodiazepínicos, barbitúricos e outros agentes antipsicóticos, ou antidepressivos tricíclicos, devido a um possível aumento da sedação. Visto que a zotepina possui propriedades bloqueadoras a1-adrenérgicas, recomenda-se administrar com precaução juntamente com agentes hipotensores, incluindo alguns agentes anestésicos. O uso concomitante com adrenalina pode ocasionar uma hipotensão arterial importante, devido ao efeito da zotepina sobre os receptores alfa-adrenérgicos. Do mesmo modo, pode haver potencialização do efeito de fármacos hipotensores alfa-adrenérgicos, como alfa-metildopa, guanetidina e clonidina. Como os antipsicóticos baixam o limiar convulsivo, e a zotepina possui efeito proconvulsivante relacionado com a dose, recomenda-se administrar com precaução esta associação. A co-administração com fluoxetina ou diazepam aumenta as concentrações plasmáticas de zotepina e norzotepina. A administração conjunta com desipramina produz aumento dos efeitos anticolinérgicos, como boca seca, retenção urinária, delírio e hipertermia. A ingestão de alimentos não modifica o grau de absorção da zotepina.
Contra-indicações
Hipersensibilidade comprovada à droga ou neurolépticos relacionados, especialmente do tipo fenotiazínicos ou tioxantenos. Pacientes com intoxicação aguda por agentes depressores do sistema nervoso central (incluindo álcool), com gota aguda ou antecedentes de litíase renal. Não se recomenda seu emprego em menores de 18 anos.
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Interações de Zotepina
Informação não disponível |
Alguns medicamentos que contêm Zotepina