TEGRETOL

4489 | Laboratório NOVARTIS

Descrição

Princípio ativo: Carbamazepina,
Ação Terapêutica: Anticonvulsivantes. Antiepilépticos

Composição

Tegretol® Comprimidos: cada comprimido contém 200 mg ou 400 mg de carbamazepina. Excipientes: celulose microcristalina, carmelose sódica, dióxido de silício e estearato de magnésio. Tegretol® Suspensão oral a 2%: cada 1 mL contém 20 mg de carbamazepina. Excipientes: estearato de macrogol 400, celulose microcristalina, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, sacarina sódica, hietelose, ácido sórbico, propilenoglicol, aromatizante caramelo e água purificada. A suspensão contém sorbitol, que é lentamente convertido à glicose, podendo, portanto ser administrado a diabéticos. TEGRETOL CR: cada comprimido contém 200 mg ou 400 mg de carbamazepina. Excipientes: dióxido de silício, croscarmelose sódica, hipromelose, celulose microcristalina, polimetacrilicopoliacrilato de etila, polissorbato 80, dióxido de titânio, estearato de magnésio, etilcelulose, álcool cetílico, laurilsulfato de sódio, óxido férrico vermelho, óxido férrico amarelo e talco.

Apresentação

Tegretol®:
Comprimidos convencionais de 200 mg - Embalagens com 20 ou 60 comprimidos.
Comprimidos convencionais de 400 mg - Embalagens com 20 comprimidos.
Suspensão oral a 2% - Embalagem com 1 frasco de 100 mL + 1 seringa dosadora.
Tegretol® CR:
Comprimidos divisíveis de liberação controlada de 200 mg e 400 mg - Embalagens com 20 ou 60 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Indicações

• Epilepsia
-Crises parciais complexas ou simples (com ou sem perda da consciência) com ou sem generalização secundária.
-Crises tônico-clônicas generalizadas. Formas mistas dessas crises.
• Tegretol® é adequado para monoterapia e terapia combinada.
• Tegretol® geralmente não é eficaz em crises de ausência e em crises mioclônicas (veja "Advertências").
• Mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos bipolares para prevenir ou atenuar recorrências.
• Síndrome de abstinência alcoólica.
• Neuralgia idiopática do trigêmeo e neuralgia trigeminal em decorrência de esclerose múltipla (típica ou atípica).
Neuralgia glossofaríngea idiopática.
• Neuropatia diabética dolorosa.
• Diabetes insípida central. Poliúria e polidipsia de origem neuro-hormonal.

Dosagem

MODO DE USAR
Os comprimidos e suspensão oral (deve ser agitada antes do uso) podem ser tomados durante, após ou entre as refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido.
Os comprimidos de Tegretol® CR (comprimidos inteiros ou, se assim prescrito, meio comprimido) devem ser engolidos sem mastigar com um pouco de líquido. A suspensão oral (uma medida = 5 mL = 100 mg; meia medida = 2,5 mL = 50 mg) é, particularmente, adequada aos pacientes com dificuldade na deglutição de comprimidos ou que necessitam de ajustes cuidadosos de dose.
Como resultado da liberação lenta e controlada de substância ativa dos comprimidos de Tegretol® CR, estes são destinados à prescrição na posologia de 2 vezes ao dia.
Uma vez que determinadas doses de Tegretol® suspensão oral produzirão níveis de pico mais elevados que a mesma dose em comprimidos, é recomendável iniciar o tratamento com doses baixas e aumentá-las lentamente para evitar reações adversas.
Para os pacientes que estejam passando de Tegretol® comprimidos para suspensão oral: deve-se administrar a mesma quantidade em mg/dia, em doses menores e mais frequentes (por ex., suspensão oral, 3 vezes ao dia, ao invés de comprimidos, 2 vezes ao dia).
Em pacientes que estejam passando de Tegretol® comprimidos convencionais para comprimidos divisíveis de liberação controlada (Tegretol® CR): a experiência clínica mostra que, em alguns casos, a posologia na forma de comprimidos CR pode necessitar de um aumento.
Em consequência das interações medicamentosas e farmacocinéticas diferentes das drogas antiepilépticas, a posologia de TEGRETOL deve ser ajustada com cuidado em pacientes idosos.
É importante tomar o medicamento regularmente. Se o paciente se esquecer de tomar uma dose, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for hora de tomar a próxima dose, deve tomá-la normalmente sem dobrar o número de comprimidos ou medidas de suspensão.
A retirada do produto deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.
Depois de aberto, manter o medicamento fechado e em lugar seguro.
POSOLOGIA
Epilepsia
Quando possível, Tegretol® deve ser prescrito em monoterapia.
O tratamento deve ser iniciado com uma posologia diária baixa, e aumentada gradualmente até que se obtenha um efeito ótimo.
A determinação dos níveis plasmáticos pode ajudar no estabelecimento da posologia ótima (veja "Advertências").
Quando Tegretol® for adicionado a terapias antiepilépticas já existentes, a adição deve ser gradual, enquanto se mantém ou, se necessário, se adapta a posologia do(s) outro(s) antiepiléptico(s) (veja "Interações medicamentosas").
Adultos
Inicialmente, 100 a 200 mg, 1 a 2 vezes ao dia; a dose deve ser gradualmente aumentada até (geralmente até 400 mg, 2 a 3 vezes ao dia) que se obtenha uma resposta ótima. Em alguns pacientes, a dose de 1.600 ou mesmo 2.000 mg/dia pode ser apropriada.
Crianças
Para crianças de 4 anos ou menos, é recomendada a dose inicial de 20 a 60 mg/dia, aumentada de 20 a 60 mg a cada dois dias. Para crianças acima de 4 anos, a terapia pode começar com 100 mg/dia, aumentada de 100 mg em intervalos semanais.
Dose de manutenção: 10 a 20 mg/kg de peso corporal ao dia, em doses divididas:
-Até 1 ano de idade 100 a 200 mg por dia (= 5 - 10 mL = 1-2 medidas de suspensão oral)
-1 a 5 anos de idade 200 a 400 mg por dia (= 10 - 20 mL = 2x 1-2 medidas de suspensão oral)
-6 a 10 anos de idade 400 a 600 mg por dia (= 20 - 30 mL = 2-3 x 2 medidas de suspensão oral)
-11 a 15 anos de idade 600 a 1.000 mg por dia (= 30 - 50 mL = 3 x 2-3 medidas de suspensão oral (Em caso de administração de 1000 mg, aumente uma medida extra de 5mL))
Mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos bipolares
O intervalo de dose é de 400 a 1.600 mg/dia, sendo que a posologia usual é de 400 a 600 mg/dia, em 2 a 3 doses divididas. Em mania aguda, a posologia deve ser aumentada mais rapidamente, enquanto que para a terapia de manutenção em distúrbios bipolares, são recomendados pequenos aumentos de dose, a fim de garantir tolerabilidade ótima.
Síndrome de abstinência alcoólica
A dosagem média é de 200 mg, 3 vezes ao dia. Em casos graves, esta dosagem pode ser elevada durante os primeiros dias (por ex. 400 mg, 3 vezes ao dia). No início do tratamento de manifestações de abstinência grave, Tegretol® deve ser administrado em combinação com fármacos sedativo-hipnóticos (por ex., clometiazol, clordiazepóxido). Após o alívio da fase aguda, Tegretol® pode ser continuado em monoterapia.
Neuralgia do trigêmeo
A posologia inicial de 200 a 400 mg/dia, deve ser elevada lentamente até a obtenção do alívio da dor (normalmente 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia). A dosagem deve, então, ser reduzida gradualmente para o menor nível de manutenção possível. Em pacientes idosos, é recomendada a dose inicial de 100 mg, 2 vezes ao dia.
Neuropatia diabética dolorosa
A dosagem média é de 200 mg, 2 a 4 vezes ao dia.
Diabetes insípida central
A dosagem média para adultos é de 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia. Em crianças, a dosagem deve ser reduzida proporcionalmente à idade e ao peso corporal.
O comprimido de TREGRETOL não deve ser aberto ou mastigado.
O comprimido de TREGRETOL CR não deve ser mastigado.

Contra-indicações

• Hipersensibilidade conhecida à carbamazepina ou a fármacos estruturalmente relacionados (por ex. antidepressivos tricíclicos) ou a qualquer outro componente da formulação.
• Pacientes com bloqueio átrio-ventricular.
• Pacientes com histórico de depressão da medula óssea.
• Pacientes com histórico de porfirias hepáticas (por ex. porfiria intermitente aguda, porfiria variegada, porfiria cutânea tardia).
O uso de Tegretol® não é recomendado em associação com inibidores da monoaminoxidase (IMAO) (veja "Interações medicamentosas").

Reações Adversas

Particularmente no início do tratamento com Tegretol®, ou se a posologia inicial for elevada demais ou durante o tratamento de pacientes idosos, certos tipos de reações adversas ocorrem muito frequentemente ou frequentemente, como por exemplo, reações adversas no SNC (vertigem, cefaleia, ataxia, sonolência, fadiga e diplopia); distúrbios gastrintestinais (náusea e vômito), e reações alérgicas na pele. As reações adversas relacionadas à dose, geralmente diminuem dentro de poucos dias, espontaneamente, ou após redução transitória da posologia. A ocorrência de reações adversas no SNC pode ser uma manifestação de superdose relativa ou de flutuação significativa dos níveis plasmáticos.
Em tais casos, é aconselhável monitorizar os níveis plasmáticos. As reações adversas (Quadro 1) são classificadas conforme as seguintes frequências estimadas: muito comum (?1/10); comum (?1/100, < 1/10); incomum (?1/1.000, < 1/100); rara (?1/10.000, < 1/1.000); muito rara ( < 1/10.000), incluindo relatos isolados.
Quadro 1
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Muito comum: leucopenia
Comum: trombocitopenia, eosinofilia
Rara: leucocitose, linfadenopatia, deficiência de ácido fólico.
Muito rara: agranulocitose, anemia aplástica, pancitopenia, aplasia de eritrócito pura, anemia, animia megaloblástica, porfiria aguda intermitente, portifiria variegada, porfiria cutânea tardia reticulose e possivelmente anime hemolítica.
Distúrbios do sistema imunológico
Rara: distúrbio de hipersensibilidade retardada em múltiplos órgãos com febre, erupções de pele, vasculite, linfadenopatia, pseudo linfoma, artralgia, leucopenia, eosinofilia, hepatoesplenomegalia, teste da função hepática anormal e síndrome do desaparecimento do ducto biliar (destruição e desaparecimento dos ductos biliares intrahepáticos), ocorrendo em várias combinações. Outros órgãos também podem ser afetados (por ex. pulmões, rins, pâncreas, miocárdio e cólon).
Muito rara: meningite asséptica com mioclonia e eosinofilia periférica, reação anafilática e edema angioneurótico.
Distúrbios endócrinos
Comum: edema, retenção de líquido, aumento de peso, hiponatremia e redução de osmolaridade do sangue causada por um efeito semelhante ao do hormônio antidiurético (ADH), conduzindo em casos raros, à intoxicação hídrica acompanhada de letargia, vômito, cefaleia, confusão e distúrbios neurológicos.
Muito rara: aumento de prolactina no sangue, com ou sem manifestações clínicas, como galactorreia, ginecomastia e testes de função tireoideana anormais, ou seja, Ltiroxina diminuída (tiroxina livre, tiroxina, tri-iodotironina) e hormônio estimulante da tireoide no sangue aumentado, geralmente sem manifestações clínicas, distúrbios do metabolismo ósseo (diminuição plasmática de cálcio e 25hidroxi-colecalciferol no sangue), levando a osteomalacia/osteoporose, aumento dos níveis de colesterol, incluindo colesterol HDL e triglicérides.
Distúrbios psiquiátricos
Rara: alucinações (visuais ou auditivas), depressão, anorexia, inquietação, agressão, agitação e estado de confusão.
Muito rara: ativação de psicose.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum: vertigem, ataxia, sonolência, fadiga.
Comum: cefaleia, diplopia e distúrbios de acomodação visual (por ex., visão borrada).
Incomum: movimentos involuntários anormais (por ex., tremor, asterixis, distonia, tiques) e nistagmo.
Rara: discinesia orofacial, distúrbios de movimento dos olhos, distúrbios da fala (por ex., disartria ou pronúncia desarticulada da fala), coreoatetose, neuropatia periférica, paresia.
Muito rara: distúrbio do paladar, síndrome neuroléptica maligna.
Distúrbios visuais
Muito rara: opacidade lenticular, conjuntivite, pressão intraocular aumentada.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Muito rara: distúrbios auditivos, por ex.: zumbido, hiperacusia, hipoacusia e mudança na percepção do espaço.
Distúrbios cardíacos
Rara: distúrbios de condução cardíaca, hipertensão ou hipotensão.
Muito rara: bradicardia, arritmia, bloqueio átrio-ventricular com síncope, colapso circulatório, insuficiência cardíaca congestiva, agravamento da doença coronariana, tromboflebite, tromboembolismo (por ex. embolismo pulmonar).
Distúrbios respiratórios torácicos e mediastínicos
Muito rara: hipersensibilidade pulmonar caracterizada, por ex.: por febre, dispneia, pneumonite ou pneumonia.
Distúrbios gastrintestinais
Muito comum: náusea, vômito.
Comum: boca seca.
Incomum: diarreia, constipação.
Rara: dor abdominal.
Muito rara: glossite, estomatite, pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Muito comum: gama-GT elevada (causada por indução da enzima hepática), geralmente não relevante clinicamente.
Comum: fosfatase alcalina no sangue aumentada.
Incomum: transaminases aumentadas.
Rara: hepatite colestática e parenquimatosa (hepatocelular) ou de tipo mista, síndrome do desaparecimento do ducto biliar, icterícia.
Muito rara: hepatite granulomatosa, insuficiência hepática.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Muito comum: dermatite alérgica, urticária que em alguns casos pode ser grave.
Incomum: dermatite esfoliativa e eritroderma.
Rara: lúpus eritematoso sistêmico, prurido.
Muito rara: síndrome de Stevens-Johnson*, necrólise epidérmica tóxica, reação de fotossensibilidade, eritema multiforme e nodoso, alterações na pigmentação da pele, púrpura, acne, hiperidrose, perda de cabelo, hirsutismo.
Distúrbios músculo-esqueléticos, tecidos conectivos e ósseos
Rara: fraqueza muscular.
Muito rara: artralgia, dor muscular, espasmos musculares.
Distúrbios renais e urinários
Muito rara: nefrite intersticial, insuficiência renal, disfunção renal (por ex.: albuminúria, hematúria, oligúria e ureia sanguínea aumentada/azotemia elevada), frequência urinária alterada, retenção urinária.
Distúrbios reprodutivos
Muito rara: distúrbio/impotência sexual, espermatogênese anormal (com contagem diminuída do esperma e/ou motilidade).
Investigações
Muito rara: hipogamaglobulinemia
* Em alguns países asiáticos, também reportadas como raras. Veja "Advertências".
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS A PARTIR DE RELATOS ESPONTÂNEOS E CASOS DA LITERATURA (FREQUÊNCIA NÃO CONHECIDA)
As seguintes reações adversas são derivadas de experiência pós-comercialização com Tegretol® via relatos de casos espontâneos e literatura. Estas reações são relatadas voluntariamente em uma população de tamanho incerto, não sendo possível estimar a frequência e portanto, é classificada como desconhecida. As reações adversas são listadas de acordo com classes de sistemas de órgãos MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, os ADRs são apresentados em ordem decrescente de gravidade.
Doenças do sistema imune
Erupção à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS)
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pustulosis Aguda Exantemática Generalizada (AGEP)
INFORMAÇÃO AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Se o teste para a presença do alelo HLA-B*1502 precisar ser realizado, o método de genotipagem HLA-B*1502 de alta resolução é recomendado. O teste é positivo se um ou dois alelos HLA-B*1502 forem detectados, e é negativo se nenhum alelo HLA-B*1502 for detectado.
Da mesma forma que o teste para a presença do alelo HLA-A * 3101 deve ser realizado, é recomendado o teste de alta resolução "HLA A-* 3101 genotipagem",. O teste é positivo se um ou dois alelos HLA-A * 3101 forem detectados e negativo se alelos HLA-A * 3101 não forem detectadas [309].
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Precauções

ADVERTÊNCIAS
Tegretol® deverá ser administrado somente sob supervisão médica. Tegretol® deve ser prescrito somente após avaliação criteriosa do risco-benefício e sob monitorização rigorosa dos pacientes com histórico de distúrbio cardíaco, hepático ou renal, reações adversas hematológicas a outros fármacos ou períodos interrompidos de terapia com Tegretol®.
Efeitos hematológicos
Agranulocitose e anemia aplástica foram associadas ao uso de Tegretol®. Entretanto, em função da incidência muito baixa destas doenças, estimativas de risco significativas para Tegretol® são difíceis de obter. O risco total em populações não tratadas em geral foi estimado em 4,7 pessoas por milhão por ano para agranulocitose e 2,0 pessoas por milhão por ano para anemia aplástica.
A diminuição transitória ou persistente de leucócitos ou plaquetas ocorre de ocasional a frequentemente em associação com o uso de Tegretol®. Contudo, na maioria dos casos estes efeitos mostram-se transitórios e são indícios improváveis de um princípio de anemia aplástica ou agranulocitose. Todavia, periodicamente, deverá ser obtido o valor basal da contagem de células sanguíneas no pré-tratamento, incluindo plaquetas e possivelmente reticulócitos e também ferro sérico.
Se durante o tratamento forem observadas reduções ou baixas definitivas na contagem de plaquetas ou de leucócitos, o quadro clínico do paciente e a contagem completa das células sanguíneas devem ser rigorosamente monitorizados. Tegretol® deverá ser descontinuado se ocorrer alguma evidência significativa de depressão medular.
Os pacientes devem estar cientes dos sinais e sintomas tóxicos precoces de um problema hematológico potencial, assim como dos sintomas de reações dermatológicas ou hepáticas. Se ocorrerem reações tais como febre, dor de garganta, erupção, úlceras na boca, equimose, púrpura petequial ou hemorrágica, o paciente deve consultar seu médico imediatamente.
Efeitos dermatológicos graves
Foram reportadas reações dermatológicas graves muito raramente com Tegretol®, incluindo necrólise epidérmica tóxica (NET: também conhecido como síndrome de Lyell) e síndrome de Stevens-Johnson(SSJ). Pacientes com reações dermatológicas graves podem precisar de hospitalização, uma vez que estas condições podem ameaçar a vida e serem fatais. A maioria dos casos de SSJ/NET aparece nos primeiros meses de tratamento com Tegretol®. Se surgirem sinais e sintomas sugestivos de reações graves cutâneas (por ex., SSJ, síndrome de Lyell/NET), Tegretol® deverá ser retirado imediatamente e uma terapia alternativa deve ser considerada.
Existem crescentes evidências do papel dos diferentes alelos HLA em pacientes com predisposição imunológica mediada por reações adversas.
Associação com HLA-A *3101
Antígeno leucocitário humano (HLA)-A*3101 pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de reações adversas cutâneas como SSJ, NET, DRESS, AGEP e erupção cutânea maculopapular.
Estudos retrospectivos em japoneses e em populações norte europeias relataram associação entre reações cutâneas graves (SSJ, NET, DRESS, AGEP e erupção cutânea maculopapular) associados ao uso de carbamazepina e da presença do alelo HLA-A *3101 nestes pacientes.
A frequência do alelo HLA-A *3101 varia muito entre as populações étnicas. A frequencia deste alelo é estimada inferior a 5% na maioria dos europeus, australianos, asiáticas, africanos e populações da América do Norte com algumas exceções dentro de 5-12%. Prevalência acima de 15% foi estimada em alguns grupos étnicos na America do Sul (Argentina e Brasil), América do Norte (EUA - Navajo e Sioux; e México - Sonora Seri) e sul da India (Tamil Nadu) e entre 10-15% em outras etnias nessas mesmas regiões.
Ante de iniciar o tratamento com Tegretol®, testes de presença do alelo HLA-A * 3101 devem ser considerado em pacientes com ascendência de populações geneticamente de risco (por exemplo, pacientes japoneses e caucasianos, pacientes que pertencem a populações indígenas das Américas, populações Hispânicas, pessoas do sul da Índia e de ascendência árabe). O uso de Tegretol® deve ser evitado em pacientes positivos para o alelo HLA-A*3101, a menos que os benefícios superem claramente os riscos. Geralmente a triagem não é necessário para os usuários de Tegretol®, já que os riscos de SSJ/ NET, AGEP, DRESS e erupção cutânea maculopapular é praticamente restrita aos primeiros meses de terapia independentemente do status de HLA-A*3101.
Associação com HLA-B*1502
Estudos retrospectivos em pacientes descendentes de chineses Han encontraram uma forte correlação entre reações dermatológicas SSJ/NET associadas com carbamazepina e a presença nestes pacientes do Antígeno Leucocitário Humano alelo (HLA)-B*1502. As maiores taxas de relatos de SSJ (raros mais que muito raros) foram observadas em alguns países da Ásia (por ex. Taiwan, Malásia, e Filipinas) nos quais existe uma alta prevalência do alelo HLAB*1502 na população. A prevalência de carreadores desse alelo na população asiática é maior que 15% nas Filipinas, Tailândia, Hong Kong e Malásia, aproximadamente 10% em Taiwan, aproximadamente 4% no norte da China, aproximadamente 2 a 4% no sul da Ásia incluindo indianos e menos que 1% no Japão e Coreia. Em amostras de caucasianos, africanos, pessoas indígenas das Américas e população hispânica, a prevalência do alelo HLA-B*1502 é insignificante
Teste para a presença do alelo HLA-B*1502 deve ser considerado em pacientes descendentes geneticamente das populações de risco, antes de iniciar o tratamento com Tegretol® (veja "Informação ao Profissional de Saúde"). O uso de Tegretol® deve ser evitado em pacientes testados que forem positivos para HLA-B*1502 a menos que os benefícios sobreponham claramente os riscos. HLA-B*1502 pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da SSJ/NET em pacientes chineses tomando outros medicamentos anti-epiléticos associados com SSJ/NET. Portanto, considerações devem ser feitas para evitar o uso de outros medicamentos associados com SSJ/NET em pacientes HLA-B*1502 positivo, quando terapias alternativas são no entanto igualmente aceitáveis.A triagem não é geralmente recomendada em pacientes provenientes de populações nas quais a prevalência de HLA-B*1502 é baixa e para nenhum usuário atual de Tegretol®, pois o risco de SSJ/NET é confinado principalmente aos primeiros poucos meses de terapia, indiferente do status de HLA-B*1502.
A identificação das pessoas que carregam o alelo HLA-B * 1502, e a exclusão da terapia com carbamazepina nesses indivíduos demonstrou diminuir a incidência de carbamazepina induzida por SSJ / NET.
Limitação dos testes genéticos
Os resultados da triagem genética nunca devem substituir a vigilância clínica apropriada e monitoramento do paciente. Muitos pacientes asiáticos positivos para HLA-B*1502 e tratados com Tegretol® não desenvolverão SSJ/NET, e pacientes negativos para HLA-B*1502 de qualquer etnia podem ainda desenvolver SSJ/NET. Da mesma forma que muitos pacientes positivos para HLA-A * 3101 e tratados com Tegretol®, não desenvolverão SSJ, NET, AGEP DRESS, ou erupção maculopapular, e pacientes negativos para HLA-A * 3101 de qualquer etnia podem desenvolver estas reações adversas cutâneas graves. O papel de outros fatores possíveis no desenvolvimento de morbidade para estas reações adversas graves, como por exemplo, a dose dos medicamentos antiepilépticos, aderência, medicação concomitante, co-morbidades e o nível de monitoramento dermatológico não foram estudados.
Outras reações dermatológicas
Reações leves de pele, por ex. exantema maculopapular ou macular isolado, pode também ocorrer e são na maioria das vezes transitórias e não perigosas. Elas geralmente desaparecem dentro de poucos dias ou semanas, durante o tratamento contínuo ou após uma diminuição da dose. Entretanto, uma vez que pode ser difícil diferenciar os sinais iniciais de uma reação dermatológica mais grave de uma reação alérgica leve transitória, o paciente deve ser mantido sob cuidadosa supervisão, considerando a retirada imediata do medicamento devido à piora da reação com a continuidade do uso.
O alelo HLA-A * 3101 foi encontrado estar associado a reações adversas cutâneas menos graves de carbamazepina e pode prever o risco destas reações de carbamazepina, como a síndrome de hipersensibilidade do anticonvulsivo ou erupções cutâneas não sérias (erupção maculopapular).
No entanto o alelo HLA-B*1502 não foi considerado para prever o risco das reações adversas mencionadas.
Hipersensibilidade
Tegretol® pode desencadear reações de hipersensibilidade, incluindo reações de hipersensibilidade em múltiplos órgãos, as quais podem afetar a pele, fígado (incluindo ductos biliares intrahepáticos), órgãos hematopoiéticos e sistema linfático ou outros órgãos, individualmente ou juntos, dentro do contexto da reação sistêmica (veja "Reações adversas"). O alelo HLA-A*3101 foi encontrado estar associado com a ocorrência de síndrome de hipersensibilidade, incluindo erupção cutânea maculopapular.
Pacientes que demonstraram reações de hipersensibilidade à carbamazepina devem ser informados de que aproximadamente 25 a 30% destes pacientes podem sofrer reações de hipersensibilidade à oxcarbazepina (Trileptal®).
Pode ocorrer hipersensibilidade cruzada entre a carbamazepina e a fenitoína.
Geralmente, se ocorrerem sinais e sintomas sugestivos de reações de hipersensibilidade, Tegretol® deve ser descontinuado imediatamente.
Crises convulsivas
Tegretol® deve ser utilizado com cautela em pacientes com crises mistas que incluam crises de ausência típica ou atípica. Em todas essas condições, Tegretol® pode exacerbar as crises. Nestes casos, Tegretol® deve ser descontinuado.
Função hepática
O estado basal e as avaliações periódicas da função hepática devem ser monitorados durante o tratamento com Tegretol®, particularmente em pacientes com história de doença hepática e em pacientes idosos. O medicamento deve ser descontinuado imediatamente, em caso de agravamento de disfunção hepática ou em doenças hepáticas ativas.
Função renal
Recomenda-se exame de urina completo, periódico e basal e determinação de valores de BUN (nitrogênio ureico sanguíneo).
Efeitos anticolinérgicos
Tegretol® demonstrou leve atividade anticolinérgica. Portanto, pacientes com aumento da pressão intraocular devem ser rigorosamente observados durante a terapia (veja "Reações adversas").
Efeitos psiquiátricos
Deve-se considerar a possibilidade de ativação de uma psicose latente. Em pacientes idosos, deve-se considerar a possibilidade do aparecimento de confusão e agitação.
Ideação e comportamento suicida
Ideação e comportamento suicida foram relatados em pacientes tratados com agentes antiepilépticos em várias indicações. Uma meta-análise randomizada, controlada com placebo de drogas antiepilépticas, mostrou um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. O mecanismo deste risco não é conhecido.
Portanto os pacientes devem ser monitorados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida e o tratamento adequado deve ser considerado. Os pacientes (e cuidadores dos pacientes) devem ser instruídos a procurar orientação médica se os sinais de ideação ou comportamento suicida emergirem.
Efeitos endocrinológicos
Foi relatado sangramento de escape em mulheres que usavam Tegretol® concomitantemente com contraceptivos hormonais. A ação esperada dos anticoncepcionais pode ser adversamente afetada por Tegretol®, comprometendo a confiabilidade do método. Portanto, mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a utilizar métodos contraceptivos alternativos, enquanto estiverem sendo tratadas com Tegretol®. Devida à indução enzimática, Tegretol® pode causar falha do efeito terapêutico de medicamentos contendo estrógeno e/ou progesterona (por ex. falha de contracepção).
Monitoramento de níveis plasmáticos
Apesar da correlação entre a posologia e os níveis plasmáticos de carbamazepina, e entre níveis plasmáticos e a eficácia clínica ou tolerabilidade ser muito tênue, a monitorização dos níveis plasmáticos pode ser útil nas seguintes situações: aumento significativo da frequência de crises/verificação da aderência do paciente, durante a gravidez, no tratamento de crianças ou adolescentes; na suspeita de distúrbio de absorção; na suspeita de toxicidade, quando mais de um medicamento estiver sendo utilizado (veja "Interações medicamentosas").
Redução da dose ou retirada
A interrupção abrupta do tratamento com Tegretol® pode provocar crises. Se o tratamento de um paciente epiléptico tiver que ser interrompido abruptamente, a substituição por uma nova substância antiepiléptica deverá ser feita sob proteção de um medicamento adequado (por ex.: diazepam i.v. ou retal ou fenitoína i.v.).
Outros
Tegretol® suspensão oral contém para-hidroxibenzoatos que podem causar reações alérgicas (possivelmente retardadas). Também contém sorbitol e, portanto, não deve ser administrada a pacientes com raros problemas hereditários de intolerância à frutose.
Gravidez e lactação
Em animais (camundongos, ratos e coelhos), a administração oral de carbamazepina durante a organogênese, levou a um aumento da mortalidade do embrião em doses diárias que causaram toxicidade na mãe (acima de 200 mg/kg de peso corporal por dia, isto é, 10 a 20 vezes a posologia humana usual). Em ratos, também houve evidência de abortamento na dose diária de 300 mg/kg de peso corporal. Fetos de ratos próximos ao momento de nascer mostraram retardamento no crescimento, novamente em doses tóxicas para a mãe. Não houve evidência de potencial teratogênico nas três espécies de animais testados, mas em um estudo que utilizou camundongos, a carbamazepina (40 a 240 mg/kg de peso corporal por dia, via oral) causou anomalias (principalmente, a dilatação dos ventrículos cerebrais) em 4,7% dos fetos expostos, quando comparados com 1,3% do grupo-controle.
É sabido que filhos de mães epilépticas são mais propensos a distúrbios de desenvolvimento, inclusive malformações. Foi relatada a possibilidade da carbamazepina, como todos os principais fármacos antiepilépticos, aumentar este risco, embora faltem evidências conclusivas a partir de estudos controlados com carbamazepina em monoterapia. Entretanto, relatos de distúrbios do desenvolvimento e malformações, inclusive espinha bífida e também outras anomalias congênitas, por ex. anomalias craniofaciais, malformações cardiovasculares, hipospádia e anomalias envolvendo vários sistemas do organismo, têm sido associados ao uso de Tegretol®.
Levando estes dados em consideração:
• Mulheres grávidas com epilepsia devem ser tratadas com cuidado especial.
Se durante o tratamento com Tegretol®, a paciente engravidar ou tiver planos de engravidar, ou se a necessidade de se iniciar o tratamento com Tegretol® aparecer durante a gravidez, o benefício potencial do medicamento deverá ser cuidadosamente avaliado contra os possíveis riscos, particularmente nos três primeiros meses de gravidez.
Em mulheres em idade fértil, Tegretol® deve, sempre que possível, ser prescrito em monoterapia, pois a incidência de anormalidades congênitas em filhos de mulheres tratadas com associações de fármacos antiepilépticos é maior do que naqueles cujas mães receberam fármacos isoladamente em monoterapia.
• Devem-se administrar doses mínimas eficazes e recomenda-se a monitorização dos níveis plasmáticos.
• Pacientes devem ser informadas quanto à possibilidade de maior risco de malformações e, portanto, a necessidade de acompanhamento pré-natal na gravidez.
• Durante a gravidez, o tratamento antiepiléptico efetivo não deve ser interrompido, uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para a mãe e o feto Tegretol® enquadra-se na categoria D de risco na gravidez (BPI - FDA).
Monitoramento e prevenção: A deficiência de ácido fólico geralmente ocorre durante a gravidez. Os fármacos antiepilépticos agravam esta deficiência que pode contribuir para aumentar a incidência de anomalias congênitas em filhos de mulheres epilépticas em tratamento. Logo, tem-se recomendado a suplementação de ácido fólico antes e durante a gravidez.
No recém-nascido: Para prevenir distúrbios hemorrágicos no feto, também se recomenda a administração de vitamina K1 à mãe durante as últimas semanas de gravidez, assim como ao recém-nascido.
Existem poucos casos relatados de crises convulsivas em recém-nascidos e/ou depressão respiratória associadas ao Tegretol® administrado em gestantes e outros fármacos anticonvulsivantes de uso concomitante. Foram relatados alguns casos em recém-nascidos de vômito, diarreia e/ou desnutrição, associados ao uso de Tegretol® pela mãe. Estas reações podem representar a síndrome de abstinência do recém-nascido.
Este medicamento pertence à categoria D de risco de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação:
A carbamazepina passa ao leite materno (cerca de 25 a 60% da concentração plasmática). O benefício da amamentação deve ser avaliado contra a remota possibilidade de ocorrerem efeitos adversos no lactente. Mães em terapia com Tegretol® podem amamentar, mas a criança deve ser observada em relação a possíveis reações adversas (por ex., sonolência excessiva e reação alérgica cutânea).
Fertilidade: Há relatos muito raros de danos de fertilidade no homem e/ou espermatogênese anormal.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
A habilidade de reação do paciente pode estar prejudicada por vertigem e sonolência causadas por Tegretol®, especialmente no início do tratamento ou quando em ajuste de dose. Portanto, os pacientes devem ser alertados sobre os cuidados ao dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Resultados de eficácia

Em estudos clínicos de Tegretol® administrado como monoterapia em pacientes com epilepsia - em particular, crianças e adolescentes - tem sido relatada a ação psicotrópica, incluindo um efeito positivo sobre os sintomas de ansiedade e depressão, tão bem quanto uma diminuição na irritabilidade e agressividade. Quanto à performance psicomotora e cognitiva, efeitos negativos ou equivocados foram relatados em alguns estudos, dependendo também da dose administrada. Em outros estudos, foram observados efeitos benéficos sobre a atenção, performance cognitiva / memória. Como agente neurotrópico, Tegretol® é clinicamente eficaz nas crises paroxísticas de dor em neuralgia idiopática e neuralgia trigeminal secundária; adicionalmente, é utilizado no alívio de dor neurogênica em condições variadas, incluindo tabes dorsal, parestesia póstraumática e neuralgia pós-herpética. Na síndrome de abstinência alcoólica, aumenta o limiar de convulsão e melhora os sintomas de abstinência (por ex., hiperexcitabilidade, tremor, andar prejudicado). Na diabetes insípido central, Tegretol® reduz o volume urinário e alivia os sintomas da sede.
Como agente psicotrópico, comprovou eficácia clínica em distúrbios afetivos, ou seja, no tratamento da mania aguda tão bem quanto no tratamento de manutenção do distúrbio afetivo bipolar (maníaco-depressivo), tanto administrado em monoterapia quanto em combinação com neurolépticos, antidepressivos ou lítio, em distúrbio esquizo-afetivo excitado e mania excitada em combinação com outros neurolépticos e em episódios cíclicos rápidos.
Referências Bibliográficas
1. Kruse R. Stellenwert des Carbamazepins in der antiepileptischen Langzeit-Therapie bei Kindern und Jugendlichen. In: Krämer G, Hopf HC, editors. Carbamazepin in der Neurologie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1987:156-69. [24]
2. G 32 883 - Reproduction Study, Rat, Segment II. Ciba-Geigy Ltd. Basle, Switzerland. 19 Apr 74. [27] (dados em arquivo)
3. Blank R. Carbamazepin und seine psychischen Wirkungen bei Kindern und Jugendlichen. In: Müller-Oerlinghausen B, Haas S, Stoll KD, editors. Carbamazepin in der Psychiatrie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1989:218-24. [52]
4. Blankenhorn V, Bülau P, Krämer G, Kreiten K, Stefan H. Tegretal 400 retard versus Tegretal 200 in der Behandlung schwerverlaufender partieller Epilepsien. Eine Einjahresstudie. In: Krämer G, Hopf HC, editors. Carbamazepin in der Neurologie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1987:254-8. [63]
5. Cano JP, Bun H, Iliadis A, Dravet C, Roger J, Gastaut H. Influence of antiepileptic drugs on plasma levels of clobazam and des methylclobazam: application of research on relations between doses, plasma levels and clinicaefficacy. In: Hindmarch I, Stonier PD, editors. Clobazam. Royal Society of Medicine International Congress Symposium Series No. 43. London: Academic Press 1981:169-74. [97]
6. Macphee GJA, McPhail EM, Butler E, Brodie MJ. Controlled evaluation of a supplementary dose of carbamazepine on psychomotor function in epileptic patients. Eur J Clin Pharmacol 1986;31:195-9. [166]
7. Loiseau P, Duche B. Carbamazepine. Clinical use. In: Levy RH, Dreifuss FE, Mattson RH, Meldrum BS, Penry JK, editors. Antiepileptic drugs. New York: Raven Press, 1989:533-7. [172]
8. Evans RW, Gualtieri TC. Carbamazepine: A neuropsychological and psychiatric profile. Clin.Neuropharmacol. 1985;8:221-41. [177]
9. Yoshimura K, Kurashige T. A case of protein-losing gastroenteropathy probably induced by carbamazepine. Proc. 5th meeting Shoni Shinkei Gakkai Kenkyukai 23.07.94. Brain and Development 1995;27(1):60-62.. [223]
10. Trimble MR. Carbamazepine and mood: Evidence from patients with seizure disorders. J Clin Psychiatry 1988;49 Suppl 4:7-11. [78]
11. Andrewes DG, Bullen JG, Tomlinson L, Elwes RDC, Reynolds EH. A comparative study of the cognitive effects of phenytoin and carbamazepine in new referrals with epilepsy. Epilepsia 1986;27:128-34. [168]
12. Dodrill CB, Troupin AS. Psychotropic effects of carbamazepine in epilepsy: A double-blind comparison with phenytoin. Neurology 1977;27:1023-8. [169]
13. Loiseau P, Duche B. Carbamazepine. Clinical use. Psychotropic effects in patients with epilepsy. In: Levy RH, Dreifuss, Mattson RH, Meldrum BS, Penry JK, editors. Antiepileptic drugs. New York: Raven Press, 541-4. [176]
14. Sillanpää M. Das klinische Profil von Carbamazepin Nutzen, Risiken und Optimierung der Therapie. In: Krämer G, Hopf HC, editors. Carbamazepin in der Neurologie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1987:92-106. [47b]
15. Riva R, Contin M, Albani F, Perucca E, Procaccianti G, Baruzzi A. Free concentration of carbamazepine and carbamazepine-10,11-epoxide in children and adults. Influence of age and pheno-barbitone co-medication. Clin Pharmacokinet 1985;10:524-31. [18]
16. Trimble MR, Cull C. Children of school age: The influence of antiepileptic drugs on behavior and intellect. Epilepsia 1988;29 Suppl 3:15-9. [74]
17. O'Dougherty M, Wright FS, Cox S, Walson P. Carbamazepine plasma concentration. Relationship to cognitive impairment. Arch Neurol 1987;44:863-7. [170]
18. Gillham RA, Williams N, Wiedmann KD, Butler E, Larkin JG, Brodie MJ. Cognitive function in adult epileptic patients established on anticonvulsant monotherapy. Epilepsy Res 1990;7:219-25. [197]
19. Aman MG, Werry JS, Paxton JW, Turbott SH, Stewart AW. Effects of carbamazepine on psychomotor performance in children as a function of drug concentration, seizure type, and time of medication. Epilepsia 1990;31:51-60. [198]
20. Thompsom PJ, Trimble MR. Anticonvulsant drugs and cognitive functions. Epilepsia 1982;23:531-44. [53]
21. Seetharam MN, Pellock JM. Risk-benefit assessment of carbamazepine in children. Drug Safety 1991;6:148-58. [199]
22. Browne TR. Epilepsy in adolescents and adults. In: Rakel RE, editor. Conn's current therapy. Philadelphia: Saunders, 1989:781-2,786-7,821-2. [22]
23. Krämer G. Carbamazepin-induzierte Veränderungen von Laborparametern und ihre klinische Relevanz. In: Krämer G, Hopf HC, editors. Carbamazepin in der Neurologie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1987:107-29. [23]~
24. Klein E, Bental E, Lerer B, Belmaker RH. Carbamazepine and haloperidol vs placebo and haloperidol in excited psychoses. Arch Gen Psychiatry 1984;41:165-170. [210]
25. Rose FC, Johnson FN. Carbamazepine in the treatment of non-seizure disorders: trigeminal neuralgia, other painful disorders, and affective disorders. Rev Contemp Pharmacother 1997;8:123-143. [209]
26. Levy RH, Lane EA, Guyot M, Brachet-Liermain A, Cenraud B, Loiseau P. Analysis of parent drug-metabolite relationship in the presence of an inducer. Application to the carbamazepine-clobazam interaction in normal man. Drug Metab Disposition 1983;11:286-92. [98]
27. Malcolm R, Ballenger JC, Sturgis ET, Anton R. Double-blind controlled trial comparing carbamazepine to oxazepam treatment of alcohol withdrawal. Am J Psychiatry 1989;146:617-21. [150]
28. AMA Drug Evaluations. Antiepileptic drugs. Chicago: American Medical Association, 1986:169-95. [48]
29. Hey O, Krämer G, Stoll KD. Carbamazepin bei Diabetes insipidus. In: Krämer G, Hopf HC, editors. Carbamazepin in der Neurologie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1987:202-9. [155]
30. Schmidt St, Greil W. Carbamazepin in der Behandlung psychiatrischer Erkrankungen. Uebersicht zum gegenwärtigen Stand der Forschung. Nervenarzt 1987;58:719-36. [50]
31. Gonçalves N. Carbamazepin bei affektiven Störungen unter besonderer Berücksichtigung manischer Syndrome. In: Müller-Oerlinghausen B, Haas S, Stoll KD, editors. Carbamazepin in der Psychiatrie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1989:95-9. [59]
32. Stoll KD, Haas S. Der antimanische Effekt des Carbamazepins: Evaluation unter Bezug auf methodische Aspekte. In: Müller-Oerlinghausen B, Haas S, Stoll KD, editors. Carbamazepin in der Psychiatrie. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1989:86-94. [60]
33. Placidi GF, Lenzi A, Lazzerini F, Cassano GB, Akiskal HS. The comparative efficacy and safety of carbamazepine versus lithium, a randomized, double-blind 3-year trial in 83 patients. J Clin Psychiatry 1986;47:490-4. [61]
34. Ballenger JG. The use of anticonvulsants in manic-depressive illness. J Clin Psychiatry 1988;9:21-4. [64]
35. Post RM, Kramlinger KG, Uhde WT. Carbamazepine-Lithium combination: clinical efficacy and side effects. Int Drug Ther News Lett 1987;22:5-8. [82]
36. Dose M, Bremer DE, Raptis C, Weber M, Emrich HM. Akut antimanische Wirkung von Carbamazepin-Suspension. In: Müller-Oerlinghausen Bhaas S, Stoll KD, editors. Carbamazepin in der Psychiatrie. Stuttgart: Gorg Thieme Verlag, 1989:100-4. [156]
37. Stoll KD, Bisson HE, Fischer E, Gammel G, Goncalves N, Kröber HL et al. Carbamazepine versus haloperidol in manic syndromes - First report of a multicentric study in germany. In: Shagass C, et al, editors. Biological psychiatry. Amsterdam: Elsevier, 1986:332-4. [157]
38. Okuma T, Yamashita I, Takahashi T, Itoh H, Otsuki S, Wtanabe S, et al. A double-blind study of adjunctive carbamazepine versus placebo on excited states of schizophrenic and schizoaffective disorders. Acta Psychiatr Scand 1989;80:250-259. [211]
39. Brodie MJ, Johnson FN. Carbamazepine in the treatment of seizure disorders: Efficacy, pharmacokinetics and adverse event profile. Rev Contemp Pharmacother 1997;8:87-122. [213]

Interação com outros medicamentos

O citocromo P4503A4 (CYP3A4) é a principal enzima catalisadora de formação do metabólito ativo carbamazepina10,11-epóxido. A coadministração de inibidores de CYP3A4 pode resultar em aumento de concentrações plasmáticas de carbamazepina, o que pode induzir reações adversas. A coadministração de indutores de CYP3A4 pode aumentar a proporção do metabolismo de Tegretol®, causando diminuição no nível sérico de carbamazepina e do efeito terapêutico. Da mesma forma, a descontinuação do indutor de CYP3A4 pode diminuir a proporção do metabolismo de carbamazepina, levando a um aumento do nível plasmático deste fármaco.
A carbamazepina é um potente indutor de CYP3A4 e de outros sistemas enzimáticos de fase I e II do fígado, e pode, portanto, reduzir as concentrações plasmáticas de co-medicações, principalmente, as metabolizadas pela CYP3A4 através da indução dos seus metabolismos.
O epóxido hidroxilase microssomal humano foi identificado como a enzima responsável pela formação do derivado 10,11-trans-diol a partir da carbamazepina-10,11-expóxido. A coadministração do inibidor do epóxido hidroxilase microssomal humano pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de carmabamazepina-10,11-epóxido.
Agentes que podem aumentar o nível plasmático de carbamazepina
Uma vez que o aumento dos níveis plasmáticos de carbamazepina pode resultar em reações adversas (por ex. tontura, sonolência, ataxia, diplopia), a posologia de Tegretol® deve ser ajustada adequadamente e/ou os níveis plasmáticos monitorizados, quando for administrado concomitantemente com as substâncias descritas a seguir.
Fármacos analgésicos e anti-inflamatórios: dextropropoxifeno, ibuprofeno.
Andrógenos: danazol.
Antibióticos: antibióticos macrolídeos (por ex.: eritromicina, troleandromicina, josamicina, claritromicina e ciprofloxacina).
Antidepressivos: possivelmente desipramina, fluoxetina, fluvoxamina, nefazodona, paroxetina, trazodona, viloxazina. Antiepilépticos: estiripentol, vigabatrina.
Antifúngicos: azóis (por ex. itraconazol, cetoconazol, fluconazol, voriconazol).
Anti-histamínicos: loratadina, terfenadina. Antipsicóticos: olanzapina. Antituberculosos: isoniazida.
Antivirais: inibidores da protease para o tratamento do HIV (por ex. ritonavir). Inibidores anidrase carbônicos: acetazolamida.
Fármacos cardiovasculares: diltiazem, verapamil.
Fármacos gastrintestinais: possivelmente cimetidina, omeprazol
Relaxantes musculares: oxibutinina, dantroleno.
Inibidores agregação plaquetária: ticlopidina.
Outras interações: suco de toranja (grapefruit), nicotinamida (em adultos, somente em dose elevada).
Agentes que podem aumentar o nível plasmático do metabólito ativo carbamazepina-10,11-epóxido
Uma vez que o aumento do nível plasmático de carbamazepina-10,11-epóxido pode resultar em reações adversas (por exemplo: tontura, sonolência, ataxia, diplopia), a dose de Tegretol® deve ser ajustada de acordo e/ou nível plásmatico monitorado quando usado concomitantemente com as substâncias descritas abaixo:
loxapina, quetiapina, primidona, progabida, ácido valproico, valnoctamida e valpromida.
Agentes que podem diminuir o nível plasmático de carbamazepina
A dose de Tegretol® pode precisar de ajuste, quando houver administração concomitante com as seguintes substâncias. Antiepilépticos: felbamato, metosuximida, oxcarbazepina, fenobarbitona, fensuximida, fenitoína e fosfenitoína, primidona e, apesar dos dados serem parcialmente contraditórios, possivelmente também por clonazepam.
Antineoplásicos: cisplatina ou doxorrubicina.
Antituberculosos: rifampicina.
Fármacos broncodilatadores ou antiasmáticos: teofilina, aminofilina.
Fármacos dermatológicos: isotretinoína. Outras interações: preparações herbais contendo erva de São João (Hypericum perforatum).
Efeito de Tegretol® nos níveis plasmáticos de agentes concomitantes
A carbamazepina pode diminuir o nível plasmático ou, até mesmo, abolir a atividade de certos fármacos. A posologia dos seguintes fármacos pode sofrer ajustes, conforme a exigência clínica.
Agentes analgésicos e anti-inflamatórios: buprenorfina, metadona, paracetamol, fenazona (antipirina), tramadol.
Antibióticos: doxiciclina.
Anticoagulantes: anticoagulantes orais (por ex. varfarina, femprocumona, dicumarol e acenocumarol).
Antidepressivos: bupropiona, citalopram, mianserina, nefazodona, sertralina, trazodona, antidepressivos tricíclicos (por ex.: imipramina, amitriptilina, nortriptilina, clomipramina).
O uso de Tegretol® não é recomendado em combinação com inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs). Antes da administração de Tegretol®, os IMAOs devem ser descontinuados por no mínimo 2 semanas ou, se a condição clínica o permitir, por um período maior (veja "Contraindicações").
Antieméticos: aprepitant.
Antiepilépticos: clobazam, clonazepam, etosuximida, felbamato, lamotrigina, oxcarbazepina, primidona, tiagabina, topiramato, ácido valproico, zonisamida. Há relatos de aumento e diminuição dos níveis plasmáticos da fenitoína causados pela carbamazepina, e há raros relatos também de aumento dos níveis plasmáticos da mefenitoína.
Antifúngicos: itraconazol.
Anti-helmínticos: praziquantel, albendazol.
Antineoplásicos: imatinibe, ciclofosfamida, lapatinib, temsirolimus.
Antipsicóticos: clozapina, haloperidol e bromperidol, olanzapina, quetiapina, risperidona, ziprasidona, aripiprazol, paliperidona.
Antivirais: inibidores da protease para o tratamento do HIV (por ex. indinavir, ritonavir, saquinavir).
Ansiolíticos: alprazolam, midazolam.
Fármacos broncodilatadores e antiasmáticos: teofilina.
Anticoncepcionais: hormônios contraceptivos (métodos anticoncepcionais alternativos devem ser considerados).
Fármacos cardiovasculares: bloqueadores dos canais de cálcio (grupo diidropiridina), por ex. felodipina, digoxina.
Corticosteroides: corticosteroides (por ex. prednisolona, dexametasona).
Droga usada na disfunção erétil: tafalafil.
Imunossupressores: ciclosporina, everolimo, tacrolimos, sirolimos.
Agentes tireoides: levotiroxina.
Outras interações: medicamentos contendo estrógenos e/ou progesteronas.
Combinações que requerem consideração específica:
Foi reportado que o uso concomitante de carbamazepina e levetiracetam aumenta a toxicidade induzida por carbamazepina.
Observou-se que o uso concomitante de carbamazepina e isoniazida aumenta a hepatotoxicidade induzida pela isoniazida.
O uso combinado de carbamazepina e lítio ou metoclopramida de um lado e carbamazepina e neurolépticos (haloperidol e tioridazina) de outro, pode causar aumento de reações adversas neurológicas (com a combinação posterior, mesmo em presença de níveis plasmáticos terapêuticos).
A administração concomitante de Tegretol® e de alguns diuréticos (hidroclorotiazida e furosemida) pode causar hiponatremia sintomática.
A carbamazepina pode antagonizar os efeitos dos relaxantes musculares não despolarizantes (por ex., pancurônio). A sua posologia pode necessitar de aumento e os pacientes devem ser monitorizados rigorosamente para recuperação do bloqueio neuromuscular mais rápida do que o esperado.
A carbamazepina, assim como outros fármacos psicoativos, pode reduzir a tolerância ao álcool. Portanto, é aconselhável que o paciente abstenha-se de álcool.

Cuidado de armazenamento

ARMAZENAGEM
Os comprimidos convencionais devem ser conservados em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C) e protegidos da umidade. O prazo de validade é de 60 meses a partir da data de fabricação.
Os comprimidos divisíveis de liberação controlada devem ser conservados em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
A suspensão oral deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C) e protegida da luz. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Comprimidos convencionais 200 mg: comprimidos brancos, redondos e biplanos.
Comprimidos convencionais 400 mg: comprimidos brancos, oblongos e biplanos.
Comprimidos divisíveis de liberação controlada 200 mg: comprimidos ovais com coloração alaranjada.
Comprimidos divisíveis de liberação controlada 400 mg: comprimidos ovais com coloração marrom alaranjado.
Suspensão oral: suspensão viscosa, branca.
Características organolépticas
Suspensão oral: odor e sabor de caramelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Superdose

Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de superdose geralmente envolvem os sistemas nervoso central, cardiovascular e respiratório.
Sistema nervoso central: depressão do SNC; desorientação, sonolência, agitação, alucinação, coma; visão borrada, distúrbio da fala, disartria, nistagmo, ataxia, discinesia, hiper-reflexia inicial, hipo-reflexia tardia; convulsões, distúrbios psicomotores, mioclonia, hipotermia, midríase.
Sistema respiratório:depressão respiratória, edema pulmonar.
Sistema cardiovascular:taquicardia, hipotensão, às vezes hipertensão, distúrbio de condução com ampliação do complexo QRS; síncope em associação com parada cardíaca.
Sistema gastrintestinal:vômito, esvaziamento gástrico retardado, motilidade intestinal reduzida.
Função renal:retenção de urina, oligúria ou anúria; retenção de fluido, intoxicação hídrica causada por efeito semelhante ao ADH da carbamazepina.
Achados laboratoriais: hiponatremia, possibilidade de acidose metabólica, possibilidade de hiperglicemia e aumento de creatinina fosfoquinase muscular.
Tratamento
Não há antídoto específico.
O tratamento deve ser feito considerando-se inicialmente a condição clínica do paciente: internação. Medida do nível plasmático para confirmação da intoxicação por carbamazepina e determinação do grau da superdose.
Esvaziamento gástrico, lavagem gástrica, com administração de carvão ativado. A demora no esvaziamento do estômago pode ocasionar uma absorção tardia, levando a uma recidiva durante o período de melhora da intoxicação. Devem ser adotadas medidas de suporte em unidade de terapia intensiva, com monitorização cardíaca e correção cuidadosa do equilíbrio eletrolítico.
Recomendações especiais
Hipotensão:
administrar dopamina ou dobutamina i.v.
Distúrbios de ritmo cardíaco:a ser controlado em bases individuais.
Convulsões: administrar um benzodiazepínico (por ex., diazepam) ou outro antiepiléptico, como por exemplo, fenobarbital (cuidadosamente, em virtude de depressão respiratória), ou paraldeído.
Hiponatremia (intoxicação hídrica): restrição de líquido e infusão i.v. de NaCl 0,9% lenta e cuidadosamente. Estas medidas são úteis na prevenção de lesão cerebral.
É recomendada hemoperfusão com carvão. Diurese forçada, hemodiálise e diálise peritoneal são consideradas ineficazes.
A reincidência e o agravamento da sintomatologia no 2° e 3° dia após a superdose devem ser antecipados em função da absorção retardada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Dizeres legais

MS -1.0068.0085
Venda sob prescrição médica
Só pode ser vendido com retenção da receita.

Indicado para o tratamento de:

Publicidade

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play