Composição
Cada comprimido contém: tibolona.2,5 mg. Excipientes* q.s.p 1 comprimido
*lactose monoidratada, amido pré-gelatinizado, citrato de sódio di-hidratado, estearato de magnésio.
Apresentação
Comprimidos 2,5 mg.
Embalagens contendo 15, 30, 60 ou 90 comprimidos.
Embalagem Hospitalar contendo 200 ou 500 comprimidos.
USO ADULTO - USO ORAL
Indicações
Tratamento dos sintomas resultantes da deficiência estrogência em mulheres pós-menopausadas, com mais de um ano de menopausa.
Prevenção da osteoporose em estados de deficiência estrogênica.
Dosagem
1 comprimido ao dia, por via oral, com o auxílio de algum líquido, preferivelmente sempre na mesma hora. Não é necessário o ajuste da dose em mulheres idosas.
Para o início e manutenção do tratamento dos sintomas pós-menopausais deve-se utilizar a menor dose eficaz pelo menor período de tempo (vide Precauções e advertências).
Não se deve acrescentar um progestagênio separado ao tratamento com Tiloger.
Iniciando Tiloger
Mulheres com menopausa natural devem iniciar o tratamento com Tiloger pelo menos 12 meses após seu último sangramento natural. Em caso de menopausa artificial, o tratamento com Tiloger pode ser iniciado imediatamente.
Mudando de TH combinada contínua ou sequencial.
Em mulheres mudando de uma formulação de TH sequencial, deve-se iniciar o tratamento com Tiloger no dia seguinte ao término do regime anterior.
Se mudando de uma formulação de TH combinada contínua, o tratamento pode ser iniciado a qualquer momento.
Qualquer sangramento vaginal irregular/imprevisto sem causa óbvia, durante ou após a TH, deve ser investigado antes de iniciar o uso de Tiloger.
Comprimidos esquecidos
Um comprimido esquecido deve ser tomado assim que lembrado, desde que não tenha ultrapassado mais de 12 horas. Neste caso, o comprimido esquecido deve ser desconsiderado e o próximo comprimido deve ser tomado no horário normal. O esquecimento de um comprimido pode aumentar a probabilidade de sangramento de privação e spotting.
Contra-indicações
• Gravidez e lactação
• Neoplasia estrógeno dependente diagnosticada ou suspeita.
• Antecedente pessoal, diagnóstico ou suspeita de câncer de mama.
• Tromboembolismo venoso atual ou prévio (trombose venosa profunda, embolismo pulmonar)
Doença tromboembólica arterial ativa ou recente (ex. angina, infarto do miocárdio)
• Sangramento genital não diagnosticado
• Hiperplasia endometrial não tratada
• Doença hepática aguda, ou história de doença hepática enquanto os testes de função hepática não retornarem aos níveis normais
• Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de Tiloger
• Porfiria
Reações Adversas
As reações adversas descritas a seguir foram relatados em 16 estudos controlados com placebo, onde 1463 mulheres receberam doses terapêuticas de tibolona (1,25 ou 2,5 mg) e 855 mulheres receberam placebo. A duração do tratamento nesses estudos variou de 2 a 24 meses. A tabela 2 apresenta as reações adversas com significado estatístico que ocorreram mais frequentemente durante o tratamento com tibolona do que com placebo.
Na prática clínica, estas reações adversas foram observadas, assim como algumas outras como cefaleia, edema, tontura, rash, prurido, dermatite seborreica, enxaqueca, distúrbios visuais (incluindo borramento da visão), transtorno gastrintestinal, depressão, efeitos no sistema músculoesquelético como artralgia ou mialgia e alterações nos parâmetros das funções hepáticas.
Contudo, em estudos clínicos, estes últimos efeitos não foram encontrados com mais frequência durante o tratamento com tibolona do que com o placebo.
Câncer de mama
De acordo com as evidências de um grande número de estudos epidemiológicos e de um estudo randomizado controlado com placebo, o Women's Health Initiative (WHI), o risco global de câncer de mama aumenta com o aumento da duração do uso da TH em usuárias correntes ou recentes.
Para a TH com estrogênio isolado, as estimativas do risco relativo (RR) de uma re-análise dos dados originais de 51 estudos epidemiológicos (onde >80% da TH utilizada foi estrogênio isolado) e do estudo epidemiológico MWS são similares a 1,35 (95% IC: 1,21 - 1,49) e 1,30 (95% IC: 1,21 - 1,40), respectivamente.
Para a TH combinada estrogênio-progestagênio, diversos estudos epidemiológicos relataram um risco global mais elevado de câncer de mama se comparado com o estrogênio isolado.
O MWS relatou que, comparado a não usuárias, o uso de vários tipos de TH combinada estrogênio-progestagênio estava associado ao maior risco de câncer de mama (RR = 2,00; 95% IC: 1,88 - 2,12) do que com o uso de estrogênio isolado (RR = 1,30; 95% IC: 1,21 - 1,40) ou tibolona (RR = 1,45; 95%IC: 1,25 - 1,68).
O estudo WHI relatou um risco estimado de 1,24 (95% IC: 1,01 - 1,54) após 5,6 anos de uso de TH combinada estrogênio-progestagênio (ECE + MPA) em todas as usuárias comparado ao placebo.
Os riscos absolutos calculados a partir dos estudos MWS e WHI estão apresentados a seguir:
O MWS estimou, a partir da incidência média conhecida de casos de câncer de mama em países desenvolvidos que:
• para mulheres que não estão utilizando TH, em aproximadamente 32 de cada 1000 é esperado o diagnóstico de câncer de mama entre 50 e 64 anos de idade.
• Para 1000 usuárias de TH correntes ou recentes, o número de casos adicionais durante o período correspondente será:
- para usuárias de terapia de reposição com estrogênio isolado: entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1,5) para 5 anos de uso e entre 3 e 7 (melhor estimativa = 5) para 10 anos de uso.
- Para usuárias de TH combinada estrogênio-progestagênio: entre 5 e 7 (melhor estimativa = 6) para 5 anos de uso e entre 18 e 20 (melhor estimativa = 19) para 10 anos de uso.
O estudo WHI estimou que após 5,6 anos de acompanhamento de mulheres entre 50 e 79 anos de idade, um adicional de 8 casos de câncer de mama invasivo por 10000 mulheres/ano seria devido à TH combinada estrogênio-progestagênio (EEC + MPA). De acordo com os cálculos dos dados do estudo, estima-se que:
• para 1000 mulheres do grupo placebo, aproximadamente 16 casos de câncer de mama invasivo seriam diagnosticados em 5 anos.
• Para 1000 mulheres que utilizaram TH combinada estrogênio-progestagênio (ECE + MPA), o número de casos adicionais seria entre 0 e 9 (melhor estimativa = 4) para 5 anos de uso.
O número de casos adicionais de câncer de mama em mulheres que utilizam TH é similar para todas as mulheres que iniciaram a TH, independente da idade de início do uso (entre 45-65 anos de idade) (vide Precauções e advertências).
Câncer de endométrio
Houve relatos de hiperplasia e câncer de endométrio em mulheres tratadas com tibolona.
O estudo MWS estimou um risco aumentado de câncer de endométrio em mulheres que haviam usado Tiloger comparadas àquelas que nunca fizeram TH (RR aproximadamente 1,8, 95% IC, 1,4 - 2,3). O risco aumentou com o aumento do tempo de uso. O estudo GPRD estimou um aumento do risco de câncer de endométrio em mulheres que haviam usado Tiloger comparadas àquelas que usaram TH sequencial combinada (RR aproximadamente 1,5, 95% IC, 1,0 - 2,3).
Outras reações adversas foram relatadas em associação ao tratamento com estrogênioprogestagênio:
- neoplasias estrogênio-dependentes benignos e malígnos, por ex. carcinoma de endométrio;
- tromboembolismo venoso, por exemplo, trombose venosa profunda pélvica ou de membros inferiores e embolismo pulmonar, foram mais frequentes entre as usuárias de TH do que entre as não usuárias. Para maiores informações vide Contra-indicações e Precauções e advertências;
- infarto do miocárdio e AVC;
- doença da vesícula biliar;
- distúrbios de pele e tecido subcutâneo: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura vascular;
- provável demência (vide Precauções e advertências).
Precauções
Para o tratamento dos sintomas pós-menopausais, a TH deve ser iniciada somente para os sintomas que afetam adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos anualmente e a TH deve ser continuada enquanto os benefícios excederem os riscos.
Em mulheres com útero, os riscos de câncer de mama e de endométrio (vide Reações Adversas) devem ser cuidadosamente avaliados para cada paciente, à luz de seus fatores de risco individuais e levando em consideração a frequência e as características de ambos os cânceres, em termos de suas respostas ao tratamento, morbidade e mortalidade.
Exame médico/ acompanhamento
Antes de iniciar ou reiniciar a TH, deve ser realizada uma anamnese da paciente. O exame físico (incluindo pélvico e das mamas) deve ser guiado pela anamnese e pelas contraindicações e advertências para uso.
Durante o tratamento são recomendados check-ups periódicos em frequência e natureza individualizadas para cada mulher. As mulheres devem ser orientadas sobre as alterações em suas mamas que devem ser relatadas ao seu médico (vide "Câncer de mama" abaixo).
Investigações, incluindo mamografia, devem ser realizadas de acordo com as práticas clínicas de triagem atualmente estabelecidas, modificadas de acordo com as necessidades clínicas individuais.
Condições que necessitam monitoramento
Caso qualquer das condições seguintes tenha ocorrido anteriormente, esteja presente e/ou tenha sido agravada durante a gravidez ou tratamento prévio com hormônios, a paciente deve ser cuidadosamente monitorada. Deve-se levar em consideração que estas condições podem ocorrer ou ser agravadas durante o tratamento com Tiloger, em particular:
- leiomioma (fibroma uterino) ou endometriose;
- história de, ou fatores de risco para distúrbios tromboembólicos (vide abaixo);
- fatores de risco para tumores estrógeno-dependentes, ex. 1° grau de hereditariedade para câncer de mama;
- hipertensão;
- distúrbios hepáticos (ex. adenoma hepático);
- diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular;
- colelitíase;
- enxaqueca ou dor de cabeça (grave);
- lúpus eritematoso sistêmico;
- história de hiperplasia endometrial (vide abaixo);
- epilepsia;
- asma;
- otosclerose.
Razões para interrupção imediata do tratamento
O tratamento deve ser descontinuado no caso de descoberta de alguma contra-indicação e nas seguintes condições:
- icterícia ou deterioração da função hepática;
- aumento significativo da pressão arterial;
- ataque de cefaleia do tipo enxaqueca pela primeira vez.
Hiperplasia endometrial e câncer
Dois grandes estudos ingleses observacionais da população, o Million Women Study (MWS) e o estudo General Practice Research Database (GRPD), relataram um aumento do risco de câncer de endométrio em mulheres que haviam usado Tiloger, em comparação à terapia hormonal combinada e não usuárias (vide Reações Adversas). O risco aumentou com o tempo de uso.
Durante os primeiros meses de tratamento pode ocorrer sangramento de privação e/ou spotting. A paciente deve ser orientada a relatar qualquer sangramento de privação e/ou spotting se persistir após 6 meses de tratamento, se começar após este período ou se continuar após o término do tratamento. A razão deve ser investigada, o que provavelmente incluirá biópsia do endométrio para excluir malignidade endometrial.
O risco de hiperplasia endometrial e carcinoma aumenta quando os estrogênios são administrados isoladamente por períodos prolongados. A adição de um progestagênio à TH com estrogênio isolado por, pelo menos, 12 dias a cada ciclo em mulheres não histerectomizadas diminui de maneira importante este risco.
Câncer de mama
Um estudo randomizado controlado com placebo, o estudo Women's Health Initiative (WHI), e estudos epidemiológicos, incluindo o MWS, relataram um risco aumentado de câncer de mama em mulheres usando por vários anos estrogênios, associação estrogênio-progestagênio ou tibolona para TH (vide Reações adversas). Para todos os tipos de TH, um aumento no risco torna-se aparente nos primeiros anos de uso e aumenta com a duração do uso, mas retorna à linha de base dentro de poucos anos (no máximo cinco) após a interrupção do tratamento.
No estudo MWS, o risco relativo de câncer de mama com estrogênios conjugados equinos (ECE) ou estradiol (E2) foi maior quando um progestagênio foi adicionado, tanto sequencialmente quanto continuamente, sem considerar o tipo de progestagênio. Não houve evidências de diferença no risco entre as diferentes vias de administração. O risco de câncer de mama associado à tibolona foi menor que o risco associado à TH combinada estrogênio-progestagênio, mas maior que o risco associado ao tratamento com estrogênio isolado.
No estudo WHI, o uso contínuo do produto contendo estrogênio conjugado equino associado ao acetato de medroxiprogesterona foi relacionado com cânceres de mama ligeiramente maiores em tamanho e que apresentaram metástase nos linfonodos locais com maior frequência comparado ao placebo.
Tromboembolismo venoso
A TH com estrogênio ou estrogênio-progestagênio está associada com risco relativo aumentado de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TVP), ex. trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. Um estudo controlado randomizado e estudos epidemiológicos encontraram um risco 2 - 3 vezes maior em usuárias se comparadas às não usuárias. Para as não usuárias é estimado que o número de casos de TVP que ocorrerão em um período de cinco anos será de aproximadamente 3 por 1000 mulheres com idade entre 50 - 59 anos e de 8 em 1000 mulheres com idade entre 60 - 69 anos. Estima-se que em mulheres saudáveis que utilizaram TH durante 5 anos, o número de casos adicionais de TVP que ocorrerão após um período de 5 anos será entre 2 e 6 (melhor estimativa = 4) por 1000 mulheres com idade entre 50 - 59 anos e entre 5 e 15 (melhor estimativa = 9) por 1000 mulheres com idade entre 60 - 69 anos. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano da TH do que mais tarde. Não é sabido se tibolona apresenta o mesmo nível de risco.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TVP incluem história pessoal ou familiar, obesidade grave (índice de massa corpórea >30 kg/m2) e lúpus eritematoso sistêmico (LES). Não existe consenso sobre o papel das veias varicosas no TVP.
Pacientes com história de TVP ou estados trombofílicos apresentam risco aumentado para TVP. A TH pode ser aditiva para este risco. História pessoal ou familiar de tromboembolismo ou aborto espontâneo recorrente deve ser investigada a fim de excluir uma predisposição trombofílica. Até que uma avaliação minuciosa dos fatores trombofílicos seja realizada ou que o tratamento com anticoagulante seja iniciado, o uso da TH nestas mulheres deve ser visto como contraindicado.
Mulheres que já estão em tratamento com anticoagulante requerem cuidadosa avaliação do riscobenefício do uso da TH.
O risco de TVP pode ser temporariamente aumentado no caso de imobilização prolongada, trauma ou cirurgia maior. Como em todos os pacientes em fase pós-operatória, deve ser dada atenção às medidas profiláticas para prevenir o TVP pós-cirúrgico. Quando for provável que uma imobilização prolongada ocorra após uma cirurgia eletiva, particularmente cirurgia abdominal ou cirurgia ortopédica dos membros inferiores, deve-se considerar a interrupção temporária da TH de quatro a seis semanas antes, se possível. O tratamento deve ser reiniciado apenas quando a mulher não estiver mais imobilizada.
Caso ocorra o desenvolvimento de TVP após o início da terapia, o medicamento deve ser descontinuado. As mulheres devem ser aconselhadas a contatar o seu médico imediatamente caso percebam sintomas tromboembólicos potenciais (ex. edema doloroso de uma perna, dor torácica repentina, dispneia).
Doença coronária arterial (CAD)
Estudos controlados randomizados não forneceram evidências de benefícios cardiovasculares com o uso contínuo combinado de estrogênios conjugados e acetato de medroxiprogesterona (MPA).
Dois grandes estudos clínicos (WHI e HERS, isto é, Heart and Estrogen/progestin Replacement Study) demonstraram um possível aumento no risco de morbidade cardiovascular no primeiro ano de uso e nenhum benefício global. Para os demais produtos de TH existem apenas dados limitados de estudos controlados randomizados investigando os efeitos na morbidade e mortalidade cardiovascular. Portanto, é incerto se estes achados também se estendem aos demais produtos de TH.
Acidente vascular cerebral (AVC)
Um grande estudo clínico randomizado (estudo WHI) encontrou, como resultado secundário, um risco aumentado de AVC isquêmico em mulheres saudáveis durante o tratamento contínuo de estrogênios conjugados e MPA. Para mulheres que não estão usando TH, é estimado que o número de casos de AVC que ocorrerão num período de 5 anos é de aproximadamente 3 por 1000 mulheres com idade entre 50 - 59 anos e 11 por 1000 mulheres com idade entre 60 - 69 anos.
Estima-se que para mulheres que usam estrogênios conjugados e MPA durante 5 anos, o número de casos adicionais será entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1) por 1000 mulheres com idade entre 50 - 59 anos e entre 1 e 9 (melhor estimativa = 4) por 1000 mulheres com idade entre 60 - 69 anos.
Não é sabido se o risco aumentado se estende aos demais produtos para TH.
Câncer de ovário
O uso prolongado (no mínimo 5 - 10 anos) de medicamentos para TH contendo apenas estrogênio em mulheres histerectomizadas foi associado com um risco aumentado de câncer de ovário em alguns estudos epidemiológicos. É incerto se o uso prolongado de TH combinada confere um risco diferente dos medicamentos contendo apenas estrogênio.
Outras condições
Tiloger não deve ser utilizado como contraceptivo.
Os estrogênios podem causar retenção hídrica, portanto, mulheres com disfunção cardíaca ou renal devem ser cuidadosamente observadas.
Mulheres com hipertrigliceridemia pré-existente devem ser acompanhadas de perto durante a reposição de estrogênios ou TH, uma vez que foram relatados raros casos de grande aumento dos triglicérides plasmáticos, levando à pancreatite durante a terapia com estrogênios nestas condições.
O tratamento com Tiloger resulta em uma diminuição muito pequena da globulina transportadora de tiroxina (TBG) e do T4 total. Os níveis de T3 total permanecem inalterados. Tiloger diminui os níveis da globulina carreadora de hormônio sexuais (SHBG), enquanto que os níveis de globulina carreadora de corticosteroide (CBG) e o cortisol circulante não são afetados.
Não existe evidência conclusiva para a melhora da função cognitiva. Existem algumas evidências do estudo WHI de risco aumentado de provável demência em mulheres que iniciaram o uso contínuo combinado de estrogênios conjugados e MPA após os 65 anos de idade. Não é sabido se estes achados se aplicam a mulheres pós-menopausadas mais jovens ou a outros produtos de TH.
Gravidez e lactação
Tiloger é contraindicado durante a gravidez e lactação (vide Contraindicações). Caso ocorra gravidez durante o uso de Tiloger o tratamento deve ser interrompido imediatamente.
Não há dados clínicos do uso de Tiloger durante a gravidez. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva (vide Dados pré-clínicos de segurança). O risco potencial em humanos é desconhecido.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Interação com outros medicamentos
Como Tiloger pode aumentar a atividade fibrinolítica sanguínea, o efeito dos anticoagulantes utilizados concomitantemente pode ser potencializado. Este efeito foi demonstrado com Warfarin. Portanto, o uso concomitante de Tiloger com Warfarin deve ser monitorado e a dose de Warfarin ajustada adequadamente.
Estudos in vitro revelaram apenas uma interação mínima da tibolona com as enzimas do citocromo P450. Portanto, não se espera que Tiloger exerça inibição clínica significativa sobre as enzimas do citocromo P450, nem seja influenciado por outros fármacos conhecidos por interagir com as enzimas do citocromo P450.
Um estudo in vivo demonstrou que o tratamento simultâneo com tibolona afeta em grau moderado a farmacocinética do substrato midazolan do citocromo P450 3A4. Baseado nisso, interações medicamentosas com outros substratos do CYP3A4 são esperadas, entretanto, a relevância clínica depende das propriedades farmacológicas e farmacocinéticas do substrato envolvido.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
Tiloger não é conhecido por apresentar qualquer efeito sobre o estado de alerta e concentração.
Superdose
A toxicidade aguda da tibolona em animais, é muito baixa. Sendo assim, não são esperados sintomas de toxicidade quando muitos comprimidos são ingeridos simultaneamente.
Nessa situação, pode ocorrer náusea, vômito e sangramento vaginal. Não é conhecido antídoto específico. Se necessário, pode ser realizado tratamento sintomático.
Informação técnica
Propriedades farmacodinâmicas
Após administração oral, a tibolona é rapidamente metabolizada em três compostos, que contribuem para o perfil farmacodinâmico de tibolona. Dois dos metabólitos (3a-OHtibolona e 3b- OH-tibolona) apresentam atividade estrogênica, ao passo que o terceiro metabólito (isômero- ?4 da tibolona) apresenta atividade progestagênica e androgênica.
A tibolona permite a reposição da perda na produção estrogênica em mulheres pós-menopausadas propiciando alívio dos sintomas da menopausa. A tibolona previne a perda óssea após a menopausa ou ooforectomia.
Estudos in vitro:
Estudos in vitro sugerem que a tibolona exerce efeitos tecido-seletivos devido ao metabolismo local e aos efeitos locais nos sistemas enzimáticos. O isômero-?4 é formado principalmente no tecido endometrial e nas mamas, a tibolona inibe a enzima sulfatase, reduzindo os níveis de estrogênios ativos produzidos nesse tecido. A relevância clínica destes estudos não é conhecida (vide Reações adversas).
Informações de estudos clínicos com tibolona
• Alívio dos sintomas da deficiência estrogênica
O alívio dos sintomas menopausais (ex. sintomas vasomotores, atrofia vaginal) geralmente ocorre durante as primeiras semanas de tratamento.
• Efeitos sobre o endométrio e padrão de sangramento
Foram relatados casos de hiperplasia e câncer endometrial em mulheres tratadas com a tibolona. Foi observada amenorreia em 88,4% das mulheres durante os meses 10 - 12 de tratamento com tibolona 2,5 mg. Sangramento e/ou spotting apareceram em 32,6% das mulheres durante os primeiros três meses de tratamento e em 11,6% durante os meses 10-12 de tratamento.
• Prevenção da osteoporose
A deficiência de estrogênios na menopausa está associada ao aumento do turnover ósseo e ao declínio da massa óssea. A proteção parece efetiva durante o período de tratamento.
Após a descontinuação da terapia hormonal (TH), a perda de massa óssea ocorre em proporção similar às mulheres não tratadas.
Após 2 anos de tratamento com tibolona (2,5 mg) o aumento na densidade mineral óssea (DMO) da coluna foi de 2,6 +/- 3,8%. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região lombar durante o tratamento foi de 76%. Um segundo estudo confirmou estes resultados.
A tibolona (2,5 mg) também apresentou efeito sobre a DMO do quadril. Em um estudo, o aumento após 2 anos foi de 0,7 +/- 3,9% no colo do fêmur e de 1,7 +/- 3,0% no quadril total. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de 72,5 %. Um segundo estudo demonstrou que o aumento após 2 anos foi de 1,3 +/- 5,1% no colo do fêmur e 2,9 +/- 3,4% no quadril total. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de 84,7%.
• Efeitos sobre as mamas
Em estudos clínicos não houve aumento da densidade mamográfica em mulheres tratadas com tibolona, quando comparado ao placebo.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração oral, a tibolona é rápida e completamente absorvida. Devido ao rápido metabolismo, os níveis plasmáticos de tibolona são muito baixos. Os níveis plasmáticos do isômero-?4 da tibolona também são muito baixos. Portanto, alguns parâmetros farmacocinéticos não podem ser determinados. Níveis de pico plasmático dos metabólitos 3a-OH e 3-ß-OH são mais altos, mas não ocorre acúmulo.
A excreção da tibolona é principalmente na forma de metabólitos conjugados (na maioria sulfatados). Parte do composto administrado é excretado na urina, mas a maior parte é eliminada pelas fezes.
O consumo de alimentos não possui efeito significativo na extensão da absorção.
Foi verificado que os parâmetros farmacocinéticos para a tibolona e seus metabólitos são independentes da função renal.
Dados pré-clínicos de segurança
Em estudos com animais, a tibolona apresentou atividades anti-fertilidade e embriotóxica em virtude de suas propriedades hormonais. A tibolona não foi teratogênica em camundongos e ratos, e demonstrou potencial teratogênico em coelhos com doses próximas à abortiva (vide Gravidez e lactação). A tibolona não é genotóxica sob condições in vivo. Apesar de ter sido observado efeito carcinogênico em certos grupos de ratos (tumores hepáticos) e camundongos (tumor de bexiga), a sua relevância clínica é incerta.
Farmacocinética
Propriedades farmacodinâmicas
Após administração oral, a tibolona é rapidamente metabolizada em três compostos, que contribuem para o perfil farmacodinâmico de tibolona. Dois dos metabólitos (3a-OHtibolona e 3b- OH-tibolona) apresentam atividade estrogênica, ao passo que o terceiro metabólito (isômero- ?4 da tibolona) apresenta atividade progestagênica e androgênica.
A tibolona permite a reposição da perda na produção estrogênica em mulheres pós-menopausadas propiciando alívio dos sintomas da menopausa. A tibolona previne a perda óssea após a menopausa ou ooforectomia.
Estudos in vitro:
Estudos in vitro sugerem que a tibolona exerce efeitos tecido-seletivos devido ao metabolismo local e aos efeitos locais nos sistemas enzimáticos. O isômero-?4 é formado principalmente no tecido endometrial e nas mamas, a tibolona inibe a enzima sulfatase, reduzindo os níveis de estrogênios ativos produzidos nesse tecido. A relevância clínica destes estudos não é conhecida (vide Reações adversas).
Informações de estudos clínicos com tibolona
• Alívio dos sintomas da deficiência estrogênica
O alívio dos sintomas menopausais (ex. sintomas vasomotores, atrofia vaginal) geralmente ocorre durante as primeiras semanas de tratamento.
• Efeitos sobre o endométrio e padrão de sangramento
Foram relatados casos de hiperplasia e câncer endometrial em mulheres tratadas com a tibolona. Foi observada amenorreia em 88,4% das mulheres durante os meses 10 - 12 de tratamento com tibolona 2,5 mg. Sangramento e/ou spotting apareceram em 32,6% das mulheres durante os primeiros três meses de tratamento e em 11,6% durante os meses 10-12 de tratamento.
• Prevenção da osteoporose
A deficiência de estrogênios na menopausa está associada ao aumento do turnover ósseo e ao declínio da massa óssea. A proteção parece efetiva durante o período de tratamento.
Após a descontinuação da terapia hormonal (TH), a perda de massa óssea ocorre em proporção similar às mulheres não tratadas.
Após 2 anos de tratamento com tibolona (2,5 mg) o aumento na densidade mineral óssea (DMO) da coluna foi de 2,6 +/- 3,8%. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região lombar durante o tratamento foi de 76%. Um segundo estudo confirmou estes resultados.
A tibolona (2,5 mg) também apresentou efeito sobre a DMO do quadril. Em um estudo, o aumento após 2 anos foi de 0,7 +/- 3,9% no colo do fêmur e de 1,7 +/- 3,0% no quadril total. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de 72,5 %. Um segundo estudo demonstrou que o aumento após 2 anos foi de 1,3 +/- 5,1% no colo do fêmur e 2,9 +/- 3,4% no quadril total. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de 84,7%.
• Efeitos sobre as mamas
Em estudos clínicos não houve aumento da densidade mamográfica em mulheres tratadas com tibolona, quando comparado ao placebo.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração oral, a tibolona é rápida e completamente absorvida. Devido ao rápido metabolismo, os níveis plasmáticos de tibolona são muito baixos. Os níveis plasmáticos do isômero-?4 da tibolona também são muito baixos. Portanto, alguns parâmetros farmacocinéticos não podem ser determinados. Níveis de pico plasmático dos metabólitos 3a-OH e 3-ß-OH são mais altos, mas não ocorre acúmulo.
A excreção da tibolona é principalmente na forma de metabólitos conjugados (na maioria sulfatados). Parte do composto administrado é excretado na urina, mas a maior parte é eliminada pelas fezes.
O consumo de alimentos não possui efeito significativo na extensão da absorção.
Foi verificado que os parâmetros farmacocinéticos para a tibolona e seus metabólitos são independentes da função renal.
Dados pré-clínicos de segurança
Em estudos com animais, a tibolona apresentou atividades anti-fertilidade e embriotóxica em virtude de suas propriedades hormonais. A tibolona não foi teratogênica em camundongos e ratos, e demonstrou potencial teratogênico em coelhos com doses próximas à abortiva (vide Gravidez e lactação). A tibolona não é genotóxica sob condições in vivo. Apesar de ter sido observado efeito carcinogênico em certos grupos de ratos (tumores hepáticos) e camundongos (tumor de bexiga), a sua relevância clínica é incerta.
Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS: n° 1.0583.0754
Medicamentos relacionados com TILOGER