Terapias de Ação
Anti-inflamatório. Antirreumático.
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Propriedades
Trata-se de moderno agente anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) que possui também ações analgésica e antipirética. Como todos os AINE, seu mecanismo de ação é realizado em relação à biossíntese de prostaglandinas (PGS) tanto in vivo como in vitro, porém sua característica distintiva é a atividade bloqueadora ou inibitória seletiva sobre a enzima cicloxigenase-2 (Cox-2), sem afetar a cicloxigenase-1 (Cox-1). Após sua administração oral, celecoxibe é muito bem absorvido pela mucosa do trato digestivo, alcançando suas concentrações plasmáticas máximas (Cmáx) após 2 a 3 horas da ingestão. Os níveis séricos e a área sob a curva concentração versus tempo (area under curve, AUC) são proporcionais às diferentes faixas de doses (100 mg a 200 mg). A união com proteínas plasmáticas é elevada (97%), sendo realizada fundamentalmente com a fração de albumina e, em menor grau, com as a1-glicoproteínas ácidas. Sofre a ampla distribuição pelos diferentes tecidos, pois seu volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 400 litros. Sofre biotransformação metabólica no fígado, através do sistema enzimático citocromo P-450, havendo-se identificado no plasma humano três diferentes metabólitos: um álcool primário, o derivado carboxílico e o conjugado glicurônico, todos eles demonstradamente desprovidos de atividade inibitória tanto sobre a Cox-1 como sobre a Cox-2. Apresenta prolongada meia-vida plasmática (11 horas) e, após metabolização hepática, uma fração mínima (menos do que 3%) é eliminada sem alterações pela urina e pelas fezes.
Indicações
Patologias artríticas e reumáticas. Artrite reumatoide. Osteoartrite.
Dosagem
Osteoartrite: a dose média recomendada é de 200 mg administrados em dose única ou de 100 mg a cada 12 horas. Artrite reumatoide: a dose recomendada é de 100 mg a 200 mg duas vezes ao dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg por dia. A administração do fármaco pode ser realizada independentemente da ingestão de alimentos.
Reações Adversas
Em geral, a tolerância clínica foi boa nos diferentes grupos de pacientes tratados, havendo-se assinalado as seguintes reações. Em nível gastrintestinal: dispepsia, constipação, epigastralgias, náuseas e vômitos. Dermatológico: rash cutâneo, dermatite, pele seca, urticária, prurido, edema facial. Sistema nervoso: cefaleia, enjoo, parestesias, vertigem, cãibras, nervosismo. Respiratório: tosse, broncospasmo, dispneia. Metabólico: anomalias da função hepática, com elevação dos níveis de transaminases (GOT e GTP), aumento da fosfatase alcalina, da creatinina, da glicemia e do colesterol, os quais se normalizaram com a suspensão ou mesmo com a continuidade do tratamento. Gerais: astenia, sensação de sufocação, síndrome gripal, precordialgias, edemas periférico e facial, ansiedade, taquicardia.
Precauções e Advertências
Administrar com precaução em pacientes com antecedentes de enfermidade ulcerosa gastroduodenal; pacientes idosos ou debilitados. Aconselha-se realizar controles periódicos dos parâmetros de função hepática ou do quadro hematológico, especialmente durante tratamentos prolongados. A administração de AINE pode provocar lesões renais, especialmente em pacientes com nefropatias preexistentes, insuficiência cardíaca, ou que estejam sob tratamento com diuréticos ou inibidores da enzima de conversão da angiotensina I (inibidores da ECA) e em pacientes com idade avançada e que se relacionem com o bloqueio das prostaglandinas renais. Aconselha-se manter boa hidratação dos pacientes e vigiar as funções renais e a diurese. Em pacientes asmáticos com antecedentes de hiperesensibilidade com edema de glote ou broncospasmo, especial atenção deverá ser prestada durante administração de anti-inflamatórios, já que podem sobrevir quadros fatais. Nas doses recomendadas o celecoxibe não parece afetar a agregação plaquetária, nem o tempo de protrombina. Em alguns pacientes verificou-se retenção de líquido, edema e aumento de peso, onde deverá prestar-se atenção nos pacientes sob medicação com celecoxibe que apresentem hipertensão artrial ou insuficiência cardíaca. A segurança e a eficácia não foram avaliadas em pacientes pediátricos ou abaixo de 18 anos.
Interações
A administração simultânea com lítio, fluconazol, furosemida, inibidores de ECA e ácido acetilsalicílico pode dar origem a diferentes tipos de interações medicamentosas. A associação com fenitoína, metotrexato, varfarina, tolbutamida e gliburida não revelou interações de importância clínica.
Contra-indicações
Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez e lactação. Pacientes com antecedentes de alergia ou hipersensibilidade a sulfonamídicos, ácido acetilsalicílico ou a outros bloqueadores das prostaglandinas. Úlcera gastroduodenal, hemorragia gastrintestinal. Insuficiência renal ou hepática.
Superdosagem
Não há antídotos específicos. Em caso de superdose, os pacientes deverão receber tratamento sintomático ou de suporte. Se a ingestão tiver ocorrido recentemente, podem indicar-se diversas medidas, como: lavagem gástrica, administração de carvão ativado (60 g a 100 g). Não são eficazes medidas como diurese forçada, hemodiálise ou alcalinização da urina.
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Interações de Celecoxibe
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Alguns medicamentos que contêm Celecoxibe