Doxorrubicina

 

Terapias de Ação

Antineoplásico.
Publicidade

Propriedades

Usada como cloridrato, é um glicosídeo do tipo antracilina obtido de Streptomyces peucetius, específico da fase S do ciclo de divisão celular. Sua atividade antineoplásica pode implicar união ao DNA ao intercalar-se entre os pares de base e inibição da síntese de DNA e RNA por desordem do modelo e interferência estérica. Não atravessa a barreira hematoencefálica. Une-se aos tecidos em grande proporção, metaboliza-se de forma rápida (1 hora) no fígado e produz um metabólito ativo, o adriamicinol. O metabolismo posterior também é hepático. É eliminado por via biliar em 50% inalterado e 23% como adriamicinol, e por via renal menos de 10%, até a metade como metabólitos.

Indicações

Leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloblástica aguda. Carcinoma de células transicionais de bexiga; carcinoma de mama, neuroblastoma, tumor de Wilms, carcinoma ovariano, carcinoma tireóideo, carcinoma prostático, linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin, sarcoma de Ewing. As indicações e protocolos dos antineoplásicos encontram-se em constante revisão.

Dosagem

Adultos: IV de 60 a 75 mg/m2 repetida a cada 21 dias ou IV de 25 a 30 mg/m2 durante 2 ou 3 dias sucessivos, repetida a intervalos de 3 a 4 semanas, ou IV 20 mg/m2 uma vez por semana; prescrição limite: dose total de 550 mg/m2. Dose pediátrica: IV 30 mg/m2/dia durante 3 dias sucessivos a cada 4 semanas. Deve ser administrado por injeção IV lenta. Não é recomendável a administração por infusão IV devido à irritação de veia e o risco de tromboflebite e extravasamento. São empregados diversos protocolos e pautas de dose de doxorrubicina separada ou associada com outras drogas antineoplásicas.

Reações Adversas

Muitas reações são inevitáveis e representam a ação farmacológica do medicamento (leucopenia, trombocitopenia). A colite necrotizante (inflamação renal, fezes sanguinolentas, infecções graves) tem sido associadas ao protocolo de doxorrubicina e citarabina. Febre, calafrios, dor de garganta, taquicardia, diarreia, perda de cabelo, dispneia, artralgias, hemorragias ou hematomas não habituais.

Precauções e Advertências

É aconselhável a redução da dose em pacientes com disfunção hepática. Deve ser evitado o extravasamento durante a administração IV pelo risco de ulceração grave e necrose. Não deve ser administrado por via IM ou subcutânea, pois produz necrose local dos tecidos. A aparição de nefropatia por ácido úrico em pacientes com leucemia ou linfoma pode ser evitada mediante hidratação oral adequada. Pode produzir supressão gonadal, que origina amenorréia ou azoospermia, relacionada com a dose e duração do tratamento. É aconselhável evitar seu uso durante o primeiro trimestre de gravidez, assim como durante o período de lactação. A cardiotoxicidade pode ser mais frequente em crianças com menos de 2 anos. O efeito depressor sobre a medula óssea aumenta a incidência de infecções microbianas, atraso na cicatrização e hemorragia gengival. Pode originar estomatite.

Interações

Pode elevar a concentração de ácido úrico no sangue, por isso a necessidade de adequar a dose da medicação antigotosa (alopurinol, colchicina e probenecida). O uso simultâneo de ciclofosfamida, dactinomicina ou mitomicina pode aumentar a cardiotoxicidade. Doses elevadas de metotrexato podem produzir disfunção renal e elevar a toxicidade da doxorrubicina administrada posteriormente.

Contra-indicações

Varicela existente ou recente, herpes-zóster. A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de depressão da medula óssea, antecedentes de gota, cardiopatias, disfunção hepática ou em pacientes que tenham recebido tratamento prévio com fármacos citotóxicos ou radioterapia.
Publicidade

Interações de Doxorrubicina

Informação não disponível

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play