Talidomida

Anti-hansênico.

Trata-se de um fármaco sintético pertencente à família química das piperidinadionas. Apresenta potente e eficaz ação anti-inflamatória específica sobre o eritema nodoso hansênico, com rápida resolução da febre e dos fenômenos flogógenos (dor, inflamação) cutâneos, apesar de o mecanismo exato de ação ser pouco esclarecido. A talidomida não exerce efeito quimioterápico sobre a infecção hansênica, quer do ponto de vista clínico, quer bacteriológico. Em seres humanos, a dose de 10 mg a 200 mg provoca sedação e sonolência, porém o gravíssimo inconveniente deste fármaco é sua ação teratogênica, demonstrada tanto em animais (coelho) como na mulher. Seu efeito mais conhecido é a focomelia. Apresenta boa absorção por via digestiva, porém o fármaco tem a propriedade de acumular-se no embrião, onde exerce seu efeito teratogênico. A talidomida sofre hidrólise metabólica e é eliminada através da urina.

Eritema nodoso hansênico.

Dose de ataque: 400 mg ao dia durante 4 dias seguidos, continuando com 300 mg ao dia nos 4 dias subseqüentes; prosseguir com 200 mg ao dia durante 15 dias, 100 mg ao dia durante 4 semanas, e finalmente 50 mg ao dia durante 6 semanas.

Teratogenicidade: focomelia, microftalmia, hidrocefalia, meningocele. O período de maior risco é sua administração entre os dias 37 e 57 de gestação. Neuropatias axônicas distais com alterações da sensibilidade superficial, que podem ser de caráter grave e irreversíveis. Além disto, há registros de sonolência, constipação, aumento de peso, diminuição da libido, vertigem, xerodermia, artralgias, visão turva, vômitos, síndrome febril, edemas periféricos.

Verificar, com teste específico, existência de gravidez antes de seu uso.

A talidomida potencializa o efeito de fenotiazínicos e barbitúricos. Não deve ser associada com corticosteróides nem com rifampicina (este fármaco pode anular a ação dos agenes anovulatórios). O consumo de álcool e de fármacos potencialmente neurotóxicos deverá ser evitado.

Contraindicação absoluta durante a gravidez e em mulheres em idade fértil que não estejam empregando métodos seguros de contracepção.

Son evidentes las anormalidades en fetos humanos. Deben prevalecer los factores de riesgo, sobre los pretendidos beneficios del fármaco a prescribir. Contraindicado en el embarazo.