Venlafaxina

 

Terapias de Ação

Antidepressivo.
Publicidade

Propriedades

Venlafaxina é um novo fármaco antidepressivo com uma estrutura química totalmente diferente da dos tricíclicos clássicos, tetracíclicos e outros agentes antidepressivos conhecidos. Quimicamente denomina-se 1-2 dimetilamino-1-4-metoxifeniletil-ciclohexano. Seu mecanismo de ação lembra o de outros antidepressivos conhecidos (fluoxetina, sertralina e paroxetina), já que está diretamente associado à potenciação da atividade neurotransmissora no sistema nervoso central. É um potente e ativo inibidor da recaptação de aminas no neurônio pré-sináptico e, à diferença dos acima mencionados, além de inibir a recaptação da serotonina (5-hidroxitriptamina) age sobre a noradrenalina e a dopamina; mesmo assim, não exerce esta ação sobre os receptores muscarínicos, histaminérgicos ou alfa-adrenérgicos. Por esta razão não seriam gerados efeitos significativos no nível autônomo, nem anticolinérgicos, hipnossedativos ou cardiovasculares, como ocorre com os antidepressivos tricíclicos clássicos. A venlafaxina é absorvida sem inconvenientes no trato digestivo (92%) nas doses habituais (25-100 mg/dia); sofre uma ativa e ampla biotransformação hepática da qual surge um único e ativo metabólito denominado O-desmetilvenlafaxina (ODV). Estima-se que aproximadamente 87% da dose administrada por via oral são excretados na urina dos pacientes nas primeiras 48 horas, e desta 5% correspondem ao fármaco não-metabolizado, 26% ao metabólito ativo (ODV) e 27% a outros metabólitos inativos; isto faz com que a excreção renal seja a principal via de eliminação da venlafaxina. O processo de absorção gastrintestinal não é afetado pela presença de alimentos. A fração que se liga às proteínas plasmáticas é de 27% para uma concentração sérica de 2,5 a 2.215 ng/ml. O perfil farmacocinético da venlafaxina administrada a cada 8 ou 12 horas não é alterado pela idade nem pelo sexo dos indivíduos em tratamento. Em indivíduos com transtornos renais, a meia-vida de eliminação prolongou-se aproximadamente 50% e o clearance de creatinina em 24%; enquanto que em pacientes com nefropatias crônicas em processo de diálise a meia-vida prolongou-se em torno de 180%. A meia-vida plasmática do fármaco é similar à da fluoxetina (3 a 5 dias).

Indicações

Síndromes depressivas de grau variável. Transtornos obsessivo-compulsivos.

Dosagem

A dose habitual para iniciar o tratamento é de 75 mg/dia, a cada 8 a 12 horas, com as principais refeições. Segundo a resposta clínica, a dose poderá ser aumentada até 150 a 225 mg/dia em pacientes com patologias depressivas graves. Após a remissão do transtorno, deve-se utilizar uma dose efetiva mínima de manutenção. Não é necessário ajustar a dose em indivíduos depressivos idosos, diferentemente dos antidepressivos tricíclicos.

Reações Adversas

Foram relatados náuseas, diarreia, erupções cutâneas, anorexia, ansiedade, insônia, nervosismo, confusão mental, cefaleia, secura da boca e astenia. Em geral, a tolerância clínica ao fármaco é boa e a incidência destes efeitos é baixa (3%).

Precauções e Advertências

Os indivíduos que requerem um grau de reflexos e alerta, ou trabalham com máquinas ou veículos, deverão ser advertidos do risco de desenvolver sonolência. Em indivíduos com insuficiência renal recomenda-se reduzir a dose diária. A suspensão do tratamento deverá ser lenta e gradual, devendo-se evitar a suspensão repentina. Quando se deseja substituir a venlafaxina por um antidepressivo inibidor da monoaminoxidase (IMAO), observar um intervalo de 7 a 14 dias. As patologias depressivas graves requerem tratamentos prolongados (3 a 6 meses), para se conseguir a eutimia. Em indivíduos hipertensos deverá ser usada com precaução e controle tensional periódico.

Interações

A venlafaxina é um antidepressivo que, pela sua reduzida fração ligada às proteínas plasmáticas e sua mínima interação com o sistema citocromo P450, possui uma leve tendência a gerar interações medicamentosas com diversos fármacos (lítio, diazepam, cimetidina).

Contra-indicações

Gravidez e lactação. Hipersensibilidade ou alergia à venlafaxina. Desaconselha-se o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento, a administração a crianças menores de 18 anos ou em presença de insuficiência hepática ou renal graves.

Risco na gravidez

Existen efectos secundarios en fetos de animales de experimentación. No hay hasta el momento estudios adecuados en los seres humanos, por lo que se desconocen los riesgos de su utilización en mujeres embarazadas. La terapia medicamentosa sólo es válida cuando el problema de salud indica sin lugar a dudas, la necesidad de su empleo.
Publicidade

Interações de Venlafaxina

Informação não disponível

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play