Composição
Cada frasco-ampola de Bextra® IM/IV pó liofilizado contém parecoxibe sódico equivalente a 40 mg de parecoxibe. Excipientes: fosfato de sódio dibásico heptahidratado, ácido fosfóricoa e hidróxido de sódioa. a = para ajuste de pH.
Apresentação
Bextra® IM/IV pó liofilizado em embalagens contendo 10 frascos-ampola.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
Indicações
Bextra® IM/IV (parecoxibe) é indicado para a prevenção e tratamento de dor pós-operatória em adultos. Além disso, no tratamento de condições dolorosas no período pós-operatório que requeiram o uso de opioides, Bextra® IM/IV reduz significativamente o consumo destes medicamentos sem prejuízo da analgesia. Nas situações acima, demonstrou-se a eficácia analgésica e a extensa utilidade clínica de parecoxibe (administrado por via parenteral) em múltiplos modelos clínicos de dor. A eficácia analgésica de Bextra® IM/IV foi determinada por várias medidas-padrão como escalas de intensidade e alívio da dor, além da avaliação global pelo paciente. A resposta analgésica de parecoxibe mostrou-se independente de idade, sexo ou gravidade da dor. Bextra® IM/IV administrado 30 a 45 minutos antes da cirurgia retardou significativamente o surgimento de dor pós-operatória.
Não houve diferença significativa do perfil de segurança de Bextra® IM/IV administrado no pré ou pós-operatório.
Acredita-se que um dos motivos deste perfil de segurança está relacionado à ausência de efeito sobre a adesividade plaquetária.
Estudos in vitro e comparações do tempo de sangramento entre pacientes recebendo parecoxibe ou AINEs convencionais, sugerem este benefício da inibição específica da COX-2. Bextra® IM/IV também é indicado no tratamento de cólica renal aguda.
Dosagem
Bextra® IM/IV pode ser administrado por via IV ou IM em dose única ou em dose múltipla em regime regular ou quando necessário. Após o início do tratamento, a dose pode ser ajustada baseado na resposta do paciente. O tempo de duração do tratamento não deve exceder a 5 dias. Bextra® IM/IV só é indicado para pacientes que precisam de terapia parenteral e para aqueles em que um beneficio similar não pode ser obtido com terapia oralalternativa. É recomendado que os pacientes sejam transferidos para a terapia oral alternativa assim que indicado clinicamente. Como o risco de doenças cardiovasculares associadas a inibidores específicos da ciclooxigenase-2 (COX-2) pode aumentar com a dose e duração da exposição, devem ser usadas a menor duração possível e a dose efetiva diária mais baixa. No entanto, a relevância desta descoberta para o uso de curto prazo de parecoxibe no cenário pós-operatório não foi avaliado.
Analgesia Imediata - A dose única ou inicial recomendada para tratamento de dor é de 40 mg por via IM ou IV. Para cólica renal aguda, é recomendada uma dose única de 40 mg pela via IV.
Prevenção da Dor Pós-operatória - A dose recomendada na administração pré-operatória é de 40 mg IM ou IV (preferencialmente IV), 30 a 45 minutos antes do procedimento cirúrgico. Pode ser necessário continuar o tratamento com Bextra® IM/IV no pós-operatório para adequar o efeito analgésico.
Manutenção da Analgesia - Após a prevenção da dor pós-operatória ou da obtenção da analgesia inicial, pode-se repetir o uso de Bextra® IM/IV com 20 mg ou 40 mg a cada 6 a 12 horas. A dose diária máxima é de 80 mg por via IM ou IV. Não se recomenda o uso por outras vias de administração, que não IM ou IV, devido à ausência de dados clínicos.
Uso Concomitante com Analgésicos Opioides - Analgésicos opioides podem ser usados concomitantemente com parecoxibe na dose descrita acima. Em estudos clínicos, a necessidade diária por opioides foi reduzida significativamente (20-40%) quando coadministrados com Bextra® IM/IV. Um efeito ótimo é obtido quando Bextra® IM/IV é dado antes da administração do opioide. Em todas as avaliações clínicas Bextra® IM/IV foi administrado a uma dose fixa com intervalos de dose fixas considerando que os opioides foram administrados conforme necessidade.
Administração - A injeção in boluspode ser administrada diretamente na veia ou numa via IV existente (vide "Compatibilidade e Incompatibilidades"). A injeção IM deve ser administrada lenta e profundamente no interior do músculo.
Instruções de Uso - Bextra® IM/IV deve ser reconstituído antes do uso. O produto não contém conservantes e sua preparação exige técnica asséptica. Recomenda-se reconstituir Bextra® IM/IV com 2 mL (frascos de 40 mg) de solução IM/IV de cloreto de sódio a 0,9%. Os seguintes diluentes também podem ser utilizados para a reconstituição de Bextra® IM/IV: solução bacteriostática de cloreto de sódio a 0,9%, solução de glicose a 5%, solução de glicose a 5% com cloreto de sódio a 0,45%. Não se recomenda para a reconstituição o uso de solução de Ringer lactato ou solução de glicose a 5% em Ringer lactato, pois ocorrerá a precipitação do fármaco. Não se recomenda o uso de água para injetáveis para a reconstituição de Bextra® IM/IV, uma vez que a solução resultante não é isotônica. Após a reconstituição e antes da administração, Bextra® IM/IV deve ser inspecionado visualmente. O produto não deve ser utilizado se for observada descoloração, turvação ou presença de partículas. Bextra® IM/IV deve ser utilizado no período de 24 horas após a reconstituição, desde que armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e protegido da luz. Após esse período, deve ser descartado. Não refrigerar ou congelar o produto reconstituído.
Compatibilidades e Incompatibilidades - Após a reconstituição com diluente adequado (vide "Instruções de uso") Bextra® IM/IV pode ser injetado através de uma via de infusão IV, usada para as soluções: solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%; solução de glicose a 5%; solução de Ringer lactato; solução de glicose a 5% com cloreto de sódio a 0,45%. Não se recomenda a injeção em via de administração intravenosa com solução de glicose a 5% em Ringer lactato ou outras soluções IV não listadas acima, pois isso pode causar a precipitação da solução. Bextra® IM/IV não deve ser misturado a qualquer outro medicamento para administração na mesma seringa. Não injetar Bextra® IM/IV numa via de infusão IV de qualquer outro fármaco. A via IV deve ser adequadamente limpa antes e após a injeção de parecoxibe com uma solução de compatibilidade conhecida (vide "Instruções de Uso").
Contra-indicações
Bextra® IM/IV é contraindicado nas seguintes situações: pacientes com hipersensibilidade conhecida ao parecoxibe ou valdecoxibe e a outros componentes da fórmula; pacientes que demonstraram reações do tipo alérgica a sulfonamidas; pacientes que tenham tido asma, urticária ou reações alérgicas depois do uso de ácido acetilsalicílico, AINEs ou outros inibidores específicos da COX-2. Nestes pacientes, podem ocorrer reações anafiláticas graves, raramente fatais (vide item 5. Advertências e Precauções); pacientes em tratamento da dor pós-operatória imediatamente após cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG).
Reações Adversas
ESTUDOS CLÍNICOS: As seguintes reações adversas foram relatadas por pacientes que receberam Bextra® IM/IV (n = 5.402) em 28 estudos placebo-controlados.
1) Eventos com incidência ? 10% - Gastrintestinal: náusea.
2) Eventos com incidência ? 1% e < 10% - Gastrintestinal: dor abdominal, constipação, dispesia, vômito. Geral: edema periférico. Infecções e infestações: osteíte alveolar (por deslocamento do coágulo sanguíneo expondo o osso após extração dentária). Sistema Nervoso: tontura. Psiquiátrico: insônia. Renal e Urinário: oliguria. Pele e tecido subcutâneo: suor aumentado, prurido. Vascular: hipotensão.
3) Eventos com incidência ? 0,5% e < 1% - Gastrintestinal: boca seca, flatulência. Musculoesquelético e tecido conjuntivo: dor nas costas. Cardíaco: bradicardia. Infecções e infestações: faringite. Pele e tecido subcutâneo: rash. Vascular: hipertensão.
4) Eventos com incidência ? 0,5% -Cardíaco: infarto do miocárdio. Ouvido e labirinto: dor de ouvido. Gastrintestinal: esofagite, refluxo gastroesofágico, diminuição dos ruídos hidroaéreos, pancreatite, inchaço perioral. Geral: dor no local da injeção, reação no local da injeção, astenia. Sistema imune: reação anafilactoide. Laboratorial: aumento da ureia nitrogenada sanguínea, aumento da creatina fosfoquinase, aumento da creatinina, aumento de HDL. Dano, envenenamento e complicações de procedimento: complicações de pele pós-operatórias. Metabolismo e nutrição: anorexia, hiperglicemia. Musculoesquelético e tecido conjuntivo: artralgia. Sistema Nervoso: distúrbio cerebrovascular. Psiquiátrico: agitação. Renal e urinário: insuficiência renal aguda. Respiratório, torácico e mediastinal: embolismo pulmonar. Pele e tecido subcutâneo: equimose, urticária.
Vascular: hipertensão agravada, hipotensão postural.
Após cirurgia de revascularização do miocárdio, pacientes que receberam Bextra® IM/IV tiveram um maior risco de desenvolverem reações adversas, como reações cardiovasculares/tromboembólicas (por ex., infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), infecções cirúrgicas ou complicações da cicatrização da ferida do esterno.
EXPERIÊNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO: Na experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes eventos adversos raros e graves em associação ao uso de Bextra® IM/IV: colapso circulatório, eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson, insuficiência renal e reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia e angioedema (vide item 5. Advertências e Precauções). Na experiência pós-comercialização, além de reação adversa cutânea grave, eritema multiforme e da síndrome de Stevens Johnson, necrólise epidérmica tóxica e dermatite esfoliativa foram relatadas durante o uso de valdecoxibe e não podem ser descartadas para o Bextra® IM/IV.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Precauções
Administração que não seja IV ou IM: modos de administração que não sejam IV ou IM (por exemplo, intra-articular, intratecal) não foram estudadas e não devem ser usados.
Efeitos cardiovasculares - Inibidores COX-2, classe da qual o parecoxibe faz parte, está associado com o aumento do risco de eventos adversos cardiovasculares e trombóticos quando administrados por muito tempo. A exata magnitude do risco associado com uma dose única ainda não foi determinada, assim como a exata duração da terapia associada com risco aumentado. Dois estudos separados sobre a cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG) mostraram que pacientes recebendo parecoxibe por no mínimo 3 dias seguidos e valdecoxibe via oral (o metabólito ativo do parecoxibe) por 7-14 dias, apresentaram aumento da incidência de eventos cardiovasculares e tromboembólicos (por ex. infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral) comparados com aqueles recebendo placebo (vide item 3. Características Farmacológicas). Bextra® IM/IV é, portanto, contraindicado, para o tratamento de dor pós-operatória imediata seguida de cirurgia CABG.
Efeitos Gastrintestinais (GI) - Em pacientes tratados comBextra® IM/IV, ocorreu hemorragia, ulceração ou perfuração do TGI superior. Os pacientes sob maior risco de desenvolvimento de complicação ulcerosa com AINEs são os idosos, aqueles com doença cardiovascular, os usuários de ácido acetilsalicílico ou os pacientes com história de doença do TGI ou doença ativa do TGI, tais como ulceração, sangramento ou condições inflamatórias. Bextra® IM/IV é um inibidor específico da COX-2 e não afeta a função da COX-1, como demonstram resultados de estudos clínicos relevantes. Não se sabe, contudo, como se aplicam ao parecoxibe as taxas de toxicidade gastrintestinal grave observadas com outros AINEs que inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2. Toxicidade gastrintestinal grave como sangramento, ulceração e perfuração do estômago ou duodeno, pode ocorrer a qualquer momento, com ou sem sintomas, em pacientes tratados com anti-inflamatório nãoesteroide (AINE). Outros sintomas gastrintestinais altos, como dispepsia, podem ocorrer a qualquer momento durante a terapia com um AINE. Assim, os médicos devem estar atentos a esse risco, mesmo na ausência de sintomas prévios do trato gastrintestinal (GI). Os pacientes devem ser informados dos sinais e/ou sintomas de toxicidade GI grave e das medidas a serem tomadas caso estes ocorram. Apesar de os efeitos sobre o trato GI serem mais freqüentes em tratamento prolongado, terapias de curta duração não estão fora de risco. Bextra® IM/IV deve ser prescrito com cautela a pacientes com histórico de doença ulcerosa ou sangramento gastrintestinal alto. A maior parte dos relatos espontâneos de eventos GI fatais ocorrem em idosos e pacientes debilitados; portanto, cuidado especial deve ser empregado no tratamento desta população. Para diminuir o risco potencial de um evento GI, deve-se usar a dose eficaz mais baixa e pelo menor tempo possível. Para pacientes de alto risco, deve-se considerar o uso de terapias que não envolvam AINEs. Além de antecedente de doença ulcerosa, estudos epidemiológicos identificaram outras condições que podem aumentar o risco de sangramento GI: tratamento com corticosteroides e/ou anticoagulantes, maior exposição aos AINEs, tabagismo, alcoolismo, idade avançada e mau estado geral.
Efeitos na Pele - O valdecoxibe, a parte ativa do parecoxibe, contém o radical sulfonamida e em pacientes com história conhecida de alergia à sulfonamidas pode aumentar o risco de reações dermatológicas. Pacientes sem história prévia de alergia a sulfonamidas pode também estar sob risco de apresentar reações cutâneas graves. Foram relatadas reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme e síndrome de Stevens-Johnson, através da vigilância pós-comercialização em pacientes que receberam Bextra® IM/IV. Também foram relatadas dermatite esfoliativa, eritema multiforme e síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica através da vigilância pós-comercialização em pacientes que receberam valdecoxibe. Foram relatadas fatalidades devido à síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica com valdecoxibe e não podem ser descartadas para Bextra® IM/IV. Os pacientes parecem estar sob um risco maior para esses eventos durante o início do tratamento; com o início dos eventos ocorrendo, na maioria dos casos, dentro das duas primeiras semanas de tratamento. Bextra® IM/IV deve ser interrompido ao primeiro sinal de erupção cutânea (rash), lesões na mucosa ou qualquer outro indicativo de hipersensibilidade. Reações dermatológicas graves também foram relatadas com outros inibidores da COX-2 durante a experiência pós-comercialização. A frequência desses eventos parece ser maior para valdecoxibe quando comparados a outros agentes da COX-2.
Reações Anafilactoides - Foram relatadas reações de hipersensibilidade (reações anafiláticas e angioedema) durante a experiência pós-comercialização com valdecoxibe e Bextra® IM/IV (vide item 9. Reações Adversas). Essas reações ocorreram em pacientes com e sem história de reações alérgicas a sulfonamidas (vide item 4. Contraindicações). Não foram descritas reações anafilactoides em pacientes recebendo Bextra® IM/IV em estudos clínicos. Contudo, podem ocorrer reações anafilactoides em pacientes sem exposição prévia conhecida a parecoxibe. Bextra® IM/IV não deve ser administrado a pacientes com a tríade do ácido acetilsalicílico. Este complexo de sintomas tipicamente ocorre em pacientes asmáticos que apresentam rinites com ou sem pólipos nasais, ou que apresentam broncoespasmo grave e potencialmente fatal, depois de tomar ácido acetilsalicílico ou outros AINEs (vide item 4. Contraindicações). Deve-se procurar atendimento de emergência quando ocorrer uma reação anafilactoide. O ácido acetilsalicílico pode desencadear asma em pacientes asmáticos. Nestes pacientes a ocorrência de broncoespasmo grave pode ser fatal. Embora não esteja claro como isto se aplica ao parecoxibe, Bextra® IM/IV deve ser administrado com cautela nesses pacientes.
Hipotensão severa - Casos de hipotensão severa logo após a administração de parecoxibe foram relatadas na experiência pós-comercialização com parecoxibe. Alguns destes casos tem ocorrido sem outros sinais de anafilaxia. O profisisonal de saúde deve estar preparado para tratar a hipotensão severa.
Uso com varfarina ou agentes similares - A coadministração de parecoxibe e varfarina causou um pequeno aumento da área sob a curva (AUC) da varfarina e também do tempo de protrombina (medido pelo International Normalized Ratio-INR). Embora os valores médios do INR tenham aumentado pouco com a coadministração de Bextra® IM/IV, a variabilidade diária individual dos valores do INR foi aumentada. A atividade anticoagulante deve ser monitorada, particularmente durante os primeiros dias, após o início do tratamento com Bextra® IM/IV em pacientes que estejam em uso de varfarina ou agentes similares, uma vez que estes pacientes apresentam um risco aumentado de complicações hemorrágicas.
Hipertensão - Assim como com todos os AINEs, Bextra® IM/IV pode levar ao surgimento de uma nova hipertensão ou piora da hipertensão pré-existente, o que pode contribuir para o aumento da incidência de eventos cardiovasculares. AINEs, incluindo parecoxibe, devem ser usados com precaução em pacientes com hipertensão. A pressão sanguínea deve ser monitorada cuidadosamente durante o início e ao longo de toda terapia com Bextra® IM/IV.
Retenção de Líquido e Edema - Como acontece com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas, observaram-se retenção de líquido e edema em alguns pacientes em uso de Bextra® IM/IV. Portanto, Bextra® IM/IV deve ser usado com cautela em pacientes com função cardíaca comprometida, edema pré-existente ou outras condições que predisponham à (ou sejam agravadas pela) retenção de líquido, incluindo pacientes em tratamento com diuréticos ou então com risco de hipovolemia.
Efeitos Renais - Foi relatada insuficiência renal aguda durante a experiência pós-comercialização em pacientes recebendo Bextra® IM/IV (vide item 9. Reações Adversas). Pacientes com doença renal avançada em tratamento com Bextra® IM/IV devem ter a função renal cuidadosamente monitorada (vide item 8. Posologia e Modo de Usar). A administração de AINE por longo prazo pode resultar em necrose papilar e outras lesões renais. Toxicidade renal também foi descrita em pacientes nos quais as prostaglandinas renais têm papel compensatório na manutenção da perfusão renal, por exemplo, pacientes com função renal prejudicada, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, em uso de diuréticos ou inibidores da ECA, idosos ou intensamente desidratados. Nesses pacientes, a administração de um anti-inflamatório não-esteroide pode causar redução dose-dependente na formação de prostaglandinas renais e, secundariamente, no fluxo sanguíneo renal, o que pode precipitar uma descompensação do quadro clínico precedente. A interrupção da terapia com AINE é geralmente seguida pela recuperação do estado anterior ao tratamento. Os efeitos renais de Bextra® IM/IV são semelhantes àqueles observados com os AINEs convencionais. Recomenda-se cautela nos pacientes com doença renal preexistente. Deve-se ter cuidado ao se iniciar o tratamento com Bextra® IM/IV em pacientes com desidratação. É aconselhável reidratar os pacientes primeiro e, em seguida, iniciar o tratamento com Bextra® IM/IV.
Efeitos Hepáticos - Pacientes com insuficiência hepática grave (Classe C de Child-Pugh) não foram estudados. O uso de Bextra® IM/IV em pacientes com insuficiência hepática grave não é recomendado. Bextra® IM/IV deve ser utilizado com cautela quando administrado a pacientes com insuficiência hepática moderada (Classe B de Child-Pugh) e iniciado na menor dose recomendada (vide item 8. Posologia e Modo de Usar). Durante o tratamento com Bextra® IM/IV, qualquer paciente com sinais e/ou sintomas sugestivos de insuficiência hepática, ou que tenha apresentado uma prova de função hepática anormal, deve ser monitorado cuidadosamente quanto ao desenvolvimento de uma reação hepática mais grave.
Geral - Por reduzir a inflamação, Bextra® IM/IV pode diminuir a utilidade de sinais diagnósticos, como febre, na detecção de infecções. O uso concomitante de Bextra® IM/IV com outros AINEs não específicos deve ser evitada.
Carcinogênese e Mutagênese - Não foram conduzidos estudos de longo prazo em animais para se avaliar a carcinogênese potencial do Bextra® IM/IV. Nenhuma evidência de mutagenicidade e clastogenicidade foi observada em testes de genotoxicidade com valdecoxibe. Bextra® IM/IV não alterou a fertilidade masculina e feminina em ratos.
Uso em Crianças - Não foram avaliadas a segurança e a eficácia em indivíduos menores de 18 anos.
Uso durante a Gravidez - Não foi evidenciada teratogenicidade em estudos em ratos e coelhos. Estudos em ratos em doses maternalmente tóxicas e estudos em coelhos na dose máxima avaliável não revelaram efeitos embriotóxicos além de perda pós-implantação, que foi observada com outros fármacos que inibem a síntese de prostaglandina. Não há estudos em mulheres grávidas. Bextra® IM/IV só deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto. Assim como com outros medicamentos que inibem a síntese de prostaglandinas, deve-se evitar o uso de Bextra® IM/IV no último trimestre de gestação, uma vez que ele pode causar inércia uterina e fechamento prematuro do canal arterial.
Bextra® IM/IV é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista.
Uso durante a Lactação - Bextra® IM/IV e seu metabólito ativo são excretados no leite de ratas. Não se sabe se esses fármacos são excretados no leite humano. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e por causa do potencial de reações adversas em crianças lactentes devido ao Bextra® IM/IV, deve-se decidir entre suspender o aleitamento ou o tratamento, levando em consideração a importância do fármaco para a mãe.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas - Não foi estudado o efeito de Bextra® IM/IV sobre a capacidade de dirigir ou de operar máquinas.
Resultados de eficácia
SUMÁRIO DE EFICÁCIA - Com relação à eficácia analgésica da administração, por curto prazo, de parecoxibe sódico para tratar a dor pós-operatória de moderada a grave, pode-se concluir que: 1) parecoxibe sódico 40 mg, em dose única, é eficaz (conforme medido pelo início, magnitude e duração da analgesia) no tratamento da dor pós-operatória; 40 mg é a dose única ou inicial de máxima eficácia. O início e a magnitude da analgesia com doses únicas de parecoxibe sódico 40 mg IV e de cetorolaco 30 ou 60 mg IM foram semelhantes, mas o parecoxibe sódico teve efeito analgésico de mais longa duração. 2) O início da analgesia com doses únicas de 40 mg de parecoxibe sódico IV (7-13 minutos) é semelhante ao da morfina 4 mg IV, mas o parecoxibe sódico tem maior eficácia analgésica, conforme medido por PID, alívio da dor e tempo até a medicação de resgate Parecoxibe sódico 40 mg administrado 1 ou 2 vezes ao dia reduz significativamente o consumo de opiáceos, ao mesmo tempo em que melhora a eficácia analgésica, conforme medido pelo alívio da dor, em pacientes que necessitam de analgesia com opiáceos. Os efeitos poupadores de opiáceos da dose única de parecoxibe sódico 40 mg IV e de doses múltiplas de propacetamol 2 g IV são semelhantes, mas o parecoxibe sódico tem efeito analgésico de duração mais longa.
Com relação à eficácia analgésica do parecoxibe sódico IV no pré-operatório, pode-se concluir que: em pacientes submetidos a cirurgia, a administração de 40 mg no pré-operatório (30-45 minutos antes da incisão cirúrgica) é eficaz no tratamento da dor pós-operatória. Quando administrada no pré-operatório, a dose de 40 mg IV é a que tem máxima eficácia. Com relação ao impacto do parecoxibe sódico nas condições de saúde, pode-se concluir que o tratamento com 40 mg de parecoxibe sódico IV resultou em melhor qualidade de recuperação no pós-operatório, conforme indicado pela diminuição dos distúrbios relacionados a opiáceos e da interferência da dor nas funções diárias.
A eficácia clínica em cólica renal foi demonstrada em estudo randomizado, duplo-cego e multicêntrico e comparativo com cetoprofeno. A eficácia primária foi avaliada através da diferença da media da intensidade de dor no minuto 30 usando a escala visual analógica (EVA) nos pacientes que completaram o estudo (PP). Os critérios de não-inferioridade foram alcançados (teste bi-caudal e IC 95%), sendo a diferença de tratamento de 6,53 (maior que -10mm). Para os dois grupos (parecoxibe e cetoprofeno) a media da diferença foi positiva (aproximadamente 35 mm) representando uma redução importante da dor (Tabela 1).
Interação com outros medicamentos
GERAL
Os estudos de interação medicamentosa foram realizados tanto com Bextra® IM/IV quanto com valdecoxibe, a forma ativa do fármaco. Em humanos, parecoxibe sofre extenso metabolismo hepático envolvendo as isoenzimas P450 3A4 e 2C9, e vias P450-independentes (por ex., glicuronidação). A administração concomitante de parecoxibe com inibidores conhecidos da CYP3A4 e da 2C9 pode resultar em aumento da AUC de parecoxibe. Estudos in vitro com sistemas microssomais hepáticos humanos não demonstraram efeitos inibitórios significativos sobre as isoformas CYP3A4, 2D6, 2E1 e 1A2 por parecoxibe e valdecoxibe. A atividade inibitória fraca foi encontrada nas isoenzimas 2C9 e 2C19.
ESPECÍFICAS
- interação com varfarina e agentes similares: vide item 5. Advertências e Precauções.
- fluconazol e cetoconazol: a área sob a curva (AUC) do valdecoxibe aumentou em 62% quando este foi administrado com fluconazol, um inibidor da CYP2C9, e em 38% quando administrado com cetoconazol, um inibidor da CYP3A4. Nos pacientes que estejam recebendo tratamento com fluconazol, Bextra® IM/IV deve ser administrado na menor dose recomendada. Não é necessário ajuste de dose em uso concomitante com cetoconazol (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
- inibidores da ECA: há relatos de que os AINEs possam diminuir o efeito anti-hipertensivo dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA). Não está claro, até o presente momento, como isto pode se aplicar a Bextra® IM/IV. Essa interação potencial deve ser levada em consideração em pacientes usando Bextra® IM/IV concomitantemente com inibidores da ECA.
Em pacientes idosos, depleção de volume (incluindo aqueles em tratamento com diuretico), ou com função renal comprometida, a co-administração de AINEs, incluindo inibidores seletivos COX-2, com inibidores da ECA, podem resultar na deterioração da função renal, incluindo uma possível insuficiência renal aguda. Estes efeitos são geralmente reversíveis.
- diuréticos: estudos clínicos demonstraram que AINEs, em alguns pacientes, podem reduzir o efeito natriurético da furosemida e tiazídicos pela inibição da síntese renal de prostaglandinas.
- lítio: valdecoxibe causou reduções significativas no clearance sérico do lítio (25%) e no clearancerenal (30%) com uma área sob a curva sérica 34% maior em relação ao lítio isolado. A concentração sérica de lítio deve ser cuidadosamente monitorada ao se iniciar ou ao se modificar o tratamento com parecoxibe em pacientes que já recebam lítio.
- contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona): foram realizados estudos de interação entre valdecoxibe oral (comprimidos) e contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona) e nenhum evento adverso sério ou significativo foi relatado. Neste estudo foram administrados 40 mg de Valdecoxibe oral 2 vezes ao dia em conjunto com um ciclo de 35 dias de Ortho Novum 1/35® (doses de 35 mg de etinilestradiol e 1 mg de noretindrona). Isto resultou em um aumento de 34% e 20% na concentração AUC de etinilestradiol e noretindrona, respectivamente. Não houve evidência de aumento ou pico de LH ou FSH pré-ovulatório. Não houve perda da eficácia do contraceptivo oral. Não foram relatados eventos adversos relacionados à trombose venosa.
- outros: foram realizados estudos de interação entre Bextra® IM/IV e midazolam oral e IV, heparina, propofol, fentanila e alfentanila. Foram também realizados estudos de interação entre valdecoxibe e gliburida, metotrexato, fenitoína, omeprazol e diazepam. Nenhuma interação clinicamente importante foi observada nesses estudos. Bextra® IM/IV pode ser coadministrado com analgésicos opioides. Em estudos clínicos, a dose diária requerida de opioides (conforme necessidade - PRN) foi significativamente reduzida quando coadministrada com Bextra® IM/IV.
Não foram realizados estudos formais de interação entre parecoxibe e agentes anestésicos inalatórios, tais como óxido nitroso e isoflurano. No entanto, não há evidência de interação medicamentosa em estudos clínicos. Bextra® IM/IV não tem efeito sobre a inibição da agregação plaquetária mediada pelo ácido acetilsalicílico em baixas doses ou sobre os tempos de sangramento. Os estudos clínicos indicam que parecoxibe pode ser administrado com doses baixas deácido acetilsalicílico. Devido à ausência de efeitos plaquetários, Bextra® IM/IV não substitui ácido acetilsalicílico como profilaxia cardiovascular.
Cuidado de armazenamento
Bextra® IM/IV pó liofilizado deve ser conservado à temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz, não refrigerar e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Após a reconstituição e antes da administração, Bextra® IM/IV deve ser inspecionado visualmente. O produto não deve ser utilizado se for observada descoloração, turvação ou presença de partículas.
Bextra® IM/IV deve ser utilizado no período de 24 horas após a reconstituição, desde que armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e protegido da luz. Após esse período, deve ser descartado. Não refrigerar ou congelar o produto reconstituído.
Características físicas e organolépticas do produto: pó liofilizado na forma de um sólido branco a esbranquiçado.
Superdose
A experiência clínica com superdosagem é limitada. Não se observaram sintomas de superdosagem com uma única dose IV de até 200 mg de Bextra® IM/IV em indivíduos saudáveis. Doses de Bextra® IM/IV de 50 mg IV, 2 vezes ao dia (100 mg/dia) por 7 dias não resultaram em sinais de toxicidade. Em caso de suspeita desuperdosagem, cuidados médicos apropriados de suporte devem ser realizados. Não há antídotos específicos. É pouco provável que a diálise seja um método eficiente de remoção do fármaco devido à sua alta ligação protéica. Diurese forçada ou alcalinização da urina não são úteis, devido à elevada ligação protéica do fármaco.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dizeres legais
MS - 1.0216.0137
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
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