ORENCIA L

2246 | Laboratório B-MS

Descrição

Princípio ativo: Abatacepte,
Ação Terapêutica: Imunossupressores

Composição

Cada frasco-ampola de 15 mL contém 250 mg de abatacepte e os seguintes excipientes: 500 mg de maltose, 17,2 mg de fosfato de sódio monobásico e 14,6 mg de cloreto de sódio para administração.

Apresentação

ORENCIA pó liofilizado para infusão IV é apresentado em frasco-ampola de uso único embalado individualmente, com uma seringa descartável sem silicone. O produto está disponível em um frascoampola de 15 mL que contém 250 mg de abatacepte.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO INTRAVENOSO

Indicações

Artrite reumatóide Adulta (AR)
ORENCIA é indicado para a redução dos sinais e sintomas, indução de resposta clínica maior, inibição da progressão do dano estrutural e melhora da função física em pacientes adultos com artrite reumatóide de atividade moderada a grave. ORENCIA pode ser usado como monoterapia ou em combinação com drogas anti-reumáticas modificadoras de doença (DMARDs) orais, que não sejam antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF).
Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatóide Juvenil (AIJ/ARJ)
ORENCIA é indicado para redução dos sinais e sintomas em pacientes pediátricos a partir de 6 anos de idade com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil 1 (AIJ/ARJ) poliarticular de atividade moderada à grave, que tenham tido uma resposta inadequada a uma ou mais drogas anti-reumáticas modificadoras de doença (DMARDs) como metotrexato (MTX) ou antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF). ORENCIA pode ser utilizado em monoterapia ou concomitantemente com metotrexato (MTX).
ORENCIA não deve ser administrado concomitantemente com antagonistas de TNF.
1 CID M08 - Artrite Juvenil, exceto M08.1 (Espondilite ancilosante juvenil) e M08.2 (Artrite juvenil com início sistêmico)
Limitações de uso importante
Não se recomenda a administração de ORENCIA concomitantemente em outros tratamentos biológicos para artrite reumatóide como anarkinra.

Dosagem

Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto
Instruções de preparo e administração
Use técnica asséptica
ORENCIA é fornecido como um pó liofilizado em frasco-ampola de uso único sem conservantes. Cada frasco-ampola de ORENCIA contém 250 mg de abatacepte para administração. O pó de ORENCIA em cada frasco-ampola deve ser reconstituído com 10 mL de Água Estéril para Injeção, USP, usando APENAS A SERINGA DESCARTÁVEL SEM SILICONE FORNECIDA EM CADA EMBALAGEMe uma agulha de 18-21 de calibre. Se o pó de ORENCIA for reconstituído acidentalmente usando uma seringa siliconizada, a solução pode desenvolver algumas partículas translúcidas. Descartar as soluções preparadas usando seringas siliconizadas.
Durante a reconstituição, para reduzir a formação de espuma nas soluções de ORENCIA, o frasco-ampola deve ser rodado suavemente até que o conteúdo esteja completamente dissolvido. Evite agitação prolongada ou vigorosa. NÃO AGITAR. Após a dissolução completa do pó liofilizado, o frasco-ampola deve ser ventilado com uma agulha para dissipar a espuma que pode estar presente. A solução deve ser de clara e incolor a amarelo pálido. Não usar se partículas opacas, descoloração ou outras partículas estranhas estiverem presentes.
1) Para reconstituir o pó de ORENCIA, retire a tampa do frasco-ampola e passe um chumaço de algodão na parte de cima. Inserir a agulha da seringa no frasco-ampola no centro da tampa de borracha e direcione o jato de Água Estéril para Injeção, USP, para a parede de vidro do frasco-ampola. Não use o frasco-ampola se não houver vácuo. Gire o frasco-ampola suavemente até que todo o conteúdo esteja dissolvido.
2) Após a dissolução completa do pó liofilizado, o frasco-ampola deve ser ventilado com uma agulha para dissipar qualquer espuma que possa estar presente. Após a reconstituição, cada mililitro conterá 25 mg (250 mg/10 mL).
3) A solução reconstituída de ORENCIA deve ser novamente diluída em 100 mL como segue. De uma bolsa ou recipiente de infusão de 100 mL, retire um volume de Injeção de Cloreto de Sódio de 0,9%, USP, igual ao volume dos frascos-ampola reconstituídos de ORENCIA (para 2 frascos-ampola retire 20 mL, para 3 frascos-ampola retire 30 mL, para 4 frascos-ampola retire 40 mL). Adicione lentamente a solução reconstituída de ORENCIA de cada frasco-ampola na bolsa ou recipiente de infusão usando a mesma SERINGA DESCARTÁVEL SEM SILICONE FORNECIDA COM CADA FRASCO-AMPOLA. Misture suavemente. NÃO AGITAR A BOLSA OU O FRASCO. A concentração da solução de ORENCIA totalmente diluída na bolsa ou recipiente de infusão será de aproximadamente 5, 7,5, ou 10 mg de abatacepte por mL de solução dependendo se foram usados 2, 3 ou 4 frascos-ampola de ORENCIA. Qualquer porção não utilizada deve ser imediatamente descartada.
4) Antes da administração, a solução de ORENCIA deve ser examinada visualmente para particulados e descoloração. Descartar a solução se qualquer particulado ou descoloração for observado.
5) Toda a solução de ORENCIA totalmente diluída deve ser administrada por um período de 30 minutos e deve ser administrada com um equipamento de infusão e um FILTRO ESTÉRIL, NÃO PIROGÊNICO DE BAIXA LIGAÇÃO PROTÉICA (tamanho do poro 0,2 mm a 1,2 mm).
6) A infusão da solução de ORENCIA totalmente diluída deve ser concluída em 24 horas da reconstituição dos frascos-ampola de ORENCIA. A solução de ORENCIA totalmente diluída pode ser armazenada em temperatura ambiente (até 25°C) ou refrigerada de 2°C a 8°C antes de usar.
7) ORENCIA não deve ser administrada por infusão concomitantemente na mesma linha intravenosa com outros agentes. Nenhum estudo de compatibilidade física ou bioquímica foi conduzido para avaliar a administração concomitante de ORENCIA com outros agentes. (vide POSOLOGIA)
Posologia
Artrite Reumatóide Adulta
Para pacientes adultos com AR, ORENCIA deve ser administrado como infusão intravenosa de 30 minutos na dose especificada na Tabela 6. Após a administração inicial, ORENCIA deve ser administrado 2 e 4 semanas após a primeira infusão, depois a cada 4 semanas. ORENCIA pode ser utilizado em monoterapia ou concomitantemente com DMARDs que não sejam dos antagonistas de TNF.
Metotrexato, drogas não biológicas anti-reumáticas modificadoras da doença (DMARDs), corticosteróides, salicilatos, drogas antiinflamatórias não esteroidais (NSAIDs) ou analgésicos podem ser utilizados durante o tratamento com ORENCIA.
Para pacientes pediátricos com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil, utiliza-se uma dose calculada com base no peso corporal de cada paciente.

Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatóide Juvenil
A dose recomendada de ORENCIA para pacientes com 6 a 17 anos de idade com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil que pesam menos de 75 kg é de 10 mg/kg calculada com base no peso corporal do paciente em cada administração. Os pacientes pediátricos com peso igual ou superior a 75 kg devem receber ORENCIA seguindo-se o esquema posológico para adultos, não superando uma dose máxima de 1000 mg. ORENCIA deve ser administrado em infusão intravenosa de 30 minutos. Após a administração inicial, ORENCIA deve ser administrado 2 e 4 semanas após a primeira infusão e a cada 4 semanas subseqüentemente. Qualquer porção não utilizada nos frascosampola deve ser imediatamente descartada.
Insuficiência renal, insuficiência hepática
Nenhuma recomendação de dose pode ser feita. Devido a seu grande peso molecular, não se espera que o abatacepte seja submetido à eliminação renal. Devido a características estéricas e hidrofílicas, abatacepte não seria metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 do fígado. Não foram conduzidos estudos para sustentar recomendações de dose em insuficiência renal ou hepática.
Pacientes pediátricos e adolescentes
A segurança e a eficácia de ORENCIA em pacientes de até 6 anos de idade não foram estabelecidas.
Pacientes geriátricos
Nenhum ajuste de dose é necessário (ver USO GERIÁTRICO).

Contra-indicações

ORENCIA não deve ser administrado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a abatacepte ou quaisquer de seus componentes.

Reações Adversas

Experiência de Estudos Clínicos em AR Adulta
Geral
As reações adversas mais sérias foram infecções sérias e malignidade.
Os eventos adversos relatados mais comumente (ocorrendo em ?10% dos pacientes tratados com ORENCIA) foram dor de cabeça, infecção do trato respiratório superior, nasofaringite e náusea.
Os eventos adversos que mais freqüentemente resultaram em intervenção clínica (interrupção ou descontinuação de ORENCIA) foram devido à infecção. As infecções relatadas com mais freqüência que resultaram na interrupção da dose foram infecção do trato respiratório superior (1,0%), bronquite (0,7%) e herpes zóster (0,7%). As infecções mais freqüentes que resultaram em descontinuação foram pneumonia (0,2%), infecção localizada (0,2%) e bronquite (0,1%).
Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variadas e controladas, as taxas de reação adversa observada em estudos clínicos de uma droga não podem ser diretamente comparados às taxas dos estudos clínicos de uma outra droga e podem não predizer as taxas observadas em uma população maior de pacientes na prática clínica.
Os dados descritos aqui refletem a exposição do ORENCIA em pacientes com AR ativa em estudos controlados por placebo (1955 pacientes com ORENCIA, 989 com placebo). Os estudos continham um período duplo-cego, controlado por placebo de 6 meses (258 pacientes com ORENCIA, 133 com placebo) ou 1 ano (1697 pacientes com ORENCIA, 856 com placebo). Um subconjunto desses pacientes recebeu terapia concomitante com DMARD biológico, como um agente bloqueador do TNF (204 pacientes com ORENCIA, 134 com placebo).
Infecções
Nos estudos clínicos controlados por placebo, foram relatadas infecções em 54% dos pacientes tratados com ORENCIA e 48% dos pacientes tratados com placebo. As infecções mais comumente relatadas (em 5-13% dos pacientes) foram infecção do trato respiratório superior, nasofaringite, sinusite, infecção do trato urinário, gripe e bronquite. Outras infecções relatadas em menos de 5% dos pacientes em uma freqüência mais elevada ( >0,5%) com ORENCIA em comparação ao placebo, foram rinite, herpes simplex e pneumonia (vide PRECAUÇÕES: Infecções). Infecções sérias foram relatadas em 3,0% dos pacientes tratados com ORENCIA e 1,9% dos pacientes tratados com placebo. As infecções sérias mais comuns (0,2-0,5%) relatadas com ORENCIA foram pneumonia, celulite, infecção do trato urinário, bronquite, diverticulite e pielonefrite aguda (vide PRECAUÇÕES: Infecções).
Malignidades
Nas partes controladas por placebo dos estudos clínicos (1955 pacientes tratados com ORENCIA na média de 12 meses), as freqüências gerais de malignidades foram semelhantes nos pacientes tratados com ORENCIA e com placebo (1,3% e 1,1% respectivamente). No entanto, mais casos de câncer de pulmão foram observados em pacientes tratados com ORENCIA (4, 0,2%) do que em pacientes tratados com placebo (0). Nos estudos clínicos com ORENCIA cumulativo (controlado por placebo e não-controlado, aberto) um total de 8 casos de câncer de pulmão (0,21 casos por 100 paciente-anos) e 4 linfomas (0.10 casos por 100 paciente anos) foram observados em 2688 pacientes (3827 paciente-anos). A taxa observada para linfoma é aproximadamente 3,5 vezes maior do que a esperada em uma população de idade e sexo correspondente, com base no Banco de Dados dos Resultados Finais, de Vigilância e Farmacologia. Pacientes com AR, especialmente aqueles com doença altamente ativa, apresentam um maior risco de desenvolver linfoma. Outras malignidades incluíam cânceres de pele, de mama, do duto biliar, de bexiga, cervical, endometrial, linfoma, melanoma, síndrome mielodisplásica, ovariano, de próstata, renal, da tireóide e de útero (veja Precauções: Imunossupressão). A possível função de ORENCIA no desenvolvimento de malignidades em humanos é desconhecida.
Reações Relacionadas à Infusão e Reações de Hipersensibilidade
Eventos agudos relacionados à infusão (reações adversas que ocorrem em 1 hora do início da infusão) nos Estudos III, IV e V foram mais comuns nos pacientes tratados com ORENCIA do que nos pacientes tratados com placebo (9% para ORENCIA, 6% para placebo). Os eventos relatados com mais freqüência (1-2%) foram tontura, dor de cabeça e hipertensão.
Eventos agudos relacionados à infusão que foram relatados em >0,1% e ?1% dos pacientes tratados com ORENCIA incluíam sintomas cardiopulmonares, como hipotensão, aumento da pressão arterial e dispnéia; outros sintomas incluíam náusea, vermelhidão, urticária, tosse, hipersensibilidade, prurido, erupção e respiração ruidosa. A maioria dessas reações foi de leve a moderada. Menos de 1% dos pacientes tratados com ORENCIA abandonou devido a um evento agudo relacionado à infusão. Em estudos controlados, 6 pacientes tratados com ORENCIA em comparação a 2 pacientes tratados com placebo abandonaram o tratamento devido a eventos agudos relacionados à infusão.
Nos pacientes tratados com ORENCIA nos estudos controlado e aberto, os eventos de hipersensibilidade, anafilaxia e hipersensibilidade a droga foram reportados raramente. Outros eventos potencialmente associados com a hipersensibilidade à droga, como hipotensão, urticária e dispnéia, que ocorreram em até 24 horas da infusão de ORENCIA, foram incomuns. Medidas apropriadas de suporte médico para o tratamento de reações de hipersensibilidade devem estar disponíveis para uso imediato no caso de uma reação (vide PRECAUÇÕES: Hipersensibilidade).
Reações Adversas em Pacientes com DPOC
No Estudo V, houve 37 pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que foram tratados com ORENCIA e 17 pacientes com DPOC que foram tratados com placebo. Os pacientes com DPOC tratados com ORENCIA desenvolveram eventos adversos de forma mais freqüente do que aqueles tratados com placebo (97% vs 88%, respectivamente). Ocorreram distúrbios respiratórios mais freqüentemente em pacientes tratados com ORENCIA em comparação aos pacientes tratados com placebo (43% vs 24%, respectivamente) incluindo exacerbação da DPOC, tosse, roncos e dispnéia. Uma porcentagem maior de pacientes tratados com ORENCIA desenvolveu um evento adverso sério em comparação aos pacientes tratados com placebo (27% vs 6%), incluindo exacerbação da DPOC (3 de 37 pacientes [8%]) e pneumonia (1 de 37 pacientes [3%]).
Outras Reações Adversas
Os eventos adversos que ocorreram em 3% ou mais de pacientes e em pelo menos 1% de forma mais freqüente em pacientes tratados com ORENCIA durante estudos da AR controlados por placebo estão resumidos na Tabela 7.

Imunogenicidade
Anticorpos direcionados contra a molécula toda de abatacepte ou contra a porção CTLA-4 de abatacepte foram avaliados por testes ELISA em pacientes com AR por até 2 anos, após o tratamento repetido com ORENCIA. Trinta e quatro dos 1993 (1,7%) pacientes desenvolveram anticorpos de ligação à molécula toda de ou à porção CTLA-4 de abatacepte. Como as concentrações de vale do abatacepte podem interferir nos resultados do teste, foi realizada a análise de um subconjunto. Nesta análise observou-se que 9 dos 154 (5,8%) pacientes que tinham interrompido o tratamento com ORENCIA por mais de 56 dias desenvolveram anticorpos.
As amostras com atividade de ligação confirmada ao CTLA-4 foram avaliadas para a presença de anticorpos neutralizadores em um teste da enzima "repórter" de luciferase. Seis dos 9 (67%) pacientes avaliáveis demonstraram possuir anticorpos neutralizadores.
Não foi observada nenhuma correlação do desenvolvimento do anticorpo com a resposta clínica ou eventos adversos.
Os dados refletem a porcentagem de pacientes cujos resultados de teste foram positivos para anticorpos do abatacepte em ensaios específicos e são altamente dependentes da sensibilidade e especificidade dos ensaios. Além disso, a incidência observada de positividade do anticorpo em um estudo pode ser influenciada por vários fatores, incluindo o manuseio da amostra, o tempo de coleta de amostra, medicamento concomitante e doença subjacente. Por esses motivos, uma comparação da incidência de anticorpos do abatacepte com a incidência de anticorpos de outros produtos pode ser enganosa.
Experiência Clínica em Pacientes sem tratamento prévio com MTX
O Estudo VI foi um estudo clínico controlado por ativo em pacientes sem tratamento prévio com MTX (vide RESULTADOS DE EFICÁCIA - Artrite Reumatóide Adulta). A experiência de segurança nestes pacientes foi consistente com os Estudos I-V.
Experiência de Estudos Clínicos de Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatóide Juvenil
Em geral, os eventos adversos em pacientes pediátricos foram similares em freqüência e tipo aos observados em pacientes adultos [veja Advertências e Precauções, Reações Adversas].
ORENCIA foi estudado em 190 pacientes pediátricos, com 6 a 17 anos de idade, com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil poliarticular. A freqüência global de eventos adversos no período de introdução de 4 meses em regime aberto do estudo foi de 70%; as infecções ocorreram em uma freqüência de 36% [veja Estudos Clínicos]. As infecções mais comuns foram infecção do trato respiratório superior e nasofaringite. As infecções se resolveram sem seqüelas, e os tipos de infecções foram consistentes com os tipos comumente observados em populações pediátricas ambulatoriais. Outros eventos que ocorreram em prevalência de pelo menos 5% foram cefaléia, náuseas, diarréia, tosse, pirexia, e dor abdominal.
Um total de 6 eventos adversos sérios (leucemia linfocítica aguda, cisto ovariano, infecção por varicela, remissão da doença, e desgaste articular) foi relatado durante os 4 meses iniciais de tratamento com ORENCIA.
Dos 190 pacientes com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil tratados com ORENCIA nos estudos clínicos, houve um caso de reação de hipersensibilidade (0,5%). Durante os Períodos A, B e C, ocorreram reações relacionadas à infusão aguda em uma freqüência de 4%, 2%, e 3%, respectivamente, e foi consistente com os tipos de eventos relatados em adultos.
Na continuidade do tratamento no período de extensão em regime aberto, os tipos de eventos adversos foram similares em freqüência e tipo aos observados em pacientes adultos, com exceção de um único paciente diagnosticado com esclerose múltipla durante o tratamento em regime aberto.
Imunogenicidade
Os anticorpos contra a molécula inteira de abatacepte ou contra a porção CTLA-4 de abatacepte foram avaliados por ensaios ELISA em pacientes com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil após tratamento repetido com ORENCIA ao longo de todo o período em regime aberto. Para pacientes que foram descontinuados da terapia por até 6 meses durante o período duplo-cego, a taxa de formação de anticorpos para a porção CTLA-4 da molécula foi de 41% (22/54), ao passo que para os que permaneceram na terapia a taxa foi de 13% (7/54).
A presença de anticorpos foi geralmente transitória e os títulos foram baixos. A presença de anticorpos não foi associada a eventos adversos, alterações de eficácia, ou um efeito sobre as concentrações séricas de abatacepte. Para pacientes que foram descontinuados de ORENCIA durante o período duplo-cego por até 6 meses, nenhum evento sério relacionado à infusão aguda foi observado após o reinício da terapia com ORENCIA.
Experiência pós-comercialização
Reações adversas tem sido reportadas durante o uso após-aprovação de ORENCIA. Dado que estas reações foram reportadas voluntariamente de uma população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com segurança sua freqüência ou estabelecer uma relação causal com ORENCIA. Baseado na experiência pós-comercialização com ORENCIA em artrite reumatóide em pacientes adultos, o perfil de ORENCIA não difere do que foi listado/discutido na seção acima.

Precauções

Uso Concomitante com Antagonistas do TNF
Em estudos clínicos controlados em pacientes com AR adulta, os pacientes que recebem terapia concomitante de ORENCIA e antagonista do TNF apresentaram mais infecções (63%) e infecções sérias (4,4%) em comparação aos pacientes tratados apenas com antagonistas do TNF (43% e 0,8%, respectivamente) (ver: REAÇÕES ADVERSAS: Infecções). Esses estudos não conseguiram demonstrar um importante aprimoramento da eficácia com a administração concomitante de ORENCIA com antagonista do TNF; portanto, a terapia concomitante com ORENCIA e um antagonista do TNF não é recomendada. Ao fazer a transição da terapia com antagonista do TNF para a terapia com ORENCIA, os pacientes devem ser monitorados para sinais de infecção.
Precauções
Hipersensibilidade
Em pacientes com AR adulta tratados com ORENCIA nos estudos clínicos controlados e abertos, os eventos de hipersensibilidade, anafilaxia e hipersensibilidade à droga foram raramente reportados. Outros eventos potencialmente associados com a hipersensibilidade à droga, como hipotensão, urticária e dispnéia, que ocorreram dentro de 24 horas da infusão de ORENCIA, foram incomuns. Dos 190 pacientes com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil tratados com ORENCIA nos estudos clínicos, houve um caso de reação de hipersensibilidade (0,5%). Anafilaxia e reações anafilactóides podem ocorrer após a primeira infusão e pode ser fatal. Na experiência pós-comercialização, um caso de anafilaxia fatal após a primeira infusão de ORENCIA foi relatada. Se ocorrer uma reação anafilática ou outra reação alérgica grave, a administração de ORENCIA deve ser interrompida imediatamente com a utilização de terapia apropriada, e o uso de ORENCIA deve ser permanentemente descontinuado. Medidas apropriadas de suporte médico para o tratamento de reações de hipersensibilidade devem estar disponíveis para uso no caso de uma reação (vide REAÇÕES ADVERSAS: Reações Relacionadas à Infusão e Reações de Hipersensibilidade).
Infecções
Infecções sérias, incluindo sepsis e pneumonia, tem sido reportadas em pacientes recebendo ORENCIA. Algumas infecções foram fatais. Muitas das infecções sérias ocorreram com pacientes em tratamento com terapia imunossupressora concomitante que além da doença, pode predispor à infecções. Os médicos devem tomar cuidado ao considerar o uso de ORENCIA em pacientes com infecções recorrentes, condições subjacentes que podem predispô-los a infecções ou infecções crônicas, latentes ou localizadas. Pacientes que desenvolveram uma nova infecção durante o tratamento com ORENCIA devem ser cuidadosamente monitorados. A administração de ORENCIA deve ser descontinuada se um paciente desenvolver uma infecção séria (vide REAÇÕES ADVERSAS: Infecções). Uma taxa mais elevada de infecções sérias foi observada em pacientes com AR adulta tratados com antagonistas concomitantes do TNF e ORENCIA (vide ADVERTÊNCIAS: Uso Concomitante com Antagonistas do TNF).
Antes de iniciar terapias imunomoduladoras, inclusive com ORENCIA, os pacientes devem ser selecionados para infecção de tuberculose latente com um teste cutâneo com tuberculina. ORENCIA não foi estudado em pacientes com tuberculose positiva na seleção e a segurança de ORENCIA em pessoas com tuberculose latente é desconhecida. Pacientes positivos na seleção para tuberculose devem ser tratados com a prática médica padrão antes da terapia com ORENCIA.
Tratamentos anti-reumáticos têm sido associados com reativação da hepatite B. Entretanto, avaliação para hepatite viral deve ser realizada de acordo com os guias publicados antes do início do tratamento com ORENCIA. Nos estudos clínicos com ORENCIA, pacientes que tiveram resultado positivo para hepatite B foram excluídos do estudo.
Teste de glicose sérica
Os sistemas de monitoramento de glicose baseados na glicose desidrogenase pirroloquinolinequinona (GDH-PQQ) podem reagir com a maltose presente em ORENCIA, resultando em leituras falsas de elevação de glicose sanguínea no dia da infusão. Pacientes que necessitam de monitoramento de glicose sanguínea devem ser aconselhados a considerar métodos que não reagem com maltose (videINTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Interação com testes laboratoriais).
Imunizações
Vacinas vivas não devem ser administradas concomitantemente com ORENCIA ou após 3 meses de sua descontinuação. Nenhum dado está disponível sobre a transmissão secundária da infecção por pessoas que recebem vacinas vivas a pacientes que recebem ORENCIA. Com base no seu mecanismo de ação, ORENCIA pode distorcer a eficácia de algumas imunizações.
A vacinação com vacina pneumocócica 23-valente padrão foi estudada em indivíduos saudáveis para avaliar o efeito de ORENCIA na resposta de anticorpos a vacina pneumocócica. Este estudo sugere que ORENCIA pode atenuar a eficácia da resposta imune, mas não inibe significativamente a capacidade de indivíduos saudáveis de desenvolver uma resposta clinicamente significativa ou uma resposta imune positiva (pelo menos um aumento de 2 vezes acima do valor inicial) para vacinas pneumocócicas 23-valente. ORENCIA foi avaliado em um estudo aberto em pacientes com AR no qual foi administrada vacina pneumocócica 23-valente. Após a vacinação pneumocócica, a maioria dos pacientes tratados com ORENCIA (62/112) foram capazes de desencadear uma resposta imunológica adequada de pelo menos um aumento de 2 vezes nos níveis de anticorpos para vacina pneumocócica.
Recomenda-se que os pacientes com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil sejam atualizados com todas as imunizações em conformidade com as diretrizes de imunização atuais antes do início da terapia com ORENCIA.
Uso em Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Pacientes com DPOC tratados com ORENCIA desenvolveram eventos adversos de forma mais freqüente do que aqueles tratados com placebo, incluindo exacerbações da DPOC, tosse, ronco e dispnéia. O uso de ORENCIA em pacientes com artrite reumatóide e DPOC deve ser feito com cuidado e esses pacientes devem ser monitorados em relação à piora de sua condição respiratória (vide REAÇÕES ADVERSAS: Reações Adversas em Pacientes com DPOC).
Imunossupressão
Existe a possibilidade de drogas que inibem a ativação da célula T, incluindo ORENCIA, afetarem as defesas do hospedeiro contra infecções e malignidades uma vez que as células T mediam respostas imunocelulares. O impacto do tratamento com ORENCIA no desenvolvimento e curso das malignidades não está totalmente compreendido (vide REAÇÕES ADVERSAS: Malignidades). Em estudos clínicos em pacientes com AR adulta, uma maior taxa de infecções foi observada em pacientes tratados com ORENCIA em comparação ao placebo (vide REAÇÕES ADVERSAS: Infecções).
Gravidez - Categoria C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Constatou-se que o abatacepte não é teratogênico em camundongos com doses de até 300 mg/kg e em ratos e coelhos com doses de até 200 mg/kg diariamente (29 vezes a dose humana de 10 mg/kg com base na AUC em ratos e coelhos). Os ratos tratados com abatacepte a cada três dias durante o início da gestação até o período de lactação não mostraram efeitos adversos na prole em doses de até 45 mg/kg (3 vezes a dose humana de 10 mg/kg com base na AUC). A uma dose de 200 mg/kg (11 vezes a dose humana de 10 mg/kg com base na AUC), as alterações da função imune consistiam em um aumento de 9 vezes na resposta do anticorpo dependente da célula T em filhotes fêmeas e inflamação da tireóide em um filhote fêmea dos 10 machos e 10 fêmeas avaliados. Não foi determinado se esses achados indicam um risco para o desenvolvimento de doenças auto-imunes em humanos expostos in uteroao abatacepte. O abatacepte demonstrou atravessar a placenta. Como os estudos de reprodução em animais nem sempre são indicativos da resposta humana, ORENCIA deve ser usado durante a gravidez somente se claramente necessário. Não há estudos adequados e bemcontrolados em mulheres grávidas.
Lactação
O abatacepte demonstrou estar presente no leite do rato. Não se sabe se o abatacepte é excretado no leite humano ou absorvido sistematicamente após a ingestão. Dado que muitas drogas são excretadas no leite humano e o potencial de reações adversas sérias do ORENCIA em lactentes, incluindo possivelmente efeitos no desenvolvimento do sistema imune, deve-se tomar uma decisão de interromper a amamentação ou interromper a droga, levando em consideração a importância da droga para a mãe.
Carcinogênese, metagênese, fertilidade
Em um estudo de carcinogenicidade do camundongo, injeções subcutâneas semanais de 20, 65 ou 200 mg/kg de abatacepte administradas toda semana por até 84 semanas nos machos e 88 semanas nas fêmeas estavam associadas aos aumentos na incidência de linfomas malignos (todas as doses) e tumores da glândula mamária (fêmeas com dose intermediária e elevada). Os camundongos deste estudo foram infectados com o vírus da leucemia murina e com o vírus do tumor mamário do camundongo. Esses vírus estão associados a uma incidência acentuada de linfomas e tumores da glândula mamária, respectivamente, em camundongos em imunossupressão. As doses usadas nesses estudos foram 0,8, 2,0 e 3,0 vezes uma dose humana de baseada na AUC, respectivamente. A relevância desses achados em relação ao uso clínico de ORENCIA é desconhecida.
Em um estudo de toxicidade de um ano em macacos cynomolgus, abatacepte foi administrado intravenosamente uma vez por semana em doses de até 50 mg/kg (9 vezes a exposição humana na dose de 10 mg/kg com base na AUC). O abatacepte não estava associado a qualquer toxicidade significativa relacionada à dose. Os efeitos farmacológicos reversíveis consistiam em diminuições transitórias mínimas em IgG sérica e depleção linfóide, de mínima a grave, dos centros germinais no baço e/ou nos nódulos linfáticos. Nenhuma evidência de linfoma ou alteração morfológica préneoplásica foi observada, apesar da presença de um vírus (linfocriptovírus) conhecido por causar essas lesões em macacos em imunossupressão durante o período deste estudo. A relevância desses achados ao uso clínico de ORENCIA é desconhecida.
Nenhum potencial mutagênico do abatacepte foi observado nos testes in vitrode Ames de mutação pontual reversa ou teste de mutação pontual progressiva no ovário do hamster chinês / hipoxantina guanina fosforibosil-transferase (CHO/HGPRT) (com ou sem ativação metabólica) e nenhuma aberração cromossômica foi observada nos linfócitos humanos (com ou sem ativação metabólica) tratados com abatacepte. Em ratos, o abatacepte não teve efeitos adversos na fertilidade de machos ou fêmeas com doses de até 200 mg/kg a cada três dias (11 vezes a dose humana de 10 mg/kg baseada na AUC).
Toxicologia e/ou Farmacologia Animal
Um estudo em animais jovens foi conduzido em ratos que receberam abatacepte de 4 a 94 dias de idade cujo aumento de incidência de infecções que resultaram em morte ocorreu em todas as doses em comparação com os controles. Foram observados subgrupos alterados de células T incluindo aumento de células T auxiliadoras e redução de células T reguladoras. Além disso, observou-se inibição de respostas de anticorpos dependentes de células T (TDAR). Após acompanhar esses animais até a idade adulta, observou-se inflamação linfocítica da tiróide e das ilhotas pancreáticas.
Nos estudos de camundongos e macacos adultos, a inibição da TDAR foi evidente. No entanto, não se observou infecção e mortalidade, células T auxiliares alteradas, e inflamação da tiróide e pâncreas.
USO PEDIÁTRICO
ORENCIA é indicado para redução dos sinais e sintomas em pacientes pediátricos a partir dos 6 anos de idade com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil poliarticular moderadamente a gravemente ativa, que tenham tido uma resposta inadequada a uma ou mais drogas anti-reumáticas modificadoras de doença (DMARDs) como metotrexato (MTX) ou antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF). ORENCIA pode ser utilizado em monoterapia ou concomitantemente com o MTX.
Estudos em ratos jovens expostos ao ORENCIA antes da maturidade do sistema imunológico demonstraram anormalidades do sistma imunológico incluindo um aumento na incidência de infecções que resultaram em morte bem como inflamação da tiróide e do pâncreas [veja Toxicologia Não-clínica]. Estudos em camundongos e macacos adultos não demonstraram eventos similares. Como o sistema imunológico do rato não está desenvolvido nas primeiras semanas de vida, a relevância destes resultados para humanos com mais de 6 anos de idade (cujo sistema imunológico está amplamente desenvolvido) é desconhecida.
A segurança e a eficácia de ORENCIA em pacientes pediátricos com menos de 6 anos de idade não foram estabelecidas. Portanto, ORENCIA não é recomendado para uso em pacientes com menos de 6 anos de idade.
A segurança e a eficácia de ORENCIA em pacientes pediátricos para usos diferentes de artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil não foram estabelecidas.
USO GERIÁTRICO
Um total de 323 pacientes com 65 anos de idade ou mais, incluindo 53 pacientes com 75 anos de idade ou mais, receberam ORENCIA em estudos clínicos. Nenhuma diferença geral na segurança ou na eficácia foi observada entre esses pacientes e pacientes mais jovens, mas esses números são muito baixos para excluir as diferenças. A freqüência de infecção séria e malignidade entre pacientes tratados com ORENCIA com mais de 65 anos foi maior do que aqueles com menos de 65. Como há uma maior incidência de infecções e malignidades na população idosa em geral, deve-se ter cuidado ao tratar idosos.

Resultados de eficácia

Artrite Reumatóide Adulta
A eficácia e a segurança de ORENCIA foram avaliadas em seis estudos randomizados, duplo-cegos, controlados(5 controlados por placebo e 1 controlado por ativo) em pacientes com 18 anos ou mais com artrite reumatóide ativa diagnosticada de acordo com os critérios do American College of Rheumatology(ACR). Nos estudos I, II, III (AIM - abatacepte em pacientes com resposta inadequada ao metotrexato), IV (ATTAIN -abatacepte em paciente com resposta inadequada de ANTI-TNF) e VI (AGREE - pacientes sem tratamento prévio com MTX) era necessário que os pacientes apresentassem pelo menos 12 articulações dolorosas e 10 articulações edemaciadas no momento da randomização.O Estudo V (ASSURE - estudo da segurança de abatacepte com o uso de outras terapias anti-reumáticas) não necessitou número específico de articulações edemaciadas ou dolorosas. ORENCIA ou placebo foi aplicado em uma infusão intravenosa de 30 minutos nas semanas 0, 2 e 4 e uma vez ao mês a partir de então.
O Estudo I avaliou o ORENCIA como monoterapia em 122 pacientes com AR ativa que não tiveram sucesso com pelo menos uma droga anti-reumática modificadora da doença (DMARD) não-biológica ou etanercepte. No Estudo II e no Estudo III, a eficácia e a segurança de ORENCIA foram avaliadas em pacientes com resposta inadequada ao MTX e que continuavam com a dose estável de MTX. No Estudo IV (ATTAIN), a eficácia e segurança de ORENCIA foram avaliadas em pacientes com uma resposta inadequada ao agente bloqueador do TNF, com o agente bloqueador do TNF descontinuado antes da randomização; outras DMARDs foram permitidas. O Estudo V avaliou primariamente a segurança em pacientes com AR ativa que exigiam intervenção adicional apesar da terapia atual com DMARDs; todas as DMARDs usadas no recrutamento foram mantidas. No Estudo VI, a eficácia e segurança de ORENCIA foram avaliadas em pacientes com AR e com menos de 2 anos de duração, sem tratamento prévio com MTX. Neste Estudo, pacientes sem tratamento prévio com MTX foram randomizados para receber ORENCIA mais MTX ou MTX mais placebo.
Os pacientes do Estudo I foram randomizados para receber uma das três doses de ORENCIA (0,5, 2 ou 10 mg/kg) ou placebo terminando na semana 8. Os pacientes do Estudo II foram randomizados para receber ORENCIA 2 ou 10 mg/kg ou placebo por 12 meses. Para os Estudos I e II, apenas os resultados do grupo de 10 mg/kg estão discutidos abaixo. Os pacientes do Estudo III, IV, V e VI foram randomizados para receber uma dose de ORENCIA baseada na variação do peso ou placebo por 12 meses (Estudos III, V e VI) ou 6 meses (Estudo IV). A dose de ORENCIA foi de 500 mg para pacientes com peso inferior a 60 kg, 750 mg para paciente com peso entre 60 a 100 kg e 1 grama para pacientes com peso superior a 100 kg.
Resposta clínica
A porcentagem de pacientes tratados com ORENCIA que atingiram respostas ACR 20, 50 e 70 e resposta clínica principal nos Estudos I, III, IV e VI é mostrada na Tabela 2. Os pacientes tratados com ORENCIA apresentaram taxas de resposta ACR 20, 50 e 70 mais altas em 6 meses comparado com os pacientes tratados com placebo. As taxas de resposta ACR no mês 6 no Estudo II para o grupo de 10 mg/kg foram semelhantes ao grupo de ORENCIA no Estudo III.
Nos Estudos III e IV, uma melhora na taxa de resposta ACR 20 versus placebo foi observada após 15 dias em alguns paciente e após 29 dias versus MTX no Estudo VI. Nos Estudos II, III e VI, as taxas de resposta ACR foram mantidas por 12 meses em pacientes tratados com ORENCIA. Na extensão aberta dos Estudos II, III e IV, as taxas de resposta ACR 20, 50 e 70 foram duráveis e sustentáveis até os meses 48, 24 e 18, respectivamente, do tratamento com ORENCIA.
No Estudo VI, uma proporção maior de pacientes tratados com ORENCIA mais MTX atingiram um baixo nível de atividade da doença medida por um DAS28-PCR menor que 2,6 aos 12 meses comparado àqueles com MTX mais placebo (Tabela 2). Dos pacientes tratados com ORENCIA mais MTX que atingiram DAS28-PCR menor que 2,6, 54% não tinham articulações ativas, 17% tinham uma articulação ativa, 7% tinham duas articulações ativas, e 22% tinham três ou mais articulações ativas, onde uma articulação ativa era uma articulação que foi classificada como sensível ou inchada ou ambas.

Os resultados dos componentes dos critérios de resposta ACR para os Estudos III e IV são mostrados na Tabela 3. Os resultados dos componentes dos critérios de resposta ACR para o grupo de 10 mg/kg no Estudo II foram semelhantes ao Estudo III. Nos pacientes tratados com ORENCIA, foi observado um maior índice de melhora em todos os componentes dos critérios de resposta ACR durante 6 e 12 meses em relação aos pacientes tratados com placebo. Na extensão aberta dos Estudos II, III e IV, melhoras nos componentes individuais de ACR foram mantidas até a semana 48, 24 e 18 meses respectivamente, nos pacientes tratados com ORENCIA.

A porcentagem de pacientes atingindo a resposta ACR 50 para o Estudo III por visita é mostrado na Figura 1. O curso do tempo para o grupo do ORENCIA no Estudo VI foi semelhante ao do Estudo III.

Entre os pacientes tratados com ORENCIA no Estudo III, 14% atingiram resposta clínica principal, quando comparados com 2% dos pacientes com placebo. Além disso, 6% dos pacientes tratados com ORENCIA nos 12 meses do estudo atingiram a resposta clínica principal estendida (resposta ACR 70 contínua durante 9 meses), quando comparados com 0,5% nos pacientes com placebo. No Estudo III, para os pacientes tratados com ORENCIA durante 2 anos incluindo períodos duplo cego e aberto, a porcentagem dos pacientes que atingiram resposta clínica principal e resposta clínica principal estendida aumentou para 34,3% e 24,5%, respectivamente.
Pacientes tratados com ORENCIA apresentaram maior melhora do que pacientes tratados com placebo com relação à rigidez matinal.
Resposta DAS28
A atividade da doença foi também avaliada utilizando a Disease Activity Score 28(DAS28). Nos Estudos III e IV, a média basal de DAS28 foi 6,8 e 6,9 unidades, respectivamente, representando um alto grau de atividade da doença. No Estudo III, a melhora média na DAS28 em 12 meses nos pacientes tratados com ORENCIA de 2,9 foi significantemente maior do que a melhora média de 1,5 observada em pacientes tratados com placebo. A remissão na DAS28 foi atingida em 17% dos pacientes tratados com ORENCIA comparados a 2% dos pacientes tratados com placebo em 12 meses.
No Estudo IV, no mês 6, foi observada uma maior melhora no escore DAS28 nos pacientes tratados com ORENCIA do que nos pacientes tratados com placebo (redução de 2,0 vs 0,7 unidades, respectivamente). A remissão, usando o escore DAS28, foi atingida em 10% dos pacientes tratados com ORENCIA comparados a 1% dos pacientes tratados com placebo em 6 meses de estudo.
Resposta radiográfica
O dano estrutural articular foi avaliado radiograficamente durante um período de 2 anos no Estudo III. Os resultados foram medidos utilizando o escore total de Sharp modificado por Genant (TSS) e seus componentes, escore de erosão e de estreitamento do espaço articular (JSN). O TSS mediano na linha basal foi 31,7 nos pacientes tratados com ORENCIA e 33,4 nos pacientes tratados com placebo. No primeiro ano, os pacientes receberam ORENCIA ou placebo em modelo duplo-cego. ORENCIA /MTX inibiu a progressão do dano estrutural em comparação com o placebo/MTX após 12 meses de tratamento, como mostrado na tabela 4.
A inibição da progressão do dano estrutural articular com ORENCIA foi observada apesar da duração da doença (menor que 2 anos, 2 a 5 anos, 5 a 10 anos e maior que 10 anos).

Na fase de extensão aberta do Estudo III, 75% (n=324) dos pacientes inicialmente randomizados para ORENCIA/MTX foram avaliados radiograficamente pelo Escore Total de Sharp (TSS). Após 2 anos de tratamento com ORENCIA/MTX, foi observada a inibição da progressão do dano estrutural. Cinqüenta porcento (50%) dos pacientes não tiveram progressão do dano estrutural conforme definido por uma alteração no TSS de zero ou menos em 2 anos. Oitenta e seis porcento (86%) dos pacientes com nenhuma progressão radiográfica após 1 ano de tratamento com ORENCIA/MTX, não tiveram progressão em 2 anos. Para os pacientes tratados com ORENCIA/MTX, a alteração no TSS do ano 1 para o ano 2 foi 57% menor que a alteração média no TSS do basal ao ano 1.
Resposta da função física e resultados relacionados à saúde
A melhora na função física foi medida pelo Índice de Incapacidade do Questionário de Avaliação de Saúde (HAQ-DI). No HAQ-DI, ORENCIA demonstrou melhora significativamente maior desde a linha basal versus placebo nos Estudos II-V e versus MTX no Estudo VI. No Estudo III, entre os respondedores do HAQ no mês 12, 88% conservaram a resposta no mês 18 e 85% conservaram a resposta no mês 24.
Os resultados dos estudos II e III são mostrados na tabela 5. Resultados similares foram observados no Estudo V comparado com placebo e no Estudo VI comparado com MTX. Durante o período aberto dos Estudos II, III e IV, a melhora na função física foi mantida por até 48, 24 e 18 meses respectivamente.

Resultados relacionados à saúde e Qualidade de Vida
A qualidade de vida relacionada à saúde foi avaliada pelo questionário SF-36 aos 6 meses nos Estudos II, III e IV e aos 12 meses nos Estudos II e III. Nestes estudos, foi observada uma melhora clinicamente e estatisticamente significante no grupo com ORENCIA em comparação ao grupo com placebo em todos os 8 domínios do SF-36 (4 domínios físicos: função física, papel físico, dor corpórea, saúde geral e 4 domínios mentais: vitalidade, função social, papel emocional, saúde mental), bem como no Resumo do Componente Físico (PCS) e no Resumo do Componente Mental (MCS).
Nos estudos III e IV a fadiga foi medida pela Escala Visual Analógica de Fadiga e os problemas de sono foram avaliados pelo Índice de Problemas de Sono (SPI) do Medical Outcomes Study Sleep Module. No mês 12 e mês 6, do Estudo III e do Estudo IV respectivamente, foram observadas reduções estatisticamente significantes nos problemas de fadiga e sono nos pacientes tratados com ORENCIA quando comparados com os pacientes tratados com placebo. Na fase aberta da terapia com ORENCIA, melhoras nos resultados relacionados à saúde e qualidade de vida foram mantidos por até 4 anos.
Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatóide Juvenil
A segurança e a eficácia de ORENCIA foram determinadas em um estudo de três partes incluindo uma extensão aberta em crianças com artrite idiopática juvenil / artrite reumatóide juvenil poliarticular (AIJ/ARJ). Foram tratados pacientes com 6 a 17 anos de idade (n=190) com AIJ/ARJ poliarticular ativa e de intensidade moderada a grave, apresentando resposta inadequada a um ou mais DMARDs, como o MTX ou antagonistas do TNF. Os pacientes tiveram uma duração de doença de aproximadamente 4 anos com doença ativa moderada a grave na entrada do estudo, conforme determinado por contagens basais de articulações ativas (média, 16) e articulações com perda de movimento (média, 16); os pacientes apresentaram níveis elevados de proteína C reativa (PCR) (média, 3,2 mg/dL) e velocidade de hemossedimentação (VHS) (média, 32 mm/h). Os pacientes admitidos no estudo tinham subtipos de AIJ/ARJ que no início da doença incluíam as formas: Oligoarticular (16%), Poliarticular (64%; 20% eram positivos para fator reumatóide), e Sistêmica (20%). Na inclusão do estudo, 74% dos pacientes estavam recebendo MTX (dose média, 13,2 mg/m2 por semana) e permaneciam em dose estável de MTX (os que não estavam recebendo MTX não iniciaram o tratamento com MTX durante o estudo).
No Período A (aberto, introdução), os pacientes receberam 10 mg/kg (máximo de 1000 mg por dose) por via intravenosa nos dias 1, 15, 29, e mensalmente daí por diante. A resposta foi determinada utilizando a definição de ACR 30 Pediátrica de Melhora, definida como melhora ?30% em pelo menos 3 de 6 variáveis do grupo central de AIJ/ARJ e piora ?30% em não mais de 1 de 6 variáveis do conjunto central de AIJ/ARJ. Os pacientes demonstrando uma resposta ACR Pedi 30 ao final do Período A foram randomizados na fase duplo-cega (Período B) e receberam ORENCIA ou placebo por 6 meses ou até a recidiva. Definiu-se crise da doença ou reecidiva como piora ?30% em pelo menos 3 de 6 variáveis do conjunto central de AIJ/ARJ com melhora ?30% em não mais de 1 de 6 variáveis do grupo central de AIJ/ARJ; a piora de ?2 cm da Avaliação Global realizada pelo Médico ou Paciente foi necessária se utilizada como 1 de 3 variáveis do conjunto central de AIJ/ARJ utilizadas para definir crise, e piora em ?2 articulações foi necessária se o número de articulações ativas ou articulações com restrição de movimentos foi utilizado como 1 de 3 variáveis de AIJ/ARJ utilizadas para definir crise.
Na conclusão do Período A, as respostas pediátricas ACR 30/50/70 foram de 65%, 50%, e 28%, respectivamente. As respostas pediátricas ACR 30 foram similares em todos os subtipos de AIJ/ARJ estudados.
Durante a fase duplo-cega randomizada de descontinuação (Período B), os pacientes tratados com ORENCIA apresentaram recidivas significativamente menores em comparação com os pacientes tratados com placebo (20% vs 53%); IC 95% da diferença (15%, 52%). O risco de recidiva entre os pacientes que continuaram com ORENCIA foi um terço menor do que em pacientes que descontinuaram o tratamento com ORENCIA (razão de risco =0,31, IC 95% [0,16, 0,59]). Entre os pacientes que receberam ORENCIA ao longo de todo o estudo (Período A, Período B, e o Período C de extensão aberta), a proporção de pacientes pediátricos com resposta ACR 30/50/70 permaneceu consistente por 1 ano.

Interação com outros medicamentos

Outra Terapia Biológica para AR
Não há experiência suficiente para se avaliar a segurança e a eficácia de ORENCIA administrado concomitantemente com outra terapia biológica para AR, como anakinra e, conseqüentemente, tal uso não é recomendado.
As análises farmacocinéticas da população revelaram que MTX, AINEs, corticosteróides e agentes bloqueadores do TNF não influenciaram a eliminação do abatacepte (vide Farmacocinética). A maioria dos pacientes em estudos clínicos da AR recebeu um ou mais dos seguintes medicamentos concomitantes com ORENCIA: MTX, AINEs, corticosteróides, agentes bloqueadores do TNF, azatioprina, cloroquina, ouro, hidroxicloroquina, leflunomida, sulfasalazina e anakinra.
Antagonistas do TNF
A administração concomitante de um antagonista do TNF com ORENCIA está associada a um risco elevado de infecções sérias e nenhuma eficácia adicional significativa sobre o uso de antagonistas do TNF isoladamente. A terapia concomitante de ORENCIA e antagonistas do TNF não é recomendada (vide ADVERTÊNCIAS: Uso Concomitante com Antagonistas do TNF).
Não há experiência suficiente para avaliar a segurança e a eficácia de ORENCIA administrado concomitantemente com outra terapia biológica para artrite reumatóide, como anakinra e portanto seu uso não é recomendado.
ORENCIA foi estudado em combinação com agentes que depletam a contagem de linfócitos. Tal combinação poderia potencializar os eventos de ORENCIA sobre o sistema imune (vide PRECAUÇÕES: Imunossupressão).
Interação com testes laboratoriais
Teste de glicose sérica
Drogas parenterais contendo maltose podem interferir com a leitura do monitor de glicose sanguínea que são utilizados nos testes com glicose desidrogenase pirroloquinolinequinona (GDH-PQQ). O sistema de monitoração de glicose baseada na GDH-PQQ pode reagir com a maltose presente no ORENCIA, resultando em leituras falsas de elevação de glicose sanguínea no dia da infusão. Quando receber ORENCIA, pacientes que necessitam de monitoração de glicose sanguínea devem ser aconselhados a considerar métodos que não reagem com maltose, como aqueles testes baseados em glicose desidrogenase nicotina adenina dinucleotídeo (GDH-NAD) glicose oxidase, glicose oxigenase.

Cuidado de armazenamento

Proteja os frascos-ampola da luz e armazene na embalagem original até o momento do uso. O pó liofilizado de ORENCIA deve ser refrigerado de 2°C a 8°C.
A solução de ORENCIA completamente diluída deve ser armazenada a temperatura ambiente (até 25°C) ou refrigerada de 2°C a 8°C antes do uso. A solução de ORENCIA completamente diluída deve ser utilizada dentro de 24 horas após a reconstituição dos frascos-ampola de ORENCIA.
ORENCIA (abatacepte) possui prazo de validade de 36 meses à partir da data de fabricação.

Superdose

Doses de até 50 mg/kg foram administradas por via intravenosa sem efeito tóxico aparente. No caso de superdose, recomenda-se que o paciente seja monitorado em relação a qualquer sinal ou sintoma de reações adversas e o tratamento sintomático apropriado instituído.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - USO RESTRITO A HOSPITAIS
Reg. MS - 1.0180.0390

Indicado para o tratamento de:

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