Resultados de eficácia
Artrite Reumatoide
A segurança e a eficácia de REMICADE®foram avaliadas em dois estudos clínicos pilotos, duplo-cegos, randomizados, multicêntricos: ATTRACT (Estudo Clínico Anti-TNF em Artrite Reumatoide com Terapia Concomitante) e ASPIRE (Estudo com Controle Ativo de Pacientes que Receberam Infliximabe para o Tratamento de Artrite Reumatoide de Início Recente). Foi permitido o uso concomitante de doses estáveis de ácido fólico, corticosteroides orais (?10 mg/dia) e/ou drogas anti-inflamatórias não esteroidais.
Os desfechos primários foram: redução de sinais e sintomas, conforme avaliação pelos critérios do American College of Rheumatology (ACR) (ACR 20 para ATTRACT, o marco ACR-N na Semana 54 para ASPIRE); prevenção de lesão estrutural; e a melhora na função física. A redução de sinais e sintomas foi definida como uma melhora de, pelo menos, 20% (ACR 20), em um número de articulações dolorosas e edemaciadas e em 3 dos 5 critérios seguintes: avaliação global do avaliador, avaliação global do paciente, medida funcional/incapacidade, escala analógica visual de dor e taxa da velocidade de hemossedimentação ou proteína C reativa. O ACR-N usa os mesmos critérios que o ACR 20, calculando-se a menor melhora percentual em número de articulações edemaciadas, número de articulações dolorosas e a mediana dos 5 componentes restantes da resposta ACR. A lesão estrutural articular (erosões e estreitamento articular) em mãos e pés foi medida pela alteração do valor basal na pontuação total Sharp modificada por van der Heijde (0 a 440). O Questionamento de Avaliação de Saúde (HAQ, escala de 0 a 3) foi usado para medir a alteração média na função física dos pacientes em relação à pontuação basal com o tempo até a Semana 102.
O estudo clínico ATTRACT avaliou respostas em 30 semanas (redução de sinais e sintomas), 54 semanas (a prevenção da lesão estrutural) e 102 semanas (a melhora na função física) em um estudo controlado com placebo de 428 pacientes com artrite reumatoide ativa, apesar do tratamento com metotrexato. Aproximadamente 50% dos pacientes estavam na Classe funcional III. Os pacientes receberam placebo, 3 mg/kg ou 10 mg/kg de REMICADE® nas Semanas 0, 2 e 6 e, depois, a cada 4 ou 8 semanas. Todos os pacientes estavam recebendo doses estáveis de metotrexato (mediana de 15 mg/semana) por 6 meses antes da inclusão e deveriam permanecer com doses estáveis durante todo o estudo.
Na Semana 30, uma porcentagem maior de pacientes, em todos os grupos tratados com REMICADE® , apresentou uma redução significativa de sinais e sintomas em comparação com metotrexato isolado (Tabela 1). Essa resposta foi observada a partir de 2 semanas e mantida durante as 102 semanas de tratamento (p < 0,001). Foi observada uma melhora no número de articulações edemaciadas e dolorosas, na avaliação de dor pelo paciente, na avaliação global do paciente e do avaliador sobre a doença, na rigidez matinal, fadiga e PCR em todos os grupos de REMICADE®(p < 0,05). Graus maiores de resposta clínica (ACR 50 e ACR 70) foram observados em todos os grupos de REMICADE® em 30, 54 e 102 semanas em comparação com o controle.
A prevenção da lesão estrutural articular (erosões e estreitamento de espaço articular) foi observada em todos os grupos de REMICADE®em 54 semanas (Tabela 1), que foi observada a partir de 30 semanas e mantida até 102 semanas (p < 0,001). Na população em estudo, 53% de todos os pacientes de REMICADE®, em comparação com 20% dos pacientes do grupo controle, não tinham apresentado nenhuma piora, definida como alteração 0 do valor basal na pontuação total de Sharp modificada por van der Heijde na Semana 54. Resultados semelhantes foram obtidos para as pontuações individuais (erosão e estreitamento de espaço articular). Além disso, foi também observada uma melhora maior no desempenho físico (HAQ) em 102 semanas, nos grupos tratados com REMICADE®, em comparação com os controles (Tabela 1) a partir de 54 semanas (p < 0,001).
O estudo clínico ASPIRE avaliou respostas em 54 semanas em 1.004 pacientes com artrite reumatoide ativa inicial (? 3 anos de duração da doença), sem tratamento prévio com metotrexato. Os pacientes randomizados tinham uma idade mediana de 51 anos com duração mediana de doença de 0,6 ano e um número mediano de articulações edemaciadas e dolorosas de 19 e 31, respectivamente. Todos os pacientes receberam metotrexato (otimizado para 20 mg/semana na Semana 8) e placebo, 3 mg/kg ou 6 mg/kg de infliximabe nas Semanas 0, 2 e 6 e a cada 8 semanas a partir daí. Nesse estudo, foram administradas infusões acima de 2 horas para as primeiras 3 infusões. A duração das infusões subsequentes pode ser reduzida para não menos que 40 minutos em pacientes que não apresentaram reações sérias à infusão.
Depois de 54 semanas de tratamento, as doses de infliximabe + metotrexato resultaram em uma melhora maior dos sinais e sintomas, de forma estatisticamente significativa, em comparação com metotrexato isolado, de acordo com a proporção de pacientes que atingiram respostas ACR 20, 50 e 70. Nos grupos infliximabe + metotrexato, 15% dos pacientes atingiram uma resposta clínica importante vs. 8% tratados apenas com metotrexato (p = 0,003).
No ASPIRE, mais de 90% dos pacientes apresentaram, pelo menos, duas radiografias para avaliação. A inibição da progressão do dano estrutural foi observada nas Semanas 30 e 54 nos grupos infliximabe + metotrexato, em comparação com metotrexato isolado. O infliximabe + metotrexato interromperam a progressão de doença articular em mais pacientes em comparação com metotrexato isolado, 97% vs. 86%, respectivamente. O infliximabe + metotrexato mantiveram um estado livre de erosão em uma proporção maior, de forma estatisticamente significativa, de pacientes do que o metotrexato isolado, 79% vs. 57%, respectivamente. Menos pacientes nos grupos infliximabe + metotrexato (48%) desenvolveram erosões em articulações não envolvidas em comparação com metotrexato isolado (59%).
Os dois grupos de tratamento com infliximabe apresentaram melhora maior, de forma estatisticamente significativa, em HAQ em relação ao valor basal ponderado ao longo do tempo até a Semana 54 em comparação com metotrexato isolado; 0,7 para infliximabe + metotrexato vs. 0,6 para metotrexato isolado (p 0,001). Não houve piora na pontuação resumida de componente mental SF-36.
Dados que sustentam o ajuste de dose de REMICADE®em artrite reumatoide foram extraídos tanto dos estudos clínicos ATTRACT e ASPIRE, como do estudo START. O estudo clínico START foi um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, com 3 braços e estudos paralelos de segurança. Em um dos braços, o objetivo secundário foi avaliar a segurança e a eficácia da dose escalonada acima de 3 mg/kg de infliximabe em aumentos de 1,5 mg/kg para um máximo de 9 mg/kg, administrados a cada 8 semanas, em indivíduos com uma resposta inadequada para 3 mg/kg na Semana 22 e infusões subsequentes. Os resultados estão demonstrados na tabela a seguir.
- Artrite reumatoide associada à anemia
Existem evidências de que o TNF-alfa inibe a eritropoiese na doença inflamatória crônica. Em três estudos clínicos em pacientes com artrite reumatoide (ATTRACT, ASPIRE e START), 39,8% dos pacientes com hemoglobina basal < 12 g/dL tiveram aumento na hemoglobina ?1 g/dL na Semana 22 do tratamento com infliximabe mais metotrexato vs. 19,3% dos pacientes que receberam metotrexato em monoterapia (p < 0,001). Adicionalmente, 12,1% dos pacientes tratados com infliximabe mais metotrexato tiveram aumento ? 2 g/dL na hemoglobina vs. 4,5% dos pacientes do braço do metotrexato em monoterapia (p < 0,001). Resultados significativos também foram encontrados nos pacientes com hemoglobina basal < 10 g/dL. A análise dos dados do estudo clínico ASPIRE mostrou que a terapia com infliximabe melhorou a anemia relacionada à artrite reumatoide, independentemente dos seus efeitos na resposta ACR 20. Além disso, demonstrou-se que, entre os respondedores ACR 20, a terapia infliximabe mais metotrexato melhorou de forma significativa a anemia em relação ao metotrexato em monoterapia. A melhora da hemoglobina está significativamente correlacionada com a melhora na função física e qualidade de vida na Semana 22.
Espondilite Anquilosante
A eficácia e a segurança de infliximabe foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, duplo-cegos e controlados com placebo em pacientes com espondilite anquilosante ativa (pontuação BASDAI ? 4 e dor espinhal ? 4 numa escala de 1 a 10). A melhora dos sinais e sintomas foi medida utilizando o critério de resposta ASAS 20 e/ou BASDAI 50. A melhora da função física foi avaliada usando o Índice Bath de Atividade de Doença Espondilite Anquilosante (BASDAI - Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index). A melhora na variação do movimento axial foi avaliada usando o índice metrológico Bath para espondilite anquilosante (BASMI - Bath Ankylosing Spondylitis Metrology Index) e/ou medidas clínicas de expansão peitoral. A qualidade de vida relacionada à saúde foi avaliada usando o SF-36 (função física, modelo físico, dor física, saúde geral, vitalidade, funcionamento social, modelo emocional e saúde mental).
No primeiro estudo (P01522), que teve uma fase duplo-cega de 3 meses, os pacientes receberam 5 mg/kg de infliximabe ou placebo nas Semanas 0, 2, 6 (35 pacientes em cada grupo). Começando na Semana 12, os pacientes do grupo placebo foram trocados para infliximabe e, todos os pacientes, subsequentemente, receberam 5 mg/kg de infliximabe a cada 6 semanas até a Semana 54. Após o primeiro ano do estudo, 53 pacientes continuaram na extensão do braço aberto até a Semana 102. Na Semana 12, o tratamento com infliximabe resultou em melhora de sinais e sintomas, conforme avaliado pelo BASDAI, em que 57% dos pacientes tratados com infliximabe atingiram uma redução de, pelo menos, 50% em relação ao valor basal na pontuação BASDAI (a pontuação basal mediana foi de 6,5 no grupo recebendo infliximabe e de 6,3 no grupo recebendo placebo) em comparação com 9% dos pacientes do grupo placebo (p < 0,01). A melhora foi observada a partir da Semana 2 e foi mantida até a Semana 102. Houve melhora semelhante na função física, variação do movimento e qualidade de vida (SF-36).
No segundo estudo clínico (ASSERT) 279 pacientes (78 pacientes no grupo recebendo placebo e 201 no grupo infliximabe) foram randomizados para receber placebo (Grupo 1) ou 5 mg/kg de infliximabe (Grupo 2) nas Semanas 0, 2 e 6 e depois a cada 6 semanas, até a Semana 96. Na Semana 24, os pacientes recebendo placebo (Grupo 1) receberam 5 mg/kg de infliximabe a cada 6 semanas até a Semana 96. Com infusões iniciadas na Semana 36 e mantidas até a Semana 96, um paciente no Grupo 2, que tinha um BASDAI ? 3 em duas visitas consecutivas recebeu uma infusão de infliximabe de 7,5 mg/kg, que foi mantida a cada 6 semanas até a Semana 96.
Nas 24 semanas, o tempo para a eficácia primária, melhora dos sinais e sintomas, conforme medido pela proporção de pacientes que atingiram uma resposta ASAS 20, foi de 61% no grupo tratado com infliximabe versus 19% no grupo recebendo placebo (p < 0,001). A melhora foi observada no início da Semana 2. Uma melhora significativa nos sinais e sintomas também foi avaliada pelo BASDAI, com 51% dos pacientes tratados com infliximabe que atingiram redução de, pelo menos, 50% do valor basal na pontuação BASDAI (a pontuação basal mediana foi de 6,5 no grupo recebendo infliximabe e de 6,2 no grupo placebo), comparado com 10,7% dos pacientes recebendo placebo (p < 0,001). A melhora mediana a partir do valor basal na variação do movimento axial, conforme avaliado pelo BASMI, foi 1,0 no grupo tratado com infliximabe vs. 0,0 no grupo recebendo placebo (p = 0,019). O percentual mediano de melhora a partir do valor basal na expansão peitoral foi de 17% para o grupo tratado com infliximabe e de 0% para o grupo recebendo placebo (p = 0,037). A função física e a qualidade de vida, conforme medido pelo BASFI e pelo SF-36, também melhoraram significativamente na Semana 24.
Todas as melhoras foram mantidas até a Semana 102 e os pacientes do grupo recebendo placebo que passaram para o grupo recebendo infliximabe na Semana 24 mostraram melhoras em todas as pontuações, que foram semelhantes ao grupo tratado com infliximabe na Semana 102.
Artrite Psoriásica
A eficácia e a segurança foram avaliadas em um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado com placebo em 104 pacientes com artrite psoriásica poliarticular ativa.
Durante a fase duplo-cega de 16 semanas, os pacientes receberam 5 mg/kg de infliximabe ou placebo nas Semanas 0, 2, 6 e 14 (52 pacientes em cada grupo). A partir da Semana 16, os pacientes do grupo placebo passaram para o grupo recebendo infliximabe e todos os pacientes, subsequentemente, receberam 5 mg/kg de infliximabe a cada 8 semanas até a Semana 46.
O tratamento com infliximabe resultou em melhora dos sinais e sintomas, avaliados pelo critério ACR, com 65% dos pacientes tratados com infliximabe atingindo ACR 20 na Semana 16, comparado com 10% dos pacientes tratados com placebo (p < 0,01). A resposta foi semelhante, independentemente do uso concomitante de metotrexato. Foi observada melhoria (ACR 20 e 50) já na Semana 2 e mantida até a Semana 50 (ACR 20, 50 e 70). Na Semana 16, o grupo tratado com infliximabe apresentava um Escore de Atividade da Doença (DAS 28) médio de 3,0 (um DAS 28 < 3,2 é considerado indicativo de baixa atividade da doença), enquanto nenhuma alteração foi observada no grupo de tratados com placebo (p < 0,01). No final da Semana 50, ambos os grupos de indivíduos com escore DAS 28 semelhantes, indicando que os indivíduos tratados com infliximabe mantiveram escore DAS 28 ao longo do estudo, enquanto os indivíduos tratados com placebo tiveram uma redução no DAS 28, apenas após o cruzamento de tratamento com infliximabe. O total de pacientes que tiveram resposta ao DAS 28 foi de 88,5% no grupo infliximabe na Semana 16 em comparação com 25% no grupo placebo (p < 0,01). O critério de Resposta para Artrite Psoriásica (PsARC) apresentou melhora rápida. Na Semana 2, 56% dos indivíduos do grupo infliximabe apresentaram melhora em comparação com 17% dos indivíduos no grupo placebo (p < 0,01). Na Semana 16, os resultados mostraram 75% de resposta nos indivíduos tratados com infliximabe comparados com 21% em indivíduos do grupo placebo (p < 0,01). Reduções nos parâmetros da característica de atividade periférica da artrite psoriásica (como número de articulações edemaciadas, número de articulações dolorosas, dactilites e presença de entesopatia) foram observadas nospacientes tratados com infliximabe. Em um subgrupo de pacientes com valor basal de Índice de Área e Gravidade de Psoríase (PASI) ? 2,5, a melhora acentuada no PASI foi alcançada na Semana 16, com 68% (15/22) dos pacientes tratados com infliximabe atingindo, pelo menos, 75% de melhoria do valor basal vs. 0% (0/16) dos pacientes tratados com placebo a melhoria foi mantida até a Semana 50. Os pacientes que receberam infliximabe apresentaram melhora na função física avaliada por HAQ (alteração média do início até a Semana 16 de 0,6 vs. 0 para os pacientes tratados com placebo). A melhora foi mantida até a Semana 50.
Psoríase
A eficácia de infliximabe foi avaliada em dois estudos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos: SPIRIT eEXPRESS. Os pacientes dos dois estudos apresentavam psoríase em placas (Área de Superfície Corporal [BSA] ? 10% e Escore do Índice de Área e Gravidade de Psoríase [PASI] ? 12). O desfecho primário nos dois estudos foi a porcentagem de pacientes que atingiram melhora ? 75% de PASI na Semana 10 em relação ao valor basal. Os que apresentaram resposta acentuada foram identificados como pacientes que atingiram melhora de PASI ? 90% em relação ao valor basal.
O SPIRIT avaliou a eficácia da terapia de indução com infliximabe em 249 pacientes com psoríase em placa que tinham recebido anteriormente PUVA ou terapia sistêmica. Os pacientes receberam 3 ou 5 mg/kg de infliximabe ou infusões de placebo nas Semanas 0, 2 e 6. Os pacientes com pontuação de PGA ? 3 foram elegíveis a receber uma infusão adicional do mesmo tratamento na Semana 26.
A proporção de pacientes com melhora de PASI ? 75% em relação ao valor basal (PASI 75) na Semana 10 foi de 71,7% no grupo com 3 mg/kg de infliximabe, 87,9% no grupo com 5 mg/kg de infliximabe e 5,9% no grupo placebo (p < 0,001 para cada grupo infliximabe vs. placebo comparativo). Na Semana 10, uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com infliximabe (3 mg/kg: 45,5%; 5 mg/kg: 57,6%) atingiu uma resposta acentuada (melhora ? 90% do PASI em relação ao valor basal), em comparação com os pacientes tratados com placebo (2,0%). No grupo 3 mg/kg, 60,6% dos pacientes mantiveram a resposta até a Semana 14 e 75,3% dos pacientes no grupo 5 mg/kg mantiveram a resposta até a Semana 18. Na Semana 26, vinte semanas depois da última dose de indução, 30% dos pacientes no grupo 5 mg/kg e 13,8% no grupo 3 mg/kg estavam no grupo de resposta PASI 75, sugerindo a necessidade de uma terapia de manutenção.
A qualidade de vida relacionada à saúde foi avaliada com o DLQI. O DLQI basal mediano foi de 12. A alteração mediana na Semana 10 em relação ao valor basal de DLQI foi de -8,0 e -10,0 para os grupos infliximabe 3 mg/kg e 5 mg/kg, respectivamente, em comparação com 0,0 no grupo placebo (p < 0,001 para todos com infliximabe vs. placebo comparativo), demonstrando uma melhora substancial na qualidade de vida para pacientes que receberam terapia com infliximabe.
O EXPRESS avaliou a eficácia da terapia de indução e manutenção com infliximabe em 378 pacientes com psoríase em placa que eram candidatos a fototerapia ou terapia sistêmica. Os pacientes receberam 5 mg/kg de infliximabe ou infusões de placebo nas Semanas 0, 2 e 6 seguidas por terapia de manutenção a cada 8 semanas até a Semana 22 no grupo placebo e até a Semana 46 no grupo infliximabe. Na Semana 24, o grupo placebo cruzou para terapia de indução com infliximabe (5 mg/kg) seguida por terapia de manutenção com infliximabe (5 mg/kg).
No EXPRESS, a BSA basal mediana foi de 29%, o escore PASI basal mediana foi de 21,1 e a maioria dos pacientes (89,9%) apresentava um escore de PGA moderada, acentuada ou grave. Um total de 71,4% dos pacientes tinha recebido terapia prévia com PUVA, metotrexato, ciclosporina ou acitretina. Na Semana 10, 80,4% do grupo infliximabe atingiram resposta PASI 75 em comparação com 2,6% no grupo placebo (p < 0,001). O tempo mediano para atingir PASI 75 ficou entre 2 e 6 semanas. A melhora de PASI foi constante entre os subgrupos, definidos por demografia basal, características clínicas da doença e histórico de medicação para psoríase. Respostas acentuadas (PASI 90) na Semana 10 foram atingidas por 57,1% do grupo infliximabe em comparação com 1,3% no grupo placebo (p < 0,001). A resposta foi mantida até a Semana 24, período controlado com placebo. As taxas de resposta PASI até a Semana 50 são apresentadas na Tabela 3.
Na Semana 10, 82,9% dos pacientes do grupo infliximabe atingiram pontuação de PGA de mínimo ou ausente em comparação com 3,9% do grupo placebo (p < 0,001). Os escores de PGA nas Semanas 6, 10, 24 e 50 são apresentados na Tabela 4.
O valor basal mediano de DLQI foi de 12,5. Os valores basais médios foram de 45,6 para componente físico de SF-36 e 45,7 para o componente mental. A qualidade de vida melhorou significativamente em comparação com placebo nas Semanas 10 e 24, quando avaliada por DLQI e SF-36.
O escore basal mediano de NAPSI para psoríase ungueal foi de 4 e o número mediano de unhas envolvidas com psoríase foi de 10. Os pacientes tratados com infliximabe apresentaram uma melhora evidente na psoríase ungueal, em relação ao período basal, em comparação com pacientes tratados com placebo, conforme aferição pelo escore de NAPSI e pela redução do número de unhas envolvidas.
Doença de Crohn em pacientes adultos
A segurança e a eficácia de doses únicas e múltiplas de REMICADE®foram avaliadas em dois estudos duplocegos, randomizados e controlados com placebo em pacientes com doença de Crohn ativa moderada a grave[Índice de Atividade de Doença de Crohn (CDAI) ? 220 ? 400], com uma resposta inadequada às terapias convencionais prévias. O uso concomitante de doses estáveis de terapias convencionais foi permitido e 92% dos pacientes continuaram a receber essas medicações.
No estudo clínico de dose única com 108 pacientes, 22/27 (81%) dos pacientes tratados com REMICADE®5 mg/kg atingiram uma resposta clínica (redução do CDAI ? 70 pontos) vs. 4/25 (16%) dos tratados com placebo (p < 0,001). Também na Semana 4, 13/27 (48%) dos pacientes tratados com REMICADE®atingiram uma remissão clínica (CDAI < 150) vs. 1/25 (4%) dos tratados com placebo.
No estudo clínico com doses múltiplas, 573 pacientes receberam 5 mg/kg na Semana 0 e, então, foram randomizados para um dos três grupos de tratamento: o grupo de manutenção com placebo recebeu placebo nas Semanas 2 e 6 e, depois, a cada 8 semanas; o grupo de manutenção 5 mg/kg recebeu 5 mg/kg nas Semanas 2 e 6 e, depois, a cada 8 semanas e o grupo de manutenção 10 mg/kg recebeu 5 mg/kg nas Semanas 2 e 6 e, depois, 10 mg/kg a cada 8 semanas. Os pacientes em resposta na Semana 2 foram randomizados e analisados separadamente daqueles que não apresentaram resposta.
Na Semana 2, 58% (335/573) dos pacientes apresentavam resposta clínica (redução em CDAI ? 25% e ? 70 pontos). Uma proporção significativamente maior de pacientes nos grupos de manutenção 5 mg/kg e 10 mg/kg atingiu remissão clínica na Semana 30, em comparação com os pacientes no grupo de manutenção com placebo. Os pacientes nos grupos de manutenção com infliximabe apresentaram um tempo significativamente maior até a perda de resposta do que os pacientes no grupo de manutenção com placebo (p < 0,001). O tempo mediano até a perda de resposta foi de 46 semanas, no grupo de tratamento de manutenção com infliximabe combinado vs. 19 semanas no grupo de manutenção com placebo. Os pacientes que atingiram uma resposta e, subsequentemente, a perderam, foram candidatos a receber infliximabe em uma dose 5 mg/kg maior do que aquela para a qual tinham sido randomizados. Oitenta e nove por cento (50/56) dos pacientes que deixaram de apresentar a resposta clínica com a dose de manutenção de 5 mg/kg de infliximabe a cada oito semanas responderam a uma infusão de 10 mg/kg de infliximabe.
Na Semana 30, foi observada uma melhora significativa das medidas de qualidade de vida no IBDQ (Inflammatory Bowel Disease Questionnaire - Questionário de Doença Inflamatória Intestinal) e pontuação SF36 (p < 0,001) nos pacientes tratados com REMICADE® .
Para pacientes que receberam corticosteroides no período basal, a proporção desses pacientes em remissão clínica e que não estavam recebendo corticosteroides na Semana 30 foi de 31% para o grupo de manutenção 5 mg/kg e 37% para o grupo de manutenção 10 mg/kg, em comparação com 11% dos pacientes no grupo de manutenção com placebo (p = 0,001 para os grupos de manutenção 5 e 10 mg/kg). A dose mediana de corticosteroides no período basal (20 mg/dia) foi reduzida para 10 mg/dia no grupo de manutenção com placebo e 0 mg/dia nos grupos de manutenção com infliximabe combinado na Semana 30, indicando que, pelo menos 50% dos pacientes do grupo de manutenção com infliximabe, conseguiram descontinuar o uso de esteroides.
Na Semana 10, uma proporção significativamente maior de pacientes nos grupos de manutenção com infliximabe combinados (31%) teve cicatrização da mucosa em comparação com os do grupo placebo (0%, p = 0,010). Os resultados foram semelhantes na Semana 54.
A segurança e eficácia também foram avaliadas em um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, incluindo 94 pacientes com doença de Crohn fistulizante, com fístulas de pelo menos 3 meses de duração. Trinta e um desses pacientes foram tratados com REMICADE® 5 mg/kg. Aproximadamente 93% dos pacientes tinham recebido antibiótico ou terapia imunossupressora anteriormente.
Foi permitido o uso concomitante de doses estáveis de terapias convencionais e 83% dos pacientes continuaram a receber pelo menos uma dessas medicações. Os pacientes receberam três doses de placebo ou REMICADE® nas Semanas 0, 2 e 6 e foram acompanhados durante 26 semanas. O desfecho primário foi a proporção de pacientes que apresentou uma resposta clínica definida como uma redução ? 50% em relação ao valor basal em número de fístulas drenadas com uma suave compressão realizada em pelo menos duas visitas consecutivas (com intervalo de 4 semanas) sem aumento da medicação ou cirurgia para doença de Crohn.
Sessenta e oito por cento (21/31) dos pacientes tratados com REMICADE®que receberam um esquema de administração de 5 mg/kg, atingiram uma resposta clínica vs. 26% (8/31) dos tratados com placebo (p = 0,002). O tempo mediano para o início da resposta no grupo tratado com REMICADE® foi de 2 semanas. A duração mediana de resposta foi de 12 semanas. Além disso, o fechamento de todas as fístulas foi atingido em 55% dos pacientes tratados com REMICADE®em comparação com 13% dos tratados com placebo (p = 0,001).
A segurança e eficácia de infusões repetidas de infliximabe em pacientes com doença de Crohn fistulizante foram avaliadas em um estudo clínico de um ano. Um total de 306 pacientes recebeu 3 doses de 5 mg/kg de infliximabe nas Semanas 0, 2 e 6. Entre os pacientes randomizados no período basal, 87% tinham fístulas perianais, 14% fístulas abdominais e 9% fístulas retovaginais. O escore CDAI mediano foi de 180. Cento e noventa e cinco pacientes que responderam às 3 doses (para definição de resposta, ver descrição de desfecho primário para o estudo apresentado) foram randomizados na Semana 14 para receber placebo ou 5 mg/kg de infliximabe a cada 8 semanas até a Semana 46. Na Semana 14, 65% (177/273) dos pacientes randomizados apresentaram respostas às fístulas. Os pacientes randomizados para manutenção com infliximabe apresentaram um tempo significativamente mais longo até a perda de resposta para fístulas em comparação com o grupo de manutenção com placebo (p < 0,001). O tempo mediano até a perda da resposta foi >40 semanas no grupo infliximabe, em comparação com 14 semanas no grupo placebo. Na Semana 54, 38% (33/87) dos pacientes tratados com REMICADE®não apresentavam fístulas com drenagem, em comparação com 22% (20/90) dos pacientes tratados com placebo (p = 0,02). O grupo infliximabe apresentou maior melhora no escore CDAI em relação ao valor basal em comparação com placebo (p = 0,04). Os pacientes que atingiram uma resposta de fístula e, subsequentemente, perderam-na, foram candidatos a receber terapia de manutenção com REMICADE®em uma dose 5 mg/kg maior que aquela para a qual haviam sido randomizados. Dos pacientes em manutenção com placebo, 66% (25/38) responderam a 5 mg/kg de REMICADE® e 57% (12/21) daqueles em manutenção com REMICADE®responderam a 10 mg/kg. Em comparação à manutenção com placebo, pacientes em manutenção com REMICADE®tiveram uma tendência a um número menor de internações.
Doença de Crohn ativa em pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia de doses únicas e múltiplas de REMICADE®foram avaliadas em um estudo de Fase II randomizado, de dose única e multicêntrico em 21 pacientes pediátricos com doença de Crohn ativa e em um estudo Fase III randomizado, de doses múltiplas, aberto e multicêntrico em 112 pacientes pediátricos com doença de Crohn (estudo REACH).
No estudo Fase II de dose única em 21 pacientes (11 a 17 anos, idade média de 15 anos), todos os pacientes atingiram resposta clínica (diminuição em CDAI ? 70 pontos ou diminuição em PCDAI ? 10) em algum ponto no período de 20 semanas após a dose única de infliximabe e remissão clínica (definida como uma redução na pontuação CDAI modificada para abaixo de 150 pontos ou uma redução no PCDAI para menos de 10) foi atingida por 10 (47,6%) pacientes. Entre as 3 doses administradas (1, 5 ou 10 mg/kg), os grupos de tratamento com 5 mg/kg e 10 mg/kg apresentaram uma maior proporção de pacientes atingindo remissão clínica (16,7% no grupo de tratamento com 1 mg/kg de infliximabe comparado a 57,1% e 62,5% nos grupos de tratamento com 5 mg/kg e 10 mg/kg de infliximabe, respectivamente). Todos os 7 pacientes que apresentavam doença fistulizante tiveram suas fístulas fechadas em pelo menos 1 visita de avaliação (8 semanas).
Em um estudo clínico Fase III de doses múltiplas (REACH), 112 pacientes (6 a 17 anos, idade média de 13 anos) foram tratados com 5 mg/kg de infliximabe nas Semanas 0, 2 e 6. Os pacientes que, de acordo com a avaliação do investigador, responderam clinicamente na Semana 10, foram randomizados e receberam 5 mg/kg de infliximabe a cada 8 ou 12 semanas, como um esquema de tratamento de manutenção. Quando havia perda de resposta durante o tratamento de manutenção, permitia-se o cruzamento para uma dose maior ou para um intervalo menor de dosagem.
No estudo clínico REACH, a resposta clínica na Semana 10 foi de 88,4% (99/112) em comparação com 66,7% (128/192) em adultos (ACCENT 1). Similarmente, a proporção de indivíduos que atingiram remissão clínica na Semana 10 foi de 58,9% (66/112) em comparação com 39,1% (75/192) em adultos (ACCENT 1).
Na Semana 30, a proporção de indivíduos em resposta clínica foi significativamente maior no grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas (73,1%, 38/52) do que no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas (47,1%, 24/51; p = 0,007). Na Semana 54, a proporção de indivíduos em resposta clínica foi, também, significativamente maior nos indivíduos do grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas (63,5%, 33/52) que no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas (33,3%, 17/51; p = 0,002).
Na Semana 30, a proporção de pacientes em remissão clínica foi significativamente maior no grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas (59,6%, 31/52) que no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas (35,3%, 18/51; p = 0,013). Na Semana 54, a proporção de pacientes em remissão clínica foi, também, significativamente maior nos pacientes no grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas (55,8%, 29/52) que no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas (23,5%, 12/51; p < 0,001).
No estudo clínico REACH, a alteração em relação aos valores basais no uso diário médio de corticosteroide foi significativa nas Semanas 10, 30 e 54 (p < 0,001). Nos pacientes em tratamento com corticosteroides no período basal no estudo clínico REACH, a remissão clínica atingida sem corticosteroides na Semana 30 foi de 45,8% no grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas e 33,3% no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas. Na Semana 54, 45,8% dos pacientes do grupo de tratamento de manutenção a cada 8 semanas e 16,7% dos indivíduos no grupo de tratamento de manutenção a cada 12 semanas encontravam-se em remissão clínica e não estavam recebendo corticosteroides.
A qualidade de vida (QV) foi avaliada com o escore do IMPACT III (um questionário de QV desenvolvido e validado especificamente para pacientes pediátricos com doença inflamatória intestinal). Foi aplicado apenas em indivíduos da América do Norte. As alterações médias (uma alteração negativa indica melhora) em relação aos valores basais do escore do IMPACT III nas Semanas 10, 30 e 54 (-22,9, -21,1 e -24,3, respectivamente) foram todas significativas (p < 0,001).
A pontuação z de altura é uma quantificação do desvio da altura do paciente pediátrico em relação àquela esperada para a população da mesma idade e sexo. Na população estudada, a pontuação z mediana no período basal foi de -1,6. As alterações medianas em relação aos valores basais nas pontuações z foram de 0,3 e 0,4 para a Semana 30 e Semana 54, respectivamente. As pontuações z foram significativamente melhores em relação ao período basal, tanto na Semana 30 (p < 0,001) quanto na Semana 54 (p < 0,001).
Colite ou Retocolite Ulcerativa
A segurança e a eficácia do infliximabe foram avaliadas em dois estudos clínicos (ACT 1 e ACT 2) randomizados, duplo-cegos e controlados com placebo, que incluíram pacientes adultos com colite ou retocolite ulcerativa moderada a gravemente ativa (pontuação Mayo 6 a 12; subpontuação de endoscopia ? 2) com resposta inadequada às terapias convencionais [corticosteroides orais, aminossalicilatos e/ou imunomoduladores (6-MP, AZA)]. Foram permitidas doses estáveis concomitantes de aminossalicilatos orais, corticosteroides e/ou agentes imunomoduladores. Nos dois estudos, os pacientes foram randomizados para receber placebo, 5 mg/kg de infliximabe ou 10 mg/kg de infliximabe nas Semanas 0, 2, 6, 14 e 22. A redução de corticosteroides foi permitida depois da Semana 8.
Nos dois estudos, uma porcentagem significativamente maior de pacientes nos grupos infliximabe apresentava resposta clínica e remissão clínica na Semana 8 comparada com placebo. Além disso, tanto no ACT 1 quanto no ACT 2, uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com 5 mg/kg ou 10 mg/kg de infliximabe apresentou resposta clínica e remissão clínica na Semana 30 em comparação ao tratamento com placebo. Além disso, a proporção de pacientes com resposta sustentada (isto é, com resposta clínica na Semana 8 e também na Semana 30) nos grupos infliximabe foi de pelo menos o dobro daquela do grupo placebo. Os resultados das Semanas 8 e 30 são mostrados na Tabela 5.
Dos pacientes tratados com corticosteroides no período basal, uma proporção significativamente maior de pacientes nos grupos tratados com infliximabe estava em remissão clínica na Semana 30 e com capacidade de descontinuar os corticosteroides comparada com aqueles tratados com placebo (22,3% vs. 7,2%, respectivamente, ver Tabela 5).
Além disso, nas Semanas 8 e 30, uma proporção significativamente maior de pacientes nos grupos com 5 mg/kg e 10 mg/kg nos estudos ACT 1 e ACT 2 atingiu cicatrização da mucosa em comparação com os pacientes que receberam placebo. A proporção de indivíduos com cicatrização de mucosa foi semelhante entre os 2 grupos de dose com infliximabe nos dois estudos (ver Tabela 5).
O infliximabe melhorou a qualidade de vida, o que foi confirmado por melhora estatística e clinicamente significativa nas medidas específicas de doença, IBDQ e também no formulário abreviado de 36 itens SF-36. Entre o período basal e a Semana 30, nos dados agrupados dos estudos ACT 1 e ACT 2, o número médio de internações foi 50% menor no grupo de tratamento combinado com infliximabe do que no grupo placebo (9 vs.
18 internações por 100 indivíduos, p = 0,005). Nenhuma diferença relevante foi observada entre os grupos de tratamento com 5 mg/kg e 10 mg/kg de infliximabe.
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