Composição
Cada drágea de 75 mg contém: dipiridamol 75 mg. Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido, dióxido de silício, estearato de magnésio, sacarose, talco, goma arábica, dióxido de titânio, macrogol, cera branca, cera de carnaúba, corante amarelo crepúsculo. Cada drágea de 100 mg contém: Dipiridamol 100 mg
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, sacarose, talco, goma arábica, dióxido de titânio, macrogol, cera branca, cera de carnaúba.
Apresentação
PERSANTIN 75 mg:embalagens com 40 e 200 drágeas.
PERSANTIN 100 mg:embalagem com 50 drágeas.
USO ADULTO.
Indicações
PERSANTIN é indicado como coadjuvante de anticoagulantes orais na profilaxia de tromboses decorrentes de próteses de válvulas cardíacas.
Dosagem
Uso oral:Recomendam-se doses entre 300 e 450 mg/dia, em administração fracionada. A dose diária máxima é de 600 mg. Sobre o uso de PERSANTIN em crianças, as informações disponíveis são limitadas.
Contra-indicações
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Reações Adversas
Reações adversas a doses terapêuticas de PERSANTIN são em geral leves e passageiras. Têm sido observados vômitos, diarréia, sintomas subjetivos, tais como vertigem, náuseas, cefaléia e mialgia. Na maioria das vezes, estes efeitos desaparecem durante tratamentos a longo prazo. As propriedades vasodilatadoras de PERSANTIN podem determinar hipotensão, sensação de falta de ar e taquicardia. Observou-se uma piora de cardiopatia coronariana. Existem relatos de reações de hipersensibilidade, tais como ocorrência de exantemas, urticária, broncoespasmo severo e angioedema. Raramente ocorreu um grau maior de hemorragia durante ou após cirurgias. Relataram-se casos isolados de trombocitopenia associados ao tratamento com PERSANTIN. Há relatos de incorporação de dipiridamol em cálculos biliares (ver Precauções).
Precauções
Dentre outras propriedades, o dipiridamol atua como vasodilatador e deve ser utilizado com prudência em pacientes com doença arterial coronariana grave, incluindo angina instável e infarto do miocárdio recente, em casos de estenose aórtica subvalvular ou de instabilidade hemodinâmica (por exemplo, insuficiência cardíaca descompensada). A experiência clínica demonstra que pacientes tratados com dipiridamol oral, que também necessitam do teste de stress farmacológico com dipiridamol intravascular, devem descontinuar o uso de dipiridamol via oral vinte e quatro horas antes do teste de stress. Caso contrário, a sensibilidade do teste pode ser prejudicada. Em pacientes com miastenia grave pode haver necessidade de um reajuste da terapêutica durante o emprego de dipiridamol (vide Interações medicamentosas). Relatou-se pequeno número de casos apresentando dipiridamol não-conjugado incorporado em grau variável a cálculos biliares (acima de 70% do peso seco do cálculo). Todos os pacientes eram idosos, tinham ascendência evidente de colangite e haviam sido tratados com dipiridamol por via oral durante vários anos. Não há evidência de que dipiridamol tenha sido o fator principiante na formação de cálculos biliares nesses pacientes. A desglicuronização bacteriana de dipiridamol conjugado na bile pode ser o mecanismo responsável para a presença de dipiridamol em cálculos biliares.
Interação com outros medicamentos
O dipiridamol aumenta os níveis plasmáticos e efeitos cardiovasculares da adenosina, devendo-se considerar um ajuste da dosagem desta. No uso concomitante de anticoagulantes ou de ácido acetilsalicílico, devem-se considerar os relatos de intolerância e riscos destes medicamentos. A adição de dipiridamol ao ácido acetilsalicílico não aumenta a incidência de hemorragias. Quando o dipiridamol foi administrado concomitantemente com varfarina, a freqüência ou severidade de hemorragia não foi maior do que a observada com a administração isolada de varfarina. O dipiridamol pode potencializar o efeito hipotensor de fármacos anti-hipertensivos e pode atuar contra os efeitos anticolinesterásicos dos inibidores da colinesterase; deste modo, é potencialmente um agravante da miastenia grave.
Superdose
Sintomas:Devido ao pequeno número de casos de superdosagem, a experiência com superdosagem de dipiridamol é limitada. Os seguintes sintomas são esperados: sensação de calor, rubor, sudorese, inquietação, astenia, vertigem e sintomatologia anginosa. Podem ocorrer hipotensão e taquicardia.
Tratamento:Recomenda-se uma terapia sintomática. Em caso de superdose oral, considerar lavagem gástrica. A administração de derivados da xantina (p. ex. aminofilina) pode anular o efeito hemodinâmico da superdosagem de dipiridamol. Devido à sua ampla distribuição nos tecidos e eliminação hepática predominante, é pouco provável que se consiga acessar o dipiridamol por processos de remoção.
Informação técnica
Propriedades farmacológicas: A substância ativa de PERSANTIN, o dipiridamol, inibe a recaptação de adenosina nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células endoteliais in vitro e in vivo. A inibição atinge no máximo 80%, sendo dose-dependente em concentrações terapêuticas (0,5 - 2 mcg/ml). Conseqüentemente, há um aumento local da concentração de adenosina que atua no receptor A2 das plaquetas, estimulando a adenilciclase plaquetária e aumentando assim os níveis de AMPc plaquetário. Desse modo, a agregação plaquetária é inibida em resposta aos vários estímulos, tais como PAF, colágeno e ADP. A diminuição da agregação plaquetária reduz o consumo de plaquetas aos níveis normais. Além disso, a adenosina tem um efeito vasodilatador, e este é um dos mecanismos pelo qual o dipiridamol produz a vasodilatação. O dipiridamol inibe a fosfodiesterase em vários tecidos. Enquanto a inibição de AMPc-fosfodiesterase é fraca, níveis terapêuticos inibem GMPc-fosfodiesterase, aumentando assim a produção de GMPc pelo fator relaxante de origem endotelial.
O dipiridamol também estimula a biossíntese e a liberação da prostaciclina pelo endotélio. Além disso, o dipiridamol reduz a trombogenicidade das estruturas subendoteliais pelo aumento da concentração do mediador 13-HODE (ácido 13-hidroxioctadecadienóico).
Farmacocinética: A maioria dos dados farmacocinéticos é baseada em voluntários saudáveis. Há linearidade de doses para todas as doses terapêuticas de dipiridamol. Após administração de PERSANTIN drágeas, a droga demora de 10-15 min para ser absorvida, devido à desintegração da drágea e o esvaziamento gástrico. Depois disso, é rapidamente absorvida e sua concentração plasmática máxima é atingida após uma hora. A média (variação) da concentração máxima em condições estáveis, com 75 mg 3 vezes ao dia é de 1,86 mcg/ml (1,23 - 3,27 mcg/ml) e da concentração mínima é de 0,13 mcg/ml (0,06 - 0,26 mcg/ml). Com doses de 75 mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 1,54 mcg/ml (0,975 - 2,17 mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,269 mcg/ml (0,168 - 0,547 mcg/ml). Com doses de 100 mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 2,36 mcg/ml (1,13 - 3,81 mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,432 mcg/ml (0,186 - 1,38 mcg/ml). A fase de distribuição observada após administração intravenosa não pode ser distinguida da distribuição após administração oral. A meia-vida dominante é de aproximadamente 40 minutos, como no caso da administração intravenosa. Após administração intravenosa, ocorre uma fase de eliminação terminal com meia-vida de aproximadamente 13 horas. Essa fase terminal de eliminação é relativamente pouco significativa, pois representa uma pequena proporção do total absorvido, como evidencia o fato de que o estado de equilíbrio é atingido dentro de dois dias tanto para três como para quatro doses ao dia. Não ocorre acúmulo significativo da droga com o uso prolongado. O volume de distribuição aparente do compartimento central (VC) é de cerca de 5 litros (similar ao volume plasmático). O volume de distribuição aparente no estado de equilíbrio é de cerca de 100 litros, refletindo distribuição em vários compartimentos. O clearancetotal é de aproximadamente 250 ml/min e o tempo de permanência é de aproximadamente 8 horas (resultado de um MRT intrínseco de aproximadamente 6,4 horas e um tempo médio de absorção de 1,4 horas). A farmacocinética estimada, bem como os resultados experimentais em estados de equilíbrio, indicam que o regime de três ou quatro doses ao dia é adequado. O tratamento com dipiridamol drágeas no estado de equilíbrio produz uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 60% e uma biodisponibilidade relativa de aproximadamente 95% quando comparada com a administração de solução oral. Isto se deve ao efeito de primeira passagem pelo fígado, que remove cerca de 1/3 da dose administrada, e também à absorção incompleta da droga.
Distribuição do dipiridamol: A distribuição do dipiridamol é bastante ampla, atingindo vários órgãos, devido ao fato de ser altamente lipofílico. Em animais, o dipiridamol distribui-se preferencialmente pelo fígado, depois pelos pulmões, rins, baço e coração. A droga não atravessa significativamente a barreira hematoencefálica. A transferência placentária de dipiridamol é muito baixa. Em um caso detectou-se aproximadamente 1/17 da concentração plasmática no leite materno.
A ligação do dipiridamol com proteínas é de aproximadamente 97-99%, ligando-se principalmente à 1-alfa-ácido-glicoproteína e à albumina.
Metabolismo do dipiridamol: A metabolização do dipiridamol ocorre no fígado. O dipiridamol é metabolizado por conjugação com ácido glicurônico, formando principalmente um monoglicuronídeo e somente pequenas quantidades de diglicuronídeos. Na administração oral, aproximadamente 80% da concentração plasmática total não é metabolizada, e 20% da quantidade total é de monoglicuronídeo.
Eliminação do dipiridamol: A excreção renal do composto não-metabolizado é insignificante ( < 0,5%). A excreção urinária do metabólito glicuronídeo é baixa (5%). Os metabólitos são quase totalmente excretados por via biliar (cerca de 95%), com alguma evidência de recirculação entero-hepática.
Cinética em pacientes idosos: A concentração plasmática após administração de drágeas em idosos (acima de 65 anos) foi aproximadamente 50% maior que em indivíduos mais jovens (abaixo de 55 anos). A diferença é causada principalmente pela menor velocidade de remoção da substância do sangue. A absorção em idosos parece ser similar à que ocorre em mais jovens.
Cinética em pacientes com disfunção hepática: Pacientes com insuficiência hepática não apresentaram mudanças na concentração plasmática de dipiridamol, mas observou-se um aumento de glicuronídeos (farmacodinamicamente inativos). Sugere-se administrar dipiridamol sem restrição, desde que não haja evidência clínica de insuficiência hepática.
Cinética em pacientes com disfunção renal: Nos casos de insuficiência renal, nenhuma alteração na farmacocinética é esperada, pois a excreção renal é muito baixa (5%). No estudo realizado em pacientes com clearancede creatinina variando em aproximadamente 15 ml/min a >100 ml/min, não se observaram alterações na farmacocinética de dipiridamol ou nos seus metabólitos glicuronídeos quando os dados foram corrigidos para diferenças relacionadas à idade.
Farmacocinética
Propriedades farmacológicas: A substância ativa de PERSANTIN, o dipiridamol, inibe a recaptação de adenosina nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células endoteliais in vitro e in vivo. A inibição atinge no máximo 80%, sendo dose-dependente em concentrações terapêuticas (0,5 - 2 mcg/ml). Conseqüentemente, há um aumento local da concentração de adenosina que atua no receptor A2 das plaquetas, estimulando a adenilciclase plaquetária e aumentando assim os níveis de AMPc plaquetário. Desse modo, a agregação plaquetária é inibida em resposta aos vários estímulos, tais como PAF, colágeno e ADP. A diminuição da agregação plaquetária reduz o consumo de plaquetas aos níveis normais. Além disso, a adenosina tem um efeito vasodilatador, e este é um dos mecanismos pelo qual o dipiridamol produz a vasodilatação. O dipiridamol inibe a fosfodiesterase em vários tecidos. Enquanto a inibição de AMPc-fosfodiesterase é fraca, níveis terapêuticos inibem GMPc-fosfodiesterase, aumentando assim a produção de GMPc pelo fator relaxante de origem endotelial.
O dipiridamol também estimula a biossíntese e a liberação da prostaciclina pelo endotélio. Além disso, o dipiridamol reduz a trombogenicidade das estruturas subendoteliais pelo aumento da concentração do mediador 13-HODE (ácido 13-hidroxioctadecadienóico).
Farmacocinética: A maioria dos dados farmacocinéticos é baseada em voluntários saudáveis. Há linearidade de doses para todas as doses terapêuticas de dipiridamol. Após administração de PERSANTIN drágeas, a droga demora de 10-15 min para ser absorvida, devido à desintegração da drágea e o esvaziamento gástrico. Depois disso, é rapidamente absorvida e sua concentração plasmática máxima é atingida após uma hora. A média (variação) da concentração máxima em condições estáveis, com 75 mg 3 vezes ao dia é de 1,86 mcg/ml (1,23 - 3,27 mcg/ml) e da concentração mínima é de 0,13 mcg/ml (0,06 - 0,26 mcg/ml). Com doses de 75 mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 1,54 mcg/ml (0,975 - 2,17 mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,269 mcg/ml (0,168 - 0,547 mcg/ml). Com doses de 100 mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 2,36 mcg/ml (1,13 - 3,81 mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,432 mcg/ml (0,186 - 1,38 mcg/ml). A fase de distribuição observada após administração intravenosa não pode ser distinguida da distribuição após administração oral. A meia-vida dominante é de aproximadamente 40 minutos, como no caso da administração intravenosa. Após administração intravenosa, ocorre uma fase de eliminação terminal com meia-vida de aproximadamente 13 horas. Essa fase terminal de eliminação é relativamente pouco significativa, pois representa uma pequena proporção do total absorvido, como evidencia o fato de que o estado de equilíbrio é atingido dentro de dois dias tanto para três como para quatro doses ao dia. Não ocorre acúmulo significativo da droga com o uso prolongado. O volume de distribuição aparente do compartimento central (VC) é de cerca de 5 litros (similar ao volume plasmático). O volume de distribuição aparente no estado de equilíbrio é de cerca de 100 litros, refletindo distribuição em vários compartimentos. O clearancetotal é de aproximadamente 250 ml/min e o tempo de permanência é de aproximadamente 8 horas (resultado de um MRT intrínseco de aproximadamente 6,4 horas e um tempo médio de absorção de 1,4 horas). A farmacocinética estimada, bem como os resultados experimentais em estados de equilíbrio, indicam que o regime de três ou quatro doses ao dia é adequado. O tratamento com dipiridamol drágeas no estado de equilíbrio produz uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 60% e uma biodisponibilidade relativa de aproximadamente 95% quando comparada com a administração de solução oral. Isto se deve ao efeito de primeira passagem pelo fígado, que remove cerca de 1/3 da dose administrada, e também à absorção incompleta da droga.
Distribuição do dipiridamol: A distribuição do dipiridamol é bastante ampla, atingindo vários órgãos, devido ao fato de ser altamente lipofílico. Em animais, o dipiridamol distribui-se preferencialmente pelo fígado, depois pelos pulmões, rins, baço e coração. A droga não atravessa significativamente a barreira hematoencefálica. A transferência placentária de dipiridamol é muito baixa. Em um caso detectou-se aproximadamente 1/17 da concentração plasmática no leite materno.
A ligação do dipiridamol com proteínas é de aproximadamente 97-99%, ligando-se principalmente à 1-alfa-ácido-glicoproteína e à albumina.
Metabolismo do dipiridamol: A metabolização do dipiridamol ocorre no fígado. O dipiridamol é metabolizado por conjugação com ácido glicurônico, formando principalmente um monoglicuronídeo e somente pequenas quantidades de diglicuronídeos. Na administração oral, aproximadamente 80% da concentração plasmática total não é metabolizada, e 20% da quantidade total é de monoglicuronídeo.
Eliminação do dipiridamol: A excreção renal do composto não-metabolizado é insignificante ( < 0,5%). A excreção urinária do metabólito glicuronídeo é baixa (5%). Os metabólitos são quase totalmente excretados por via biliar (cerca de 95%), com alguma evidência de recirculação entero-hepática.
Cinética em pacientes idosos: A concentração plasmática após administração de drágeas em idosos (acima de 65 anos) foi aproximadamente 50% maior que em indivíduos mais jovens (abaixo de 55 anos). A diferença é causada principalmente pela menor velocidade de remoção da substância do sangue. A absorção em idosos parece ser similar à que ocorre em mais jovens.
Cinética em pacientes com disfunção hepática: Pacientes com insuficiência hepática não apresentaram mudanças na concentração plasmática de dipiridamol, mas observou-se um aumento de glicuronídeos (farmacodinamicamente inativos). Sugere-se administrar dipiridamol sem restrição, desde que não haja evidência clínica de insuficiência hepática.
Cinética em pacientes com disfunção renal: Nos casos de insuficiência renal, nenhuma alteração na farmacocinética é esperada, pois a excreção renal é muito baixa (5%). No estudo realizado em pacientes com clearancede creatinina variando em aproximadamente 15 ml/min a >100 ml/min, não se observaram alterações na farmacocinética de dipiridamol ou nos seus metabólitos glicuronídeos quando os dados foram corrigidos para diferenças relacionadas à idade.
Dizeres legais
Para sua segurança, mantenha esta embalagem até o uso total do medicamento.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
MS 1.0367.0030 PERSANTINBOEHRINGERInjetáveldipiridamolAntiagregante plaquetário. Antianginoso.
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