Desmopressina

Antidiurético.

Usado como acetato, é um polipeptídeo sintético relacionado estruturalmente com o hormônio arginina vasopressina (hormônio antidiurético) da hipófise posterior. Aumenta a reabsorção de água no rim ao aumentar a permeabilidade celular dos túbulos coletores, o que produz um aumento da osmolaridade da urina com um decréscimo simultâneo do volume de excreção. Absorve-se 10% a 20% na mucosa nasal. É metabolizado no rim, por via intranasal, e seu efeito antidiurético evidencia-se em uma hora. A duração varia de 6 a 24 horas. O longo tempo de ação é devido à velocidade de absorção do medicamento na mucosa nasal, à persistência no plasma e ao efeito nos túbulos renais. O efeito termina de forma brusca em um período de 60 a 90 minutos. Atua também como anti-hemorrágico por aumento do fator VIII e da atividade do fator de von Willebrand.

Diabetes insípida neurogênica.

Adultos - como antidiurético: 0,01 mg ao deitar; pode adicionar uma dose matinal de 0,01 mg; manutenção: 0,001 a 0,04 mg/dia (intranasal). Crianças de 3 meses a 12 anos: 0,005 mg ao deitar; manutenção: 0,002 a 0,004 mg/kg/dia.

Podem aparecer rinorreia ou congestão nasal, cefaleias, sonolência, confusão e sufocos.

A ingestão de líquidos deve ser ajustada para diminuir o potencial de intoxicação por água e hiponatremia, especialmente em pacientes muito jovens ou idosos. Em pacientes com congestão nasal, rinite alérgica e infecção das vias respiratórias superiores, pode ocorrer uma queda na eficiência devido à diminuição da absorção na mucosa nasal.

A carbamazepina, a clorpropamida ou clofibrato podem potencializar o efeito antidiurético quando utilizados simultaneamente. O lítio e a norepinefrina podem diminuir o efeito antidiurético.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de rinite alérgica, congestão nasal, infecção das vias respiratórias superiores, doença arterial coronária e doença cardiovascular hipertensiva.