Terapias de Ação
Anticoagulante.
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Propriedades
Trata-se de uma heparina de baixo peso molecular de origem porcina, com uma relação anti-Xa/anti-IIa entre 1,5 e 2,5. Este fármaco é obtido através de despolimerização enzimática da heparina convencional não-fracionada e atua como anticoagulantes potencializando a inibição da antitrombina III sobre os fatores da coagulação ativados, principalmente o fator Xa. A atividade biológica da tinzaparina é referida ao primeiro Padrão Internacional para Heparinas de Baixo Peso Molecular, e é expressa em unidades internacionais (UI) anti-Xa. A atividade anti-Xa da tinzaparina sódica não é inferior a 70 e não ultrapassa 120UI/mg, enquanto a atividade anti-IIa é de aproximadamente 55UI/mg. O peso molecular médio da tinzaparina sódica é de 6.500. A porcentagem de cadeias de peso molecular inferior a 2.000 é menos de 10%; o de cadeias entre 2.000 e 8.000 oscila entre 60% e 72%, e a porcentagem de cadeias de peso molecular acima de 8.000 é de aproximadamente 29%. A atividade anti-Xa máxima é alcançada 4 a 6 horas após uma injeção subcutânea. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 90 min., e a biodisponibilidade é de cerca de 90%. Em razão de sua prolongada meia-vida, não é necessário administrá-la mais do que uma vez apenas ao dia. Até o presente não há informações sobre taxa de ligação com proteínas plasmáticas, metabolismo ou eliminação em seres humanos.
Indicações
Profilaxia da tromboflebite profunda e de complicações tromboembólicas em pacientes submetidos a cirurgia geral ou ortopédica.
Dosagem
Profilaxia da trombose em pacientes com risco moderado desta intercorrência (cirurgia geral): no dia da intervenção, administrar por via subcutânea 3.500UI anti-Xa duas horas antes da operação e, em seguida, 3.500UI uma vez ao dia durante 7 a 10 dias. Profilaxia da trombose em pacientes com risco elevado de tromboses (cirurgia ortopédica): no dia da intervenção, administrar por via subcutânea 50UI anti-Xa por kg de peso corporal 2 horas antes da operação e, a seguir, 50UI anti-Xa por peso corporal uma vez ao dia, durante 7 a 10 dias. Não aplicar por via intramuscular.
Reações Adversas
As principais reações adversas compreendem manifestações hemorrágicas em pele, mucosas, feridas abertas, trato gastrintestinal e trato geniturinário, especialmente com altas doses de tinzaparina. Com frequência observa-se ocorrência de dor e hematomas no ponto de injeção e, mais raramente, necrose da pele. No início do tratamento com tinzaparina pode-se observar trombocitopenia transitória discreta (tipo I), com contagens de plaquetas entre 100.000/mcl e 150.000/mcl, devido a uma ativação plaquetária; em geral não há complicações em decorrência deste efeito e, assim, o tratamento pode ser mantido. Raramente foram observados casos de trombocitopenia grave mediada por anticorpos (tipo II) com contagens de plaquetas claramente inferiores a 100.000 por microlitro ou uma rápida queda até abaixo de 50% do valor inicial. Em pacientes não sensibilizados, a queda das contagens de plaquetas ocorre geralmente 6 a 14 dias após o início do tratamento. Em pacientes sensibilizados, a diminuição de plaquetas pode ocorrer nas primeiras horas. Este tipo grave de trombocitopenia pode associar-se com trombose/tromboembolismos arteriais e venosos, coagulopatia de consumo, possível necrose da pele no ponto de injeção, petéquias, púrpura e melenas. O efeito anticoagulante da heparina pode apresentar-se reduzido (tolerância à heparina). Com menos frequência observaram-se reações anafiláticas, manifestações alérgicas, náuseas, vômitos, febre, cefaleias, urticária, prurido, dispneia, broncospasmo, hipertensão, queda transitória de cabelo.
Precauções e Advertências
Recomenda-se administrar com precaução em pacientes idosos, com insuficiência renal ou hepática, hipertensão arterial não-controlada, histórico de úlcera péptica ou outras lesões suscetíveis de sangramento, punção lombar, espinal ou anestesia epidural, retinopatia ou hemorragia vítrea. Recomenda-se realizar contagem de plaquetas antes do início e duas vezes por semana durante o tratamento com tinzaparina. Não administrar a crianças, nem a mulheres durante a gravidez e o período de amamentação. Em geral, as heparinas e, por extensão, a tinzaparina, são apenas discretamente tóxicas. O efeito mais importante, observado em estudos de toxicidade aguda, subaguda e crônica, toxicidade sobre a reprodução e mutagenicidade, é a hemorragia causada por administração de doses muito elevadas.
Interações
Recomenda-se administrar com precaução juntamente com outros fármacos que atuem sobre a hemostasia, como anti-inflamatórios não-esteroidais, ácido acetilsalicílico, salicilatos, antagonistas da vitamina K, dipiridamol e dextrana. A interação entre a heparina e a nitroglicerina administrada intravenosa (que pode diminuir a eficácia da heparina), não deve ser descartada para o tinzaparina. Administrar com precaução concomitantemente com fármacos que aumentem a potassemia.
Contra-indicações
Hipersensibilidade à tinzaparina sódica e heparina, presença ou histórico de trombocitopenia (tipo II) associada à heparina, hipertensão grave não-controlada, endocardite séptica, insuficiência hepática grave, processos hemorrágicos ativos (úlcera gastroduodenal, hemorragias intracranianas ou intraoculares ou outras), acidente vascular cerebral hemorrágico, diátese hemorrágica congênita ou adquirida, deficiência de fatores da coagulação e trombocitopenia grave, cirurgia que afete o encéfalo, a medula espinhal ou os olhos.
Superdosagem
O principal sinal e sintoma de superdose é a hemorragia. Nestes casos, recomenda-se suspender o tratamento e, se a hemorragia for grave, a tinzaparina pode ser neutralizada com protamina; podem ser necessárias doses repetidas ou uma infusão contínua. É importante assinalar que a superdose com protamina por si própria tem efeito anticoagulante, e que a protamina pode causar reações anafiláticas.
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Interações de Tinzaparina sódica
Informação não disponível |
Alguns medicamentos que contêm Tinzaparina sódica