Composição
Ingredientes Ativos: Cada comprimido de RENITEC® contém 5 mg, 10 mg ou 20 mg de maleato de enalapril. Ingredientes Inativos: Cada comprimido de 5 mg, 10 mg ou 20 mg de RENITEC® contêm carbonato ácido de sódio, lactose, amido de milho, estearato de magnésio e amido de milho pré-gelatinizado. Cada comprimido de 20 mg contém óxido amarelo de ferro e óxido vermelho de ferro e cada comprimido de 10 mg contém óxido vermelho de ferro.
Apresentação
RENITEC® (maleato de enalapril), MSD é apresentado em caixas com 30 comprimidos de 5 mg, 10 mg e 20 mg.
USO ORAL.
USO ADULTO.
Indicações
RENITEC® é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial, tratamento da hipertensão renovascular e todos os graus de insuficiência cardíaca.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, RENITEC® também é indicado para aumentar a sobrevida, retardar a progressão para insuficiência cardíaca e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca.
Prevenção de Insuficiência Cardíaca Sintomática
Em pacientes com disfunção ventricular esquerda assintomáticos, RENITEC® é indicado para retardar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca.
Prevenção de Eventos Coronarianos Isquêmicos
Em pacientes com disfunção ventricular esquerda, RENITEC® é indicado para reduzir a incidência de infarto do miocárdio e as hospitalizações por angina instável.
Dosagem
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
Mantenha RENITEC® em temperatura ambiente (entre 15°C-30°C). Os comprimidos devem ser protegidos da luz e da umidade.
POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
Uma vez que a absorção dos comprimidos de RENITEC® não é afetada pela ingestão de alimentos, os comprimidos podem ser administrados antes, durante ou após as refeições.
A dose de 2,5 mg é citada apenas para informação. Embora os comprimidos de 2,5 mg de enalapril estejam disponíveis no mercado, RENITEC® não é mais comercializado na concentração de 2,5 mg.
Hipertensão Essencial: a dose inicial é de 10 mg a 20 mg uma vez ao dia, dependendo do grau de hipertensão. A dose inicial recomendada para a hipertensão leve é de 10 mg ao dia. Para outros graus de hipertensão, a dose inicial é de 20 mg ao dia. A dose usual de manutenção é de um comprimido de 20 mg ao dia. A posologia deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente até o máximo de 40 mg ao dia.
Hipertensão Renovascular:uma vez que a pressão arterial e a função renal nesses pacientes podem ser particularmente sensíveis à inibição da ECA, o tratamento deve ser iniciado com uma dose menor (por exemplo: 5 mg ou menos). A posologia, então, deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente; espera-se que a maioria dos pacientes responda a um comprimido de 20 mg ao dia. Para os pacientes hipertensos que receberam recentemente diuréticos, recomenda-se cautela (veja a seguir).
Terapia Diurética Concomitante na Hipertensão:pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de RENITEC®, principalmente em pacientes tratados concomitantemente com diuréticos; portanto, recomenda-se cuidado nesses casos, pois esses pacientes podem apresentar depleção de volume ou de sal. A terapia diurética deve ser descontinuada por 2 a 3 dias antes do início da terapia com RENITEC®. Se isso não for possível, a dose inicial de RENITEC® deve ser baixa (5 mg ou menos) para determinar o efeito inicial na pressão arterial. A posologia, então, deve ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente.
Posologia na Insuficiência Renal: geralmente, o intervalo entre as doses de enalapril deve ser prolongado e/ou a posologia diminuída.
Insuficiência Cardíaca/Disfunção Ventricular Esquerda Assintomática: a dose inicial para pacientes com insuficiência cardíaca sintomática ou disfunção ventricular esquerda assintomática é de 2,5 mg e deve ser administrada sob rígida supervisão médica para se determinar o efeito inicial na pressão arterial. RENITEC® pode ser utilizado para o controle da insuficiência cardíaca sintomática, geralmente com diuréticos e, quando apropriado, com digitálicos. Na ausência de hipotensão sintomática, após o início da terapia de insuficiência cardíaca com RENITEC® ou após o controle efetivo da hipotensão, a dose deve ser aumentada gradualmente até a dose de manutenção usual de 20 mg, administrada em dose única diária ou dividida em duas doses, conforme tolerado pelo paciente. Essa titulação da dose pode ser realizada em um período de 2 a 4 semanas, ou menos, quando a presença de sinais ou sintomas residuais de insuficiência cardíaca indicarem. Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, esse esquema posológico foi eficaz para reduzir a mortalidade.
A pressão arterial e a função renal devem ser rigorosamente monitorizadas antes e depois de iniciado o tratamento com RENITEC® (veja ADVERTÊNCIAS), pois foram relatadas hipotensão e (mais raramente) insuficiência renal conseqüente. Em pacientes que utilizam diuréticos, a dose deverá ser reduzida, se possível, antes de se iniciar o tratamento com RENITEC®. O aparecimento de hipotensão após a dose inicial de RENITEC® não implica que ela voltará a ocorrer durante a terapia crônica e não impede o uso continuado de RENITEC®. O potássio sérico também deverá ser monitorizado (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Contra-indicações
RENITEC® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um de seus componentes, pacientes com histórico de edema angioneurótico relacionado a utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina e pacientes com angioedema hereditário ou idiopático.
Reações Adversas
Em geral, RENITEC® é bem tolerado. Em estudos clínicos, a incidência global de reações adversas não foi maior com RENITEC® do que com o placebo. Na maioria dos casos, as reações adversas foram leves e transitórias e não requereram a interrupção da terapia.
As seguintes reações adversas foram associadas ao uso de RENITEC®: tontura e cefaléia, as reações mais comumente relatadas; fadiga e astenia, relatadas por 2% a 3% dos pacientes. Outras reações adversas ocorreram em menos de 2% dos pacientes e incluíram hipotensão, hipotensão ortostática, síncope, náuseas, diarréia, cãibras musculares, erupções cutâneas e tosse; menos frequentemente, houve relatos de disfunção renal, insuficiência renal e oligúria.
Hipersensibilidade/Edema Angioneurótico:edema angioneurótico de face, lábios, língua, glote e/ou laringe e extremidades foi relatado raramente (veja ADVERTÊNCIAS). Em casos muito raros, foi relatado angioedema intestinal com inibidores da enzima conversora de angiotensina, inclusive com o enalapril.
Reações adversas que ocorreram muito raramente em estudos clínicos controlados ou após a comercialização incluem:
Cardiovasculares: infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (possivelmente decorrentes de hipotensão excessiva em pacientes de alto risco [veja ADVERTÊNCIAS]), dor torácica, distúrbios do ritmo cardíaco, palpitações, anginapectoris e fenômeno de Raynaud.
Endócrino: síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).
Gastrintestinais:íleo paralítico, pancreatite, insuficiência hepática, hepatite (hepatocelular ou colestática), icterícia, vômitos, constipação, estomatite, dor abdominal, dispepsia, anorexia.
Sistemas Nervoso/Psiquiátrico:depressão, confusão mental, sonolência, insônia, nervosismo, parestesia, vertigem, anormalidades do padrão de sonhos.
Metabolismo: foram relatados casos de hipoglicemia em pacientes diabéticos recebendo agentes antidiabéticos orais ou insulina (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Respiratórios:infiltrados pulmonares, broncospasmo/asma, dispnéia, rinorréia, dor de garganta e rouquidão.
Pele:diaforese, eritema polimorfo, dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, pênfigo, prurido, urticária, alopecia.
Outros:impotência, flushing (vermelhidão repentina da pele, principalmente no rosto, pescoço e parte superior do tórax), alteração do paladar, visão embaçada, glossite e zumbido.
Foi relatado um complexo sintomático que pode incluir alguns, ou todos, dos seguintes sintomas: febre, serosite, vasculite, mialgia/miosite, artralgia/artrite, fator antinúcleo positivo, VHS elevada, eosinofilia e leucocitose. Podem ocorrer erupções cutâneas, fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.
Achados de Testes Laboratoriais:alterações clinicamente importantes dos parâmetros laboratoriais padrão raramente foram associadas com a administração de RENITEC®. Foram observados aumentos de uréia sanguínea e creatinina sérica e elevações das enzimas hepáticas e/ou da bilirrubina sérica, geralmente reversíveis com a descontinuação de RENITEC®. Ocorreram hipercalemia e hiponatremia.
Foram relatadas reduções de hemoglobina e hematócrito.
Após a comercialização, foram relatados alguns casos de neutropenia, trombocitopenia, depressão de medula óssea e agranulocitose, para os quais não se pôde excluir relação causal com o uso de RENITEC®.
Resultados de eficácia
Um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado com placebo sobre disfunção ventricular esquerda (SOLVD) avaliou os efeitos de RENITEC® em 6.797 pacientes; destes, 2.569 pacientes com todos os graus de insuficiência cardíaca sintomática (principalmente leve a moderada, classes II e III da New York Heart Association- NYHA) foram distribuídos de modo randômico para o braço de tratamento e 4.228 pacientes com disfunção assintomática do ventrículo esquerdo, para o braço de prevenção. Os resultados combinados demonstraram redução do risco global dos principais eventos isquêmicos. RENITEC® reduziu a incidência de infarto do miocárdio e o número de hospitalizações decorrentes de angina instável em pacientes com disfunção ventricular esquerda.
Além disso, no braço de prevenção, RENITEC® preveniu de forma significativa o desenvolvimento da insuficiência cardíaca sintomática e reduziu o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca. No braço de tratamento, RENITEC®, como adjuvante ao tratamento convencional, reduziu significativamente a taxa global de mortalidade e hospitalização por insuficiência cardíaca e melhorou a classificação funcional de acordo com os critérios da NYHA.
Em um estudo semelhante que envolveu 253 pacientes com insuficiência cardíaca grave (classe IV da NYHA), demonstrou-se que RENITEC® melhorou os sintomas e reduziu a mortalidade significativamente.
As propriedades cardioprotetoras de RENITEC® foram demonstradas nesses estudos pelos efeitos benéficos na sobrevida e no retardamento da progressão da insuficiência cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, no retardamento do desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática em pacientes assintomáticos com disfunção ventricular esquerda e na prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pacientes com disfunção ventricular esquerda, especificamente na redução da incidência de infarto do miocárdio e de hospitalização por angina instável.
Interação com outros medicamentos
Terapia Anti-hipertensiva: a administração de RENITEC® com outro anti-hipertensivo pode causar efeito aditivo.
Potássio Sérico- Veja também PRECAUÇÕES, Hipercalemia:em estudos clínicos, o potássio sérico geralmente permaneceu nos limites da normalidade. Em pacientes hipertensos que receberam apenas RENITEC® durante até 48 semanas, foram observados aumentos médios do potássio sérico de aproximadamente 0,2 mEq/L. Nos pacientes que receberam RENITEC® associado a um diurético tiazídico, o efeito espoliador de potássio do diurético foi, em geral, atenuado pelo efeito do enalapril.
Se RENITEC® for administrado com um diurético espoliador de potássio, a hipocalemia induzida pelo diurético pode ser atenuada.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de hipercalemia incluem insuficiência renal, diabetes melito e uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio.
O uso desses agentes, particularmente em pacientes com comprometimento da função renal, pode resultar em aumentos significativos do potássio sérico. Caso essa conduta seja considerada apropriada, RENITEC® e esses agentes deverão ser usados com cuidado e o potássio sérico, monitorizado com freqüência.
Antidiabéticos
Estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de inibidores da ECA com medicamentos antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais) pode causar aumento do efeito redutor da glicemia com risco de hipoglicemia. Esse fenômeno pareceu ser mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal. Em pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais ou insulina, o controle glicêmico deve ser monitorado com atenção quanto à hipoglicemia, particularmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.
Lítio Sérico: a exemplo de outros medicamentos que eliminam sódio, pode ocorrer redução da depuração do lítio; portanto, os níveis séricos de lítio devem ser monitorizados cuidadosamente se houver necessidade de administrar sais de lítio.
Agentes Anti-inflamatórios Não Esteróides, Incluindo Inibidores da Ciclooxigenase-2: agentes anti-inflamatórios não esteróides, incluindo os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2), podem reduzir o efeito de diuréticos e outros agentes hipertensivos. Portanto os efeitos antihipertensivos dos inibidores da ECA podem ser atenuados pelos anti-inflamatórios não esteróides, incluindo os inibidores seletivos da COX-2.
Em alguns pacientes com disfunção renal (por exemplo, pacientes idosos ou pacientes com depleção de volume, incluindo aqueles em tratamento com diuréticos) sob tratamento com antiinflamatórios não esteróides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a coadministração de antagonistas dos receptores da angiotensina II ou de inibidores da ECA pode agravar a deterioração da função renal. Esses efeitos em geral são reversíveis.
Ouro: reações nitritóides (os sintomas incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) foram relatadas raramente em pacientes recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e terapia concomitante com inibidores da ECA, incluindo enalapril.
Cuidado de armazenamento
Mantenha RENITEC® em temperatura ambiente (entre 15°C-30°C). Os comprimidos devem ser protegidos da luz e da umidade.
Não use este medicamento após a expiração da data de validade impressa na embalagem.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Superdose
Há poucos dados disponíveis sobre a superdose em seres humanos. As principais características de superdose relatadas até o momento consistem em hipotensão acentuada que começa cerca de 6 horas após a ingestão dos comprimidos, simultaneamente a bloqueio do sistema renina-angiotensina e estupor. Após ingestão de 300 mg e 440 mg de enalapril, foram relatados níveis séricos de enalaprilato 100 e 200 vezes mais altos, respectivamente, do que os observados usualmente depois de doses terapêuticas.
O tratamento recomendado para a superdose é a infusão intravenosa de solução salina normal. Se disponível, a infusão de angiotensina II pode ser benéfica. Se a ingestão for recente, deve-se induzir
o vômito. O enalaprilato pode ser removido da circulação sistêmica por hemodiálise (veja ADVERTÊNCIAS, Pacientes sob Hemodiálise).
Informação técnica
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
RENITEC® é o sal maleato do enalapril, um derivado de dois aminoácidos (L-alanina e L-prolina). Após administração por via oral, o enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir, hidrolisado a enalaprilato, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) não-sulfidrílico, de longa ação, altamente específico.
RENITEC® é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial e para tratamento da hipertensão renovascular. Pode ser usado isoladamente, como terapia inicial, ou simultaneamente com outros anti-hipertensivos (particularmente diuréticos).
RENITEC® também é indicado para o tratamento e a prevenção de insuficiência cardíaca.
Mecanismo de Ação
A enzima conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil-dipeptidase, a qual catalisa a conversão da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o qual inibe a enzima conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática que aumenta a atividade da renina plasmática (em razão da remoção do feedback negativo de liberação da renina) e diminui a secreção de aldosterona.
A enzima conversora da angiotensina é idêntica à cininase II. Portanto, o enalapril pode também bloquear a degradação de bradicinina, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda não foi esclarecido como isso gera o efeito terapêutico. Apesar de se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a pressão arterial seja essencialmente pela supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel na regulação da pressão arterial, o enalapril é anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.
Farmacocinética
Maleato de Enalapril
O maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as concentrações máximas plasmáticas de enalapril ocorrem em uma hora. Com base na recuperação na urina, a taxa de absorção do enalapril do maleato de enalapril oral é de aproximadamente 60%.
Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima conversora de angiotensina. As concentrações máximas plasmáticas do enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma dose oral de maleato de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal. Os principais componentes na urina são: enalaprilato, que contribui com 40% da dose, e enalapril intacto. Exceto pela conversão a enalaprilato, não há evidência de metabolismo significante do enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe uma fase terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com a ECA. Em indivíduos com função renal normal, as concentrações séricas em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta do quarto dia da administração do maleato de enalapril. A meia-vida efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de maleato de enalapril oral é de 11 horas. A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa terapêutica recomendada.
Farmacodinâmica
Maleato de Enalapril
A administração do maleato de enalapril a pacientes hipertensos resulta na redução da pressão arterial tanto na posição supina como de pé sem aumento significativo da freqüência cardíaca.
Hipotensão sintomática postural não é freqüente. Em alguns pacientes a redução ideal da pressão arterial pode requerer várias semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril não foi associada ao rápido aumento da pressão arterial.
A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4 horas depois da administração oral de uma única dose de enalapril. O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em uma hora e as reduções máximas, 4 a 6 horas após a administração. A duração do efeito é relacionada à dose. Entretanto, nas doses recomendadas, demonstrou-se que os efeitos antihipertensivo e hemodinâmico se mantêm durante 24 horas, no mínimo.
O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz regressão significativa da hipertrofia ventricular esquerda, preservando o desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.
Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica e aumento do débito cardíaco, bem como pequena ou nenhuma alteração da freqüência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril, o fluxo sanguíneo renal aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou. Entretanto, em pacientes cujas taxas de filtração glomerular eram baixas antes do tratamento, geralmente ocorreu aumento.
A administração crônica de RENITEC® para pacientes com hipertensão essencial e insuficiência renal pode estar associada à melhora da função renal, evidenciada pelo aumento da taxa da filtração glomerular.
Em estudos clínicos de curta duração que envolveram pacientes nefropatas com e sem diabetes, foram observadas reduções da albuminúria, da excreção de IgG e das proteínas totais na urina após a administração de enalapril.
Quando administrado com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial de RENITEC® são, no mínimo, aditivos. RENITEC® pode reduzir ou evitar o desenvolvimento da hipocalemia induzida pelos tiazídicos.
O tratamento com RENITEC® geralmente não está associado a reações adversas no ácido úrico plasmático.
O tratamento com RENITEC® foi associado a efeitos favoráveis nas frações lipoprotéicas no plasma e favorável ou sem efeito nos níveis totais de colesterol.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sob tratamento com digitais e diuréticos, o tratamento com RENITEC® foi associado à redução da resistência periférica e da pressão arterial. O débito cardíaco aumentou, enquanto a freqüência cardíaca (geralmente elevada em pacientes com insuficiência cardíaca) diminuiu. A pressão capilar pulmonar também foi reduzida. A tolerância ao exercício e a gravidade da insuficiência cardíaca, de acordo com os critérios da New York Heart Association, melhoraram. Esses efeitos se mantiveram durante o tratamento crônico.
Em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada, o enalapril retardou a dilatação/aumento e insuficiência progressivos, como evidenciado pelos volumes finais diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo e pela melhora da fração de ejeção.
Os dados clínicos demonstraram que o enalapril reduziu a freqüência de arritmia ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca, embora os mecanismos subjacentes e a relevância clínica não sejam conhecidos.
Farmacocinética
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
RENITEC® é o sal maleato do enalapril, um derivado de dois aminoácidos (L-alanina e L-prolina). Após administração por via oral, o enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir, hidrolisado a enalaprilato, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) não-sulfidrílico, de longa ação, altamente específico.
RENITEC® é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial e para tratamento da hipertensão renovascular. Pode ser usado isoladamente, como terapia inicial, ou simultaneamente com outros anti-hipertensivos (particularmente diuréticos).
RENITEC® também é indicado para o tratamento e a prevenção de insuficiência cardíaca.
Mecanismo de Ação
A enzima conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil-dipeptidase, a qual catalisa a conversão da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o qual inibe a enzima conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática que aumenta a atividade da renina plasmática (em razão da remoção do feedback negativo de liberação da renina) e diminui a secreção de aldosterona.
A enzima conversora da angiotensina é idêntica à cininase II. Portanto, o enalapril pode também bloquear a degradação de bradicinina, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda não foi esclarecido como isso gera o efeito terapêutico. Apesar de se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a pressão arterial seja essencialmente pela supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel na regulação da pressão arterial, o enalapril é anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.
Farmacocinética
Maleato de Enalapril
O maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as concentrações máximas plasmáticas de enalapril ocorrem em uma hora. Com base na recuperação na urina, a taxa de absorção do enalapril do maleato de enalapril oral é de aproximadamente 60%.
Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima conversora de angiotensina. As concentrações máximas plasmáticas do enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma dose oral de maleato de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal. Os principais componentes na urina são: enalaprilato, que contribui com 40% da dose, e enalapril intacto. Exceto pela conversão a enalaprilato, não há evidência de metabolismo significante do enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe uma fase terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com a ECA. Em indivíduos com função renal normal, as concentrações séricas em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta do quarto dia da administração do maleato de enalapril. A meia-vida efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de maleato de enalapril oral é de 11 horas. A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa terapêutica recomendada.
Farmacodinâmica
Maleato de Enalapril
A administração do maleato de enalapril a pacientes hipertensos resulta na redução da pressão arterial tanto na posição supina como de pé sem aumento significativo da freqüência cardíaca.
Hipotensão sintomática postural não é freqüente. Em alguns pacientes a redução ideal da pressão arterial pode requerer várias semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril não foi associada ao rápido aumento da pressão arterial.
A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4 horas depois da administração oral de uma única dose de enalapril. O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em uma hora e as reduções máximas, 4 a 6 horas após a administração. A duração do efeito é relacionada à dose. Entretanto, nas doses recomendadas, demonstrou-se que os efeitos antihipertensivo e hemodinâmico se mantêm durante 24 horas, no mínimo.
O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz regressão significativa da hipertrofia ventricular esquerda, preservando o desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.
Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica e aumento do débito cardíaco, bem como pequena ou nenhuma alteração da freqüência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril, o fluxo sanguíneo renal aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou. Entretanto, em pacientes cujas taxas de filtração glomerular eram baixas antes do tratamento, geralmente ocorreu aumento.
A administração crônica de RENITEC® para pacientes com hipertensão essencial e insuficiência renal pode estar associada à melhora da função renal, evidenciada pelo aumento da taxa da filtração glomerular.
Em estudos clínicos de curta duração que envolveram pacientes nefropatas com e sem diabetes, foram observadas reduções da albuminúria, da excreção de IgG e das proteínas totais na urina após a administração de enalapril.
Quando administrado com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial de RENITEC® são, no mínimo, aditivos. RENITEC® pode reduzir ou evitar o desenvolvimento da hipocalemia induzida pelos tiazídicos.
O tratamento com RENITEC® geralmente não está associado a reações adversas no ácido úrico plasmático.
O tratamento com RENITEC® foi associado a efeitos favoráveis nas frações lipoprotéicas no plasma e favorável ou sem efeito nos níveis totais de colesterol.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sob tratamento com digitais e diuréticos, o tratamento com RENITEC® foi associado à redução da resistência periférica e da pressão arterial. O débito cardíaco aumentou, enquanto a freqüência cardíaca (geralmente elevada em pacientes com insuficiência cardíaca) diminuiu. A pressão capilar pulmonar também foi reduzida. A tolerância ao exercício e a gravidade da insuficiência cardíaca, de acordo com os critérios da New York Heart Association, melhoraram. Esses efeitos se mantiveram durante o tratamento crônico.
Em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada, o enalapril retardou a dilatação/aumento e insuficiência progressivos, como evidenciado pelos volumes finais diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo e pela melhora da fração de ejeção.
Os dados clínicos demonstraram que o enalapril reduziu a freqüência de arritmia ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca, embora os mecanismos subjacentes e a relevância clínica não sejam conhecidos.
Dizeres legais
Registro MS - 1.0029.0031
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
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