Reações Adversas
Reações Adversas Em Pacientes Já Tratados
A avaliação da segurança de ISENTRESS™ baseou-se nos relatos de eventos adversos em pacientes que já haviam recebido tratamento desde os estudos clínicos randômicos P005, P018 e P019 nos quais foi utilizada a dose recomendada de ISENTRESS™, 400 mg duas vezes ao dia, em combinação com o Tratamento Otimizado de Base (OBT) em 507 pacientes, em comparação com 282 pacientes que receberam placebo em combinação com OBT. Durante o tratamento duplo-cego, o acompanhamento total foi de 702,8 pacientes-ano do grupo ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e 257,1 pacientes-ano do grupo placebo.
Entre os pacientes do braço de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia + OBT (acompanhamento médio de 72,3 semanas) e do braço para comparação, no qual foi administrado placebo + OBT (acompanhamento médio de 47,6 semanas), na análise agrupada para os estudos P005, P018 e P019, os eventos adversos mais comumente relatados ( >10% em qualquer um dos grupos) de todas as intensidades e independentemente da causalidade foram: diarréia em 20,3% e 21,3%, náuseas em 12,2% e 15,6%, cefaléia em 10,8% e 7,8%, pirexia em 7,7% e 11,7% dos pacientes, respectivamente. Nessa análise agrupada, a taxa de descontinuação do tratamento em razão de eventos adversos foi de 2,6% entre os pacientes que receberam ISENTRESS™ + OBT e de 3,2% entre os pacientes que receberam placebo + OBT.
Eventos Adversos Relacionados ao Medicamento
Os eventos adversos clínicos listados abaixo foram considerados de intensidade moderada a grave pelos pesquisadores. A causa de tais eventos pode ser atribuída a qualquer um dos medicamentos do esquema de combinação (ISENTRESS™/placebo apenas ou em combinação com OBT, ou OBT apenas). Os eventos adversos de intensidade moderada a grave e relacionados ao medicamento que ocorreram em ?2% dos pacientes adultos que já receberam tratamento são apresentados na tabela 9.
Os eventos adversos de intensidade moderada a grave e relacionados ao medicamento, que ocorreram em menos de 2% dos pacientes já tratados (n= 507) e que haviam recebido ISENTRESS™ + OBT são listados abaixo, por classe de órgão sistema.
[Comuns (?1/100, < 1/10), Incomuns (?1/1,000, < 1/100)]
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático
Incomuns: anemia, anemia macrocítica, neutropenia.
Distúrbios Cardíacos
Incomuns: infarto do miocárdio, palpitações, extra-sístoles ventriculares.
Distúrbios do Ouvido e Labirinto
Incomuns: vertigem.
Distúrbios Oculares
Incomuns: distúrbio visual.
Distúrbios Gastrintestinais
Comuns: dor abdominal, vômitos.
Incomuns: distensão abdominal, dor abdominal alta, constipação, dor gastrintestinal,desconforto abdominal, dispepsia, flatulência, gastrite, glossite, doença de refluxo gastroesofágico, boca seca.
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração
Comuns: astenia, fadiga.
Incomuns: pirexia, desconforto torácico, calafrios, sensação de calor, irritabilidade, intolerância a medicamento, edema de face, liponecrose.
Distúrbios Hepatobiliares
Incomuns: hepatite, hepatomegalia,hiperbilirrubinemia.
Distúrbios do Sistema Imunológico
Incomuns: hipersensibilidade ao medicamento, hipersensibilidade.
Infecções e Infestações
Incomuns: celulite, herpes simplex, herpes genital.
Investigação
Incomuns: redução de peso, aumento de peso.
Lesão, Envenenamento e Complicações de Procedimentos
Incomuns: toxicidade medicamentosa, fratura de compressão
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais
Incomuns: diabetes mellitus, obesidade central, dislipidemia, hiperlactacidemia, hiperlipidemia, hipertrigliceridemia, aumento do apetite, diminuição do apetite,lipomatose.
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo
Comuns: artralgia
Incomuns: mialgia, dor nas extremidades, lombalgia, espasmos musculares, dor musculoesquelética, miosite, atrofia muscular, amiotrofia, osteoporose.
Distúrbios do Sistema Nervoso
Comuns: tontura.
Incomuns: neuropatia periférica, alodinia, neuropatia, parestesia polineuropatia, sonolência, cefaléia tensional, tremor, neuropatia sensorial periférica.
Distúrbios Psiquiátricos
Incomuns: depressão, insônia, sonhos anormais, ansiedade.
Distúrbios Renais e Urinários
Incomuns: nefropatia tóxica, síndrome nefrótica, nefrite, nefrite intersticial, nefrolitíase, noctúria, polaciúria, insuficiência renal, insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica, comprometimento renal, necrose tubular renal.
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e da Mama
Incomuns: disfunção erétil, ginecomastia.
Distúrbios Respiratórios,Torácicos e do Mediastino
Incomuns: epístaxe.
Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo
Incomuns: erupção cutânea, hiperidrose, dermatite acneiforme, eritema, atrofia gordurosa, lipoatrofia, lipo-hipertrofia, sudorese noturna, erupção cutânea macular, erupção cutânea maculopapular, erupção cutânea prurítica, xerodermia, prurigo, emaciação facial.
Eventos Graves
Nos estudos clínicos P005, P018 e P019, foram relatados os seguintes eventos adversos graves relacionados ao medicamento: hipersensibilidade1, anemia, neutropenia, infarto do miocárdio, gastrite, hepatite, hipersensibilidade ao medicamento, nefropatia tóxica e insuficiência renal, herpes genital, superdosagem acidental, insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica e necrose tubular renal.
1 Foi observada hipersensibilidade em 2 pacientes com ISENTRESS™. O tratamento foi interrompido e após a reexposição os pacientes conseguiram retomar o medicamento.
EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES NÃO TRATADOS PREVIAMENTE
A seguinte avaliação da segurança de ISENTRESS™ em pacientes não tratados previamente se baseou no estudo randômico, duplo-cego, controlado com agente ativo que envolveu pacientes não tratados previamente, protocolo 021 (STARTMRK) com ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia em combinação com uma dose fixa de entricitabina 200 mg (+) tenofovir 245 mg, (N=281) versus efavirenz (EFV) 600 mg ao deitar em combinação com entricitabina (+) tenofovir (N=282). Durante o tratamento duplo-cego, o acompanhamento total para pacientes com ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia + entricitabina (+) tenofovir foi de 333 pacientes-ano e 317 pacientes-ano para pacientes com efavirenz 600 mg ao deitar + entricitabina (+) tenofovir.
O número (%) de pacientes com eventos adversos e eventos adversos relacionados ao medicamento no grupo que recebeu ISENTRESS™ foi significativamente menos freqüente que o do grupo que recebeu efavirenz com base nos valores de p nominais (0,002 e < 0,001, respectivamente). Neste estudo, as taxas de descontinuação do tratamento por eventos adversos foram de 3,2% entre os pacientes que receberam ISENTRESS™ + entricitabina (+) tenofovir e 6,4% nos pacientes entre os que receberam efavirenz + entricitabina (+) tenofovir.
Para os pacientes do grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia + entricitabina (+) tenofovir e do grupo que recebeu o agente comparativo, efavirenz 600 mg ao deitar + entricitabina (+) tenofovir, os eventos adversos mais comumente relatados ( >10% em qualquer grupo), de todas as intensidades e independentemente da causalidade, são mostrados na Tabela 10.
Eventos do SNC
Em pacientes não tratados previamente (P021), os eventos no sistema nervoso central (SNC), medidos pela proporção de pacientes com 1 ou mais sintomas do SNC (descritos abaixo), foram relatados significativamente menos freqüentemente no grupo que recebeu ISENTRESS™ + entricitabina (+) tenofovir em comparação ao grupo que recebeu efavirenz + entricitabina (+) tenofovir, p < 0,001 e < 0,001 para eventos cumulativos até as semanas 8 e 48, respectivamente. No grupo que recebeu ISENTRESS™, a porcentagem de pacientes com 1 ou mais sintomas do SNC foi de 20,3% em comparação com 52,1% no grupo que recebeu efavirenz na 8ª semana e 26,0% em comparação com 58,5% na 48ª semana. Os eventos adversos do SNC para essa análise foram tontura, insônia, comprometimento da concentração, sonolência, depressão, pesadelos, estado confusional, idéias suicidas, distúrbio do sistema nervoso, distúrbio psicótico, sonhos anormais, tentativa suicida, psicose aguda, delírio, nível deprimido de consciência, alucinação, alucinação auditiva, suicídio consumado e depressão importante.
Eventos Adversos Relacionados ao Medicamento
Os pesquisadores consideraram as reações adversas clínicas listadas abaixo de intensidade moderada a grave e de relação causal com qualquer medicamento no regime de combinação (ISENTRESS™/efavirenz apenas ou em combinação com entricitabina (+) tenofovir, ou entricitabina (+) tenofovir apenas).
As reações adversas clínicas de intensidade moderada a grave que ocorreram em ?2% nos pacientes adultos não tratados previamente estão apresentadas na Tabela 11.
Eventos adversos relacionados ao medicamento, que ocorreram em menos de 2% dos pacientes não tratados previamente (n=281) que receberam ISENTRESS™ + entricitabina (+) tenofovir e de intensidade moderada a grave são listados abaixo por Classe de Órgão Sistema.
[Comuns (?1/100, < 1/10), Incomuns (?1/1.000, < 1/100)]
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático
Incomum: dor no linfonodo, neutropenia
Distúrbios do Ouvido e Labirinto
Incomuns: tinido, vertigem
Distúrbios Gastrintestinais
Incomuns: dor abdominal, vômitos, dor abdominal superior
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração
Comuns: fadiga
Incomuns: astenia
Distúrbios do Sistema Imunológico
Incomuns: síndrome de reconstituição imunológica
Infecções e Infestações
Incomuns: herpes zoster, gastroenterite, foliculite
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais
Incomuns: anorexia, diminuição do apetite
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo
Incomuns: artrite,mialgia, espasmos musculares, torcicolo
Distúrbios do Sistema Nervoso
Comuns: tontura
Incomuns: hipersonia, sonolência,comprometimento da memória Distúrbios Psiquiátricos
Comuns: sonhos anormais, pesadelos
Incomuns: ansiedade, distúrbio mental, estado confusional
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e da Mama
Incomuns: disfunção erétil
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
Incomuns: acne, alopecia, lesão cutânea
Eventos Graves
Os seguintes eventos adversos graves relacionados ao medicamento foram relatados no estudo clínico P021 em pacientes não tratados previamente que receberam ISENTRESS™ + entricitabina (+) tenofovir: síndrome de reconstituição imunológica, superdosagem acidental e distúrbio mental.
Dados Prolongados em Pacientes Não Tratados Previamente
O perfil de segurança de ISENTRESS™ em um estudo fase II, duplo-cego, para definição de intervalo de dose de 96 semanas em pacientes não tratados previamente (P004) com ISENTRESS™ mais tenofovir (TDF) e lamivudina (3TC) (N=160) versus efavirenz (EFV) mais TDF e 3TC (N= 38) foi consistente com os dados de Fase III em pacientes não tratados previamente (P021), com exceção dos seguintes eventos adversos de intensidade moderada a grave, relacionados ao medicamento e relatados por um ou mais pacientes com ISENTRESS™ no P004: líquen plano oral, depressão, insuficiência renal, líquen plano e hipertensão. Neste estudo, os pacientes distribuídos de forma randômica para ISENTRESS™ receberam doses que variaram de 100 mg a 600 mg 2x/dia pelas primeiras 48 semanas e subseqüentemente todos receberam 400 mg 2x/dia.
EVENTOS ADVERSOS SELECIONADOS
Foram observados casos de câncer em pacientes que já haviam recebido tratamento e que iniciaram ISENTRESS™ ou placebo, ambos com OBT; e em pacientes que iniciaram ISENTRESS™ ou efavirenz, ambos com entricitabina (+) tenofovir; vários foram recorrentes. Os tipos e taxas de cânceres específicos foram os esperados em uma população altamente imunodeficiente (muitos tiveram contagem de células CD4 abaixo de 50 células/mm3 e a maioria apresentava diagnósticos anteriores de AIDS). O risco de desenvolvimento de câncer nestes estudos foi similar no grupo que recebeu ISENTRESS™ e no grupo que recebeu o agente comparador.
Foram observadas anormalidades laboratoriais de creatina quinase grau 2-4 em pessoas tratadas com ISENTRESS™ (veja tabela 10). Foram relatadas miopatia e rabdomiólise; no entanto, a relação de ISENTRESS™ com esses eventos não é conhecida. Deve-se ter cautela em pacientes com risco aumentado de miopatia ou rabdomiólise, como os que recebem concomitantemente medicamentos que causam essas condições.
Pacientes com condições Concomitantes
Pacientes Co-infectados pelo Vírus da Hepatite B e/ou da Hepatite C
Nos estudos de Fase III, foi permitida a admissão de pacientes já tratados previamente (N=113/699 ou 16,2%) e pacientes não tratados previamente (N=42/563 ou 7,5%) com co-infecção ativa crônica (porém não aguda) por hepatite B e/ou hepatite C, desde que os testes de função hepática no período basal não ultrapassassem 5 vezes o limite superior normal. Em geral, o perfil de segurança de ISENTRESS™ dos pacientes com co-infecção por hepatite B e/ou hepatite C foi similar ao de pacientes sem co-infecção por hepatite B e/ou hepatite C, embora as taxas de anormalidades de AST e ALT tenham sido um pouco mais altas no subgrupo com co-infecção por hepatite B e/ou hepatite C para ambos os grupos de tratamento.
EXPERIÊNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO
Os seguintes eventos adversos adicionais foram relatados na experiência pós-comercialização, independentemente da causalidade:
Distúrbios Psiquiátricos
Depressão (particularmente em pacientes com histórico preexistente de doença psiquiátrica), incluindo idéias e comportamentos suicidas.
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
Síndrome de Stevens-Johnson
ACHADOS DE EXAMES LABORATORIAIS
Anormalidades Laboratoriais
Nos estudos P005, P018 e P019, as porcentagens de pacientes adultos que já haviam recebido tratamento, e foram tratados com 400 mg de ISENTRESS™ duas vezes ao dia, com anormalidades laboratoriais selecionadas, de grau 2 a 4, que representam agravamento em relação ao período basal, são apresentadas na tabela 12.
As porcentagens de pacientes adultos não tratados previamente que receberam 400 mg de ISENTRESS™ 2x/dia no P021 com anormalidades laboratoriais selecionadas, de Graus 2 a 4, que representam agravamento em relação ao período basal são apresentadas na Tabela 13.
Lipídeos, Alteração em Relação ao Período Basal Para o P021, as alterações lipídicas em jejum em relação ao período basal são mostradas na Tabela 14.
ATENÇÃO: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe a seu médico.
Resultados de eficácia
Descrição dos Estudos Clínicos
As evidências de eficácia duradoura do ISENTRESS™ baseiam-se nas análises dos dados de 48 semanas de 2 estudos randômicos, em andamento, duplo-cegos e controlados por placebo: BENCHMRK 1 e BENCHMRK 2 (Protocolos 018 e 019), em pacientes adultos infectados por HIV-1 já tratados com agentes anti-retrovirais e na análise dos dados de 48 semanas de um estudo em andamento, randômico, duplo-cego, controlado por agente ativo, STARTMRK (P021). Esses resultados de eficácia têm base na análise de 48 semanas de um estudo randômico, duplo-cego, controlado, de definição de intervalo de dose: protocolo 005, em pacientes adultos infectados pelo HIV-1 e já tratados com anti-retrovirais e na análise de 96 semanas de um estudo de definição de intervalo de dose, randômico, duplo-cego, controlado, Protocolo 004, de sujeitos adultos infectados pelo HIV-1 não tratados com anti-retroviral.
Pacientes Já Tratados
O BENCHMRK 1 e o BENCHMRK 2 são estudos Fase III para avaliar a segurança e a atividade anti-retroviral de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia em combinação com um Tratamento Otimizado de Base (OBT), versus a OBT isoladamente, em pacientes infectados pelo HIV, com 16 anos de idade ou mais, com resistência documentada a pelo menos 1 fármaco de cada uma das 3 classes (ITRNs, ITRNNs, IPs) de tratamento anti-retroviral. A distribuição randômica foi estratificada por grau de resistência ao IP (1 IP vs. >1 IP) e uso de enfuvirtida na OBT. Antes da distribuição randômica, a OBT foi selecionada pelo pesquisador com base no teste de resistência genotípica/fenotípica e no histórico anterior de ART.
A tabela 1 mostra as características demográficas entre os pacientes do grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e os pacientes do grupo que recebeu placebo.
A tabela 2 compara as características dos pacientes sob Tratamento Otimizado de Base no período basal que receberam ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia versus as características dos pacientes do grupo de controle.
Os resultados da 48a semana para 699 pacientes distribuídos de modo randômico e tratados com a dose recomendada de 400 mg de ISENTRESS™ 2x/dia ou o agente comparador dos estudos BENCHMRK 1 e 2 agrupados são mostrados na tabela 3.
As alterações médias no RNA de HIV-1 plasmático em relação ao período basal foram de -1,71 log10 cópias/mL no grupo de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e -0,78 log10 cópias/mL no grupo de controle. O aumento médio a partir do período basal na contagem de células CD4+ foi maior no grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia (109 células/mm3) do que no grupo controle (45 células/mm3).
O percentual (IC 95%) de pacientes que atingiram RNA de HIV < 50 cópias/mL em função do tempo é apresentado na Figura 1.
As respostas virológicas na 48a semana por escore de sensibilidade genotípica e fenotípica no período basal são mostradas na tabela 4.
Dados adicionais sobre a eficácia de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia foram obtidos de pacientes que já haviam sido tratados e participaram do estudo randômico, duplo-cego, controlado, de definição de intervalo de dose, Protocolo 005, para avaliar ISENTRESS™ em combinação com OBT versus OBT isoladamente em pacientes infectados pelo HIV, com 18 anos ou mais. De um total de 178 pacientes distribuídos de maneira randômica e tratados, 45 receberam ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e 45 pacientes receberam placebo. Cerca de 36% dos pacientes receberam enfuvirtida na OBT, incluindo 25% que não haviam recebido enfuvirtida. Com exceção da enfuvirtida, não houve ART ativo na OBT de 72% desses pacientes com base nos testes de resistência genotípica (ESG= 0) e 48% com base nos testes de resistência fenotípica (ESF= 0). As respostas virológicas na 24ª e 48ª semana são mostradas na tabela 5.
Pacientes Não Tratados Previamente
STARTMRK é um estudo Fase III para avaliar a segurança e a atividade anti-retroviral de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia + entricitabina (+) tenofovir versus efavirenz + entricitabina (+) tenofovir em pacientes infectados por HIV não tratados previamente e com RNA de HIV >5000 cópias/mL. A distribuição randômica foi estratificada pelo nível de RNA de HIV na triagem (?50.000 cópias/mL; e >50.000 cópias/mL) e pela presença de hepatite.
A Tabela 6 mostra as características demográficas entre os pacientes do grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e os pacientes do grupo que recebeu efavirenz.
Em relação ao endpointprimário de eficácia, a proporção (%) de pacientes com RNA de HIV < 50 cópias/mL na 48ª semana foi de 241/280 (86,1%) no grupo que recebeu ISENTRESS™ e 230/281 (81,9%) no grupo que recebeu efavirenz. A diferença de tratamento (ISENTRESS™ - efavirenz) foi 4,2% a favor de ISENTRESS™, com IC de 95% associado de (-1,92, 10,32), estabelecendo que ISENTRESS™ é não-inferior ao efavirenz (valor de P para não-inferioridade < 0,001).
Os resultados da 48ª semana do STARTMRK são mostrados na Tabela 7.
Eficácia pelos Subtipos Virais
Observou-se eficácia consistente de ISENTRESS™ em todos os subtipos de HIV com 90,3% (186/206) e 96,3% (52/54) dos pacientes com os subtipos B e não B, respectivamente, atingindo RNA de HIV < 50 cópias/mL na 48ª semana (abordagem FO).
A Figura 2 apresenta a proporção de pacientes com RNA de HIV plasmático < 50 cópias/mL em função do tempo por grupo de tratamento. Os pacientes que receberam ISENTRESS obtiveram supressão viral (RNA de HIV < 50 cópias/mL) mais cedo do que os que receberam EFV. Durante 48 semanas de tratamento, 86% do grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia e 82% no grupo comparador, obteve RNA de HIV < 50 cópias/mL.
Os pacientes que receberam ISENTRESS™ atingiram supressão viral (RNA de HIV < 50 cópias/mL) mais cedo do que os que receberam efavirenz, ambos em combinação com entricitabina (+) tenofovir.
Os dados de eficácia prolongada de ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia de até 96 semanas em pacientes não tratados previamente estão disponíveis no estudo de definição de dose Fase II (Protocolo 004). Durante 96 semanas de tratamento, 84% dos pacientes do grupo que recebeu ISENTRESS™ 400 mg 2x/dia mantiveram RNA de HIV-1 < 400 cópias/mL e 83% também mantiveram RNA de HIV-1 < 50 cópias/mL. O aumento médio em relação ao período basal na contagem de células CD4+ foi de +221 células/mm3 no grupo que recebeu ISENTRESS™.
Durante 48 semanas de tratamento, ISENTRESS™ demonstrou efeitos mínimos sobre os lípides séricos, com pequenos aumentos dos níveis de colesterol total e de LDL-colesterol e redução nos níveis séricos de triglicérides. O grupo tratado com efavirenz apresentou alteração média significativamente maior em relação ao período basal dos níveis de colesterol total, triglicérides, colesterol não-HDL-C e LDL-C. Foram observados aumentos modestos de HDL em ambos os grupos, significativamente maiores para efavirenz (ACHADOS EM EXAMES LABORATORIAIS, Lipídeos, Alteração em Relação ao Período Basal).
Interação com outros medicamentos
O raltegravir não é um substrato das enzimas do citocromo P450 (CYP) e não inibe (CI50>100 mM) a CYP1A2, a CYP2B6, a CYP2C8, a CYP2C9, a CYP2C19, a CYP2D6 ou a CYP3A in vitro. Além disso, in vitro, o raltegravir não induziu a CYP3A4. Um estudo de interação medicamentosa do midazolam confirmou a baixa propensão do raltegravir para alterar a farmacocinética dos agentes metabolizados pela CYP3A4 in vivopela demonstração da falta de efeito significativo do raltegravir sobre a farmacocinética do midazolam, um substrato sensível à CYP3A4.
Da mesma maneira, o raltegravir não é um inibidor (CI50>50 mM) das UDP-glicuronosiltransferases (UGTs) testadas (UGT1A1, UGT2B7) e não inibe o transporte mediado pela P-glicoproteína. Com base nesses dados, não se espera que ISENTRESS™ afete a farmacocinética dos medicamentos substratos dessas enzimas ou da P-glicoproteína (por exemplo, inibidores da protease, ITRNNs, metadona, analgésicos opióides, vastatinas, antifúngicos azóis, inibidores da bomba de próton e agente[s] para o tratamento da disfunção erétil).
Com base nos estudos in vivoe in vitro, o raltegravir é eliminado principalmente pelo metabolismo via glicuronidação mediada pela UGT1A1.
A co-administração de ISENTRESS™ com medicamentos que são potentes indutores da UGT1A1, como a rifampicina (indutor de várias enzimas metabolizantes de fármacos), reduz as concentrações plasmáticas de ISENTRESS™. Deve-se ter cuidado ao se coadministrar ISENTRESS™ com a rifampicina ou outros fortes indutores da UGT1A1 (veja PRECAUÇÕES). O impacto de outros potentes indutores de enzimas metabolizadoras de fármacos, como fenitoína e fenobarbital, sobre a UGT1A1 é desconhecido. Outros indutores menos potentes (por exemplo, efavirenz, nevirapina, rifabutina, glicocorticóides, erva-de-são-joão, pioglitazona) podem ser utilizados com a dose recomendada de ISENTRESS™.
A co-administração de ISENTRESS™ com medicamentos conhecidos por serem potentes inibidores da UGT1A1 (por exemplo, atazanavir) aumenta os níveis plasmáticos de ISENTRESS™. No entanto, o aumento é discreto e o tratamento combinado com esses inibidores foi bem tolerado nos estudos clínicos, de forma que nenhum ajuste de dose é necessário.
A co-administração de ISENTRESS™ com fármacos conhecidos por aumentar o pH gástrico (p.ex., omeprazol) pode aumentar os níveis plasmáticos de ISENTRESS™ com base no aumento da solubilidade de ISENTRESS™ em um pH mais alto. Em sujeitos que receberam ISENTRESS™ em combinação com os inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores de H2 nos Protocolos 018 e 019, perfis de seguranças comparáveis foram observados nesse subgrupo em relação aos sujeitos que não receberam inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores de H2. Com base nestes dados, os inibidores da bomba de prótons e os bloqueadores de H2 podem ser coadministrados com ISENTRESS™ sem ajuste de dose.
Efeito do Raltegravir sobre a Farmacocinética de Outros Agentes
Nos estudos de interação medicamentosa, o raltegravir não apresentou efeitos clinicamente significativos sobre a farmacocinética de: contraceptivos hormonais, tenofovir, midazolam e lamivudina. Em um estudo de interação medicamentosa de doses múltiplas, os valores de AUC do etinil estradiol e de norelgestromina foram de 98% e 114%, respectivamente, quando coadministrados com raltegravir em comparação com quando co-administrados sem raltegravir. Em um estudo de interação medicamentosa de doses múltiplas, a AUC e as concentrações de vale do tenofovir quando co-administrado com o raltegravir foram de 90% e 87% dos valores obtidos com a monoterapia com o tenofovir. Em outro estudo de interação medicamentosa, a AUC do midazolam co-administrado foi 92% do valor obtido com o midazolam isoladamente. Em um estudo de Fase II, a farmacocinética da lamivudina foi semelhante em pacientes que receberam combinações com raltegravir versus com efavirenz.
Efeito de Outros Agentes sobre a Farmacocinética do Raltegravir
Nos estudos de interação medicamentosa, atazanavir, efavirenz, ritonavir, tenofovir e tipranavir/ritonavir não apresentaram efeito clinicamente significativo sobre a farmacocinética do raltegravir. A rifampicina, forte indutora das enzimas metabolizadoras de medicamentos, causou redução dos níveis de vale do raltegravir. As interações medicamentosas encontram-se descritas adicionalmente na tabela 8.