RISPERDAL CONSTA

1495 | Laboratório JANSSEN-CILAG

Descrição

Princípio ativo: Risperidona,
Ação Terapêutica: Antipsicóticos

Composição

Risperdal® Consta25 mg: Cada frasco-ampola contém: risperidona 25 mg; Excipiente: polímero lactídio-coglicolídio; Risperdal® Consta37,5 mg: Cada frasco-ampola contém: risperidona 37,5 mg; Excipiente: polímero lactídio-coglicolídio; Risperdal® Consta50 mg: Cada frasco-ampola contém: risperidona 50 mg; Excipiente: polímero lactídio-coglicolídio; Cada seringa de diluente contém: ácido cítrico anidro, água para injetáveis, carmelose sódica, cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico, hidróxido de sódio, polissorbato 20.

Apresentação

Pó injetável e diluente em embalagem contendo: 1 frasco-ampola com pó injetável (25 mg; 37,5 mg ou 50 mg de risperidona), 1 seringa preenchida contendo 2 mL de diluente para reconstituição, 1 dispositivo (SmartSite®) para auxiliar na reconstituição e 2 agulhas para aplicação no paciente, sendo uma destinada a aplicação na região glútea (20G TW 2) e outra destinada a administração na região deltóide (21G UTW 1).
USO ADULTO

Indicações

- Risperdal® Consta é indicado no tratamento de uma ampla gama de pacientes com esquizofrenia, incluindo o primeiro episódio psicótico, exacerbações esquizofrênicas agudas, esquizofrenia crônica e outros transtornos psicóticos, nos quais sintomas positivos (como alucinações, delírios, distúrbios do pensamento, hostilidade, desconfiança), e/ou negativos (como embotamento afetivo, isolamento emocional e social, pobreza de discurso) sejam proeminentes.Risperdal® Consta é eficaz na manutenção da melhora clínica, durante o tratamento de manutenção em pacientes que tenham apresentado uma resposta inicial ao tratamento com a risperidona por via oral.
- Risperdal® Consta é indicado para tratamento de manutenção do transtorno bipolar tipo I em monoterapia.
- Risperdal® Consta é indicado para tratamento de manutenção do transtorno bipolar como terapia adjuvante em pacientes com transtorno bipolar com recaídas frequentes.

Contra-indicações

Risperdal®Constaé contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à risperidona ou a qualquer componente de sua fórmula.

Reações Adversas

Dados de Estudos Clínicos
A segurança do Risperdal® Constafoi avaliada a partir de um banco de dados de estudos clínicos de 2.392 pacientes expostos a uma ou mais doses do Risperdal®Constapara o tratamento da esquizofrenia. Desses 2.392 pacientes, 332 eram pacientes que receberam o Risperdal®Constadurante a sua participação em um estudo duplo-cego e placebo-controlado de 12 semanas de duração. Um total de 202 dos 332 eram pacientes esquizofrênicos que receberam 25 mg ou 50 mg de Risperdal®Consta. As condições e a duração do tratamento com o Risperdal®variaram muito e incluíram (em categorias sobrepostas) estudos duplo-cegos, de doses fixas e flexíveis, controlados por placebo ou medicamento ativo e fases abertas dos estudos, em regime de internação e ambulatorial, e exposição de curto prazo (até 12 semanas) e longo prazo (até 4 anos). Em adição aos estudos em pacientes com esquizofrenia, dados de segurança são apresentados de um ensaio de avaliação de eficácia e segurança de Risperdal®Consta quando administrado como tratamento adjuvante de manutenção em pacientes com transtorno bipolar e quando administrado como monoterapia para tratamento de manutenção do transtorno bipolar tipo I.
No estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo de monoterapia para tratamento de manutenção do transtorno bipolar tipo I, os pacientes adultos selecionados foram os que preencheram os critérios DSM-IV para o transtorno bipolar tipo I e apresentavam-se estáveis em uso de risperidona (oral ou injetável de liberação prolongada) ou outros antipsicóticos ou estabilizadores de humor, ou apresentando um episódio agudo. Após um período aberto de três semanas de tratamento com risperidona oral (n=440), pacientes que demonstraram uma resposta inicial à risperidona oral neste período e àqueles que foram estáveis à risperidona (oral ou injetável de liberação prolongada) no início do estudo, entraram em um período aberto de estabilização de 26 semanas com Risperdal® Consta(n=501). Os pacientes que desmonstraram uma manutenção da resposta durante este período foram randomizados em um estudo duplo-cego, controlado por placebo de 24 meses no qual receberam Risperdal® Consta (n=154) ou placebo (n=149) como monoterapia. Os pacientes que recaíram ou que completaram o período duplo-cego puderam escolher entrar em um período de estudo aberto de 8 semanas de extensão com Risperdal® Consta (n=160).
No estudo de tratamento adjuvante de manutenção do transtorno bipolar, os indivíduos neste estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo eram pacientes adultos que preencheram os critérios DSM-IV para transtorno bipolar tipo I e II e que apresentaram pelo menos 4 episódios de transtorno do humor necessitando intervenção clínica/psiquiátrica nos 12 meses anteriores, incluindo pelo menos 2 episódios nos 6 meses anteriores ao início do estudo. No início deste estudo, todos os pacientes (n=275) entraramem uma fase aberta de tratamento de 16 semanas os quais receberamRisperdal®Constaem adição ao seu tratamento prévio, os quais consistiam em vários estabilizadores de humor, antidepressivos e/ou ansiolíticos. Os pacientes que alcançaram remissão no final das 16 semanas da fase aberta de tratamento (n=139) foram randomizados em uma fase duplo-cega, controlada por placebo de 52 semanas e receberam Risperdal® Consta(n=72) ou placebo (n=67) como tratamento adjuvante continuando o seu tratamento prévio. Os pacientes que não alcançaram a remissão no final da fasa aberta de 16 semanas de tratamento puderam escolher entre continuar recebendo tratamento com Risperdal® Consta como terapia adjuvante em fase aberta, em adição continuando o seu tratamento prévio, por mais 36 semanas conforme indicação clínica por um período total de até 52 semanas; estes pacientes (n=70) foram também incluídos em uma avaliação de segurança.
A maioria de todas as reações adversas foram leves a moderadas em gravidade.
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo - Esquizofrenia
Reações Adversas a Medicamentos (RAMs) relatadas por ? 2% dos pacientes tratados com o Risperdal®Constacom esquizofrenia em um estudo duplo-cego e controlado por placebo de 12 semanas de duração são apresentadas na Tabela 1.

Dados de estudos duplo-cegos,controlados por placebo - Transtorno bipolar
Tabela 2. Lista de reações adversas a medicamentos provenientes do tratamento com Risperdal®Constarelatadas em 2% ou mais dos pacientes no período de 24 meses de tratamento duplo-cego e controlado por placebo de um ensaio de avaliação de eficácia e segurança de Risperdal®Consta quando administrado como monoterapia de tratamento de manutenção em pacientes com trastorno bipolar tipo I.

Tabela 3. Lista de reações adversas a medicamentos provenientes do tratamento com Risperdal®Constarelatadas por ?4% de pacientes no período de 52 semanas em uma fase de tratamento duplo-cega, controlada por placebo de um ensaio de avaliação de eficácia e segurança de Risperdal®Constaquando administrado como tratamento adjuvante de manutenção em pacientes com transtorno bipolar.

Outros dados de estudos clínicos
Reações adversas adicionais relatadas por < 2% dos pacientes tratados com Risperdal®Constaem estudo duplo-cego e controlado por placebo de esquizofrenia com 12 semanas de duração, por < 2% dos pacientes tratados com Risperdal®Constaem estudo duplo-cego e controlado por placebo avaliando tratamento de monoterapia em pacientes com transtorno bipolar tipo I com 24 meses de duração, ou por < 4% dos pacientes tratados com Risperdal®Constaem estudo duplo-cego e controlado por placebo de terapia adjuvante do transtorno bipolar de 52 semanas de duração estão demonstrados na Tabela 4. A Tabela 4inclui as reações adversas a medicamentos relatadas em qualquer frequência de pacientes tratados com Risperdal®Constaque participaram dos estudos de fase aberta descritos acima, realizados em pacientes com transtorno bipolar e de outros estudos, incluindo modelos duplo-cegos, abertos e controlados por ativo, em pacientes com esquizofrenia e transtorno bipolar.

A seguir, uma lista das RAMs adicionais relatadas com a risperidona oral (Risperdal®).
Infecções e infestações:tonsilite, infecção ocular, celulite, otite média, onicomicose, acarodermatite, broncopneumonia, traqueobronquite, otite média crônica.
Distúrbios do sangue e do sistema linfático:granulocitopenia.
Distúrbios do sistema imunológico:hipersensibilidade ao medicamento.
Distúrbios metabólicos e nutricionais:polidipsia.
Transtornos psiquiátricos:afeto embotado, estado confusional, insônia, apatia, anorgasmia.
Distúrbios do sistema nervoso:hipertonia, distúrbio de equilíbrio, disartria, irresponsivo a estímulos, diminuição do nível de consciência, transtornos do movimento, tremores parkinsonianos em repouso, ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral, face em máscara, transtorno da fala, perda de consciência, contrações musculares involuntárias, isquemia cerebral, distúrbio vascular cerebral, Síndrome Neuroléptica Maligna, coma diabético.
Distúrbios oculares:hiperemia ocular, secreção ocular, alteração dos movimentos oculares, edema palpebral, inchaço ocular, crosta na margem da pálpebra, olho seco, lacrimejamento aumentado, fotofobia, glaucoma.
Distúrbios do ouvido e do labirinto: tinido.
Distúrbios cardíacos:bloqueio átrio-ventricular.
Distúrbios vasculares:rubor.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:epistaxe, sibilos, pneumonia aspirativa, disfonia, tosse produtiva, congestão pulmonar, congestão do trato respiratório, estertores, distúrbio respiratório, hiperventilação, edema nasal.
Distúrbios gastrintestinais: disfagia, fecaloma, desconforto abdominal, incontinência fecal, inchaço labial, queilite, aptialismo.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:eritema, manchas na pele, lesão cutânea, distúrbios cutâneos, erupção cutânea eritematosa, erupção cutânea papular, hiperceratose, caspa, dermatite seborreica, erupção cutânea generalizada, erupção cutânea máculo-papular.
Distúrbios musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos:edema articular, rigidez articular, rabdomiólise, torcicolo.
Distúrbios renais e urinários: enurese, disúria, polaciúria.
Distúrbios do sistema reprodutor e das mamas:secreção vaginal, ejaculação retrógrada, falha de ejaculação, aumento das mamas.
Distúrbios gerais e condições no local da administração: sede, sensação anormal, distúrbio da marcha, edema depressível, edema, calafrios, desconforto, edema generalizado, Síndrome de abstinência do medicamento, frio periférico.
Testes:temperatura corpórea aumentada, frequência cardíaca aumentada, contagem de eosinófilos aumentada, contagem de leucócitos diminuída, hemoglobina diminuída, creatina fosfoquinase sanguínea aumentada, hematócrito diminuído, temperatura corpórea diminuída, pressão sanguínea diminuída, transaminases aumentadas.
Dados Pós-comercialização
Eventos adversos identificados primeiramente como RAMs durante a experiência pós-comercialização com a risperidona estão incluídos na Tabela 5. As frequências são fornecidas de acordo com a seguinte convenção:
Muito comum ?1/10; Comum ?1/100 a < 1/10; Incomum ?1/1.000 a < 1/100; Rara ?1/10.000 a < 1/1.000; Muito rara < 1/10.000, incluindo relatados isolados.

Posologia
Para pacientes recebendo a risperidona pela primeira vez, recomenda-se estabelecer a tolerabilidade com a risperidona oral antes de iniciar o tratamento com o Risperdal®Consta.
Risperdal®Constadeve ser administrado a cada duas semanas por injeção intramuscular profunda na região deltóide ou glútea utilizando agulha apropriada para cada região. Para administração na região deltóide, utilize agulha de 1 polegada alternando as injeções entre os dois braços. Para administração na região glútea, utilize a agulha de 2 polegadas, alternando-se o lado da injeção. NÃO ADMINISTRAR POR VIA INTRAVENOSA.
Adultos
A dose recomendada é 25 mg em injeção intramuscular a cada duas semanas. Alguns pacientes podem se beneficiar de doses maiores, de 37,5 mg ou 50 mg. Em estudos clínicos com 75 mg não foram observados benefícios adicionais em pacientes com esquizofrenia. Doses acima de 50 mg não foram estudadas em pacientes com transtorno bipolar. Doses maiores que 50 mg por duas semanas não são recomendadas.Cobertura antipsicótica suficiente deve ser assegurada durante o intervalo de 3 semanas após a primeira injeção de Risperdal® Consta. A dose não deve ser aumentada com frequência maior do que uma vez a cada 4 semanas. O efeito do ajuste posológico não deve ser esperado antes de 3 semanas após o aumento da dose.
Pacientes Idosos
A dose recomendada é de 25 mg em injeção intramuscular a cada 2 semanas.
Cobertura antipsicótica suficiente deve ser assegurada por via oral durante o intervalo de 3 semanas após a primeira injeção de Risperdal® Consta. Pacientes com insuficiência renal ou hepática
Risperdal® Consta
não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática e renal. Se houver necessidade de tratar este grupo de pacientes, recomenda-se iniciar o tratamento com 0,5 mg de risperidona, por via oral, duas vezes ao dia, durante a primeira semana. Na segunda semana, pode-se administrar 1 mg duas vezes ao dia ou 2 mg uma vez ao dia. Se uma dose oral de pelo menos 2 mg/dia for bem tolerada, Risperdal® Consta(na dose de 25 mg) pode ser administrado a cada 2 semanas.
Crianças
Risperdal® Consta
não foi avaliado em pacientes com idade inferior a 18 anos.

Precauções

Em pacientes virgens de tratamento com a risperidona, recomenda-se estabelecer a tolerabilidade da risperidona oral, antes de iniciar o tratamento com Risperdal® Consta.
Pacientes idosos com demência
Mortalidade Geral
Pacientes idosos com demência tratados com antipsicóticos atípicos tiveram um aumento na mortalidade quando comparado ao placebo, em uma metanálise de 17 estudos controlados de antipsicóticos atípicos, incluindo Risperdal®. Em estudos clínicos de Risperdal® controlados com placebo nesta população, a incidência de mortalidade foi 4,0% para pacientes tratados com Risperdal® comparado a 3,1% em pacientes tratados com placebo. A idade média de pacientes que vieram à óbito era de 86 anos (intervalo de 67 a 100 anos).
Uso Concomitante de furosemida
Em estudos controlados de Risperdal®Oral com placebo em pacientes idosos com demência, uma maior incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com furosemida e risperidona (7,3%; idade média: 89 anos, intervalo de 75 a 97 anos) quando comparado aos pacientes tratados com risperidona isolada (3,1%; idade média: 84 anos, intervalo de 70 a 96 anos) ou furosemida isolada (4,1%; idade média: 80 anos, intervalo de 67 a 90 anos). O aumento na mortalidade em pacientes tratados com furosemida e risperidona foi observado em dois de quatro estudos clínicos.
O mecanismo fisiopatológico não foi claramente identificado para explicar este achado e não há um padrão consistente para a causa do óbito. Apesar disto, deve-se ter cautela e avaliar os riscos e os benefícios desta combinação, antes da decisão de uso. Não houve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes recebendo outros diuréticos concomitantemente com risperidona. Independente do tratamento, desidratação foi um fator geral de risco para mortalidade e deve, portanto, ser evitada cuidadosamente em pacientes idosos com demência.
Eventos Adversos Vasculares Cerebrais
Estudos clínicos controlados com placebo realizados em pacientes idosos com demência mostraram uma incidência maior de eventos adversos vasculares cerebrais (acidentes vasculares cerebrais e episódios de isquemia transitória), incluindo óbitos, em pacientes (idade média: 85 anos, intervalo de 73 a 97 anos) tratados com Risperdal®Oral comparados aos que receberam placebo.
Atividade de bloqueio alfa-adrenérgico
Em razão de bloqueio alfa-adrenérgico pode ocorrer hipotensão (ortostática), especialmente durante o início do tratamento. Observou-se hipotensão clinicamente significativa, pós-comercialização, com o uso concomitante da risperidona e do tratamento anti-hipertensivo. A risperidona deve ser usada com cautela em pacientes com doença cardiovascular (por exemplo, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, distúrbios da condução, desidratação, hipovolemia ou doença vascular cerebral). A relação risco-benefício do tratamento com Risperdal® Constadeve ser avaliada, se a hipotensão ortostática clinicamente relevante persistir.
Discinesia tardia / Sintomas extrapiramidais
Fármacos com propriedades antagonistas dopaminérgicas têm sido associados à indução de discinesia tardia, caracterizada por movimentos involuntários rítmicos, predominantemente orofaciais. A ocorrência de sintomas extrapiramidais tem sido relatada como um fator de risco para o desenvolvimento de discinesia tardia. Como tem um menor potencial de indução de sintomas extrapiramidais em comparação aos neurolépticos convencionais, a risperidona deve ter um risco reduzido de induzir discinesia tardia. Se ocorrerem sinais e sintomas de discinesia tardia, deve-se considerar a interrupção de todos os medicamentos antipsicóticos.
Síndrome Neuroléptica Maligna
Síndrome Neuroléptica Maligna, caracterizada por hipertermia, rigidez muscular, instabilidade autonômica, alteração do nível de consciência e elevação dos níveis plasmáticos de creatina fosfoquinase sérica tem sido relatada com o uso de antipsicóticos. Outros sinais podem incluir mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. Neste caso, todos os medicamentos antipsicóticos, incluindo a risperidona, devem ser interrompidos. Após a última administração de Risperdal® Consta, níveis plasmáticos de risperidona estão presentes por (no mínimo) até 6 semanas.
O risco-benefício deve ser avaliado ao prescrever antipsicóticos, incluindo Risperdal® Constapara pacientes com Doença de Parkinson ou Demência de Corpos de Lewy, em razão do possível aumento do risco de Síndrome Neuroléptica Malígna nestes pacientes, bem como um aumento na sensibilidade aos antipsicóticos. A manifestação deste aumento na sensibilidade pode incluir confusão, obnubilação, instabilidade postural com quedas frequentes em adição aos sintomas extrapiramidais.
Hiperglicemia e Diabetes mellitus
Hiperglicemia, diabetes mellitus e exacerbação de diabetes preexistente têm sido relatadas durante o tratamento com Risperdal®. Avaliação da relação entre o uso de antipsicótico atípico e anormalidades da glicose é intrincada pela possibilidade de um aumento do risco preexistente para diabetes mellitus em pacientes com esquizofrenia e a incidência crescente do diabetes mellitus na população em geral. Considerando estes múltiplos fatores, a relação entre o uso de antipsicóticos atípicos e hiperglicemia relacionada aos eventos adversos não é totalmente compreendida. Qualquer paciente tratado com antipsicóticos atípicos, incluindo Risperdalâ devem ser monitorados para sintomas de hiperglicemia e diabetes mellitus.
Ganho de peso
Um significante aumento de peso foi relatado. Aconselha-se monitoramento de aumento de peso durante o uso de Risperdal®.
Intervalo QT
Assim como com outros antipsicóticos, deve-se ter cuidado ao prescrever o Risperdal® Consta em pacientes com história de arritmias cardíacas, em pacientes com Síndrome do intervalo QT prolongado e em uso concomitante de medicamentos que sabidamente prolongam o intervalo QT.
Outros
Os antipsicóticos podem reduzir o limiar convulsivo. Recomenda-se cuidado no tratamento de pacientes epilépticos.
Administração
Deve-se evitar a administração inadvertida de Risperdal® Consta em vasos sanguíneos.
Uso durante a gestação e a lactação
A segurança da risperidona para uso durante a gestação em seres humanos não está estabelecida. Sintomas extrapiramidais reversíveis em neonatais foram observados no período de pós-comercialização da risperidona durante o último trimestre de gravidez. Apesar de estudos realizados em animais não indicarem toxicidade direta da risperidona na reprodução, alguns efeitos indiretos, mediados pela prolactina e pelo SNC, foram observados. Nenhum efeito teratogênico foi observado em nenhum estudo. Portanto, Risperdal®Constasó deve ser usado durante a gestação se os benefícios compensarem os riscos.
Em estudos em animais, a risperidona e a 9-hidróxi-risperidona são excretadas no leite. Demonstrou-se que a risperidona e a 9-hidróxi-risperidona são excretadas também no leite humano. Portanto, mulheres em uso de Risperdal®Constanão devem amamentar.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
A risperidona pode interferir com atividades que exijam atenção. Durante o tratamento você não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Interação com outros medicamentos

A risperidona deve ser administrada com cautela em associação com outros medicamentos com ação central, em razão de seus efeitos primários no sistema nervoso central.
A risperidona pode antagonizar o efeito da levodopa e de outros agonistas dopaminérgicos.
Observou-se hipotensão clinicamente significativa com o uso concomitante da risperidona e do tratamento anti-hipertensivo no período de pós-comercialização.
Recomenda-se cuidado ao prescrever o Risperdal®Constacom medicamentos que sabidamente prolongam o intervalo QT.
A carbamazepina diminui as concentrações plasmáticas da fração antipsicótica ativa da risperidona. Efeitos similares podem ser observados com outros indutores de enzimas hepáticas CYP3A4. Quando a carbamazepina ou outros indutores da enzima hepática CYP3A4 são iniciados ou descontinuados, o médico deve reavaliar a administração do Risperdal®Consta.
A fluoxetina e a paroxetina, inibidores da CYP2D6, aumentam a concentração plasmática da risperidona, mas menos da fração antipsicótica ativa. Quando a fluoxetina ou a paroxetina são iniciadas concomitante ou descontinuadas, o médico deve reavaliar a posologia do Risperdal® Consta.
O topiramato reduz moderadamente a biodisponibilidade da risperidona, mas não da fração antipsicótica ativa. Portanto, esta interação provavelmente não apresenta significância clínica.
Fenotiazínicos, antidepressivos tricíclicos e alguns beta-bloqueadores podem aumentar as concentrações plasmáticas da risperidona, mas não a da fração antipsicótica ativa. A amitriptilina não afeta a farmacocinética da risperidona ou da fração antipsicótica ativa. A cimetidina e a ranitidina aumentam a biodisponibilidade da risperidona, mas apenas de forma marginal a biodisponibilidade da fração antipsicótica ativa.
A eritromicina, um inibidor CYP3A4, não altera a farmacocinética da risperidona e da fração antipsicótica ativa. Inibidores da colinesterase, galantamina e donepezila, não mostraram efeito clinicamente relevante na farmacocinética da risperidona e da fração antipsicótica ativa. Quando a risperidona é administrada em associação a outros fármacos com alto teor de ligação às proteínas plasmáticas, não ocorre deslocamento clinicamente relevante da fração ligada de qualquer dos fármacos.
A risperidona não apresentou efeitos clinicamente relevantes na farmacocinética do lítio, valproato, digoxina ou topiramato.
Veja, no item "Advertências e Precauções", o aumento da mortalidade em pacientes idosos com demência recebendo furosemida oral concomitantemente com Risperdal® Oral.

Superdose

Embora a ocorrência de superdose seja menos provável com a administração parenteral do que com a oral, são apresentadas as informações referentes à superdose por via oral.
Risperdal® Constadeve ser aplicado por profissional da área da saúde através de injeção glútea ou deltóde, e não pelo paciente como no caso do tratamento oral. Portanto, dentro destas circunstâncias, o risco de superdose com Risperdal® Constaé considerado insignificante.
Sintomas
Em geral, os sinais e sintomas relatados são resultantes do excesso de efeitos farmacológicos conhecidos da risperidona. Estes incluem sonolência e sedação, taquicardia e hipotensão arterial e sintomas extrapiramidais.
Aumento do intervalo QT e convulsões foram relatados com superdose.
Torsade de Pointes foi relatado em combinação de de Risperdal® Oral e paroxetina.
Em caso de superdose aguda, deve-se considerar a possibilidade do envolvimento de múltiplos fármacos.
Tratamento
Estabelecer e manter vias aéreas livres, garantindo boa ventilação, com oxigenação adequada. Monitorização cardiovascular deve ser instituída imediatamente, incluindo ECG contínuo para detecção de possíveis arritmias. Não existe antídoto específico para Risperdal®Consta. Portanto, apenas medidas de suporte devem ser instituídas.
Hipotensão arterial e colapso circulatório devem ser tratados com medidas adequadas, como infusão de líquidos e/ou administração de agentes simpatomiméticos. Na ocorrência de sintomas extrapiramidais graves, medicação anticolinérgica deve ser administrada. Monitorização intensiva, com rigorosa supervisão médica, deve ser mantida até a recuperação do paciente.

Informação técnica

Farmacodinâmica
A risperidona é um antagonista seletivo de monoaminas, com propriedades peculiares. Tem elevada afinidade por receptores serotoninérgicos 5HT2 e dopaminérgicos D2. A risperidona liga-se também a receptores alfa-1 adrenérgicos e, com menor afinidade, a receptores histaminérgicos H1e alfa-2 adrenérgicos. A risperidona não tem afinidade por receptores colinérgicos. Apesar de a risperidona ser um antagonista D2potente, a que se atribui a melhora dos sintomas positivos da esquizofrenia, ela produz menos depressão da atividade motora e indução de catalepsia do que os neurolépticos convencionais. O antagonismo equilibrado serotoninérgico e dopaminérgico central pode reduzir a possibilidade de desenvolvimento de efeitos colaterais extrapiramidais e ampliar a atividade terapêutica a sintomas negativos e afetivos da esquizofrenia.
Informações Adicionais de Estudos Clínicos
Tratamento de manutenção em transtorno bipolar tipo I - monoterapia
A efetividade de Risperdal® Consta quando administrado como monoterapia para o tratamento de manutenção do transtorno bipolar tipo I foi estabelecida em dois estudos multicêntricos, duplo-cego, controlado por placebo, em pacientes adultos que preencheram os critérios DSM-IV para transtorno bipolar tipo I, apresentando-se estáveis ou apresentando episódios mistos ou maníacos agudos.
Em um primeiro estudo clínico, um total de 585 pacentes foram tratados durante 12 semanas em um período de fase aberta com Risperdal® Consta (com dose inicial de 25 mg, e titulação, se fosse considerada clinicamente desejável, para 37,5 mg ou 50 mg). Durante a fase aberta, 410 (70%) pacientes obtiveram remissão estável e foram randomizados para um tratamento duplo-cego com a mesma dose de Risperdal® Consta,placebo ou olanzapina e foram monitorados para recaída durante um período de 18 meses. O desfecho primário foi o tempo para ocorrer a recaída para qualquer episódio de humor (depressão, mania, hipomania, ou uma combinação desses sintomas). O tempo para ocorrer a recaída foi retardado em pacientes recebendo Risperdal® Constaem monoterapia quando comparado com o grupo placebo (p = 0,032, teste de log rank). Ao longo dos 18 meses de estudo, na fase duplo-cega de prevenção de recaída, 38,5% dos pacientes do grupo do Risperdal® Constae 55,8% dos pacientes do grupo placebo tiveram recaída. Os pacientes do grupo placebo foram 1,5 vezes mais propensos a ter recaídas quando comparado com pacientes do grupo do Risperdal® Consta. A maioria das recaídas ocorreram devido à mania, ao invés de sintomas de depressão. As evidêcias foram insuficientes para determinar a efetividade de Risperdal® Constaem retardar o tempo para ocorrência de depressão em pacientes com transtorno bipolar tipo I no presente estudo. Baseado nos seus históricos de transtorno bipolar, os indivíduos que participaram desse estudo tinham tido, em média, mais episódios de mania do que episódios de depressão.
Em um segundo estudo clínico, um total de 501 pacientes foram tratados durante um período aberto de 26 semanas com Risperdal® Consta(dose inicial de 25 mg, e titulação para 37,5 e 50 mg, se julgado clinicamente desejável; em pacientes que não toleraram a dose de 25 mg, esta pôde ser reduzida para 12,5 mg). Na fase aberta, 303 (60%) dos pacientes alcançaram remissão e foram randomizados para o tratamento duplo-cego também com a mesma dose de Risperdal® Consta ou placebo e monitorados para recaídas durante um período de 24 meses. O desfecho primário foi o tempo de recaída para qualquer episódio de humor (depressão, mania, hipomania ou episódios mistos).
O tempo de recaída foi retardado em pacientes recebendo Risperdal® Consta em monoterapia quando comparado com o placebo (p < 0,001, teste de log rank). O tempo no qual 25% dos pacientes apresentaram recaída foi de 82 dias no grupo placebo versus173 dias no grupo Risperdal® Consta.
No decorrer de 24 meses, na fase duplo-cega de prevenção de recaída, 30% dos pacientes no grupo Risperdal® Consta e 56% dos pacientes no grupo placebo recaíram. Os pacientes no grupo placebo foram 2,5 vezes mais propensos a ter recaídas quando comparado a pacientes do grupo Risperdal® Consta. A maioria das recaídas foi devido à sintomas maníacos ao invés de depressivos. Há evidências insuficientes para determinar a efetividade deRisperdal® Constaem retardar o tempo de ocorrência de depressão em pacientes com transtorno bipolar tipo I nesse estudo. Baseado nos seus históricos do transtorno bipolar, os pacientes teriam apresentado em média, mais episódios maníacos do que depressivos.
Transtorno bipolar tipo I - tratamento adjuvante
A efetividade de Risperdal® Consta como tratamento adjuvante de manutenção do transtorno bipolar tipo I foi estabelecida em um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo em pacientes adultos que atenderam os critérios DSM-IV para transtorno bipolar tipo I e que apresentaram pelo menos 4 episódios de transtorno do humor requerendo intervenção clínica/psiquiátrica nos 12 meses anteriores, incluindo pelo menos 2 episódios nos 6 meses antecedentes ao início do estudo.
Os pacientes tiveram que alcançar remissão estável pelo menos nas últimas 4 semanas na fase aberta inicial de 16 semanas com Risperdal® Consta como terapia adjuvante em adição ao seu tratamento prévio para transtorno bipolar, que consistia em estabilizadores do humor, antidepressivos e/ou ansiolíticos, antes de entrar em um período de estudo duplo-cego controlado por placebo de terapia adjuvante de 52 semanas de duração. Todos os antipsicóticos orais foram descontinuados após as 3 primeiras semanas da aplicação inicial de Risperdal® Consta. O tempo para recaída (recorrência) para um novo episódio de humor, o desfecho primário, foi retardado em pacientes recebendo terapia adjuvante com Risperdal® Consta quando comparado ao placebo (p= 0,01; teste de log rank). No decorrer de 52 semanas de fase duplo-cega de prevenção de recaída, 23% dos pacientes no grupo Risperdal® Consta e 46% dos pacientes no grupo placebo recaíram. Risperdal® Consta foi efetivo como tratamento adjuvante na prevenção de recorrência de episódios de humor de mania quanto depressivos.
Farmacocinética
A risperidona é metabolizada pelo citocromo P-450 2D6 a 9-hidróxi-risperidona, que apresenta uma atividade farmacológica similar à da risperidona. A risperidona e a 9-hidróxi-risperidona formam a fração antipsicótica ativa. Outra via metabólica da risperidona é a N-desalquilação.
Após injeção intramuscular única de Risperdal® Consta, o perfil de liberação consiste de uma pequena liberação inicial ( < 1% da dose) do fármaco, seguida de um intervalo inativo de 3 semanas. A liberação principal do fármaco se inicia após 3 semanas, mantém-se da 4ª até a 6ª semana e desaparece por volta da 7ª semana.
Portanto, a complementação com antipsicótico por via oral deve ser realizada durante as três primeiras semanas de tratamento com Risperdal® Consta.
A combinação do perfil de liberação e o regime posológico (injeção intramuscular a cada duas semanas) resulta na manutenção de concentrações plasmáticas terapêuticas, que permanecem por até 4-6 semanas após a última injeção de Risperdal® Consta. A fase de eliminação se completa em aproximadamente 7-8 semanas após a última injeção.
A absorção da risperidona de Risperdal® Constaé completa.
A risperidona tem distribuição rápida. O volume de distribuição é de 1-2L/kg. No plasma, a risperidona liga-se à albumina e à glicoproteína ácida. A taxa de ligação à proteínas plasmáticas é de 90% para a risperidona e 77% para a 9-hidróxi-risperidona.
A depuração plasmática da fração antipsicótica ativa e da risperidona é 5,0 e 13,7 L/h, respectivamente, em metabolizadores rápidos, e 3,2 e 3,3 L/h, respectivamente, em metabolizadores lentos da fração 2D6 do citocromo P450. Após injeções intramusculares repetidas de 25 mg ou 50 mg de Risperdal® Constaa cada duas semanas, as concentrações plasmáticas medianas de vale e de pico da fração antipsicótica ativa flutuaram entre 9,9-19,2 ng/mL e 17,9-45,5 ng/mL, respectivamente. A farmacocinética da risperidona é linear no intervalo de doses de 25-50 mg, administrados a cada duas semanas. Não foi observado acúmulo de risperidona durante uso prolongado (12 meses), em pacientes tratados com 25-50 mg a cada duas semanas.
Os estudos acima foram conduzidos com administração na região glútea. As injeções intramusculares das mesmas doses na região deltóide ou glútea são bioequivalentes e portanto, intercambiáveis.
Um estudo de dose única oral mostrou aumento da concentração ativa no plasma e redução na depuração plasmática do antipsicótico ativo de 30% nos idosos e 60% em pacientes com insuficiência renal. A concentração plasmática de risperidona foi normal nos pacientes com insuficiência hepática, mas a fração média de risperidona livre no plasma aumentou cerca de 35%.
Relação farmacocinética/farmacodinâmica
Não houve relação entre as concentrações plasmáticas da fração antipsicótica ativa e a alteração dos escores totais da PANSS (Escala das Síndromes Positiva e Negativa) e da ESRS (Escala de Avaliação de Sintomas Extrapiramidais) entre as visitas de avaliação, em qualquer um dos estudos de fase III para verificação de eficácia e segurança.

Farmacocinética

Farmacodinâmica
A risperidona é um antagonista seletivo de monoaminas, com propriedades peculiares. Tem elevada afinidade por receptores serotoninérgicos 5HT2 e dopaminérgicos D2. A risperidona liga-se também a receptores alfa-1 adrenérgicos e, com menor afinidade, a receptores histaminérgicos H1e alfa-2 adrenérgicos. A risperidona não tem afinidade por receptores colinérgicos. Apesar de a risperidona ser um antagonista D2potente, a que se atribui a melhora dos sintomas positivos da esquizofrenia, ela produz menos depressão da atividade motora e indução de catalepsia do que os neurolépticos convencionais. O antagonismo equilibrado serotoninérgico e dopaminérgico central pode reduzir a possibilidade de desenvolvimento de efeitos colaterais extrapiramidais e ampliar a atividade terapêutica a sintomas negativos e afetivos da esquizofrenia.
Informações Adicionais de Estudos Clínicos
Tratamento de manutenção em transtorno bipolar tipo I - monoterapia
A efetividade de Risperdal® Consta quando administrado como monoterapia para o tratamento de manutenção do transtorno bipolar tipo I foi estabelecida em dois estudos multicêntricos, duplo-cego, controlado por placebo, em pacientes adultos que preencheram os critérios DSM-IV para transtorno bipolar tipo I, apresentando-se estáveis ou apresentando episódios mistos ou maníacos agudos.
Em um primeiro estudo clínico, um total de 585 pacentes foram tratados durante 12 semanas em um período de fase aberta com Risperdal® Consta (com dose inicial de 25 mg, e titulação, se fosse considerada clinicamente desejável, para 37,5 mg ou 50 mg). Durante a fase aberta, 410 (70%) pacientes obtiveram remissão estável e foram randomizados para um tratamento duplo-cego com a mesma dose de Risperdal® Consta,placebo ou olanzapina e foram monitorados para recaída durante um período de 18 meses. O desfecho primário foi o tempo para ocorrer a recaída para qualquer episódio de humor (depressão, mania, hipomania, ou uma combinação desses sintomas). O tempo para ocorrer a recaída foi retardado em pacientes recebendo Risperdal® Constaem monoterapia quando comparado com o grupo placebo (p = 0,032, teste de log rank). Ao longo dos 18 meses de estudo, na fase duplo-cega de prevenção de recaída, 38,5% dos pacientes do grupo do Risperdal® Constae 55,8% dos pacientes do grupo placebo tiveram recaída. Os pacientes do grupo placebo foram 1,5 vezes mais propensos a ter recaídas quando comparado com pacientes do grupo do Risperdal® Consta. A maioria das recaídas ocorreram devido à mania, ao invés de sintomas de depressão. As evidêcias foram insuficientes para determinar a efetividade de Risperdal® Constaem retardar o tempo para ocorrência de depressão em pacientes com transtorno bipolar tipo I no presente estudo. Baseado nos seus históricos de transtorno bipolar, os indivíduos que participaram desse estudo tinham tido, em média, mais episódios de mania do que episódios de depressão.
Em um segundo estudo clínico, um total de 501 pacientes foram tratados durante um período aberto de 26 semanas com Risperdal® Consta(dose inicial de 25 mg, e titulação para 37,5 e 50 mg, se julgado clinicamente desejável; em pacientes que não toleraram a dose de 25 mg, esta pôde ser reduzida para 12,5 mg). Na fase aberta, 303 (60%) dos pacientes alcançaram remissão e foram randomizados para o tratamento duplo-cego também com a mesma dose de Risperdal® Consta ou placebo e monitorados para recaídas durante um período de 24 meses. O desfecho primário foi o tempo de recaída para qualquer episódio de humor (depressão, mania, hipomania ou episódios mistos).
O tempo de recaída foi retardado em pacientes recebendo Risperdal® Consta em monoterapia quando comparado com o placebo (p < 0,001, teste de log rank). O tempo no qual 25% dos pacientes apresentaram recaída foi de 82 dias no grupo placebo versus173 dias no grupo Risperdal® Consta.
No decorrer de 24 meses, na fase duplo-cega de prevenção de recaída, 30% dos pacientes no grupo Risperdal® Consta e 56% dos pacientes no grupo placebo recaíram. Os pacientes no grupo placebo foram 2,5 vezes mais propensos a ter recaídas quando comparado a pacientes do grupo Risperdal® Consta. A maioria das recaídas foi devido à sintomas maníacos ao invés de depressivos. Há evidências insuficientes para determinar a efetividade deRisperdal® Constaem retardar o tempo de ocorrência de depressão em pacientes com transtorno bipolar tipo I nesse estudo. Baseado nos seus históricos do transtorno bipolar, os pacientes teriam apresentado em média, mais episódios maníacos do que depressivos.
Transtorno bipolar tipo I - tratamento adjuvante
A efetividade de Risperdal® Consta como tratamento adjuvante de manutenção do transtorno bipolar tipo I foi estabelecida em um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo em pacientes adultos que atenderam os critérios DSM-IV para transtorno bipolar tipo I e que apresentaram pelo menos 4 episódios de transtorno do humor requerendo intervenção clínica/psiquiátrica nos 12 meses anteriores, incluindo pelo menos 2 episódios nos 6 meses antecedentes ao início do estudo.
Os pacientes tiveram que alcançar remissão estável pelo menos nas últimas 4 semanas na fase aberta inicial de 16 semanas com Risperdal® Consta como terapia adjuvante em adição ao seu tratamento prévio para transtorno bipolar, que consistia em estabilizadores do humor, antidepressivos e/ou ansiolíticos, antes de entrar em um período de estudo duplo-cego controlado por placebo de terapia adjuvante de 52 semanas de duração. Todos os antipsicóticos orais foram descontinuados após as 3 primeiras semanas da aplicação inicial de Risperdal® Consta. O tempo para recaída (recorrência) para um novo episódio de humor, o desfecho primário, foi retardado em pacientes recebendo terapia adjuvante com Risperdal® Consta quando comparado ao placebo (p= 0,01; teste de log rank). No decorrer de 52 semanas de fase duplo-cega de prevenção de recaída, 23% dos pacientes no grupo Risperdal® Consta e 46% dos pacientes no grupo placebo recaíram. Risperdal® Consta foi efetivo como tratamento adjuvante na prevenção de recorrência de episódios de humor de mania quanto depressivos.
Farmacocinética
A risperidona é metabolizada pelo citocromo P-450 2D6 a 9-hidróxi-risperidona, que apresenta uma atividade farmacológica similar à da risperidona. A risperidona e a 9-hidróxi-risperidona formam a fração antipsicótica ativa. Outra via metabólica da risperidona é a N-desalquilação.
Após injeção intramuscular única de Risperdal® Consta, o perfil de liberação consiste de uma pequena liberação inicial ( < 1% da dose) do fármaco, seguida de um intervalo inativo de 3 semanas. A liberação principal do fármaco se inicia após 3 semanas, mantém-se da 4ª até a 6ª semana e desaparece por volta da 7ª semana.
Portanto, a complementação com antipsicótico por via oral deve ser realizada durante as três primeiras semanas de tratamento com Risperdal® Consta.
A combinação do perfil de liberação e o regime posológico (injeção intramuscular a cada duas semanas) resulta na manutenção de concentrações plasmáticas terapêuticas, que permanecem por até 4-6 semanas após a última injeção de Risperdal® Consta. A fase de eliminação se completa em aproximadamente 7-8 semanas após a última injeção.
A absorção da risperidona de Risperdal® Constaé completa.
A risperidona tem distribuição rápida. O volume de distribuição é de 1-2L/kg. No plasma, a risperidona liga-se à albumina e à glicoproteína ácida. A taxa de ligação à proteínas plasmáticas é de 90% para a risperidona e 77% para a 9-hidróxi-risperidona.
A depuração plasmática da fração antipsicótica ativa e da risperidona é 5,0 e 13,7 L/h, respectivamente, em metabolizadores rápidos, e 3,2 e 3,3 L/h, respectivamente, em metabolizadores lentos da fração 2D6 do citocromo P450. Após injeções intramusculares repetidas de 25 mg ou 50 mg de Risperdal® Constaa cada duas semanas, as concentrações plasmáticas medianas de vale e de pico da fração antipsicótica ativa flutuaram entre 9,9-19,2 ng/mL e 17,9-45,5 ng/mL, respectivamente. A farmacocinética da risperidona é linear no intervalo de doses de 25-50 mg, administrados a cada duas semanas. Não foi observado acúmulo de risperidona durante uso prolongado (12 meses), em pacientes tratados com 25-50 mg a cada duas semanas.
Os estudos acima foram conduzidos com administração na região glútea. As injeções intramusculares das mesmas doses na região deltóide ou glútea são bioequivalentes e portanto, intercambiáveis.
Um estudo de dose única oral mostrou aumento da concentração ativa no plasma e redução na depuração plasmática do antipsicótico ativo de 30% nos idosos e 60% em pacientes com insuficiência renal. A concentração plasmática de risperidona foi normal nos pacientes com insuficiência hepática, mas a fração média de risperidona livre no plasma aumentou cerca de 35%.
Relação farmacocinética/farmacodinâmica
Não houve relação entre as concentrações plasmáticas da fração antipsicótica ativa e a alteração dos escores totais da PANSS (Escala das Síndromes Positiva e Negativa) e da ESRS (Escala de Avaliação de Sintomas Extrapiramidais) entre as visitas de avaliação, em qualquer um dos estudos de fase III para verificação de eficácia e segurança.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS - 1.1236.0031

Indicado para o tratamento de:

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