ULTRAFER

2662 | Laboratório FQM

Descrição

Princípio ativo: Ferro,
Ação Terapêutica: Antianêmicos

Composição

Cada comprimido revestido contém: ferro polimaltosado 325,00 mg*. excipientes q.s.p 1 comprimido. * equivalente a 100 mg de ferro elementar (celulose microcristalina, povidona, manitol, croscamelose sódica, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, talco farmacêutico, estearato de magnésio, óxido de ferro vermelho, álcool etílico, dióxido de titânio, talco farmacêutico, macrogol, álcool polivinílico e água).

Apresentação

Comprimidos revestidos - Embalagem com 30 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

Indicações

Ultrafer® está indicado no tratamento e prevenção das anemias ferroprivas.

Dosagem

Modo de usar
Ultrafer® deve ser ingerido durante ou imediatamente após as refeições.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Para fins de cálculo, lembra-se que o teor de ferro elementar de Ultrafer® comprimidos é o seguinte:
1 comprimido = 100 mg de ferro elementar
A dose e a duração da terapia são dependentes do grau de deficiência de ferro.
Posologia
Como posologia média sugere-se:
Crianças maiores que 12 anos, adultos ou lactantes:
Tratamento da anemia ferropriva: 1 comprimido, uma a três vezes ao dia, por três a cinco meses até a normalização dos valores da hemoglobina. Posteriormente, a terapia deve ser continuada com 1 comprimido por dia, por várias semanas (dois a três meses), com o objetivo de restaurar as reservas de ferro.
Profilaxia da anemia ferropriva: 1 comprimido, uma vez ao dia, por um a dois meses.
Em casos de anemia ferropênica grave ou de necessidade elevada de ferro, as doses podem ser aumentadas, a critério médico, ou se necessário avaliar, a critério médico, a necessidade de uso do ferripolimaltose parenteral como tratamento inicial.
Mulheres grávidas:
Tratamento da anemia ferropriva: 1 comprimido, duas a três vezes ao dia, até a normalização dos valores de hemoglobina. Posteriormente a terapia deve ser continuada com 1 comprimido ao dia, pelo menos até o final da gravidez, com o objetivo de restaurar as reservas de ferro.
Profilaxia da deficiência de ferro: 1 comprimido ao dia.

Contra-indicações

Ultrafer® não deve ser administrado nas situações a seguir:
• Condições caracterizadas por excesso de ferro: hemocromatose e hemossiderose.
• Todas as anemias não ferropênicas, tais como anemia hemolítica, perniciosa, falciforme, talassemia, anemia do chumbo, anemia sidero-acréstica,anemia devido a tumores e infecções (sem deficiência de ferro), anemia associada à leucemia aguda ou crônica.
• Processos que impedem a absorção de ferro pela via oral, como diarreia crônica e retocolite ulcerativa.
• Hepatopatia aguda.
• Hipersensibilidade aos sais de ferro ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12anos.

Reações Adversas

Reação comum (ocorre entre 1% e 10 % dos pacientes que utilizam este medicamento): coloração escura das fezes, característica não exclusiva do Ultrafer®, mas de todos os compostos que contêm ferro.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):dor de cabeça, dor abdominal, diarreia, constipação, sensação de plenitude, vômito e náusea.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): sensação de calor, rubor, taquicardia, prurido e erupções cutâneas.
As doses recomendadas são bem toleradas. Doses excessivas são prejudiciais, podendo provocar crises hemolíticas graves.
Em caso de evento adverso, notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Precauções

• As anemias devem ser tratadas sob controle médico e com a avaliação de exames periódicos de sangue.
• Caso não haja resposta clínica ou laboratorial ao tratamento, este deve ser reavaliado juntamente com o diagnóstico.
• Em pacientes que recebem transfusões sanguíneas pode ocorrer o risco de uma sobrecarga de ferro.
• Durante a administração oral dos compostos de ferro pode ocorrer escurecimento das fezes, sem significado patológico.
• Administrar com precaução em pacientes com alcoolismo, hepatite, infecções agudas e enfermidades inflamatórias do trato gastrointestinal, pancreatite, úlcera péptica, insuficiência hepática ou doença renal.
Idosos
Com as doses diárias recomendadas não foram observados problemas nestes pacientes. Entretanto, devido a uma possível diminuição das secreções gástricas, a absorção de ferro pode ser reduzida.
Gravidez
Ultrafer® pode ser administrado durante o período de gravidez desde que sob orientação médica.
Os estudos de reprodução em animais não mostram riscos para o feto e os estudos controlados em mulheres grávidas não evidenciaram riscos para mãe e para o feto, depois do primeiro trimestre de gravidez. Não existem elementos que sugiram algum risco da administração de ferro durante o primeiro trimestre de gravidez.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica.
Lactação
O ferro ligado em lactoferrina passa para o leite materno em pequenas quantidades, mas é pouco provável que a administração de Ultrafer®produza algum efeito indesejável no lactente. Não há relatos de problemas derivados da administração de ferro nas doses terapêuticas recomendadas. Durante a lactância, Ultrafer®deve ser administrado sob controle e prescrição médica.

Resultados de eficácia

Um estudo¹,7 placebo controlado, avaliou 48 homens com ferritina menor ou igual a 30 mcg/L. Os pacientes foram randomizados para receberem IPC- ferro polimaltosado- (200 mg de ferro) associado a placebo, FeSO4 (180 mg de ferro) associado a placebo ou duas apresentações com placebo. Após seis meses, a concentração de ferritina aumentou 2.2 pontos no grupo do FeSO4(p < 0.001) e 1.3 pontos no grupo IPC (p < 0.001 versus placebo). A ferritina eritrocitária, que é considerada um melhor marcador para as reservas de ferro, aumentou igualmente em ambos os grupos de tratamento ativo. Hemoglobina também aumentou em ambos os grupos (1% no grupo FeSO4 e 2.2% no grupo IPC, p < 0.001 vs placebo em ambos os casos). Três pacientes que receberam 180 mg de ferro como sulfato ferroso microencapsulado e dois que receberam 200 mg de ferro como ferro polimaltosado relataram distúrbios gastrointestinais.
Um estudo²,7 avaliou 46 doadores de sangue (23 com ferritina < 20 mcg/L e Hb >13.5 g/dL e outros 23 com ferritina 50-150 mcg/L). Ambos os grupos foram randomizados para receberem 100 mg de IPC ou placebo, duas vezes ao dia por 56 dias. No grupo com deficiência de ferro, a terapia com ferro polimaltosado resultou em um aumento significativo da hemoglobina (14.3 para 15.0 g/dl; p= 0.03) e da ferritina sérica (16.2 para 43.2mcg/L;p=0.002). No grupo placebo não houve mudança significativa no nível de hemoglobina e uma pequena, porém significativa, elevação da ferritina. Distúrbios gastrointestinais não foram relatados.
Um estudo³,7 avaliou o efeito da terapia com ferro em 159 doadores de sangue com anemia (Hb < 133 g/L nos homens e < 116 g/L nas mulheres). Os pacientes forma randomizados para receberem 60 mg de ferro, duas vezes ao dia, como FeSO4 (grupo 1), 100 mg de ferro, uma vez ao dia, como IPC (grupo 2) e 100 mg de ferro, duas vezes ao dia como IPC (grupo 3). Ambos os grupos de tratamento com IPC, ingeriram os comprimidos com as refeições. Oitenta porcento dos pacientes do grupo 1 e 3 alcançaram valores normais de hemoglobina em torno de 12 semanas, porém no grupo 2 essa porcentagem foi de 50%. Da mesma forma, a proporção de pacientes com melhora na saturação da transferrina para os níveis de normalidade foi significativamente melhor nos grupos 1 e 3 quando comparados ao grupo 2 (p < 0.01). Entretanto, as reservas corporais de ferro, representadas pela ferritina, foram maiores no grupo 1 e não houve diferença significativa nesse item entre os grupos dois e três. Houve interrupção do tratamento devido aos efeitos adversos em 11 casos (20%) no grupo que recebeu sulfato ferroso, porém em nenhum paciente recebendo IPC. A incidência de efeitos adversos gastrointestinais foi similar com ambas as doses de IPC.
Estudo prospectivo4, placebo controlado, avaliou os efeitos da suplementação de ferro no status de ferro, função cognitiva, comportamento afetivo e performance escolar em 120 adolescentes com diferentes status de ferro no organismo. Esses adolescentes foram divididos em quatro grupos: grupo controle com placebo (CP), grupo controle com suplemento (CS), grupo com deficiência de ferro (ID) e grupo com anemia por deficiência de ferro (IDA). IPC contendo 100mg de ferro elementar por dia foi administrado seis vezes por semana para os três grupos (CS, ID, IDA) enquanto placebo foi administrado para o grupo controle placebo, ambos os tratamentos por 8 meses. Os três grupos que receberam suplemento (CS, ID e IDA), apresentaram aumento significativo (p < 0.01) na Hb, saturação da transferrina e ferritina sérica na oitava semana enquanto no grupo placebo não houve aumento significativo. Testes de performance cognitiva e escolar para os três grupos que receberam suplemento aumentaram da análise de base até quatro meses e de quatro meses até oito meses enquanto nenhum aumento foi observado no grupo placebo. Nenhum aumento foi detectado no escore de comportamento afetivo para nenhum dos grupos. Nesse estudo nenhum efeito adverso foi relatado.
Estudo5 de metanálise que utilizou os padrões e critérios descritos pelo grupo Cochrane, com o objetivo de estabelecer se existe diferença em relação a eficácia e segurança do IPC quando comparado com o sulfato ferroso. A metanálise de estudos conduzidos em adultos com anemia por deficiência de ferro, comparando IPC com sulfato ferroso em doses equivalentes, mostrou níveis semelhantes de hemoglobina e, nos subgrupos onde foi analisada, da saturação de transferrina. Nos três estudos em adultos que incluíram a dosagem de ferritina, a concentração de ferritina foi significativamente menor no grupo IPC quando comparado com sulfato ferroso, apesar dos valores semelhantes de hemoglobina entre os grupos. A tolerância ao IPC em adultos foi melhor que aquela com sulfato ferroso em todos os estudos comparativos considerados. Essa diferença significativa entre os grupos também foi percebida quando analisado as reações adversas individuais. Os resultados desse estudo indicam que IPC possui uma relação risco/benefício melhor que sulfato ferroso, quando analisado o tratamento em adultos com anemia ferropriva.
Um estudo6 randomizado, duplo cego, paralelo, comparou a eficácia, segurança, adesão e custo - benefício do IPC com o sulfato ferroso em 100 gestantes com hemoglobina < 9 g/dL e ferritina < 12 mcg/L. Essas pacientes foram divididas em dois grupos: um grupo recebeu IPC 100 mg de ferro elementar e o outro grupo recebeu FS (120 mg de ferro elementar) diariamente por 8 semanas. Aumentos estatisticamente significativos nos valores de Hb, PCV, MCV, MCH, MCHC, ferro sérico e ferritina foram observados em ambos os grupos no final de oito semanas (p < 0.001). A adesão ao tratamento foi significativamente maior no grupo IPC (91%) quando comparado com o grupo FS (87%). A avaliação do custo total do tratamento foi comparável entre os dois grupos.
Essa revisão7 sobre o complexo hidróxido férrico polimaltose mostra que o ferro possui biodisponibilidade oral significativa, especialmente em pacientes com deficiência de ferro. Numerosos estudos em homens, mulheres, crianças e lactentes mostram a eficácia do IPC no tratamento da anemia ferropriva. Em relação à aceitação e adesão dos pacientes, IPC apresenta uma vantagem em relação aos sais de ferro. Vários estudos mostram uma menor taxa de interrupção de tratamento com IPC quando comparado aos sais de ferro. Esse fato é normalmente associado com menor incidência de efeitos adversos relacionados ao trato gastrointestinal.
Referências:
1Toumainen TP; et al. Oral supplementation with ferrous sulphate but not with non ionic iron polymaltose complex increases the susceptibility of plasma lipopretein to oxidation. Nutr. Res.; 19:1121-1132,1999.
2Mackintosh W., Jacobs P. Response in serum ferritin and haemoglobin to iron therapy in blood donors. Amer. J. Hematol.; 27:17-19, 1988.
3Jacobs P.; Fransman D.; Coclan P. Comparative bioavailability of ferric polymaltose and ferrous sulphate in iron deficient blood donors. J. Clin. Apheresis; 8:89-95, 1993.
4Devaki P.B; ChandraR.K; Geisser P. Effects of Oral Iron (III) Hydroxide Polymaltose Complex supplementation on Hemoglobin Increase, Cognitive Function, Affective Behavior and Scholastic Performance of Adolescents with Varying Iron Status. Arzneimittelforshung; 59 (6): 303-310, 2009.
5Toblli J.E.; Brignoli R. Iron (III) - hydroxide Polymaltose Complex in Iron Deficiency Anemia. Review and meta-analysis. Arzneimitell - Forshung (Drug Research); 57 (6ª): 431-438, 2007.
6Saha L. Comparison of efficacy, tolerability, and cost of iron polymaltose complex with ferrous sulphate in the treatment of iron deficiency anemia in pregnant women. MedGenMed; 9 (1), 2007.
7Geisser P. Safety and Efficacy of Iron (III)-hydroxide Polymaltose Complex. Arzneimittel-Forschung (Drug Research); 57 (6ª): 439-452, 2007.

Interação com outros medicamentos

• A ingestão excessiva de álcool, que causa incremento do depósito hepático de ferro, aumenta a probabilidade de efeitos colaterais e até tóxicos do ferro, quando em uso prolongado.
• Não há, até o momento, relato de interação significativa do ferro polimaltosado com produtos alimentícios, componentes dos alimentos ou medicamentos, exceto com o ácido ascórbico quando há uma tendência de aumentar a absorção do ferro, sem uma redução mensurável do Fe (III) para Fe2+ em pH maior que três.

Cuidado de armazenamento

Cuidados de conservação
Ultrafer®deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) em sua embalagem original. Proteger da umidade.
Prazo de validade
24 meses após a data de fabricação impressa no cartucho.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Comprimidos revestidos, elípticos, de coloração rosa e faces lisas.
Características organolépticas
Sem odor ou sabor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Superdose

Intoxicação acidental com o ferro III polimaltosado é raramente observada devido a suas características farmacocinéticas. O ferro de Ultrafer® apresenta-se sob a forma de complexo de ferripolimaltose, portanto não se encontra na forma de ferro livre no trato gastrointestinal e não é absorvido por difusão passiva.
A intoxicação pelo ferro ocorre em estágios e dependerá da quantidade ingerida em excesso:
No primeiro estágio (em geral até seis horas após a ingestão) - sintomas gastroinestinais como diarreia, náuseas, vômitos, sangramento gastrointestinal.
No segundo estágio (entre seis e 24 horas após a ingestão) - resolução transitória dos sintomas gastrointestinais, porém pode haver acidose metabólica, hiperventilação, oligúria, hiperglicemia, leucocitose, alterações neurológicas como letargia e coma.
No terceiro estágio (entre doze e 48h após ingestão) - choque refratário, falência múltipla dos órgãos, hemorragia gastrointestinal e coagulopatias.
No quarto estágio (4 a 6 semanas após ingestão) - obstrução gastrointestinal e lesão hepática tardia.
Em caso de superdosagem deve ser considerada lavagem gástrica e a dosagem da concentração sérica de ferro pode ser um auxílio para estimar a gravidade da intoxicação. Terapia quelante com desferoxamina pode ser necessária de acordo com a gravidade do quadro. Outras medidas incluem manejo sintomático e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Dizeres legais

Venda sob prescrição médica.
MS: 1.0390.0172
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 26/09/11.

Indicado para o tratamento de:

Publicidade

iVademecum © 2016 - 2024.

Politica de Privacidade
Disponible en Google Play