Terapias de Ação
Antagonista seletivo da união de opioides ao receptor opioide m.
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Propriedades
Mecanismo de ação: a metilnaltrexona é um antagonista seletivo da união dos opioides ao receptor opioide m. Como amina quaternária, a capacidade da metilnaltrexona para atravessar a barreira hematoencefálica é reduzida. Este fato permite que a metilnaltrexona atue como antagonista dos receptores opioides m periféricos em tecidos como o trato gastrintestinal, sem alterar os efeitos analgésicos dos opioides sobre o sistema nervoso central. O antagonismo dos receptores opioides gastrintestinais pela metilnaltrexona inibe a demora do tempo de trânsito gastrintestinal induzida pelos opioides de modo dose-dependente. Farmacocinética: a metilnaltrexona é rapidamente absorvida, alcançando a concentração máxima (Cmáx) aproximadamente 0,5 hora após sua administração subcutânea. A biodisponibilidade absoluta de uma dose subcutânea de 0,30 mg/kg contra uma dose intravenosa de 0,30 mg/kg é de cerca de 82%. A metilnaltrexona sofre uma distribuição tecidual moderada. O fármaco apresenta baixa taxa de ligação a proteínas do plasma humano (11,0% a 15,3%), conforme determinações em diálise de equilíbrio. A presença da metilnaltrexona e seus metabólitos no plasma é aproximadamente duas vezes superior à do sangue, o que sugeriria uma baixa penetração nas células sanguíneas. No homem a metilnaltrexona é metabolizada moderadamente. A principal via metabólica parece ser sua transformação em isômeros de metil-6-naltrexol e em sulfato de metilnaltrexona ( < 6,0%). A N-desmetilação da metilnaltrexona para gerar naltrexona não é significativa (0,06% da dose administrada). A metilnaltrexona é eliminada principalmente na forma de droga inalterada. Aproximadamente a metade da dose é eliminada na urina e em menor proporção nas fezes. A meia-vida de eliminação terminal (t1/2) é de aproximadamente 8 horas.
Indicações
Tratamento da constipação induzida por opioides em pacientes com doença avançada em tratamento paliativo com resposta insuficiente à terapia laxante habitual.
Dosagem
A metilnaltrexona é administrada mediante injeção subcutânea a cada 2 dias, conforme a necessidade. A injeção pode ser feita sem levar em conta as refeições. A administração é por injeção subcutânea; as três zonas do corpo recomendadas são coxas, abdome e a parte superior dos braços. É recomendável alternar os pontos de injeção. Não se deve injetar em zonas nas que a pele esteja sensível, com hematomas, que esteja avermelhada ou com endurecimento, e devem evitar-se as zonas com cicatrizes ou estrias. O médico deverá considerar a suspensão do tratamento em pacientes com resposta insuficiente a metilnaltrexona após 4 doses (1 semana). A dose recomendada de metilnaltrexona é de 8 mg para pacientes que pesem entre 38 e menos de 62 kg ou de 12 mg para pacientes que pesem entre 62 e 114 kg. Os pacientes cujo peso não se encontre dentro das faixas de peso indicados acima deverão receber uma dose de 0,15 mg/kg. Em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina inferior a 30 ml/min) a dose deverá ser reduzida à metade. Em pacientes com peso entre 38 e 62 kg, a dose deve ser de 4 mg; para pacientes com peso entre 62 e 114 kg a dose dever ser de 6 mg. No caso de pacientes que não se encontrem incluídos nessas faixas, a dose deverá ser de 0,075 mg/kg.
Reações Adversas
Dores abdominais, náuseas, diarreia, flatulência, enjoos, reação no sítio da injeção, enjoos, hiperidrose, aumento da temperatura corporal, perfuração gastrintestinal, espasmos musculares, síncopes.
Precauções e Advertências
A metilnaltrexona não deve ser utilizada no tratamento de pacientes com constipação não relacionada com o uso de opioides. Os pacientes deverão ser alertados de que, em caso de diarreia intensa, devem suspender o tratamento com metilnaltrexona e consultar-se com seu médico. Insuficiência hepática: precaução por causa de pacientes com insuficiência hepática grave, uso não recomendado. Insuficiência renal: não é necessário realizar ajustes da dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina inferior a 30 ml/min) recomenda-se reduzir a dose (ver Posologia). Gravidez: não há dados adequados quanto ao uso deste fármaco na gravidez. Estudos em animais mostram toxicidade sobre a reprodução em doses altas. Em seres humanos o risco potencial é desconhecido, razão pela qual não se recomenda seu uso, a menos que estritamente necessário. Amamentação: não se sabe se o brometo de metilnaltrexona é eliminado no leite humano. Os estudos em animais mostraram que o brometo de metilnaltrexona é eliminado no leite. Portanto, a decisão de continuar ou suspender a amamentação ou de continuar ou suspender o tratamento, deve ser tomada após considerar o benefício da amamentação para a criança e o benefício do tratamento para a mãe, pesando-se os riscos envolvidos. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos: não foram realizados estudos sobre a capacidade para dirigir e utilizar máquinas. Não obstante, como antagonista puro dos receptores periféricos dos opioides, é pequena a probabilidade de que a metilnaltrexona afete tais atividades. Entretanto, o tratamento pode produzir enjoos, o que poderia afetar a capacidade para conduzir e utilizar máquinas. Crianças: não foi estabelecida a segurança e a eficácia da metilnaltrexona em pacientes pediátricos.
Contra-indicações
Hipersensibilidade. Obstrução mecânica intestinal, abdome agudo cirúrgico conhecido ou suspeito.
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Interações de Metilnaltrexona
Informação não disponível |
Alguns medicamentos que contêm Metilnaltrexona