ELIQUIS

3543 | Laboratório B-MS

Descrição

Princípio ativo: Apixabana,
Ação Terapêutica: Anticoagulantes e heparinas

Composição

Cada comprimido revestido de Eliquis® contém o equivalente a 2,5 mg de apixabana. Excipientes:lactose anidra, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, Opadry® amarelo (hipromelose, lactose monoidratada, dióxido de titânio, triacetina, óxido de ferro amarelo).

Apresentação

Eliquis® comprimidos revestidos de 2,5 mg em embalagens contendo 10, 20 ou 60 comprimidos.
Eliquis® comprimidos revestidos de 2,5 mg em embalagem hospitalar contendo 100 comprimidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO

Indicações

Eliquis® (apixabana) comprimidos revestidos é indicado na prevenção de eventos de tromboembolismo venoso em pacientes adultos que foram submetidos à artroplastia eletiva de quadril ou de joelho.

Dosagem

Eliquis® deve ser utilizado por via oral, engolido com água, com ou sem alimentos.
Uso em Adultos
A dose recomendada é de 1 comprimido duas vezes ao dia, por via oral. A dose inicial deve ser tomada 12 a 24 horas após a cirurgia.
Os médicos podem considerar os potenciais benefícios da anticoagulação mais precoce para a profilaxia do tromboembolismo venoso, bem como os riscos de sangramento pós-cirúrgico ao decidirem sobre o momento de administração.
Pacientes submetidos à artroplastia de quadril: a duração do tratamento recomendada é de 32 a 38 dias após a cirurgia.
Pacientes submetidos à artroplastia de joelho: a duração do tratamento recomendada é de 10 a 14 dias após a cirurgia.
Uso em Crianças e Adolescentes
A eficácia e segurança de Eliquis® em crianças abaixo de 18 anos de idade ainda não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Uso em Pacientes Idosos
Nenhum ajuste de dose é necessário (vide item 3. Características Farmacológicas).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com a insuficiência renal leve ou moderada. Dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina 15 - 29 mL/min) indicam concentrações plasmáticas maiores de apixabana nesta população, portanto, Eliquis® deve ser administrado com cautela nestes pacientes (vide item 3. Características Farmacológicas).
Como não há experiência clínica em pacientes com clearancede creatinina < 15 mL/min, ou em pacientes sob diálise, Eliquis® não é recomendado para estes pacientes (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas).
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
Eliquis® pode ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada (Child Pugh A ou B). Nenhum ajuste da dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas).
Eliquis® não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática grave (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas).
Eliquis® é contraindicado a pacientes com doença hepática associada à coagulopatia e ao risco de hemorragia clinicamente relevante (vide item 4. Contraindicações).
Pacientes com enzimas hepáticas elevadas (ALT/AST >2 x LSN) ou bilirrubinas totais ? 1,5 x LSN foram excluídos nos ensaios clínicos. Portanto, Eliquis® deve ser utilizado com cautela nesta população (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas). A ALT deve ser avaliada como parte da avaliação padrão pré-operatória (vide item 5. Advertências e Precauções).
Peso Corporal
Nenhum ajuste de dose é necessário (vide item 3. Características Farmacológicas).
Gênero
Nenhum ajuste de dose é necessário (vide item 3. Características Farmacológicas).
Convertendo de ou para anticoagulantes parenterais
A mudança do tratamento de anticoagulantes parenterais para Eliquis® (e vice-versa) pode ser feita na próxima dose agendada.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar Eliquis® no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar e depois continuar com o esquema de doses duas vezes ao dia.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Contra-indicações

Eliquis® é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade à apixabana ou a qualquer componente da fórmula.
Eliquis® é contraindicado em casos de hemorragia ativa clinicamente significativa e a pacientes com doença hepática associada à coagulopatia e a risco de hemorragia clinicamente relevante (vide item 3. Características Farmacológicas).

Reações Adversas

Experiência clínica
A segurança de apixabana foi avaliada em um estudo fase II e três estudos fase III, incluindo 5.924 pacientes expostos a 2,5 mg de apixabana duas vezes por dia, submetidos a grandes cirurgias ortopédicas de membros inferiores (artroplastia eletiva de quadril ou de joelho), tratados por até 38 dias.
No total, 11% dos pacientes tratados com 2,5 mg de apixabana duas vezes ao dia apresentaram reações adversas. Assim como com outros anticoagulantes, pode ocorrer hemorragia durante o tratamento com apixabana na presença de fatores de risco associados, tais como lesões orgânicas susceptíveis a sangrar. Reações adversas comuns foram anemia, hemorragia, contusão e náusea. A incidência global de reações adversas como hemorragia, anemia e anormalidades das transaminases (por exemplo, os níveis de alanina aminotransferase) foram numericamente menores em pacientes tratados com apixabana quando comparado com pacientes recebendo enoxaparina na fase II e III dos estudos envolvendo pacientes que foram submetidos à artroplastia eletiva de quadril ou de joelho. As reações adversas devem ser interpretadas dentro do contexto cirúrgico.
Como acontece com qualquer anticoagulante, o uso de Eliquis® pode estar associado com um risco aumentado de hemorragia oculta ou aparente de qualquer tecido ou órgão, que pode resultar em anemia pós-hemorrágica. Os sinais, sintomas e gravidade variam de acordo com a localização e o grau ou extensão da hemorragia (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas).
As reações adversas em um estudo fase II e em três estudos fase III estão listadas na Tabela 3 baseados na classificação por sistema orgânico (MedDRA) e por frequência.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Precauções

Risco Hemorrágico
Assim como com outros anticoagulantes, os pacientes que utilizam Eliquis® devem ser cuidadosamente monitorados em relação aos sinais de hemorragia. Eliquis® é recomendado para ser usado com precaução em condições de risco aumentado de hemorragia, tais como: distúrbios hemorrágicos congênitos ou adquiridos; doença ulcerativa gastrointestinal em atividade, endocardite bacteriana; trombocitopenia; disfunções plaquetárias; história de acidente vascular cerebral hemorrágico; hipertensão grave não controlada e cirurgia recente cerebral, da coluna vertebral ou oftalmológica. A administração de Eliquis® deve ser interrompida se ocorrer hemorragia grave (vide item 10. Superdose).
Em caso de complicações hemorrágicas, o tratamento com Eliquis® deve ser descontinuado e a origem da hemorragia investigada. O início do tratamento adequado, por exemplo, hemostasia cirúrgica ou transfusão de plasma fresco congelado, deve ser considerada. Se a hemorragia representar risco de vida e não puder ser controlada pelas medidas acima, a administração do fator recombinante VIIa pode ser considerada. No entanto, atualmente não há experiência com o uso do fator recombinante VIIa em indivíduos que receberam apixabana. A re-administração do fator recombinante VIIa pode ser considerada e titulada em função de melhora da hemorragia.
Insuficiência Renal
Como não há experiência clínica em pacientes com clearancede creatinina < 15 mL/min, ou pacientes sob diálise, o uso de Eliquis® não é recomendado nestes pacientes (vide item 8. Posologia e Modo de Usar e item 3. Características Farmacológicas).
Dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência renal grave (clearancede creatinina 15 - 29 mL/min) indicam concentrações plasmáticas maiores de apixabana nesta população, portanto, Eliquis® deve ser administrado com cautela nestes pacientes (vide item 8. Posologia e Modo de Usar e item 3. Características Farmacológicas).
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com a insuficiência renal leve ou moderada (vide item 3. Características Farmacológicas).
Insuficiência Hepática
Eliquis® é contraindicado a pacientes com doença hepática associada à coagulopatia e risco de hemorragia clinicamente relevante (vide item 4. Contraindicações).
Eliquis® não é recomendado a pacientes com insuficiência hepática grave (vide item 3. Características Farmacológicas).
Eliquis® pode ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada (Child Pugh A ou B) (vide item 8. Posologia e Modo de Usar e item 3. Características Farmacológicas).
Interação com inibidores tanto do citocromo P450 3A4 (CYP3A4) quanto da glicoproteína P (gpP)
O uso de Eliquis® não é recomendado em pacientes que recebem tratamento sistêmico concomitante com inibidores potentes do CYP3A4 e da gpP, tais como antifúngicos azólicos (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, voriconazol e posaconazol) e inibidores da protease do HIV (por exemplo, ritonavir). Estes medicamentos podem aumentar a exposição à apixabana em duas vezes (vide item 6. Interações Medicamentosas) ou mais, na presença de fatores adicionais que aumentam a exposição à apixabana (por exemplo, insuficiência renal grave).
Interação com indutores tanto da CYP3A4 quanto da gpP
O uso concomitante de Eliquis® com indutores fortes do CYP3A4 e da gpP (por exemplo, rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital ou erva de São João) pode levar a uma redução de aproximadamente 50% na exposição da apixabana. Deve-se ter cautela na co-administração de Eliquis® e indutores fortes tanto da CYP3A4 quanto da gpP (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Interações com outros medicamentos que afetam a hemostasia
Cuidados devem ser tomados quando os pacientes são tratados concomitantemente com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), incluindo ácido acetilsalicílico. O uso concomitante de outros inibidores da agregação plaquetária ou outros agentes antitrombóticos não são recomendados com Eliquis® (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Punção ou anestesia espinhal/epidural
Quando a anestesia neuroaxial (anestesia espinhal/epidural) ou punção espinhal/epidural é realizada nos pacientes tratados com agentes antitrombóticos para a prevenção de complicações tromboembólicas correm o risco de desenvolvimento de um hematoma epidural ou espinhal, que pode resultar em paralisia de longa duração ou permanente. O risco destes eventos pode ser aumentado com o uso pós-operatório de cateteres epidurais ou o uso concomitante de medicamentos que afetam a hemostasia. Cateteres por via epidural ou intratecal devem ser removidos pelo menos 5 horas antes da primeira dose do Eliquis®. O risco também pode ser aumentado por punção epidural ou espinhal traumática ou repetida. Os pacientes devem ser monitorados com frequência para os sinais e sintomas de comprometimento neurológico (por exemplo, dormência ou fraqueza nas pernas, disfunção da bexiga ou intestino). Se houver a percepção de comprometimento neurológico, é necessário diagnóstico e tratamento de urgência. Antes da intervenção neuroaxial, o médico deverá considerar o potencial benefício versuso risco em pacientes anticoagulados ou em pacientes a serem anticoagulados para tromboprofilaxia.
Cirurgia de fratura de quadril
O uso de apixabana não foi estudado em ensaios clínicos em pacientes submetidos à cirurgia de fratura do quadril para avaliar a eficácia e a segurança nestes pacientes. Portanto, Eliquis® não é recomendado nestes pacientes.
Informações sobre os excipientes
Eliquis® contém lactose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou mal-absorção de glicose-galactose não devem tomar este medicamento.
Uso durante a Gravidez
Há dados limitados sobre a utilização de apixabana em mulheres grávidas. Os estudos em animais não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos no que diz respeito à toxicidade reprodutiva. A apixabana não é recomendada durante a gravidez.
Eliquis® é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Não se sabe se a apixabana ou seus metabólitos são excretados no leite humano. Os dados disponíveis em animais revelaram excreção da apixabana no leite. O risco para recém-nascidos e lactentes não pode ser excluído
A decisão deve ser tomada entre interromper a amamentação ou descontinuar/abster-se do tratamento com apixabana.
Fertilidade
Estudos em animais tratados diretamente com apixabana não mostraram efeito na fertilidade.
Uso em crianças
A eficácia e segurança de Eliquis® em crianças menores de 18 anos de idade ainda não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Eliquis® não tem influência, ou é desprezível, sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.

Resultados de eficácia

Estudos Clínicos
O programa clínico de apixabana foi desenhado para demonstrar a eficácia e segurança de apixabana na prevenção de eventos de tromboembolismo venoso em uma ampla gama de pacientes adultos submetidos à artroplastia eletiva de quadril ou de joelho. Um total de 8.464 pacientes foram randomizados em dois estudos multinacionais, duplo-cegos, pivotais, comparando a apixabana 2,5 mg administrado por via oral duas vezes ao dia com a enoxaparina 40 mg uma vez ao dia. Incluídos neste total, 1.262 pacientes tinham 75 anos ou mais, 1.004 pacientes tinham baixo peso corporal (? 60 kg), 1.495 pacientes com IMC ? 33 kg/m2 e 437 pacientes com insuficiência renal grave ou moderada. O estudo ADVANCE-3 incluiu 5.407 pacientes submetidos à artroplastia eletiva de quadril, e o estudo ADVANCE-2 incluiu 3.057 pacientes submetidos à artroplastia eletiva de joelho. Os indivíduos receberam ou 2,5 mg de apixabana duas vezes ao dia por via oral ou 40 mg de enoxaparina uma vez ao dia por via subcutânea. A primeira dose da apixabana foi administrada 12 a 24 horas após a cirurgia, enquanto que a enoxaparina foi iniciada 9 a 15 horas antes da cirurgia. Tanto a apixabana quanto a enoxaparina foram administradas por 32-38 dias no estudo ADVANCE-3 e por 10-14 dias no estudo ADVANCE-2.
A apixabana demonstrou uma redução estatisticamente superior no desfecho primário (uma combinação de todos os eventos de tromboembolismo venoso e óbito por qualquer causa), e no desfecho de evento importante de tromboembolismo venoso (uma combinação de trombose venosa profunda proximal, embolismo pulmonar nãofatal e óbito relacionado com os eventos de tromboembolismo venoso), em comparação com a enoxaparina em ambos os casos de artroplastia eletiva de quadril ou de joelho (vide Tabela 1).

Os desfechos de segurança de hemorragia grave, e a composição de hemorragia grave e hemorragia não-grave clinicamente relevante (NMCR), e de todos os sangramentos, apresentaram taxas semelhante entre os pacientes tratados com 2,5 mg de apixabana quando comparado com a administração de 40 mg de enoxaparina (vide Tabela 2). Todos os critérios de hemorragia incluíram sangramento no local da cirurgia.
Em ambos os estudos de Fase III, o sangramento foi avaliado no início com a primeira dose do estudo duplocego, que administrou enoxaparina ou placebo injetável, 9 a 15 horas antes da cirurgia. Sangramento durante o período de tratamento incluiu eventos que ocorreram antes da primeira dose de apixabana, que foi dada 12-24 horas após a cirurgia. Hemorragias durante o período de tratamento pós-cirúrgico incluiu apenas os eventos que ocorreram após a primeira dose do medicamento do estudo após a cirurgia. Mais de metade dos relatos de sangramento grave no grupo da apixabana ocorreu antes da primeira dose de apixabana. A tabela 2 mostra os resultados de hemorragia do período de tratamento e do período de tratamento pós-cirúrgico.

Interação com outros medicamentos

Efeito de outros fármacos sobre a apixabana
Inibidores da CYP3A4 e gpP
A co-administração de apixabana com cetoconazol (400 mg uma vez por dia), um inibidor forte tanto de CYP3A4 quanto de gpP, levou a um aumento de 2 vezes em média na AUC de apixabana e um aumento de 1,6 vezes em média na Cmáx de apixabana. O uso de Eliquis® não é recomendado em pacientes que recebem tratamento sistêmico concomitante com inibidores potentes do CYP3A4 e da gpP, tais como como antimicóticos azólicos (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, voriconazol e posaconazol) e inibidores da protease do HIV (por exemplo, ritonavir) (vide item 5. Advertências e Precauções).
Na coadministração de substâncias que inibem moderadamente as vias de eliminação da apixabana, CYP3A4 e/ou gpP, espera-se um aumento das concentrações plasmáticas de apixabana em menor grau. O diltiazem (360 mg uma vez por dia), por exemplo, é considerado um inibidor moderado de CYP3A4 e um inibidor fraco de gpP, levando a um aumento de 1,4 vezes em média na AUC da apixabana e um aumento de 1,3 vezes na Cmáx. O naproxeno (500 mg, dose única), um inibidor de gpP, mas não um inibidor de CYP3A4, provocou um aumento de 1,5 vezes e 1,6 vezes em média na AUC e na Cmáx da apixabana, respectivamente. Nenhum ajuste de dose da apixabana é necessário quando co-administrada com inibidores pouco potentes de CYP3A4 e/ou gpP.
Indutores de CYP3A4 e de gpP
A co-administração de apixabana com rifampicina, um indutor forte tanto de CYP3A4 quanto de gpP, levou a uma diminuição de aproximadamente 54% e 42% em média na AUC e na Cmáx de apixabana, respectivamente. O uso concomitante de apixabana com outros indutores fortes de CYP3A4 e de gpP (por exemplo, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital ou erva de São João) também podem levar a uma redução na concentração plasmática de apixabana. Nenhum ajuste de dose de apixabana é necessário durante o tratamento concomitante com tais agentes, no entanto indutores fortes tanto de CYP3A4 quanto de gpP devem ser co-administrados com cautela (vide item 5. Advertências e Precauções).
Anticoagulantes, inibidores da agregação plaquetária e AINEs
Após a administração combinada de enoxaparina (40 mg em dose única) e apixabana (5 mg em dose única), um efeito aditivo sobre a atividade do anti-fator Xa foi observada.
Interações farmacocinéticas ou farmacodinâmicas não foram evidentes em indivíduos saudáveis quando apixabana foi co-administrada com ácido acetilsalicílico 325 mg uma vez por dia.
A apixabana quando co-administrada com clopidogrel (75 mg uma vez por dia) ou com a combinação de 75 mg de clopidogrel e 162 mg ácido acetilsalicílico uma vez por dia nos estudos fase 1, não mostrou um aumento relevante no tempo de sangramento, inibição da agregação plaquetária, ou prolongamento nos testes de coagulação (TP, INR e TTPA) quando comparado com a administração dos agentes antiplaquetários sem apixabana.
O naproxeno (500 mg), um inibidor da gpP, levou a uma média de aumento de 1,5 vezes e 1,6 vezes na AUC e Cmáx de apixabana em indivíduos saudáveis, respectivamente. Correspondentes prolongamentos nos testes de coagulação foram observados para apixabana. Não foram observadas alterações no efeito do naproxeno sobre a agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidônico e não foi observado prolongamento clinicamente relevante do tempo de sangramento após a administração concomitante de apixabana e naproxeno.
Apesar desses achados, Eliquis® deve ser usado com cautela quando administrado concomitantemente com AINEs (incluindo ácido acetilsalicílico) porque estes medicamentos normalmente aumentam o risco de hemorragia.
Agentes relacionados com hemorragias graves não são recomendados concomitantemente com Eliquis®, tais como: heparina não fracionada e derivados de heparina (incluindo heparinas de baixo peso molecular (HBPM)), oligossacarídeos inibidores do fator Xa (por exemplo, fondaparinux), inibidores diretos da trombina (por exemplo, desirudina), agentes trombolíticos, antagonistas do receptor GPIIb/IIIa, tienopiridinas (por exemplo, clopidogrel), dipiridamol, dextran, sulfinpirazona, antagonistas da vitamina K e outros anticoagulantes orais. Note que a heparina não fracionada pode ser administrada em doses necessárias para manter a permeabilidade de um cateter central venoso ou arterial (vide item 5. Advertências e Precauções).
Outras terapias concomitantes
Não foram observadas interações clinicamente significativas na farmacocinética ou farmacodinâmica quando a apixabana foi co-administrada com atenolol ou famotidina. A co-administração de 10 mg de apixabana com atenolol 100 mg, não teve efeito clinicamente relevante na farmacocinética de apixabana. Após a administração dos dois fármacos em conjunto, as médias de AUC e Cmáx de apixabana foram 15% e 18% menores do que quando administrado sozinho. A administração de 10 mg de apixabana com 40 mg de famotidina não teve efeito sobre AUC e Cmáx de apixabana.
Parâmetros laboratoriais
Testes de coagulação (por exemplo, TP, INR e TTPA) são afetados conforme o esperado pelo mecanismo de ação da apixabana (vide item 3. Características Farmacológicas). As mudanças observadas nos testes de coagulação na dose terapêutica padronizada são pequenas e sujeitas a um elevado grau de variabilidade (vide item 3. Características Farmacológicas).
Pacientes pediátricos
Os estudos de interação foram realizados somente em adultos.
Efeito da apixabana sobre outros fármacos
Estudos in vitrocom apixabana não demonstraram efeitos inibitórios sobre a atividade da CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2D6 ou CYP3A4 (IC50 >45 mM) e mostraram efeito inibitório fraco sobre a atividade da CYP2C19 (IC50 >20 mM) nas concentrações que são significativamente maiores do que os picos das concentrações plasmáticas observados nos pacientes. A apixabana não induziu CYP1A2, CYP2B6, CYP3A4/5 em concentrações de até 20 mM. Portanto, a apixabana não deve alterar o clearancemetabólico de fármacos co-administrados que são metabolizados por estas enzimas. A apixabana não é um inibidor significativo de gpP.
Em estudos realizados em indivíduos sadios, como descrito abaixo, a apixabana não alterou significativamente a farmacocinética da digoxina, naproxeno ou atenolol.
-digoxina:a co-administração de apixabana (20 mg uma vez por dia) com digoxina (0,25 mg uma vez por dia), um substrato de gpP, não afetou a AUC ou a Cmáx da digoxina. Portanto, a apixabana não inibe o transporte de substratos de gpP.
-naproxeno:a co-administração de dose única de apixabana (10 mg) com naproxeno (500 mg), usado comumente como um AINE, não tem qualquer efeito sobre a AUC e Cmax do naproxeno.
-atenolol: a co-administração de uma dose única de apixabana (10 mg) com atenolol (100 mg), um betabloqueador comum, não alterou a farmacocinética do atenolol.

Cuidado de armazenamento

Eliquis® comprimidos revestidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: comprimidos revestidos amarelos, redondos, biconvexos com "893" gravado de um lado e "2½" do outro lado.

Superdose

Não há antídoto para o Eliquis®. A superdose com Eliquis® pode resultar em um maior risco de hemorragia.
Em estudos clínicos controlados, a administração de apixabana por via oral a indivíduos sadios, em doses até 50 mg por dia durante 3 a 7 dias (25 mg duas vezes ao dia durante 7 dias ou 50 mg uma vez por dia durante 3 dias) (10 vezes a dose humana diária máxima recomendada) não teve reações adversas clinicamente relevantes.
Um estudo pré-clínico em cães demonstrou que a administração oral de carvão ativado até 3 horas após a administração apixabana, reduziu a exposição de apixabana e, portanto, o carvão ativado pode ser considerado em episódios de superdose com a apixabana.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Dizeres legais

Reg. MS -1.0180.0400
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 04/07/2011.

Indicado para o tratamento de:

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